NT-1805.R-1 - DESMATAMENTO E TERRAPLENAGEM EM TERRENOS E ACRESCIDOS DE MARINHA



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Transcrição:

NT-1805.R-1 - DESMATAMENTO E TERRAPLENAGEM EM TERRENOS E ACRESCIDOS DE MARINHA Notas: Aprovada pela Deliberação CECA nº 0244 de 29 de outubro de 1981. Publicada no DOERJ de 24 de novembro de 1981 1. OBJETIVO Regulamentar a realização de desmatamentos executados manualmente ou com auxílio de equipamentos, bem como a terraplenagem, em terrenos de marinha ou em seus acrescidos, fornecendo subsídios ao atendimento do que dispõe a alínea f, do item 4.2, da PORTOMARINST nº 318001. A aplicação desta Norma poderá ser estendida pela FEEMA a outros terrenos em que se realizem tais obras e que não sejam ditos de marinha ou seus acrescidos. 2. CONSIDERAÇÕES GERAIS Esta Norma pretende alcançar, pela sua implementação, os seguintes resultados básicos: a) Limitar o desmatamento de áreas, qualquer que seja a sua cobertura vegetal, ao mínimo indispensável à execução de projeto aprovado. b) Restringir, os trabalhos de terraplenagem, visando garantir a estabilidade dos terrenos e redução dos efeitos posteriores de erosão e assoreamento. c) Obrigar ao realizador de tais obras a recompor cobertura vegetal capaz de compensar o dano ambiental porventura conseqüente. d) Minimizar o custo ecológico, introduzindo critérios restauradores, semelhantes aos de controle de poluição na atividade industrial, levando o empresário a avaliar cuidadosamente os danos que irá causar e exigindo-lhe o compromisso junto ao órgão de gestão ambiental de tomar medidas que venham compensar ou minorar os danos inevitáveis. 3. DISPOSIÇÕES GERAIS 3.1 Esta Norma Técnica aplica-se ao desmatamento, à terraplenagem e aos derrocamentos para quaisquer fins, executados em terrenos de marinha, seus acrescidos e áreas contíguas, tais como:

a) Estradas, arruamentos e vias de tráfego, públicos ou privados; b) Edifícios isolados ou grupos de edifícios, públicos ou privados; c) Cais, marinas, portos e estaleiros; d) Clubes de pesca e recreação aquática; e) Quaisquer atividades que modifiquem o estado natural dos terrenos, mesmo sendo para instalação de lotes, áreas de lazer, parques recreativos, etc. f) Abertura ou dragagens de canais, rios, lagoas, cuja atividade traga conseqüências para suas margens. 3.2 A aprovação dos trabalhos de desmatamento e terraplenagem não exime o Empresário ou Executor de outras aprovações referentes às obras em si, necessárias, no órgão de controle ambiental ou em qualquer órgão público. 3.3 Todo pedido de licença, cuja execução importe em desmatamento e terraplenagem deve ser acompanhado de um memorial, denominado Memorial Descritivo das Obras de Desmatamento e Terraplenagem que deverá obrigatoriamente conter os seguintes tópicos: a) Descrição geral do problema. Nesse item, serão descritos os aspectos gerais da obra requerida, sua finalidade e quais os danos que serão causados à natureza local (paisagem, micro-clima, solos, hidrografia, vegetação e fauna). b) Levantamento da vegetação existente. Será apresentado o mapa das formações vegetais, acompanhado pelo levantamento dos espécimes importantes, seja por exemplo (pelo porte, idade, raridade, condição de porta-sementes ou fonte de alimentação para a fauna, fixador de solos, amenizador de micro-clima, atenuador de poluição sonora, função de quebra-ventos ou aspecto estético paisagístico) devidamente locados em planta de situação e, sempre que possível, ilustrador por fotografias. c) Medidas de conservação e compensação ecológica. Será apresentado o plano de recomposição da vegetação proposto como compensação pelas alterações ecológicas, incluindo as medidas conservacionistas que forem necessárias para equilíbrio ambiental da área, devidamente assinaladas em planta de situação. d) Projeto de terraplenagem O projetista representará em planta com curvas de nível, em escalas usuais, os cortes, aterros, derrocamento e enrocamentos que pretender realizar, projetados segundo os seguintes critérios:

- as modificações do terreno devem ser as mínimas possíveis. - os taludes e aterros, não ocupados por construções, serão recobertos de vegetação e todas as vias e pátios de estacionamento serão arborizados. O projetista deverá indicar as espécies vegetais, em proporção tal que as espécies alienígenas não excedam de 50% das espécies indígenas locais, a serem empregadas. - os cortes e aterros serão projetados dentro da técnica exigida para conservação do solo, apropriados para as obras dessa natureza, de modo a assegurar sua estabilidade. e) Levantamento da Fauna Por determinação do órgão ambiental competente poderá ser exigida a anexação ao Memorial, do levantamento da fauna local. f) Descrição e localização do sistema hídrico local. Em planta topográfica serão indicados os limites dos rios, lagos, lagoas, represas, brejos, alagados, manguezais, por ventura existentes. g) No caso de aterro ou dragagem, a critério do analista, poderá ser exigida a anexação ao Memorial do estudo referente a lençol freático e línguas salinas. 4. DISPOSIÇÕES ESPECÍFICAS 4.1 Sempre que possível, o projeto será elaborado respeitando a conservação da vegetação remanescente local. 4.2 Deve-se evitar, no replantio, o uso de espécies vegetais alienígenas, que não poderão, qualitativa e quantitativamente exceder de 50%, às espécies nativas na região. 4.3 Os terrenos onde se propõe empréstimo ou bota-fora de terras, não poderão ser em áreas de preservação permanente. 4.4 A camada de solo arável, solo orgânico ou solo superficial será retirada e depositada em locais cuidadosamente escolhidos para posterior recobertura do solo e aproveitamento no projeto de conservação, após concluído o empréstimo ou corte. 4.5 Para aquelas áreas de empréstimo e bota-fora, serão exigidos os cumprimentos dos mesmos critérios de estabilidade e cobertura final com vegetação, aplicáveis às demais áreas do projeto.

4.6 Antes de qualquer trabalho de empréstimo deverão ser pesquisadas, com sondagens de reconhecimento, a natureza do material disponível, evitando-se a escarificação desordenada da terra. 4.7 Não será permitido o desmatamento por queimadas, pelo uso de produtos químicos, nem a queima da vegetação já retirada. 4.8 Nos locais onde houver jazidas arqueológicas, não será permitida qualquer escavação, instalação de obra, nem empréstimo ou bota-fora de material. Tais jazidas serão objeto de Norma Técnica apropriada. 4.9 A responsabilidade da recomposição da cobertura vegetal é integralmente do proprietário do empreendimento. Sendo recomendável que no contrato de execução das obras seja exigido do empreiteiro a obrigatoriedade de reposição da cobertura e sua manutenção até atingir a estabilidade. 4.10 Tal compromisso obrigatoriamente constará de cláusula contratual sempre que houver sub-delegação de serviços. 5. MEDIDAS DE PROTEÇÃO DE PRAIAS 5.1 Para efeito desta Norma, distinguem-se as seguintes zonas nas faixas das praias: a) zona desprovida de vegetação; b) zona de vegetação ante-duna; c) zona da duna e cordão litorâneo. Na primeira zona não será permitido qualquer aterro ou instalação de benfeitorias. Na segunda zona não será permitido qualquer aterro e de preferência será mantida a vegetação natural. No caso de sua utilização, só poderá ser transformada em jardim, com estabilização de espécies adaptadas às suas condições ecológicas típicas. Na terceira zona será permitida a construção de vias de acesso, normais à praia, mas deverá ser evitada a construção de vias longitudinais. A via longitudinal deverá ficar o mais longe possível da zona anterior. O acesso à praia jamais será impedido pela existência de linha ininterrupta de lotes residenciais. É exigida a arborização adensada para evitar reavivamento de dunas e propiciar sombreamento protetor. 5.2 Não será permitido o aterro indiscriminado, para qualquer fim, de qualquer área das faixas de praia.

5.3 Não será permitido o uso de qualquer das zonas de praia para receber botafora, nem para extração de areia, conchas ou empréstimos de qualquer outra natureza. 5.4 As galerias de escoamento de águas pluviais, deverão, sempre que possível tecnicamente, desaguar em galeria de cintura de modo a não cortar a faixa de areia. 6. MEDIDAS DE PROTEÇÃO DOS COSTÕES Do ponto de vista ecológico o costão (inclusive matacões e pedras menores) é denominado praia dura e seu tratamento não deve diferir do dispensado às praias arenosas, apenas previstas às adaptações necessárias. 6.1 É proibido o corte ou a execução de material rochoso para empréstimos ou para qualquer outra finalidade, tais como enrocamentos, etc. 6.2 As construções devidamente aprovadas deverão limitar o derrocamento a um mínimo. 6.3 As obras autorizadas nos costões deverão permitir o livre acesso a toda a linha litorânea tal como é determinado por lei. 6.4 É proibido o bota fora de qualquer espécie nos costões. 6.5 É proibido o derrocamento em costões para embutir canalizações de qualquer natureza. Sempre que possível, a alocação de canalizações deverá evitar a destruição das rochas dos costões.