Projecções Cartográficas



Documentos relacionados
Projecções Cartográficas

Topografia Levantamentos Topográficos. Sistema de Referência. Coordenadas Geodésicas (j, l, h) Projecção Cartográfica

EXERCÍCIOS DE APOIO ÀS AULAS PRÁTICAS DE TOPOGRAFIA ENGENHARIA CIVIL

Forma de Captura de Imagens Digitais:

Aula 8 : Desenho Topográfico

Modelagem Digital do Terreno

Topografia. Conceitos Básicos. Prof.: Alexandre Villaça Diniz

Topografia TRABALHOS DE CAMPO NIVELAMENTO GEOMETRICO LEVANTAMENTO TAQUEOMETRICO LEVANTAMENTO E CALCULO DE UMA POLIGONAL

FOTOGRAMETRIA DIGITAL. Rogério Mercandelle Santana Universidade Federal de Viçosa Departamento de Solos

Componente curricular: Topografia e Cartografia. Curso: Técnico em Agroecologia Professor: Janice Regina Gmach Bortoli

Introdução À Astronomia e Astrofísica 2010

Descrição do Datum Geodésico da Região Administrativa Especial de Macau

UNIDADE II Processos de medição de ângulos e distâncias.

1.1. Viagens com GPS. Princípios básicos de funcionamento de um GPS de modo a obter a posição de um ponto na Terra.

Agrupamento de Escolas Anselmo de Andrade Avaliação Sumativa - Ciências Físico - Químicas 11.º Ano - Ano Lectivo 09/10

NIVELAMENTO GEOMÉTRICO

muito como cartas náuticas faça para o watercraft, ou o a mapa rodoviário para excitadores. Usando estas cartas e outras ferramentas pilotos possa

Levantamento. Levantamento altimétrico:

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA UFPB CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS - CCA Departamento de Solos e Engenharia Rural - DSER. Aula 02

Medição tridimensional

Sistemas de coordenadas e tempo. 1 Sistema de coordenadas horizontal local

PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Geomática Aplicada à Engenharia Civil. 1 Fotogrametria

Módulo constituido por uma aula teórico- -prática, a apresentar, com vista à realização. de Provas de Aptidão Pedagógica e. Capacidade Científica.

ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA

Disciplina: Topografia II

08-LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO PLANIMETRIA pg 98

- Global Positioning System - - Sistema de Posicionamento Global -

Questão 2 Uma esfera de cobre de raio R0 é abandonada em repouso sobre um plano inclinado de forma a rolar ladeira abaixo. No entanto, a esfera

Interbits SuperPro Web Física XIII Paulo Bahiense, Naldo, Wilson e Ausgusto

Cartografia e Prospeção

Sistema GNSS. (Global Navigation Satellite System)

Topografia Aplicada à Engenharia Civil AULA 01

Capítulo 2 CINEMÁTICA

Estudos Ambientais. Aula 4 - Cartografia

Os mapas são a tradução da realidade numa superfície plana.

TOPOGRAFIA AULA1 PORQUE? Prof. M.Sc. Engenharia Civil Diogo Maia

Aula 18 PERFIL TOPOGRÁFICO: TIPOS DE RELEVO. Antônio Carlos Campos

Sistema de Posicionamento por Satélite

ORIENTAÇÃO. Para a orientação recorremos a certas referências. A mais utilizada é a dos pontos cardeais: Norte Sul Este Oeste

ponto P terá as projecções P 1 e P 2. E o eixo X passa para X. Vamos ver o que acontece no plano do

CAPÍTULO I INTRODUÇÃO 1.1 FOTOGRAMETRIA

CINEMÁTICA VETORIAL. Observe a trajetória a seguir com origem O.Pode-se considerar P a posição de certo ponto material, em um instante t.

LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO (PLANIMETRIA)

MODELAGEM DIGITAL DE SUPERFÍCIES

Não é permitido o uso de corrector. Em caso de engano, deve riscar, de forma inequívoca, aquilo que pretende que não seja classificado.

Cálculo em Computadores trajectórias 1. Trajectórias Planas. 1 Trajectórias. 4.3 exercícios Coordenadas polares 5

Experimento. Guia do professor. Curvas de nível. Secretaria de Educação a Distância. Ministério da Ciência e Tecnologia. Ministério da Educação

Universidade do Estado de Santa Catarina Departamento de Engenharia Civil TOPOGRAFIA II. Profa. Adriana Goulart dos Santos

TOPOGRAFIA INTRODUÇÃO

I. Cálculo Diferencial em R n

(Exames Nacionais 2002)

NIVELAMENTO NIVELAMENTO. trigonométrico

AQUISIÇÃO DE DADOS. Topografia. Prof. Luciene Delazari Grupo de Pesquisa em Cartografia e SIG da UFPR SIG aplicado ao Meio Ambiente 2011

Movimentos da Terra -

(in: SENE, Eustáquio. Geografia Geral e do Brasil. São Paulo, SP: Scipione, 2010.)

Palavras-Chave: Sistema de Posicionamento Global. Sistemas de Localização Espacial. Equação de Superfícies Esféricas.

MATEMÁTICA - 1 o ANO MÓDULO 42 TRIGONOMETRIA: CÍRCULOS E LINHAS TRIGONOMÉTRICAS

Dados para mapeamento

Estes sensores são constituídos por um reservatório, onde num dos lados está localizada uma fonte de raios gama (emissor) e do lado oposto um

( Curso Dimensionamento de Estruturas de Aço CBCA módulo 3)

PLANO DE ESTUDOS DE GEOGRAFIA - 7.º ANO

Rotas de aprendizagem - Projetos

GPS. Sistema de Posicionamento por Satélites Artificiais. Sumário. O que é o GPS? Sumário

I Seminário SIGCidades: Cadastro Territorial Multifinalitário. Fundamentos de Cartografia aplicados aos SIGs

Movimentos da Terra PPGCC FCT/UNESP. Aulas EGL 2016 João Francisco Galera Monico unesp

Elaboração de perfis longos dentro do projeto Memória Visual através da fotografia: revitalização do Cais Mauá

TOPOGRAFIA. Ângulos e Distâncias

CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICA DE SANTA CATARINA Pró-Reitoria Acadêmica Setor de Pesquisa

SISTEMAS DE COORDENADAS E PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS. Prof. M.Sc. César Vinícius Mendes Nery vinicius.nery@ifnmg.edu.br Skipe: vinicius_nery

FOTOGRAMETRIA DIGITAL


NATUREZA DO TRABALHO : PERÍCIA DE ENGENHARIA O USO DE ORTOIMAGENS EM PERÍCIAS DE ENGENHARIA

AULA III MEDIDA DE DISTÂNCIA

Globos Digitais. 1 Dglobo

Matriz do Teste de Avaliação de Física e Química A - 11.º ano 1 de fevereiro de minutos

Compreendendo os Efeitos da Projeção nas Imagens Aéreas

7.5 Planialtimetria Topologia Tem por objetivo o estudo das formas da superfície terrestre e das leis que regem o seu modelado.

FICHAS DE PROCEDIMENTO PREVENÇÃO DE RISCOS

ANÁLISE COMPARATIVA DO LEVANTAMENTO PLANIALTIMÉTRICO EXECUTADO COM LEVANTAMENTO GNSS NO MODO RTK E TOPOGRAFIA CONVENCIONAL USADO COMO REFERÊNCIA

Universidade do Vale do Rio dos Sinos Programa de Pós-Graduação em Geologia Laboratório de Sensoriamento Remoto e Cartografia Digital

Localização de um lugar relativamente a outros locais, conhecidos.

Introdução à Topografia

Sistemas de Referência Locais

Métodos de Modelagem Numérica do Terreno (MNT)

O Q U E É U M REL Ó G I O DE S O L? Relógio de Sol é um instrumento que determina as divisões. do dia através do movimento da sombra de um objecto, o

O que são satélites? Existem 2 tipos de satélite, são os satélites naturais e satélites artificiais.

Departamento de Engenharia Civil Métodos de Levantamento Clássico

COMPETIÇÃO CANSAT PORTUGAL 2016 REGULAMENTO TÉCNICO ÍNDICE

Protecção de Sobretensões. Luis Cabete Nelson Vieira Pedro Sousa

Aula 5 NOÇÕES BÁSICAS DE GEODÉSIA E ASTRONOMIA DE POSIÇÃO. Antônio Carlos Campos

Estudo das projeções. Projeções noções elementares.

INSTRUMENTOS USADOS Lápis e lapiseiras Os lápis médios são os recomendados para uso em desenho técnico, a seleção depende sobretudo de cada usuário.

METODOLOGIA DO TREINO

COLÉGIO JOÃO PAULO I GEOGRAFIA - EXERCÍCIOS 1ª PARCIAL 1ª SÉRIE. Professor(a): Richard

sistema de posicionamento global

Mecânica 2007/ ª Série

FACULDADE SUDOESTE PAULISTA CURSO - ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA- TOPOGRAFIA

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA COMISSÃO DE PROCESSO SELETIVO PONTOS

UNICAP Universidade Católica de Pernambuco Laboratório de Topografia de UNICAP - LABTOP Topografia 2. Métodos de Aquisição de dados Planialtimétricos

Transcrição:

Projecções azimutais Projecções Cartográficas Projecção azimutal polar ou normal (ponto de tangência é o polo) Projecção azimutal equatorial ou transversa (ponto de tangência é o equador): Projecção azimutal oblíqua (ponto de tangência é algures entre o equador e o polo) Projecções cilíndricas Projecções cónicas Projecção cilíndrica normal (o eixo do cilindro coincide com o eixo polar da esfera) Projecção cilíndrica transversa (o eixo do cilindro é perpendicular ao eixo polar da esfera) Projecção cilíndrica oblíqua (o eixo do cilindro é inclinado relativamente ao eixo da esfera) Projecção cónica normal (o eixo do cone coincide com o eixo polar da esfera) Projecção cónica transversa (o eixo do cone é perpendicular ao eixo polar da esfera) Projecção cónica oblíqua (o eixo do cone é inclinado relativamente ao eixo da esfera) 1

Nivelas tóricas Princípios de utilização de nivelas tóricas A tangente à linha média no centro da bolha é horizontal. Quando se bascula uma nivela de um arco α em torno do seu centro de curvatura a bolha desloca-se, ao longo da linha média de um arco de amplitude α. Nivelas tóricas Princípios de utilização de nivelas tóricas Quando se roda uma nivela de 200 grados em torno de um eixo quase vertical, eixo esse que faz um ângulo ε com a vertical, a bolha desloca-se ao longo da linha média de um arco de amplitude 2ε. Limbos Círculos graduados de 0 a 400g. Nos teodolitos mais recentes, denominados de teodolitos electrónicos, existe um sistema electo-óptico para leitura dos limbos. Noções de altimetria Cota de um ponto: distância medida ao longo da vertical do lugar do ponto a uma superfície de referência Altitude ortométrica (Altitude): Cota do ponto quando a superfície de referência considerada é o geóide Altitude geodésica: Comprimento do segmento normal ao elipsóide definido pelo ponto e pela sua projecção sobre o elipsóide Altitude dinâmica de um ponto é a altitude ortométrica à latitude 45º da superfície de nível que o contém 2

Fotogrametria Fotogrametria Fotogrametria é a disciplina que se ocupa da medição, análise e interpretação de fotografias com vista à classificação e determinação da posição e dimensões dos objectos nelas representados. História 1849 - Primeiras experiências destinadas à utilização de fotografias aéreas em cartografia topográfica recorrendo a balões. 1901 Primeiro equipamento para restituição analógica de pares estereoscópicos. 1913 Primeira cobertura aérea com finalidades cartográficas. Fotogrametria Fotogrametria métrica determinação da posição de pontos. Fotogrametria interpretativa identificação de objectos. 3

Fotogrametria Fotogrametria aérea - as fotografias são tiradas com um câmara fotográfica colocada num avião que sobrevoa a região a cartografar. Fotogrametria terrestre as fotografias são tiradas de pontos fixos com posição conhecida. Fotografia A cartografia resulta de uma projecção ortogonal. A fotografia obtém-se com uma projecção central. Objectos na mesma vertical não estão sobrepostos na imagem fotográfica. A fotografia não pode ser directamente usada como cartografia. A B' a Negativo a' O f H Terreno A' Centro de projecção B Fotogrametria aérea B' Negativo a' A' O f Centro de projecção a a a f = = f H a H Escala da fotografia H 1 E = a ' a = f H Sobreposição lateral A a Terreno B 4

Modelo estereoscópico Sobreposição longitudinal As câmaras métricas aerotransportadas Câmaras de imagem analógica (filme) Câmaras Digitais (CCD) São dotadas com: Um dispositivo que arrasta o negativo durante a exposição com vista a compensar o movimento do avião. Um sistema de suspensão que isola a câmara das vibrações da plataforma. Um sistema de orientação e nivelamento que compensa a atitude da plataforma durante o voo. Vento Drift Linha de voo Vento Crab Tilt 5

Estereoscopia Capacidade de ter uma precessão tridimensional dos objectos As fotocoordenadas Marcas fiduciais Referencial imagem (x,y,z) (u,v) Referencial fiducial Sentido de voo Φ 1 >Φ2 Numa situação ideal x = u y = v z = -f x y fotocoordenadas As relações de colinearidade Marca fiducial na câmara fotográfica, registada na fotografia yy x a a y a Eixo dos xx (na direcção da linha de voo) No instante da exposição fotográfica encontram-se sobre a mesma recta: Um ponto do terreno A sua imagem fotográfica O centro do sistema óptico da câmara É possível estabelecer relações geométricas entre as coordenadas topográficas (M,P,H) e as fotocoordenadas (x,y) do ponto. Centro de colimação 6

As relações de colinearidade As relações de colinearidade B' Negativo A' A f O Centro de projecção positivo H Terreno B M=M-M 0 P=P-P 0 H=H-H 0 M 0, P 0, H 0 Coordenadas topográficas do centro do sistema óptico da câmara. ω - ângulo de rotação da imagem em torno do eixo dos xx que torna yy horizontal; ϕ - ângulo de rotação em torno da nova posição do eixo dos yy que torna o eixo dos xx também horizontal e consequentemente o eixo dos zz vertical; κ - ângulo de rotação em torno da posição vertical do eixo dos zz que torna o eixo dos yy coincidente com o Norte Cartográfico. As relações de colinearidade A posição topográfica de uma imagem fotográfica fica definida pelos seguintes sete parâmetros: As coordenadas topográficas do centro do sistema óptico da câmara no instante da exposição (M 0, P 0, H 0 ). Os três ângulos de rotação que traduzem a orientação da câmara relativamente ao sistema de referência topográfico no instante da exposição (ω, ϕ, κ) A distância focal da câmara (f). O posicionamento fotogramétrico As relações de colinearidade permitem exprimir as coordenadas topográficas de um ponto em função das suas fotocoordenadas Não é possível determinar as coordenadas topográficas do ponto (problema indeterminado). O problema é ultrapassado recorrendo à imagem do mesmo elemento em duas fotos diferentes. 7

Fototriangulação As coordenadas topográficas (M, P, H) de um ponto Q do terreno visível num par estereoscópico podem ser determinadas conhecendo: As fotocoordenadas das imagens de um ponto Q do terreno num par estereoscópico (i) Os parâmetros das imagens do par (ii) Fototriangulação A resolução deste sistema em ordem a M, P e H permite calcular as coordenadas do ponto Q. Orientação das fotografias Orientação interna Consiste em determinar os parâmetros de transformação entre as fotocoordenadas das marcas fiduciais existentes na câmara fotográfica e que ficam registadas na fotografia e as suas coordenadas imagem. Orientação relativa Destina-se a encontrar a posição relativa da câmara na altura das exposições de duas fotografias consecutivas. Só após a orientação relativa é possível observar, em relevo um modelo estereoscópico. Orientação absoluta Destina-se a referenciar o modelo estereoscópico relativamente ao referencial cartográfico. Faz-se a partir de pontos que, reconhecidos e identificados claramente nas fotografias, tenham coordenadas conhecidas no referencial cartográfico a utilizar. 8

Determinação de Alturas Um objecto linear, situado no terreno em posição vertical, aparece na imagem como um segmento de recta em posição radial relativamente ao ponto principal. Determinação de Alturas O comprimento c do segmento imagem é calculado em função das fotocoordenadas do topo (X T,Y T ) e da base (X B,Y B ) do objecto. A altura b pode ser estimada através de: a altura de voo Vectorização Consiste na compilação da informação cartográfica para um sistema de CAD/CAM (Computer Assisted Drafting/Computer Assisted Mapping) Ortofotografias As fotografias aéreas do terreno apresentam deformações geométricas devidas essencialmente aos seguintes factores: A fotografia é obtida com uma projecção central; A atitude da plataforma que transporta a câmara; Ao relevo do terreno. 9

Ortofotografias Chama-se ortorectificação ao processo de transformação de uma imagem fotográfica numa imagem semelhante à que resultaria de uma projecção ortogonal. O resultado é uma ortofotografia. Ortofotocartas O processo de ortorectificação utiliza: Os parâmetros de orientação da imagem fotográfica Um modelo do relevo da região À imagem ortorectificada pode ser sobreposta outra informação, como curvas de nível e toponímia, dando origem às ortofotocartas ou ortofotoplantas. Ortofotocartas A grande diferença entre uma ortofotocarta e uma carta topográfica reside na classificação da imagem topográfica: Por exemplo numa ortofotocarta é difícil distinguir entre uma linha de caminho de ferro de uma estrada. A ortofotocarta pode apresentar lacunas tais como zonas de sombra; zonas que na fotografia original estavam tapadas pelo topo de edifícios e que após a rectificação ficam sem informação. Fotogrametria terrestre A partir de um par de fotografias métricas tiradas de pontos diferentes é possível determinar as coordenadas de pontos representados em ambas as fotografias. 10

Detecção Remota São utilizadas imagens numéricas obtidas por sensores remotos. Detectam a radiação electromagnética emitida ou reflectida pelos objectos. Posicionamento Sistema de Posicionamento Global GPS (Global Positioning System) Desde sempre o homem usou a posição dos corpos celestes como ponto de referência para se orientar sobre a Terra. A ideia base do GPS é a substituição dos astros por satélites artificiais com características mais adequadas ao posicionamento. 11

Componentes do GPS Componente espacial O sistema apoia-se numa constelação de 24 satélites, a cerca de 20 200 km de altitude e dando uma volta à Terra em cada 12 horas. Componentes do GPS Componente de controlo Estações monitoras; Recebem continuamente a informação enviada pelos satélites Fornecem dados para a estação de controlo calcular as novas posições dos satélites e as correcções a fazer aos relógios atómicos de bordo. Estação de controlo. Estações emissoras de dados para os satélites; Componentes do GPS Componente do utilizador Receptores dos sinais emitidos pelos satélites. 12

Princípios Básicos de Funcionamento As coordenadas de um ponto na Terra são obtidas através de medição das distâncias desse ponto a vários satélites. Princípios Básicos de Funcionamento Essas distâncias correspondem aos raios de esferas centradas nos satélites e que passam pelo ponto em causa. Princípios Básicos de Funcionamento Como a posição dos satélites (centros das esferas) pode ser conhecida em cada instante, teoricamente, basta a intersecção de 3 esferas para obter as coordenadas tridimensionais do ponto. Princípios Básicos de Funcionamento Da intersecção de 3 esferas resultam, em geral, 2 pontos mas normalmente apenas um é aceitável como solução do problema. 13

Determinação da Distância ao Satélite A distância é obtida através da medição do tempo que um sinal electromagnético emitido pelo satélite demora a atingir o ponto a posicionar. O emissor (no satélite) e o receptor (no ponto a coordenar) geram o mesmo sinal de forma sincronizada. Determinação da Distância ao Satélite Quando o receptor recebe um sinal do satélite, basta compará-lo com o seu próprio sinal para através da diferença de fase obter o tempo do trajecto. Determinação da Distância ao Satélite Como a velocidade do sinal é muito grande, o tempo tem de ser medido com grande precisão, por isso os satélites estão equipados com relógios atómicos. Os relógios dos receptores são bastante menos precisos que os relógios atómicos dos satélites, o que torna necessária a recepção do sinal de um 4º satélite. Condicionantes do Sistema O efeito de refracção na travessia da ionosfera e da atmosfera induzem atrasos no sinal. Podem existir obstáculos em redor do receptor, o que perturba ou impossibilita a recepção e pode provocar reflexões do sinal. 14

Condicionantes do Sistema A configuração dos satélites visíveis pode não ser a mais favorável num dado momento, para um certo lugar. Quando possível poderão utilizar-se os sinais de mais de 4 satélites, o que permite fazer a correcção e o ajustamento das observações. Neste caso é usado um receptor adicional, posicionado num ponto de coordenadas conhecidas. GPS Diferencial GPS Diferencial O receptor de referência permite calcular as correcções necessárias a aplicar em cada instante, num dado lugar. Essas correcções são depois utilizadas para fazer o cálculo das coordenadas dos pontos onde foram colocados os outros receptores. GPS Diferencial Este processo torna viável o uso do GPS em situações onde é exigida grande precisão. Conseguem-se obter precisões da ordem do centímetro e até milímetro. 15

Aplicações Aplicações O cidadão comum pode usar sem grandes dificuldades um receptor de GPS para determinar as coordenadas de um ponto praticamente em qualquer zona do planeta, 24 horas por dia e sob quaisquer condições climatéricas Navegação Aplicações Topografia Geodesia Hidrografia Apoio fotogramétrico e aerotriangulação Etc... Sistemas GLONASS e GALILEU GLONASS Sistema russo equivalente ao GPS GALILEU Sistema europeu a ser lançado em breve. 16

Modelos Digitais do Terreno Construção de um Modelo Digital do Terreno Conhecida a altitude de pontos do terreno Interpolar o valor da altitude para todo o espaço geográfico z = f ( M, P) Sendo f uma função, para cada valor de (M,P) só pode existir um valor de z. Construção de um Modelo Digital do Terreno Grelha regular (GRID) Construção de um Modelo Digital do Terreno Pontos irregularmente espaçados É construída uma triangulação de Delaunay Polígonos de Voronoi 17

Construção de um Modelo Digital do Terreno Triangulação de Delaunay Grelhas rectangular (GRID) Rede Irregular de Triângulos (TIN) Vantagens e desvantagens Vantagens O seu manuseamento em computador é simples; É mais simples construir modelos de interpolação para grelhas rectangulares. Permitem representar o terreno com maior fiabilidade. São necessários menos pontos para se construir um MDT com determinada precisão. Desvantagens A densidade de pontos não pode ser aumentada para se adaptar à complexidade do relevo; É necessário um grande número de pontos para ser possível fazer a representação do relevo com determinada precisão; Não conseguem descrever características estruturais do terreno como características topográficas. São mais complexos e mais difíceis de manusear; É mais difícil construir o modelo de interpolação. Pontos cotados obtidos por exemplo por métodos topográficos Curvas de nível obtidas por exemplo por processos fotogramétricos ou digitalização de cartas Fontes de Dados Criação de um Modelo Digital de Terreno do terreno do Observatório Astronómico Utilizando as curvas de nível e pontos cotados do Observatório Astronómico da Universidade de Coimbra. 18

Triangulação Digitalização executada por alunos de Eng. Geográfica, a partir duma carta à escala 1:1000, cedida pela CMC Grelha Regular Relevo com efeito de sombra 19

Relevo com imagem sobreposta Modelo Digital de Terreno do Concelho da Pampilhosa da Serra Concelho da Pampilhosa da Serra Nota: Trabalho realizado por um aluno de Engenharia Geográfica Construção da triangulação de Delaunay a partir das curvas de nível Carta de sombras 20

Carta hipsométrica Carta de declives Carta de exposição solar Cálculo de regiões de visibilidade 21

Cálculo de regiões de visibilidade Execução de perfis topográficos Visualização a 3D Outras Aplicações dos Modelos Digitais de Terreno Cálculo de movimentos de terra (volumes de aterro e escavação) para a execução de obras de engenharia. Visualização do aspecto de uma paisagem 22

Aplicações da TOPOGRAFIA DTM de uma parte da Serra da Lousã Objectivos da Topografia Recolha e tratamento de dados geográficos para o posicionamento planimétrico e altimétrico de pontos à superfície da Terra (abrangendo regiões de diâmetro geralmente inferior a 10 Km). Aplicações da Topografia Levantamentos de pormenor de terrenos, fachadas, etc. Implantação de obras Controlo de deformações de estruturas Apoio fotogramétrico Apoio ao Cadastro... 23

Controlo de estruturas Controlo das deformações sofridas por construções Barragens Viadutos... Controlo de deslocamentos Terrenos com possibilidade de sofrer deslizamentos Controlo de deformações em barragens Métodos mecânico-físicos Pêndulos Extensómetros... Métodos geodésicos Triangulação Poligonação Nivelamento Apenas medição de ângulos Apenas medição de distâncias Alinhamentos Pêndulos Pêndulos direitos Pêndulos invertidos 24

Extensómetros Métodos geodésicos Triangulação Medição de ângulos 25

Barragem do Lindoso 26

Métodos geodésicos Nivelamento geométrico no interior das galerias de uma barragem Medição de ângulos verticais Medição de ângulos azimutais Medição de distâncias Nível Miras Barragem de Zeuzier (Suiça) Deslocamentos horizontais anormais Alvo Centragem rigorosa de um teodolito Deslocamentos verticais anormais 27

Efeitos sobre a barragem Extensão dos assentamentos Nova rede de triangulação Assentamentos Falhas 28

Áreas deslizantes: Vale Rovana Servo teodolitos 29