ITBI/ITD PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO SUCESSÓRIO Gustavo Brigagão
Histórico - Alvará 3/1809 Imposto de Sisa - Transmissão de bens de raiz (bens imóveis) e escravos ladinos - Constituição/1891 Imposto Estadual sobre Transmissão de Propriedade - Constituição de 1934, de 1937 e de 1946 Dois impostos de competência dos Estados Imposto sobre Transmissão Causa Mortis (de quaisquer bens) e Imposto sobre Transmissão de Propriedade (imobiliária) inter vivos - EC n. 5/61 Municípios passaram a ser competentes para cobrar o Imposto sobre Transmissão de Propriedade (imobiliária) inter vivos - EC n. 18/65, CF/67 e EC n. 1/69 Um único Imposto Estadual sobre transferência imobiliárias inter vivos e causa mortis - CF/88 ITBI municipal e ITD Estadual
Holdings Patrimoniais CF/88 - Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: (...) 2º - O imposto previsto no inciso II: I - não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrente de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil; CTN Art. 36. Ressalvado o disposto no artigo seguinte, o imposto não incide sobre a transmissão dos bens ou direitos referidos no artigo anterior: I - quando efetuada para sua incorporação ao patrimônio de pessoa jurídica em pagamento de capital nela subscrito; II - quando decorrente da incorporação ou da fusão de uma pessoa jurídica por outra ou com outra. Parágrafo único. O imposto não incide sobre a transmissão aos mesmos alienantes, dos bens e direitos adquiridos na forma do inciso I deste artigo, em decorrência da sua desincorporação do patrimônio da pessoa jurídica a que foram conferidos. Art. 37. O disposto no artigo anterior não se aplica quando a pessoa jurídica adquirente tenha como atividade preponderante a venda ou locação de propriedade imobiliária ou a cessão de direitos relativos à sua aquisição. 1º Considera-se caracterizada a atividade preponderante referida neste artigo quando mais de 50% da receita operacional da pessoa jurídica adquirente, nos 2 anos anteriores e nos 2 anos subseqüentes à aquisição, decorrer de transações mencionadas neste artigo. 2º Se a pessoa jurídica adquirente iniciar suas atividades após a aquisição, ou menos de 2 (dois) anos antes dela, apurar-se-á a preponderância referida no parágrafo anterior levando em conta os 3 (três) primeiros anos seguintes à data da aquisição. 3º Verificada a preponderância referida neste artigo, tornar-se-á devido o imposto, nos termos da lei vigente à data da aquisição, sobre o valor do bem ou direito nessa data. 4º O disposto neste artigo não se aplica à transmissão de bens ou direitos, quando realizada em conjunto com a da totalidade do patrimônio da pessoa jurídica alienante.
Cisão e Extinção CF/88 - Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: (...) 2º - O imposto previsto no inciso II: I - não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrente de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica (...) CTN Art. 36. Ressalvado o disposto no artigo seguinte, o imposto não incide sobre a transmissão dos bens ou direitos referidos no artigo anterior: I - quando efetuada para sua incorporação ao patrimônio de pessoa jurídica em pagamento de capital nela subscrito; II - quando decorrente da incorporação ou da fusão de uma pessoa jurídica por outra ou com outra. Parágrafo único. O imposto não incide sobre a transmissão aos mesmos alienantes, dos bens e direitos adquiridos na forma do inciso I deste artigo, em decorrência da sua desincorporação do patrimônio da pessoa jurídica a que foram conferidos.
Extinção x Desincorporação HUGO DE BRITO: Por outro lado, não nos parece que exista incompatibilidade entre a norma imunizante albergada pela vigente Constituição Federal e a norma do art. 36, parágrafo único, do Código Tributário Nacional. Esta última na verdade não se aplica aos casos de extinção, que estão sob a incidência da primeira. Aplica-se, porém, aos casos de simples redução do capital social, com desincorporação dos bens imóveis ou direitos a eles relativos do patrimônio de pessoas jurídicas. Em outras palavras, na hipótese de extinção da pessoa jurídica é irrelevante quem seja o destinatário dos bens transferidos. (Comentários ao CTN, Vol. I., Atlas, SP, 2003, p. 399-400.)
Nesses casos CF/88 Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: (...) 2º - O imposto previsto no inciso II: I - não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrente de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil;
Atividade Preponderante CTN - Art. 37. (...) 1º Considera-se caracterizada a atividade preponderante referida neste artigo quando mais de 50% da receita operacional da pessoa jurídica adquirente, nos 2 anos anteriores E nos 2 anos subsequentes à aquisição, decorrer de transações mencionadas neste artigo. 2º Se a pessoa jurídica adquirente iniciar suas atividades após a aquisição, ou menos de 2 anos antes dela, apurar-se-á a preponderância referida no parágrafo anterior levando em conta os 3 primeiros anos seguintes à data da aquisição. 3º Verificada a preponderância referida neste artigo, tornar-se-á devido o imposto, nos termos da lei vigente à data da aquisição, sobre o valor do bem ou direito nessa data. 4º O disposto neste artigo não se aplica à transmissão de bens ou direitos, quando realizada em conjunto com a da totalidade do patrimônio da pessoa jurídica alienante.
Atividade Preponderante (i) (ii) Mais de 50% da receita operacional decorrente de atividades imobiliárias no período anterior de 2 anos e, cumulativamente, no período posterior de 2 anos; Mais de 50% da receita operacional decorrente de atividades imobiliárias apenas em um dos períodos de 2 anos (anterior ou posterior); (iii) Mais de 50% da receita operacional decorrente de atividades imobiliárias considerada a média dos 4 anos (2 anos anteriores e 2 anos posteriores). Precedentes STJ TRIBUTÁRIO ITBI: ISENÇÃO ART. 37, 1º DO CTN: INTERPRETAÇÃO. 1. O dispositivo indicado (...) não ordenou que fosse examinada situação fática concomitante: dois anos antes e também dois anos depois. 2. Interpretação errônea da Lei. (REsp 11.941, 2ª Turma. Min. Eliana Calmon, 10.08.1999) Obter Dictum - Min. Humberto Gomes de Barros - Seria, pois, necessária a demonstração de que durante os 4 anos a que se refere o parágrafo 1º [art. 37], não houve qualquer negócio imobiliário. (Resp 448.527, 1ª Turma, 19.08.2003)
Decadência / Acréscimos moratórios CTN Art. 37. (...) 3º Verificada a preponderância referida neste artigo, tornar-se-á devido o imposto, nos termos da lei vigente à data da aquisição, sobre o valor do bem ou direito nessa data. Art. 117. Para os efeitos do inciso II do artigo anterior e salvo disposição de lei em contrário, os atos ou negócios jurídicos condicionais reputam-se perfeitos e acabados: I - sendo suspensiva a condição, desde o momento de seu implemento; II - sendo resolutória a condição, desde o momento da prática do ato ou da celebração do negócio. Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 (cinco) anos, contados: I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado;
Decadência / Acréscimos moratórios TJ/PR Imunidade sob condição resolutória x FG sob condição suspensiva (...) Observe-se que é a imunidade que está sujeita a condição resolutória relativa à verificação de ulterior preponderância. E é exatamente essa imunidade sujeita à condição resolutória que impõe ao fato gerador como situação jurídica, a condição suspensiva. Assim, o fato gerador somente se aperfeiçoará se e quando, dentro do prazo respectivo, for demonstrada a preponderância que afasta a imunidade e concretiza o fato gerador do tributo. (Apelação Cível nº 987176-9, de 04/02/2014) No mesmo sentido: TJ/RS - Apelação/Reexame Necessário n. 70013338009, de 2/12/2006 e Agravo de Instrumento n. 70051978948, de 12/11/2012.
ITD Ausência de Lei Complementar Regra Geral bens imóveis e respectivos direitos - Estado da situação do bem bens móveis, títulos e créditos - Estado onde se processar o inventário ou arrolamento, ou tiver domicílio o doador terá competência para sua instituição regulada por lei complementar: a) se o doador tiver domicilio ou residência no exterior; b) se o de cujus possuía bens, era residente ou domiciliado ou teve o seu inventário processado no exterior ;
ITD Alíquotas Estaduais ESTADO ALÍQUOTA ESTADO ALÍQUOTA ACRE 2% (doação) e 4% (causa mortis) PARAÍBA 4% ALAGOAS 2% a 4% PARANÁ 4% AMAPÁ 3% (doação) e 4% (causa mortis) PERNAMBUCO 2% (doação) e 5% (causa mortis) AMAZONAS 2% PIAUÍ 4% BAHIA 3,5% (doação) e 4% a 8% (causa mortis) CEARÁ 2% a 8% RIO DE JANEIRO 4% RIO GRANDE DO NORTE DISTRITO FEDERAL 4% RIO GRANDE DO SUL 3% 3% (doação) e 4% (causa mortis) ESPÍRITO SANTO 4% RONDÔNIA 2% a 4% GOIÁS 2% a 4% RORAIMA 4% MARANHÃO 2% (doação) e 4% (causa mortis) SANTA CATARINA 1% a 8% MATO GROSSO 2% a 4% SÃO PAULO 4% MATO GROSSO DO SUL 2% (doação) e 4% (causa mortis) SERGIPE 4% MINAS GERAIS 5% TOCANTINS 2% a 4% PARÁ 4%
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