45 ANOS DO PRIMEIRO VOO DO EMB 100 BANDEIRANTE. Semana da Asa 2013

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Transcrição:

45 ANOS DO PRIMEIRO VOO DO EMB 100 BANDEIRANTE Semana da Asa 2013

A Semana da Asa e o Bandeirante A Semana da Asa foi Idealizada pelo aviador Godofredo Vidal em 1935 e viabilizada pela Comissão de Turismo Aéreo do Touring Club Brasil. A ideia era fomentar o orgulho aeronáutico brasileiro, numa época em que desenvolviam-se as primeiras iniciativas para produzir aeronaves em série no país. A data foi escolhida em alusão ao dia do aviador, comemorado em 23 de outubro que, por sua vez, remete ao primeiro voo de um aparelho mais pesado que o ar, o 14 Bis de Santos Dumont. Desde sua criação, a Semana da Asa colaborou sensivelmente para estimular o setor aeronáutico brasileiro. Por isso, o Centro Histórico Embraer decidiu celebrar a data trazendo esta breve exposição sobre o primeiro voo do Bandeirante, avião símbolo que viabilizou o início da grande empresa aeronáutica brasileira, a Embraer,

O Nascimento do Bandeirante Em 1965 o Instituto de Pesquisas e Desenvolvimento (IPD), órgão do Centro Técnico Aeroespacial (CTA), iniciou o desenvolvimento de um projeto de aeronave, chamada então de IPD-6504 (por ser o quarto modelo projetado no ano de 1965), atendendo às especificações do Ministério da Aeronáutica. O projeto, liderado pelo então chefe do Departamento de Aeronaves (PAR), Ozires Silva, baseava-se em um estudo sobre a densidade do tráfego aéreo comercial brasileiro, principalmente em cidades pequenas, e ao comprimento e tipo de piso das pistas dos aeródromos nacionais. Visava, assim, obter um avião moderno e adaptado às condições, necessidades e possibilidades brasileiras, numa época em que a infraestrutura aeroportuária do país era pequena.

O Nascimento do Bandeirante O desenvolvimento do IPD-6504 foi iniciado no hangar X-10 do Departamento de Aeronaves (PAR), órgão do IPD, sob o comando do projetista e engenheiro francês Max Holste e participação do também projetista e engenheiro brasileiro Guido Pessotti. Grande parte da equipe era composta por técnicos e especialistas que haviam atuado nos projetos do Convertiplano e do Beija-Flor, provenientes do CTA e de outros departamentos do IPD.

O Nascimento do Bandeirante Hangar X-10 de montagem gabarito em madeira

O Nascimento do Bandeirante Instalação da cablagem do EMB 100

O Nascimento do Bandeirante No período inicial de criação foram definidas as especificações básicas do avião. Um ponto chave para a definição de todo o projeto foi o número de passageiros, fixado em oito, que determinou o peso máximo de decolagem, a potência requerida pelo avião, entre outras especificações técnicas. O resultado foi um turbo-hélice metálico, de asa baixa, equipado com duas turbinas Pratt & Whitney PT6-020, cada uma de 580 HP na decolagem e com capacidade para oito pessoas. Em 1969, depois de diversas sugestões e até um concurso para definir o nome comercial da aeronave, o Brigadeiro Paulo Victor da Silva batizou-a com o nome Bandeirante, em referência aos desbravadores pioneiros da integração nacional.

O Nascimento do Bandeirante Última semana antes da finalização do EMB 100

O Nascimento do Bandeirante Fase final da montagem do EMB 100

O Primeiro Voo O protótipo do Bandeirante foi construído em três anos e quatro meses após a aprovação do projeto um recorde, considerando-se que, até então, eram necessários cinco anos para desenvolver um protótipo de avião no Brasil. A prova de fogo, porém, deveria ser o primeiro voo, previsto para acontecer em 1968. Para tanto, uma das mais importantes providências era definir o piloto e o engenheiro de voo que tripulariam o voo inaugural, que deveriam ser treinados por uma instituição de reputação consagrada. O Major-aviador José Mariotto Ferreira e o Engenheiro Michel Cury foram selecionados para a missão e enviados para o Centro de Ensaios em Voo em Istres, na França.

O Primeiro Voo O Major-aviador José Mariotto Ferreira graduou-se pela antiga Escola de Aeronáutica dos Afonsos em 1950, onde atuaria como instrutor quatro anos depois. Havia servido na Aviação de Caça, em Fortaleza (CE), destacando-se como exímio piloto. Em 1957 foi para os Estados Unidos, onde recebeu treinamento para piloto de busca e salvamento, na Advanced Flying School. Equipe responsável pelo primeiro voo do EMB 100 Da esquerda para a direita, Major José Mariotto Ferreira, Eng. Michel Cury, Sargento Pinheiro e Sargento Pangoni. 26 de outubro de 1968.

O Primeiro Voo Michel Cury graduou-se engenheiro aeronáutico pelo ITA em 1961. Demonstrou desde o início de sua formação o interesse pela área de ensaios em voo, sendo naquela época o único engenheiro brasileiro qualificado para tripular o voo de ensaio do Bandeirante. Major José Mariotto Ferreira e Eng. Michel Cury descem do EMB 100, 26 de outubro de 1968.

O Primeiro Voo No dia 17 de outubro de 1968 os motores do Bandeirante giraram pela primeira vez, fazendo vibrar toda a equipe do hangar X-10. Percebiase que seria possível voar antes da data prevista, dia 26 daquele mês, quando aconteceria uma cerimônia oficial já programada. A equipe passou então a dedicar-se a um voo não oficial. Apesar de problemas que envolveram um dano acidental na estrutura do trem de pouso rapidamente reparado e uma forte chuva no dia anterior, o Bandeirante enfim realizaria seu voo inaugural no dia 22.

O Primeiro Voo O Bandeirante já pintado com as cores da Força Aérea Brasileira (FAB) fez seu voo de teste em 22 de outubro de 1968. Embora o evento não tenha sido divulgado, diversas pessoas começaram a chegar, de todos os departamentos do CTA, além de alunos e professores do ITA, familiares e curiosos.

O Primeiro Voo Conforme a tradição de Max Holste, um buquê de flores foi fixado na antena do avião, simbolizando o seu batismo no ar que aconteceria em poucos instantes.

O Primeiro Voo Mariotto e Cury, vestidos com seus uniformes de voo e paraquedas, fizeram a inspeção externa e embarcaram. Tomaram seus lugares, iniciaram os testes de todos os equipamentos e, a um sinal de que tudo estava bem, o característico ruído de motor de arranque foi ouvido e a hélice começou a girar. Mariotto pediu que as amarras de segurança do avião fossem soltas e o protótipo começou a se mover. Por rádio, o piloto se dizia satisfeito com as respostas do avião.

O Primeiro Voo EMB 100 entrando na pista decolagem

O Primeiro Voo Quando o EMB 100 pousou, houve ainda mais comemoração. Eufóricos, Ozires Silva e Ozílio Silva celebraram o sucesso do voo com um banho de champagne na aeronave que acabara de conquistar os céus.

O Primeiro Voo Embora o voo oficial só fosse ocorrer quatro dias depois, o dia 22 de outubro consagrou-se como aquele em que o Bandeirante foi ao ar pela primeira vez, tornando real o sonho dos pioneiros da indústria aeronáutica brasileira.

O Voo Oficial e o Destino do Bandeirante No dia 26 de outubro de 1968, no aeroporto de São José dos Campos, o primeiro protótipo do Bandeirante realizou o primeiro voo oficial de demonstração. A cerimônia contou com a presença de cerca de 15 mil pessoas, entre elas o Ministro da Aeronáutica Márcio de Souza Mello, vários Ministros de Estado e autoridades civis e militares.

O Voo Oficial e o Destino do Bandeirante EMB 100 saindo do hangar para o primeiro voo oficial

O Voo Oficial e o Destino do Bandeirante EMB 100 no pátio

O Voo Oficial e o Destino do Bandeirante EMB 100 na pista para decolagem. O helicóptero ao lado foi o responsável pelas imagens do voo

O Voo Oficial e o Destino do Bandeirante EMB 100 em seu primeiro voo oficial

O Voo Oficial e o Destino do Bandeirante Rasante do EMB 100

O Voo Oficial e o Destino do Bandeirante Manobra do EMB 100 no primeiro voo oficial

O Voo Oficial e o Destino do Bandeirante Pouso do EMB 100 após o primeiro voo oficial

O Voo Oficial e o Destino do Bandeirante Pouso do EMB 100 após o primeiro voo oficial

O Voo Oficial e o Destino do Bandeirante Brigadeiro Paulo Victor, então Diretor do CTA entre o Eng. Michel Cury e o Major Mariotto Ferreira. De óculos escuro o projetista francês Max Holste.

O Voo Oficial e o Destino do Bandeirante Concluído o primeiro protótipo, havia o desafio da produção seriada e a comercialização da aeronave. Como se apresentou satisfatório, o programa foi aprovado pelo governo, e no dia 19 de agosto de 1969 foi criada a Embraer, destinada inicialmente à fabricação seriada do avião Bandeirante, designado então EMB 100.

O Voo Oficial e o Destino do Bandeirante Após a construção de outros protótipos e ajustes no projeto inicial, que deram origem ao EMB 110 Bandeirante, com 12 lugares na versão militar e alguns avanços técnicos em relação aos primeiros protótipos, a Embraer fechou com a Força Aérea Brasileira (FAB) um de seus primeiros contratos, para fabricação de 80 Bandeirantes. Em 1973 os primeiros aparelhos foram entregues à FAB. A partir daí, o Bandeirante permaneceria em produção por cerca de dezoito anos, sendo construído em mais de 20 versões. A Embraer produziu ao todo 496 Bandeirantes, destinados a clientes civis e militares de 36 países. Em junho de 1975 o primeiro protótipo do EMB 100 fez seu último voo, no percurso entre o Aeroporto Santos Dumont à Base Aérea dos Afonsos e permanece exposto no Museu de Aeronáutica.

O Voo Oficial e o Destino do Bandeirante e veja o vídeo do Primeiro Voo do EMB 100 Bandeirante