III - O tributo no Direito Brasileiro



Documentos relacionados
Tributos em espécie. Impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimos compulsórios e contribuições especiais


Finanças Públicas. Aula 1

06/03/2012. Legislação Tributária. Dn. Paulo Cesar Chagas Rodrigues Doutorando em Engenharia Mecânica

EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO ICMS SP/2006 PARTE I

Direito Tributário Espécies de Tributos Contribuições de Melhoria, Empréstimos Compulsórios e Contribuições Especiais

DIREITO TRIBUTÁRIO I: NOÇÕES GERAIS DO DIREITO FINANCEIRO

SEGURIDADE SOCIAL DIREITO PREVIDENCIÁRIO SEGURIDADE SOCIAL SEGURIDADE SOCIAL SEGURIDADE SOCIAL PREVIDÊNCIA SOCIAL. Prof. Eduardo Tanaka CONCEITUAÇÃO

REVISÃO 1.º SEMESTRE SISTEMA CONSTITUCIONAL TRIBUTÁRIO CONCEITO DE TRIBUTO

CONTABILIDADE E PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO

Rosália Bardaro Núcleo de Assuntos Jurídicos Secretaria de Estado da Saúde

PRINCIPAIS TRIBUTOS PÁTRIOS E SEUS FUNDAMENTOS

Intercâmbio Nova Sistemática de Contabilização

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO ESCOLA DE DIREITO E RELAÇÕES INTERNACIONAIS COORDENAÇÃO DO CURSO DE DIREITO

HIPÓTESES DE INCIDÊNCIA

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

b) custeio geral da administração e das atividades públicas. Em regra, sem vinculações a órgão, fundo ou despesa

Comentário às questões do concurso do TCE_RS/Oficial_de_Controle_Externo/CESPE/2013

Orçamento Público Conceitos Básicos

DIREITO TRIBUTÁRIO Parte II. Manaus, abril de 2013 Jorge de Souza Bispo, Dr. 1

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA Analista/Técnico MPU

PARTE GERAL FUNDAMENTOS CONSTITUCIONAIS DO DIREITO TRIBUTÁRIO, 1

Art A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:

Tributos

Instituto Odeon - Filial Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2012 e relatório de revisão dos auditores independentes

LEI Nº 1047/2012. O Prefeito do Município de Pinhalão, Estado do Paraná. Faço saber que a Câmara Municipal decreta, e eu, sanciono a seguinte Lei:

Questões Extras Direito Tributário Profº Ricardo Alexandre

Lei nº /07 Aspectos Jurídicos e Tributários

DIREITO TRIBUTÁRIO Técnico TRF

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA Analista/Técnico MPU

31/10/2012. Direito Tributário II. Administração. Finalidade fiscal e extrafiscal. Profª Barbara Mourão. - Tributo

UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL UNIJUÍ VICE-REITORIA DE GRADUAÇÃO VRG COORDENADORIA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA CEaD

PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR

LEI Nº 9.038, DE 14 DE JANEIRO DE O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS OU PARAFISCAIS (Art.149 c/c 195, CF)

DIREITO TRIBUTÁRIO I

LEI Nº 7.787, DE 30 DE JUNHO DE 1989

Capa: Danilo Oliveira. Produção Digital: Geethik. CIP Brasil. Catalogação-na-fonte. Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ.

Da gestão, da aplicação, do controle e da fiscalização dos Fundos... 5

ASPECTOS DA DESAPROPRIAÇÃO POR NECESSIDADE OU UTILIDADE PÚBLICA E POR INTERESSE SOCIAL.

Atividade Financeira do Estado

LUIZ ANTONIO SOARES DESEMBARGADOR FEDERAL RELATOR

Competência Tributária.

Assunto: Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais - DCTF

CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA

PROJETO DE LEI DAS PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS

Diretrizes para os Serviços Públicos de Saneamento Básico

1º ENCONTRO 1. Marque, entre as opções abaixo, a que responde corretamente, e na devida seqüência, aos três quesitos abaixo.

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

Gestão social da valorização fundiária urbana

COAF - RESOLUÇÃO Nº 20, DE 29 DE AGOSTO DE 2012

Parecer Consultoria Tributária Segmentos Retenção na fonte sobre adiantamento pago por PJ a outra Pessoa Jurídica

OAB 1ª FASE RETA FINAL CESPE DISCIPLINA: DIREITO TRIBUTÁRIO Prof.: Alexandre Mazza Material de Apoio

A APLICAÇÃO DO REGIME DE CAIXA NA APURAÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA SOBRE AS VERBAS PAGAS A DESTEMPO, ACUMULADAMENTE, POR FORÇA DE DECISÃO JUDICIAL

- Classificações tradicionais: correntes dicotômica e tricotômica Tradicionalmente a doutrina era dividida em duas escolas.

Parecer Consultoria Tributária Segmentos Valores de CSRF na Cobrança Bancária por CNAB

Sumário. Prefácio, XIX 2 FONTES DO DIREITO TRIBUTÁRIO, 19

Cria mecanismos de fomento à atividade audiovisual, e dá outras providências

ACADEMIA BRASILEIRA DE DIREITO CONSTITUCIONAL PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO E PROCESSO TRIBUTÁRIO

Análise da adequação orçamentária e financeira da Medida Provisória nº 634, de 26 de dezembro de 2013

DECRETO Nº 1.565, DE 26 DE MARÇO DE 2009

PARECER DE ORIENTAÇÃO CVM Nº 17, DE 15 DE FEVEREIRO DE 1989.

x z direta e imediata = Direta referibilidade da atuação Estatal. Basta a atuação (certidão, licença)

Importação por Conta e Ordem e Importação por Encomenda (LUCIANO - 15/05/2006)

Demonstrações Financeiras Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração - ABM

O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais,

ANO XXVI ª SEMANA DE NOVEMBRO DE 2015 BOLETIM INFORMARE Nº 46/2015

ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL OAB XIII EXAME DE ORDEM C006 DIREITO TRIBUTÁRIO

ANEXO III PROPOSTA ECONÔMICO FINANCEIRA DA SABESP PARA A REGIÃO METROPOLITANA DA BAIXADA SANTISTA - RMBS MUNICÍPIO DE SANTOS

Minuta para Consulta Pública Capítulo Receita Orçamentária Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP) 6ª Edição

ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL XVI EXAME DE ORDEM UNIFICADO

AGENDA DAS OBRIGAÇÕES FEDERAIS PARA FEVEREIRO DE 2011

Parecer Consultoria Tributária de Segmentos ICMS na Base de Cálculo do PIS e da COFINS nos Registros F500 e 1900 da EFD Contribuições

Incentivos Fiscais: Competitividade ou gerra fiscal? Adriano Paranaiba, MSc.

Prefácio à 21a edição, xxvii Prefácio à 20a edição, xxix Prefácio à 19a edição, xxxi Prefácio à 1a edição, xxxiii PARTE I - DIREITO FINANCEIRO, 1

Bungeprev Fundo Múltiplo de Previdência Privada Demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2007 e de 2006 e parecer dos auditores independentes

Pontifícia Universidade Católica de Goiás Faculdade de Direito Direito Previdenciário Profª. Ms. Tatiana Riemann CUSTEIO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL

Normas Sistema Gestão da Informação

Direito Tributário Profª Doutora Ideli Raimundo Di Tizio p 1

Questões legais da constituição da Empresa

PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº, DE 2015

PLANO DIRETOR DO MERCADO DE CAPITAIS 2008 DETALHAMENTO - RELATÓRIO CODEMEC 01/2009

Prof. Marcelino Fernandes DIREITO ADMINISTRATIVO

Desoneração da Folha de Pagamento na Construção Civil. (Leis nº /11 e /13; Decreto nº 7.828/12; INs RFB nº 971/09 e 1.

Direito Tributário Introdução, Normas Gerais, Tributos e Espécies e Competência Tributária

Modelo de Projeto de Lei (Origem Poder Executivo) Dispõe sobre as diretrizes para a elaboração da lei orçamentária de 2011.

Parte I INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA: CONCEITOS, PRINCÍPIOS E NORMAS BÁSICAS, 3

REGULAMENTO DAS ZONAS E PARQUES DE ESTACIONAMENTO DE DURAÇÃO LIMITADA 1. Preâmbulo

ORGANIZAÇÃO SINDICAL BRASILEIRA

Telecomunicações. Introdução

LEI nº 1261/2013, DE 11/01/2013

1001 Questões Comentadas - Direito Tributário - ESAF Vítor Cruz & Francisco Valente. Introdução

ARQUIVO ATUALIZADO ATÉ 31/12/2013

NOTA CONASEMS Regras para utilização dos recursos transferidos fundo a fundo

Constituem receitas das freguesias o produto da cobrança de taxas, nomeadamente provenientes da prestação de serviços pelas freguesias;

Assunto: Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais - DCTF

Desapropriação. Não se confunde com competência para desapropriar (declarar a utilidade pública ou interesse social): U, E, DF, M e Territórios.

Demonstrações Financeiras Associação Ame Jardins

COBRANÇA EXTRAJUDICIAL PELO ENVIO DE DARF PARA PAGAMENTO/PARCELAMENTO

Transcrição:

III - O tributo no Direito Brasileiro 1

O Tributo 1 - Conceito de tributo 2- O tributo e suas classificações 3- A determinação da natureza jurídica do tributo 4 Espécies e características dos tributos no ordenamento jurídico brasileiro: 4.1 Os impostos; 4.2 - As taxas; 4.3 A contribuição de melhoria; 4.4 - Os Empréstimos Compulsórios; 4.5 - As Contribuições Especiais. 2

1- O Tributo - conceito CTN- art. 3º É toda prestação pecuniária compulsória Em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir Que não constitua sanção de ato ilícito Instituída em lei e Cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. 3

2- O Tributo Classificações* Competência tributária Discriminação Finalidade de sua instituição Hipótese de Incidência Fundamento Repercussão Contribuinte 4

3 -A determinação da natureza jurídica do tributo 5

O art. 4º do CTN A natureza jurídica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação São, portanto, irrelevantes: a denominação; características formais adotadas pela lei; destinação legal do produto da sua arrecadação. 6

O fato gerador Importância do fato gerador (Amilcar Falcão) permite distinguir os tributos in genere (imposto, taxa, contribuição de melhoria) e in specie (cada espécie de imposto). Fixa o regime jurídico aplicável, identifica o sujeito passivo, estabelece o quantum devido; classifica o tributo em vinculado ou não vinculado, etc. 7

4 As diferentes espécies de Tributos CTN. Art. 5 - Impostos, Taxas e Contribuição de Melhoria. Doutrina e Jurisprudência - Impostos, Taxas, Contribuição de Melhoria, Empréstimos Compulsórios e Contribuições Especiais. 8

4.1 - O Imposto Espécie mais antiga de tributo (per capita). É um tributo que se destina a gastos gerais. Não há contra-prestação do Estado (é um tributo não vinculado por excelência). Forma mais complexa e maior fonte de receita do Estado moderno. Competência - privativa ou residual. Imposto e a capacidade contributiva. 9

Imposto - período moderno Conceito CTN. Art. 16. O imposto é utilizado para fins fiscais (arrecadatórios) e extrafiscais (interventivos). Obedece o princípio da capacidade contributiva. Generalidade, Universalidade e progressividade. Igualdade. Processo de sua instituição - econômico e político. Remunera os serviços a título universal (uti universii). CF. art. 167, IV. 10

Impostos - Classificações 1-Repercussão tributária 2- Contribuinte 3-Alíquotas 4-Discriminação 5-Previsibilidade 6-Finalidade 7- CTN 11

4.2 - As Taxas 12

Introdução. São tributos vinculados e comutativos. Possuem caráter contraprestacional. A competência, para a sua instituição, é comum. Esta espécie tributária é devida em virtude da utilização de serviços públicos ou em razão do exercício do poder de polícia. Taxas de serviço e taxas de polícia. 13

A Taxa Conceito legal - CF. art. 145, II e o CTN. art. 77. atribuição administrativa??? Atribuições União Federal CF. art. 21. - Municípios CF. art. 30. - Estados/DF - CF art. 25, 1º. A sua base de cálculo deve ser diferente da utilizada para a instituição de impostos. Remunera serviços a título singular (uti singuli). Hipóteses de Incidência de uma taxa: a) Exercício regular do Poder de Polícia; b) Utilização efetiva de serviço público ; c) Utilização potencial de serviço público. 14

Taxas de polícia Poder de Polícia - CTN. Art. 78. Atividade da Administração... H.I. Exercício regular do poder de polícia Condições de validade do exercício do Poder de Polícia CTN. Art. 78, único Órgão competente? Lei aplicável... Devido processo legal? Atos discricionários... Sem abuso ou desvio de poder... Características gerais das taxas de polícia... 15

Taxas de Serviços Serviço Público - conceito. Classificação dos serviços públicos. HI - Utilização potencial do serviço público. Utilização efetiva do serviço público. Requisitos obrigatórios do serviço público: Especificidade Divisibilidade (Mensurabilidade) Características das taxas de serviço... 16

Taxas - Conclusões Espécie autônoma do gênero tributo (caráter ressarcitório). Relação direta entre o beneficiário e o Estado. Base de cálculo diferente da utilizada por impostos. Base de Cálculo - custo estimado do serviço. Alíquota - critério de rateio. 17

Figuras próximas das taxas... Pedágios... Tarifas... Preços Públicos... 18

Taxas e Preços Públicos 19

Taxa e Preço Público 1 - A taxa é uma receita derivada, obrigatória, de direito público e o preço público é uma receita originária, contratual, de direito privado. 2- A taxa existe onde o serviço é essencial ao Estado, enquanto o preço público se origina de uma atividade não essencial. 20

Taxa e Preço Público 3- Preço público - o Estado desempenha a atividade como particular e na taxa, o Estado atua com o poder de império e esta decorre do exercício do poder de polícia ou pela prestação de um serviço público. 4- Preço público - prevalece o interesse privado e na taxa prevalece o interesse público. 21

Taxa e Preço Público 5- A Taxa decorre de lei e o preço público de um acordo de vontades. 6- A Taxa visa cobrir o custo do serviço enquanto no preço público, há o intuito de lucro. 7- O preço, por ser de direito privado, pode ensejar o desfazimento do acordo, o que não ocorre com a taxa, que é um tributo. 22

4.3 - Contribuição de Melhoria 23

Contribuição de Melhoria... Introdução. Tributo vinculado e retributivo. Competência comum. Cobrado em razão de valorização imobiliária decorrente de obra pública. Há uma relação expressa de obras que podem ensejar a instituição deste tributo. É cobrado uma única vez. Este tributo possui dois limites - o geral e o individual. 24

A Contribuição de Melhoria no Brasil CTN - limites total e individual. 1967 - Decreto Lei 195- complementa o CTN sobre a matéria. 1969 - E/C 1/69 - disposições semelhantes ao CTN. 1983- E/C 23/83 modifica a definição do tributo (limite total). CF 88 - art. 145, III- recepcionou a EC 23/83 (benefício imobiliário). 25

Contribuição de Melhoria Previsão legal - CF. art. 145, III e pelo CTN, arts. 81 e 82. Regulamentação Decreto-Lei nº 195/67. Relação de obras - art. 2º do DL 195/67. Só pode ser cobrada em razão de obras públicas que provoquem valorização imobiliária. O sujeito passivo é o proprietário do imóvel, não se admite a repercussão. 26

CTN art. 81 Atribuição Administrativa. Hipótese de Incidência valorização da propriedade imóvel decorrente de obras públicas. Cobrança do tributo - características 27

Requisitos mínimos da Lei.. CTN. Art. 82-1- Publicação dos elementos: a) memorial descritivo do projeto; b)orçamento do custo da obra; c)parcela do custo a ser financiada pela contribuição; d)zona beneficiada; e) fator de absorção (zona ou zonas beneficiadas). 2-prazo p/impugnação e 3- regulamentação do processo administrativo. 28

Contribuição de Melhoria X Taxa (semelhanças) I- Ambos são tributos vinculados. II-Retributivos. III-Podem ser instituídos por todos os entes políticos. 29

Contribuição de Melhoria X Taxa (diferenças) 1 - A taxa é periódica e a contribuição de melhoria incide uma só vez. 2- A taxa é cobrada a priori e a contribuição de melhoria, a posteriori. 3- O encargo da taxa é uniforme entre os contribuintes e o da contribuição de melhoria tem limites (geral e individual). 30

4.4 - Os Empréstimos Compulsórios 31

Empréstimos Compulsórios... Histórico Empréstimos Públicos ( voluntários e coercitivos). Situações Emergenciais. Restituibilidade. Foram utilizados sob diferentes formas. No Brasil II Guerra Mundial (imposto da guerra) e posteriormente, foram instituídos mais de 60 vezes. Competência privativa da União Federal. 32

Os Empréstimos Compulsórios Conceito legal - CTN art. 15 e CF art.148. Espécies distintas das demais. Características - Excepcionalidade e restituibilidade ( imposto restituível ). Espécies emergenciais. Natureza Jurídica de tributo. 33

CTN art. 15 Competência privativa da União Situações excepcionais... I guerra externa ou sua iminência; II- calamidade pública; III- conjuntura que exija a absorção temporária do poder aquisitivo. único a lei deve estabelecer o prazo e as condições do empréstimo. 34

CF. art. 148... Competência privativa da União Federal Lei Complementar: I guerra externa, sua iminência ou calamidade pública; II investimento público de caráter urgente e relevante interesse nacional (obediência ao art. 150, III, b ). único vinculação na utilização dos recursos Princípios aplicáveis. 35

4.5 As Contribuições Especiais 36

Contribuições Especiais CTN, art. 217 foi acrescido posteriormente ao seu surgimento, demonstrando a natureza tributária de algumas contribuições já existentes no ordenamento jurídico nacional (FGTS, FUNRURAL, quotas da previdência, etc). CF. art. 149, caput contribuições sociais, contribuições interventivas e contribuições de interesse das categorias profissionais ou econômicas. CF. 195 Contribuições para a seguridade social. CF. art. 149, 1º - contribuições de natureza não tributária. 37

Contribuições Especiais CF. art. 149 e art. 195 Espécies: Sociais; Seguridade Social; Intervenção no domínio econômico; Interesse de categoriais profissionais ou econômicas; Financiamento da Iluminação Pública CF. 149- A. 38

Contribuições Sociais São de competência privativa da União Federal. Há uma referibilidade, isto é, uma referência entre o pagamento e os benefícios pretendidos. Há atuação do Estado para finalidades específicas. São tributos e submetem-se a vários princípios tributários. Não incidirão sobre as exportações e incidirão sobre a importação de bens ou serviços. Ex. Contribuição Social sobre o Lucro Líquido; Contribuição do Salário-Educação; Contribuição para o PIS/PASEP. 39

Contribuições para a Seguridade Social A Seguridade Social, conceito mais amplo que a Previdência Social, está definida na Constituição Federal, nos arts. 194 e 195. Seguridade saúde, previdência e assistência social. Deve-se observar, ademais, que a instituição de nova fonte de custeio para a seguridade social, está na competência residual (CF. art. 154, I cc CF. art. 195, 4º ). Ex. Cofins; Contribuições previdenciárias (autônomo, empregador, etc). prazo nonagesimal Responsabilidade tributária* 40

Contribuições para a Seguridade Social Financiamento da Seguridade Social está previsto na CF. art. 195. As contribuições dessa espécie, são de competência da União Federal, obedecendo aos princípios tributários gerais. Ex. Cofins- Contribuição para o financiamento da seguridade social; Contribuições previdenciárias (autônomo, empregador, etc); Contribuição previdenciária nos pagamentos feitos a terceiros, etc. 41

Contribuições Interventivas CF. art. 149 e CF. art. 177, 4º, I e II. Utilizadas como instrumentos de atuação da União Federal na área econômica. Finalidades especiais... A competência para a sua instituição é privativa da União. Ex. Contribuição do Adicional para o Fundo de Renovação da Marinha Mercante AFRMM; Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico - Cide. Cide - Leis n s 10.336/01 e 10.636/02. 42

Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico Lei 10.336/01 Cide (Combustíveis). É exceção à Anterioridade Tributária, porém obedece ao prazo nonagesimal. Destinação dos recursos: pagamento de subsídios (preços, transportes) de álcool, gás; financiamento de projetos ambientais relacionados; financiamento de programas de infra-estrutura de transporte. Suas alíquotas poderão ser ad-valorem ou específicas. 43

As Contribuições Interventivas, possuem algumas características: 1- não incidirão sobre as receitas de exportação; e 2 incidirão sobre a importação de bens e serviços, podendo as pessoas naturais serem equiparadas à importadores, para tal finalidade. 44

Contribuições para a Regulamentação de categorias profissionais ou econômicas... São também denominadas de Contribuições Parafiscais. São instituídas por entidades profissionais, autorizadas por lei a cobrarem-nas de seus filiados (filiação obrigatória). Não integram o orçamento da União. Os profissionais devem efetuar o recolhimento aos respectivos conselhos. OAB, CRM, CRO, CREA, CRC, etc. 45