Telma Sarsur Assessora jurídica da SERJUS-ANOREG/MG Especialista em Direito Público pela Universidade Gama Filho Professora do curso de pós-graduação



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CIRCULAR N Documento normativo revogado pela Circular nº 3.432, de 3/2/2009.

Transcrição:

CURSO DE QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL NAS ATIVIDADES NOTARIAL E REGISTRAL Telma Sarsur Assessora jurídica da SERJUS-ANOREG/MG Especialista em Direito Público pela Universidade Gama Filho Professora do curso de pós-graduação em Direito Notarial e Registral da Faculdade Milton Campos e dos cursos da SERJUS-ANOREG/MG / ESNOR

Em 1988, com a entrada em vigor da Constituição Brasileira, em seu art. 236, foi dado o mesmo tratamento aos titulares dos Tabelionatos e dos Registradores, passando a denominá-los de Serviços Notariais e de Registro.

Dispôs que eles passariam a ser exercidos em caráter privado, mediante aprovação em concurso público de provas e títulos e por delegação do Poder Público.

Anteriormente, a lei mais utilizada por esses profissionais era a Lei n. 6.015/73, que trata, na parte geral, sobre as atribuições, escrituração e a ordem de serviço da serventia. Prevê o efeito da publicidade e a responsabilidade civil dos oficiais de registros públicos.

Essas disposições aplicam-se a todos os serviços/cartórios e continuam vigorando. A Lei n. 6.015/73, em cada título, normatiza todos os atos que são realizados em cada um dos serviços extrajudiciais.

Vale lembrar que a Lei n. 6.015/73 trata somente dos registros públicos, ficando de fora os Tabelionatos de Notas e os Tabelionatos de Protestos.

Mas, a partir da Constituição da República de 1988, esse dispositivo, estabeleceu critérios em três parágrafos, prevendo a criação de uma lei federal sobre regras a nortearem os serviços notariais e de registro (Lei Federal n. 8.935, de 18/11/1994);

outra lei para fixar normas gerais sobre emolumentos (Lei Federal n. 10.169, de 29/12/2000);

e como norma estadual, a (Lei de Emolumentos Mineira de n. 15.424, de 30 de dezembro de 2004, alterada pela Lei n. 19.414, de 30 de dezembro de 2010),assim como a exigência de concurso

para o ingresso nas referidas atividades (Lei Estadual n. 12.919, de 29/06/1998 c/c a Resolução n.81, de 09/06/2009 do CNJ).

A Lei Federal n. 8.935, de 18.11.1994, denominada de Lei dos Notários e Registradores, veio regulamentar o art. 236 da Constituição, disciplinando a competência, os direitos e deveres e a responsabilidade civil e criminal dos notários, registradores e seus prepostos, bem como a fiscalização dos atos pelo Poder Judiciário, em 55 artigos.

A Lei Federal n 10.169, de 29.12.2000, regulamentou o 2º do art. 236 da CF/88, mediante o estabelecimento de normais gerais para a fixação, pelos estados e Distrito Federal, dos emolumentos relativos aos atos praticados pelos serviços notariais e de registro.

Lei Estadual n 15.424, de 30.12.2004, alterada pela Lei n. 19.414, de 30 de dezembro de 2010, dispõe sobre a fixação, a contagem, a cobrança e o pagamento de emolumentos relativos aos atos praticados pelos serviços notariais e de registro, o recolhimento da Taxa de Fiscalização Judiciária e a compensação dos atos sujeitos à gratuidade estabelecida em lei federal.

Relativamente ao Tabelionato de Notas, a Lei Federal n. 7.433, de 18.12.1985, dispõe sobre os requisitos para a lavratura de escrituras públicas, disciplinando em seu primeiro dispositivo que na lavratura de atos notariais, inclusive os relativos a imóveis, além dos documentos de identificação das partes, somente serão apresentados os documentos expressamente determinados nesta lei.

Seguiu-se regulamentando a lei acima, o Decreto Federal n. 93.240, de 09.09.1986, dispondo sobre os requisitos indispensáveis à lavratura de escrituras.

Quanto ao Tabelionato de Protestos, a Lei Federal n. 9.492, de 10.09.1997, define a competência, regulamenta os serviços concernentes ao protesto de títulos e outros documentos de dívida e dá outras providências.

A Lei dos Notários e Registradores prevê os seguintes serviços extrajudiciais: 1) Tabelionato de Notas 2) Tabelionato e Registro de Contratos Marítimos 3) Tabelionato de Protestos

4) Registro de Imóveis 5) Registro de Títulos e Documentos e Civis das Pessoas Jurídicas 6) Registro Civil das Pessoas Naturais e de Interdições e Tutelas 7) Registro de Distribuição

1) Tabelionato de notas: também chamado de Cartório de Notas, Ofício de Notas ou Serviço Notarial são feitas as escrituras públicas, testamentos e procurações, as atas notariais e as autenticações de documentos e reconhecimento de firma. O responsável pelo serviço é o tabelião de notas.

2) Tabelionato e Registro de Contratos Marítimos: lavrar os atos, contratos e instrumentos relativos a transações de embarcações a que as partes devam ou queiram dar forma legal de escritura pública; registrar os documentos da mesma natureza; reconhecer firmas em documentos destinados a fins de direito marítimo e expedir traslados e certidões.

3) Tabelionato de Protestos: é aquele que formaliza, através da lei, o não pagamento de dívidas contraídas. É este cartório que dá condições de se executar judicialmente pessoa ou empresa a fim de receber pagamentos devidos.

Outra coisa importante: é aqui que se faz a comprovação de que o empresário deixou de honrar uma dívida, fato que, depois, pode embasar o requerimento judicial de falência.

4) Registro de Imóveis: realiza serviços importantes, que garantem o direito à propriedade das pessoas, bem como outros direitos referentes a imóveis. Somente quem registra uma casa ou terreno torna-se realmente seu dono, como determina a lei.

O Cartório de Registro de Imóveis é o local onde as pessoas conseguem obter informações seguras sobre a verdadeira situação jurídica dos seus imóveis, sejam lotes, casas, apartamentos ou lojas.

Além de exprimir o direito de propriedade (garantir que o imóvel realmente pertence a uma pessoa), o Cartório de Registro de Imóveis retrata o histórico completo de cada bem registrado.

Assim, o Cartório tem condições de informar, através de certidões, quais foram os vários donos de determinado imóvel, quem são os atuais proprietários, se existem restrições do mesmo ou se há algo que impeça a compra ou a venda do imóvel.

Por essas razões, consulte o Cartório sempre que for fazer qualquer transação envolvendo imóveis. O registro do imóvel deve ser feito no Cartório respectivo da sua localização: bairro, município ou comarca.

5) Registro de Títulos e Documentos: tem funções diversas e amplas. Registra, principalmente, contratos que têm como objetos bens móveis. Além disso, é sua atribuição realizar o registro de todo documento que não pode ser registrado em outro tipo de Cartório.

Já no Registro Civil das Pessoas Jurídicas devem ser registrados os contratos, os estatutos ou os atos constituídos das: associações sociedades fundações organizações religiosas partidos políticos Com a finalidade de adquirirem personalidade jurídica.

Devem, ainda, ser registradas as alterações contratuais, estatutárias, atas, balanços, livros contábeis ou de atas ou quaisquer outros documentos relativos a essas instituições, para validade contra terceiros.

Ainda nesse Cartório será feita a matrícula dos jornais, periódicos, oficinas impressoras, empresas de radiodifusão e agências de notícias.

6) Registro Civil das Pessoas Naturais e de Interdições e Tutelas: faz, principalmente, os registros de nascimento, casamento e óbito. Atende ao cidadão em todas as ocasiões importantes de sua vida, a começar dando a ele a cidadania, com o registro de nascimento.

Casamento, divórcio, emancipação, interdição são outros serviços prestados ao usuário. Fornece certidões de todos esses atos, quando pedidas, e ainda informações a diversos órgãos públicos para fins estatísticos.

7) Registro de Distribuição: havendo mais de um tabelião de protestos na mesma localidade, será obrigatória a prévia distribuição dos títulos.

A distribuição dos títulos corresponde ao mecanismo pelo qual o acesso dos instrumentos levados a protesto seja determinado de modo equitativo entre as serventias existentes na comarca ou no município, conforme determinado na legislação estadual.

Um exemplo de consulta da lei, diz respeito a abertura da sucessão. Sucessão que tem como finalidade transmitir os bens do morto para os seus herdeiros.

PASSO A PASSO Exemplo: Imaginemos que houve a morte de X. Se houve a morte de X necessário pesquisar em todas as leis e tentar localizar alguma lei que disponha sobre a morte.

Uma lei que dispõe sobre a morte e seus efeitos patrimoniais é o Código Civil (Lei n. 10.406, de 10 de janeiro de 2002), em seu artigo 1.784, segundo o qual: Art. 1.784. Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e testamentários.

Perceba como o fato morte de X se encaixou perfeitamente com o disposto no artigo 1.784 do CCB

Pertinente lembrar que, após identificar a matéria envolvida, é necessário prestar atenção no fato.

Diante disso, para fins didáticos, importa perceber que após localizar a matéria e o fato, podemos facilitar a procura a partir do sumário da lei, ou seja, procurar no livro, no sumário o artigo da lei que vai tratar do fato desejado.

Exemplo: Como o titular de um serviço notarial e de registro contrata seus empregados?

Resposta: O artigo 20 da Lei n. 8.935/94, estabelece que os empregados dos Cartórios serão contratados, para o desempenho de suas funções, pelos notários ou registradores, com remuneração livremente ajustada e sob o regime da legislação do trabalho.

HIERARQUIA DAS LEIS A lei se fraciona basicamente em leis constitucionais e infraconstitucionais. Na primeira frente, encontra-se a Constituição da República, para a qual todos os ramos do direito devem respeito e não podem contrariar.

Entre as normas infraconstitucionais, que estão abaixo da Constituição temos: Código Civil, Penal, Lei de Registros Públicos, Lei de Desapropriação, Estatuto da Cidade, do Desarmamento, do Idoso, da Criança e do Adolescente, de Violência Doméstica e outras.

Encontram-se também normas que têm importância legislativa e outras de importância administrativa.

Aquelas que têm a função administrativa hierarquicamente estão inferiores às leis infraconstitucionais sem peso administrativo.

As de cunho administrativo têm a função de complementar as leis e podem ser: Circulares, Instruções Portarias etc. Normativas,

A Constituição da República, que é a norma maior, estabelece a hierarquia de leis. 59: Vejamos o teor do artigo

Art. 59 - O processo legislativo compreende a elaboração de: I - emendas à Constituição; II - leis complementares; III - leis ordinárias; IV - leis delegadas; V - medidas provisórias; VI - decretos legislativos; VII resoluções.

CÓDIGO CIVIL (Lei n. 10.406, de 10 de janeiro de 2002) O Código Civil se divide em parte geral e parte especial.

A parte geral possui três subdivisões, que são chamados livros, e tratam das pessoas (naturais e jurídicas), dos bens (classificação dos bens) e dos fatos jurídicos.

A parte especial é composta por cinco livros que tratam das obrigações, direito empresarial, direito das coisas, direito de família e sucessões. Cada livro é composto por capítulos que, por sua vez, são subdivididos por seções.

LEI N. 11.441/07 E EMENDA CONSTITUCIONAL 66/2010 Divórcio Consensual

1. Requisitos: Não existência de filhos menores e/ou incapazes; (artigos 3º ao 5º do CCB)Assistência de advogado comum ou advogados de cada um dos cônjuges. (artigo 1.124-A, 2º da Lei Federal n. 5.869/73 CPC

CPF 2. Documentos: Documento de dentidade certidão de casamento dos cônjuges Carteira da OAB do(s) advogado(s) Comparecem assinando o ato.

3. Conteúdo da Escritura: Dos bens do casal e sua partilha; (artigo 1.124-A, 2º da Lei Federal n. 5.869/73 CPC) Dos alimentos; (artigo 1.124- A, da Lei Federal n. 5.869/73 CPC) Do nome do casal após o divórcio. (artigo 1.124-A, da Lei Federal n. 5.869/73 CPC)

MODELO DE ÍNDICE/SUMÁRIO PARA AUXÍLIO EM PESQUISA ÍNDICE GERAL Prefácio da sétima edição... XI Prefácio da quinta edição...xiii Prefácio da primeira edição... XV Título preliminar - HISTÓRIA CRÍTICA DOS ANTEPROJETOS E DA LEI... 1

LEI N. 8.935, DE 18 DE NOVEMBRO DE 1994 Título I - DOS SERVIÇOS NOTARIAIS E DE REGISTROS...21 Capítulo I - NATUREZA E FINS...22 Art.1º... 22 Art.2º... 29 Art.3º... 30 Art.4º... 37 1º... 38 2º... 38

Capítulo II - DOS NOTÁRIOS E REGISTRADORES...43 Seção I - Dos titulares...43 Art. 5º... 43 I -... 43 II -...43 III -...43 IV -...43 V -...43 VI -... 43 VII -...43

Seção II - Das atribuições e competências dos notários... 46 Art.6º... 46 I -...46 II -...46 III. -..4 6 Art.7º......56

"Consulte não a seus medos, mas a suas esperanças e sonhos. Pense não sobre suas frustrações, mas sobre seu potencial não usado. Preocupe-se não com o que vocêtentouefalhou,mascomaquiloqueaindaépossívelavocêfazer." (Papa João XXIII)