RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS. Primeiro Semestre de 2006



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Transcrição:

RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADAS Primeiro Semestre de 2006

INDICADORES FINANCEIROS CONSOLIDADOS JUN '06 JUN '05 VENDAS 288.188.712 286.596.871 CASH-FLOW BRUTO 15.137.808 17.155.927 ENCARGOS FINANCEIROS LÍQUIDOS 3.789.658 3.201.176 CUSTOS COM O PESSOAL 33.763.464 35.195.049 INVESTIMENTO LIQUIDO 21.751.605 1.845.140 VOLUME DE EMPREGO 2.936 3.072 RESULTADO LIQUIDO COM INT MINORITARIOS 3.998.728 4.870.317 RESULTADO LIQUIDO SEM INT MINORITARIOS 3.822.459 5.059.148 GRAU DE AUTONOMIA FINANCEIRA 33,06% 34,76%

RELATÓRIO DE GESTÃO ENQUADRAMENTO Em Portugal, a exemplo do que se verifica na Europa, o crescimento da economia tem superado as expectativas traçadas no início do ano. A Comissão Europeia espera que a economia dos países pertencentes à Zona Euro cresça, este ano 2,5%, o que traduz uma forte revisão em alta face aos 2,1% previamente apresentados. O mercado automóvel, sector fundamental para a actividade do Grupo Salvador Caetano IMVT e fortemente dependente da evolução da procura interna e do investimento, evidenciou uma retracção que está associada ao facto de em 2005 ter ocorrido uma alteração de taxa de IVA de 19% para 21%. Este facto provocou vendas antecipadas em Junho de 2005 capazes de distorcer a comparabilidade de períodos homólogos. A continuada estabilidade económica e social que se tem verificado em Angola e Cabo Verde, países onde o Grupo se encontra representado, é algo que tem permitido realizar investimentos com níveis de retorno satisfatórios. SALVADOR CAETANO I.M.V.T., S. A. O volume de negócios da empresa em 2006 no montante de 190 milhões de euros reflecte uma diminuição de actividade de 2% face a 2005 em período homólogo. Este decréscimo de actividade resulta, essencialmente, do facto de 2005 se encontrar influenciado por antecipação de vendas por força da alteração da taxa de IVA de 19% para 21%. A quebra verificada ao nível dos resultados fica a dever-se, principalmente, ao aumento das despesas com publicidade, nomeadamente o patrocínio dos eventos Rock in Rio e Salão Automóvel. A empresa prevê atingir resultados antes de impostos no montante de 9 milhões de euros, idênticos aos de 2005.

(Euros) 2005 2006 VARIAÇÃO VOLUME DE NEGÓCIOS 193.909.944 189.938.776-2,05% E.B.I.T.D.A. OPERACIONAL 11.707.927 9.373.140-19,94% E.B.I.T. 7.639.272 6.654.478-12,89% RESULTADO ANTE IMPOSTOS 6.563.733 4.567.524-30,41% CAETANOBUS FABRICAÇAO DE CARROÇARIAS, S.A. Os resultados obtidos pela Caetanobus no período em análise, reflectem todo um processo de reestruturação levado a cabo em períodos anteriores. A empresa encontra-se dotada de capacidade instalada adequada ao plano de produção para 2006, sendo de prever que no segundo semestre se verifique um desempenho que permita um resultado final próximo dos 2 milhões de euros. (Euros) 2005 2006 VARIAÇÃO VOLUME DE NEGÓCIOS 25.686.208 28.309.916 10,21% E.B.I.T.D.A. OPERACIONAL 218.016 1.671.507 666,69% E.B.I.T. -550.732 850.790 254,48% RESULTADO ANTE IMPOSTOS -817.961 611.240 174,73% SALVADOR CAETANO COMÉRCIO DE AUTOMÓVEIS, S.A. A Salvador Caetano Comércio de Automóveis registou, neste semestre de 2006, um decréscimo de vendas de viaturas novas de 7%, face ao período homólogo de 2005. Esta quebra está directamente relacionada com a alteração da taxa de IVA e consequente antecipação de vendas, ocorrida em 2005. Os resultados negativos alcançados incorporam custos extraordinários de 1,3 milhões de euros, onde se destaca o montante de 827 mil euros de mútuos acordos. Com a evolução prevista no segundo semestre de 2006 a empresa espera fechar o ano com lucros de 200 mil euros.

(Euros) 2005 2006 VARIAÇÃO VOLUME DE NEGÓCIOS 138.644.107 133.050.553-4,03% E.B.I.T.D.A. OPERACIONAL 3.373.835 2.348.361-30,39% E.B.I.T. 1.511.016-615.523-140,74% RESULTADO ANTE IMPOSTOS 1.590.340-418.961-126,34% AUTOPARTNER COMÉRCIO DE AUTOMÓVEIS, S.A. A Autopartner Comércio de Automóveis desenvolve a sua actividade com a comercialização de viaturas da marca Toyota. A diminuição da margem de comercialização, associada a algum empolamento das despesas, levou a que o resultado se situe no ponto crítico. A empresa espera superar esta situação já no segundo semestre de 2006. (Euros) 2005 2006 VARIAÇÃO VOLUME DE NEGÓCIOS 5.952.807 6.839.853 14,90% E.B.I.T.D.A. OPERACIONAL 132.519 75.830-42,78% E.B.I.T. 58.929 1.333-97,74% RESULTADO ANTE IMPOSTOS 58.699 1.955-96,67% AUTOPARTNER REPARAÇÃO E COLISÃO AUTO, S.A. Empresa cuja actividade se prende com a reparação automóvel, a Autopartner Reparação e Colisão Auto, ainda em fase de implementação no mercado, assume neste primeiro semestre de 2006 alguns erros de orçamentação que implicaram o reconhecimento de prejuízos. A empresa, até ao final do exercício, pretende esta situação ultrapassada, aproximando o resultado do ponto crítico. (Euros) 2005 2006 VARIAÇÃO VOLUME DE NEGÓCIOS 44.197 2.241.619 4971,86% E.B.I.T.D.A. OPERACIONAL 17.068-60.068-451,93% E.B.I.T. 17.068-93.669-648,79% RESULTADO ANTE IMPOSTOS 17.009-93.714-650,96%

SALVADOR CAETANO ALUGUER DE AUTOMÓVEIS, S.A. A pautar-se por uma estabilidade de operações, a Salvador Caetano Aluguer de Automóveis mantém o nível de facturação de 2005, com uma ligeira quebra de resultados, a qual será recuperada até ao final do ano. (Euros) 2005 2006 VARIAÇÃO VOLUME DE NEGÓCIOS 3.809.098 3.924.812 3,04% E.B.I.T.D.A. OPERACIONAL 3.470.892 3.339.190-3,79% E.B.I.T. 539.479 504.871-6,42% RESULTADO ANTE IMPOSTOS 152.291 123.377-18,99% I.P.E. INDÚSTRIA PRODUTORA DE ESPUMAS, S.A. Com um volume de facturação ao nível de 2005 e evidenciando melhoria ao nível do E.B.I.T.D.A. a IPE, no entanto, incorreu neste semestre de 2006 em custos de reestruturação que inviabilizaram a manutenção dos resultados. Para o segundo semestre, a empresa prevê continuar a conseguir níveis de actividade superiores devido quer ao plano de encomendas em carteira, quer aos ganhos de produtividade obtidos com a reestruturação. Assim, no final do ano, a IPE espera atingir cerca de 200 mil euros de resultados antes de impostos. (Euros) 2005 2006 VARIAÇÃO VOLUME DE NEGÓCIOS 4.077.994 4.128.637 1,24% E.B.I.T.D.A. OPERACIONAL 294.574 323.293 9,75% E.B.I.T. 174.288 58.811-66,26% RESULTADO ANTE IMPOSTOS 73.376 4.210-94,26% PORTIANGA COMÉRCIO INTERNACIONAL E PARTICIPAÇÕES, S.A. A Portianga tem a sua actividade exclusivamente centrada nas empresas que detém em África, nomeadamente em Cabo Verde e Angola. A evolução favorável que estas empresas têm evidenciado reflecte-se nos resultados da empresa mãe.

(Euros) 2005 2006 VARIAÇÃO VOLUME DE NEGÓCIOS 4.063.395 6.686.354 64,55% E.B.I.T.D.A. OPERACIONAL 175.562 344.165 96,04% E.B.I.T. 164.301 339.717 106,76% RESULTADO ANTE IMPOSTOS 46.566 136.913 194,02% MERCADO EUROPEU ESPANHA SALVADOR CAETANO ESPANHA, S.A. Perante um cenário de retracção do mercado de mini autocarros, a Salvador Caetano Espanha evidenciou um bom desempenho conseguindo incrementar a sua actividade. Este factor, associado à continuada atenção dada à gestão, proporcionaram a evolução favorável dos resultados, face ao período homólogo de 2005. Para o segundo semestre de 2006 a empresa conta com um abrandamento da procura que, no entanto, não colocará em causa o crescimento das vendas face a 2005. A estimativa de resultados para 2006, em cerca de 80 mil euros, pressupõe um aumento de 30% face ao ano anterior. (Euros) 2005 2006 VARIAÇÃO VOLUME DE NEGÓCIOS 1.031.406 1.326.439 28,60% E.B.I.T.D.A. OPERACIONAL 46.476 89.450 92,47% E.B.I.T. 14.440 55.738 285,99% RESULTADO ANTE IMPOSTOS 15.577 58.142 273,26%

INGLATERRA SALVADOR CAETANO COACHBUILDERS, LTD. A Salvador Caetano Coachbuilders, ainda em fase de finalização do processo de reestruturação em que estrategicamente se envolveu, conseguiu resultados operacionais muito próximo do ponto crítico. A empresa ambiciona, até ao final de 2006, neutralizar as perdas verificadas em Junho de 2006. (Euros) 2005 2006 VARIAÇÃO VOLUME DE NEGÓCIOS 2.940.198 4.893.716 66,44% E.B.I.T.D.A. OPERACIONAL 115.184-15.197-113,19% E.B.I.T. 42.074-47.620-213,18% RESULTADO ANTE IMPOSTOS -176.071-116.359 33,91% Taxa de Câmbio 1 = 0,688 GBP SALVADOR CAETANO UK, LTD. O crescimento de actividade registado em Salvador Caetano UK em 2006, face ao período homólogo de 2005, proporcionou a obtenção de resultados operacionais significativamente positivos, cumprindo com as previsões oportunamente formuladas. A constituição de provisões relacionada com medidas de reestruturação ainda em curso, explica o resultado. (Euros) 2005 2006 VARIAÇÃO VOLUME DE NEGÓCIOS 7.257.704 11.096.423 52,89% E.B.I.T.D.A. OPERACIONAL 126.673 446.756 252,69% E.B.I.T. 22.402-614.642-2843,68% RESULTADO ANTE IMPOSTOS -235.009-850.239-261,79% Taxa de Câmbio 1 = 0,688 GBP

RELIANT COACHES, LTD. Neste primeiro semestre de 2006, a pouco significativa actividade da Reliant Coaches proporcionou, no entanto, uma ligeira melhoria de rentabilidade, face a 2005. Com o objectivo de operar no ponto crítico a empresa continua a aguardar uma decisão da sua manutenção, ou não, como participada do Grupo. (Euros) 2005 2006 VARIAÇÃO VOLUME DE NEGÓCIOS 563.464 457.723-18,77% E.B.I.T.D.A. OPERACIONAL 88.568 50.079-43,46% E.B.I.T. -19.475-12.356 36,55% RESULTADO ANTE IMPOSTOS -43.689-32.134 26,45% Taxa de Câmbio 1 = 0,688 GBP ALEMANHA CONTRAC, GMBH Num processo contínuo de aumento de penetração do produto Cobus (veículos de transporte de passageiros em plataformas de aeroportos) a nível mundial, a Contrac regista um aumento de unidades vendidas de 21%, face ao período homólogo de 2005. O impacto menos positivo ao nível do resultado antes de impostos prende-se com o facto da empresa ter levado a cabo uma operação de reestruturação que implicou custos acrescidos no montante de 200 mil euros. Com a manutenção das premissas do orçamento a empresa prevê alcançar no final de 2006 um resultado acima dos 3 milhões de euros. (Euros) 2005 2006 VARIAÇÃO VOLUME DE NEGÓCIOS 36.117.603 41.249.242 14,21% E.B.I.T.D.A. OPERACIONAL 1.454.480 1.562.675 7,44% E.B.I.T. 1.376.974 1.475.563 7,16% RESULTADO ANTE IMPOSTOS 1.189.017 1.134.113-4,62%

MERCADO AFRICANO CABO VERDE CABO VERDE MOTORS, S.A. A Cabo Verde Motors, cuja actividade se centra na comercialização de viaturas Toyota e sua assistência, evidenciou neste semestre de 2006, um bom desempenho. As vendas cresceram cerca de 48%, face ao período homólogo do ano anterior, e a sua rentabilidade foi de 12%, 4 p.p. acima do registado em Junho de 2005. A empresa espera que no segundo semestre de 2006 o comportamento do mercado automóvel em Cabo Verde se mantenha idêntico ao primeiro semestre ambicionando para o final do ano a manutenção do 1º lugar para a marca Toyota. (Euros) 2005 2006 VARIAÇÃO VOLUME DE NEGÓCIOS 4.052.326 5.975.924 47,47% E.B.I.T.D.A. OPERACIONAL 543.722 942.835 73,40% E.B.I.T. 324.803 731.688 125,27% RESULTADO ANTE IMPOSTOS 312.761 707.441 126,19% Taxa de Câmbio 1 = 110 CVE FORCABO VEICULOS AUTOMOVEIS, Lda. No passado ano a estratégia da Forcabo para a implantação da marca Ford em Cabo Verde passou por uma política de alguma contenção de margens de comercialização no sentido de enfrentar as marcas presentes no sector. Neste semestre de 2006 consolidou esta medida que lhe permitiu alcançar o segundo lugar no ranking das vendas do sector automóvel. Para o final de 2006 a empresa perspectiva a manutenção da sua posição face ao mercado. (Euros) 2005 2006 VARIAÇÃO VOLUME DE NEGÓCIOS 1.205.191 2.123.490 76,20% E.B.I.T.D.A. OPERACIONAL 145.072 315.682 117,60% E.B.I.T. 78.002 243.700 212,43% RESULTADO ANTE IMPOSTOS 74.428 236.779 218,13% Taxa de Câmbio 1 = 110 CVE

ANGOLA ROBERT HUDSON, LTD. A Robert Hudson, com um crescimento das vendas de 55%, face ao primeiro semestre de 2005, reflecte a evolução positiva que Angola tem evidenciado, após o longo período de instabilidade que viveu. A contabilização de elevadas diferenças de câmbio nas transacções comerciais com a empresa mãe, implicou o reconhecimento de custos financeiros que determinaram a diminuição do resultado comparativamente a 2005. Numa perspectiva de manutenção do quadro macroeconómico que se vive em Angola a empresa, para o final de 2006, prevê atingir resultados compatíveis com os alcançados no primeiro semestre. (Euros) 2005 2006 VARIAÇÃO VOLUME DE NEGÓCIOS 6.952.581 10.753.772 54,67% E.B.I.T.D.A. OPERACIONAL 1.712.029 1.845.722 7,81% E.B.I.T. 1.355.737 1.682.939 24,13% RESULTADO ANTE IMPOSTOS 1.388.385 1.237.643-10,86% Taxa de Câmbio 1 = 1,234 USD MOÇAMBIQUE SALVADOR CAETANO MOÇAMBIQUE, S.A.R.L. A Salvador Caetano Moçambique encontra-se desactivada aguardando uma decisão de descontinuidade ou não de operações. (Euros) 2005 2006 VARIAÇÃO VOLUME DE NEGÓCIOS 2.493 520-79,15% E.B.I.T.D.A. OPERACIONAL -19.712-125.610-537,23% E.B.I.T. -192.615-132.550 31,18% RESULTADO ANTE IMPOSTOS -192.380-131.445 31,67% Taxa de Câmbio 1 = 28.571 MZM

ACTIVIDADE FINANCEIRA Em termos consolidados a Salvador Caetano IMVT, tendo em conta a não alteração do perímetro de consolidação, pautou o seu desempenho pela manutenção do volume de negócios. A performance operacional do Grupo registou uma quebra de 9,3% face a 2005 devido, essencialmente, ao desempenho comercial / mix de vendas da Salvador Caetano IMVT e Salvador Caetano Comércio de Automóveis. No entanto, este efeito vem atenuado pelos bons resultados alcançados quer nas áreas industriais, quer nas empresas sedeadas em África. ( Valores em milhares de Euros ) Junho 2005 Junho 2006 Variação Vendas 286.597 288.189 1.592 Resultados Operacionais 10.062 9.156-906 Resultados Antes Impostos 6.861 5.514-1.347 Ao nível dos resultados antes de impostos, o reconhecimento de custos decorrentes com operações de reestruturação a que anteriormente nos referimos, explica a redução verificada. Esta redução, esperamos que seja recuperada até ao final do exercício, onde se prevê alcançar resultados ligeiramente acima dos obtidos em 2005. O Grau de Autonomia Financeira mantém-se em nível adequado, com o indicador situado em 33%.

CONCLUSÕES Face aos últimos indicadores conhecidos da economia portuguesa que apontam para um crescimento económico sustentado, as empresas do Grupo partem para um segundo semestre com expectativas positivas, pelo que se objectiva que 2006 supere 2005. A contínua recuperação que se tem verificado na área industrial do Grupo é algo que se considera imprescindível, sendo um contributo significativo para o seu valor acrescentado. A total satisfação dos clientes continua a ser um objectivo fundamental para o Grupo, considerando ser um factor decisivo para a diferenciação no mercado e capaz de potenciar a sua actividade global. Vila Nova de Gaia, 20 de Setembro de 2006 O Conselho de Administração Salvador Fernandes Caetano Presidente José Reis da Silva Ramos Vice-Presidente Tetsuo Agata Yoshimasa Ishii Maria Angelina Martins Caetano Ramos Salvador Acácio Martins Caetano Ana Maria Martins Caetano

SALVADOR CAETANO - I.M.V.T., S.A. BALANÇOS CONSOLIDADOS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E 2005 (Montantes expressos em Euros) ACTIVO Notas 30-06-2006 30-06-2005 ACTIVOS NÃO CORRENTES: Imobilizações incorpóreas 8 1.068.979 1.214.464 Imobilizações corpóreas 9 134.633.910 136.784.865 Propriedades de investimento 10 7.395.786 890.902 Investimentos em empresas associadas 11 2.562.266 2.596.947 Investimentos disponíveis para venda 11 15.814.244 11.159.619 Outras dívidas de terceiros 14 1.111.072 1.111.072 Activos por impostos diferidos 16 3.934.492 3.856.115 Clientes 13 163.342 257.136 Total de activos não correntes 166.684.091 157.871.120 ACTIVOS CORRENTES: Existências 12 110.209.609 99.131.768 Clientes 13 81.295.838 78.960.680 Outras dívidas de terceiros 14 8.905.688 4.472.721 Outros activos correntes 15 5.139.989 3.653.229 Investimentos detidos até à maturidade 11-734.169 Caixa e equivalentes a caixa 17 10.401.221 13.070.071 Total de activos correntes 215.952.345 200.022.638 Total do activo 382.636.436 357.893.758 CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO CAPITAL PRÓPRIO: Capital social 18 35.000.000 35.000.000 Reserva legal 6.568.803 6.208.803 Reservas de reavaliação 6.187.307 6.187.307 Reservas de conversão (756.038) 116.994 Reservas de justo valor 6.216.752 2.853.720 Outras reservas 66.045.527 65.589.176 Resultado consolidado líquido do período 3.822.459 5.059.148 123.084.810 121.015.148 Interesses minoritários 19 3.433.030 3.370.941 Total do capital próprio 126.517.840 124.386.089 PASSIVO: PASSIVO NÃO CORRENTE: Empréstimos bancários de longo prazo 20 19.313.085 33.542.136 Empréstimos obrigacionistas 20-3.750.000 Responsabilidades por pensões 25 4.664.998 1.750.425 Outros passivos de médio e longo prazo 67.484 35.999 Passivos por impostos diferidos 16 4.933.507 3.816.032 Total de passivos não correntes 28.979.074 42.894.592 PASSIVO CORRENTE: Empréstimos bancários de curto prazo 20 126.365.570 95.572.054 Empréstimos obrigacionistas 20 3.750.000 3.750.000 Outros empréstimos 124.699 124.699 Fornecedores 22 52.381.505 46.005.509 Outras dívidas a terceiros 23 21.728.379 17.920.138 Outros passivos correntes 24 21.593.700 24.592.845 Provisões 26 642.327 1.452.504 Instrumentos derivados 21 553.342 1.195.328 Total de passivos correntes 227.139.522 190.613.077 Total do passivo e capital próprio 382.636.436 357.893.758 O anexo faz parte integrante do balanço em 30 de Junho de 2006. O TÉCNICO DE CONTAS O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO ALBERTO LUÍS LEMA MANDIM SALVADOR FERNANDES CAETANO - Presidente JOSÉ REIS DA SILVA RAMOS - Vice-Presidente TETSUO AGATA YOSHIMASA ISHII MARIA ANGELINA MARTINS CAETANO RAMOS SALVADOR ACÁCIO MARTINS CAETANO ANA MARIA MARTINS CAETANO

SALVADOR CAETANO - I.M.V.T., S.A. DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DOS RESULTADOS POR NATUREZAS PARA OS PERÍODOS DE 6 MESES FINDOS EM 30 DE JUNHO DE 2006 E 2005 (Montantes expressos em Euros) Notas 30-06-2006 30-06-2005 Proveitos operacionais: Vendas 32 265.553.284 264.416.773 Prestações de serviços 32 22.635.428 22.180.098 Outros proveitos operacionais 17.123.965 14.778.371 Total de proveitos operacionais 305.312.677 301.375.242 Custos operacionais: Custo das vendas 12 221.918.164 214.368.916 Variação da produção 12 (4.097.429) 728.930 Fornecimentos e serviços externos 32.318.975 29.156.910 Custos com o pessoal 26 33.763.464 35.195.049 Amortizações e depreciações 8 e 9 10.109.301 9.895.976 Amortizações de propriedades de investimento 10 146.284 28.205 Provisões e perdas por imparidade 26 1.470.497 374.948 Outros custos operacionais 527.232 1.564.019 Total de custos operacionais 296.156.488 291.312.953 Resultados operacionais 9.156.189 10.062.289 Mais-valias em activos não correntes detidos para venda 34 - - Resultados relativos a empresas associadas 33 321.353 374.784 Custos financeiros 33 (4.569.081) (3.909.686) Proveitos financeiros 33 605.927 333.726 Resultados antes de impostos 5.514.388 6.861.113 Impostos sobre o rendimento 28 (1.515.660) (1.990.796) Resultado líquido consolidado do período 3.998.728 4.870.317 Atribuível: ao Grupo 3.822.459 5.059.148 a interesses minoritários 176.269 (188.831) 3.998.728 4.870.317 Resultados por acção: Básico 0,114 0,139 Diluído 0,114 0,139 O anexo faz parte integrante da demonstração para o período de 6 meses findo em 30 de Junho de 2006. O TÉCNICO DE CONTAS O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO ALBERTO LUÍS LEMA MANDIM SALVADOR FERNANDES CAETANO - Presidente JOSÉ REIS DA SILVA RAMOS - Vice-Presidente TETSUO AGATA YOSHIMASA ISHII MARIA ANGELINA MARTINS CAETANO RAMOS SALVADOR ACÁCIO MARTINS CAETANO ANA MARIA MARTINS CAETANO

ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS CONSOLIDADOS 1. NOTA INTRODUTÓRIA A Salvador Caetano Indústrias Metalúrgicas e Veículos de Transporte, S.A. ( Salvador Caetano ou Empresa ) é uma sociedade anónima constituída em 1946, que tem a sua sede social em Vila Nova de Gaia e que se insere num Grupo ( Grupo Salvador Caetano IMVT, S.A. ), cujas Empresas exercem, sobretudo, actividades económicas inseridas no ramo automóvel, nomeadamente, a importação, montagem e comercialização de automóveis ligeiros e pesados, a indústria de autocarros, a comercialização de equipamento industrial de movimentação de cargas, a comercialização de peças para veículos, bem como a correspondente assistência técnica. Adicionalmente, o Grupo exerce a actividade de tratamento de superfície que abrange a pintura industrial e a lacagem dos ramos civil e auto. Com efeitos a partir de Maio de 2005, as funções do Departamento de Logística de peças Toyota (importação e distribuição), no âmbito de um projecto Paneuropeu da nossa representada, passou para uma empresa do Grupo Toyota, Toyota Logísticos Serviços Portugal Unipessoal, Lda, continuando a operar no nosso armazém central. Também a partir de Julho de 2005 a representação de máquinas de movimentação de terras deixou de existir em consequência da não renovação do contrato por parte da nossa agora exrepresentada Liebherr. As acções da Salvador Caetano estão cotadas na Euronext Lisboa desde Outubro de 1987. Em 30 de Junho de 2006, as Empresas que constituem o Grupo Salvador Caetano - IMVT, S.A., suas respectivas sedes e abreviaturas utilizadas, são como segue: Empresas Com sede em Portugal: Salvador Caetano IMVT, S.A. ( Empresa-mãe ) Saltano Investimentos e Gestão, S.G.P.S., S.A. ( Saltano ) IPE Indústria Produtora de Espumas, S.A. ( IPE ) Portianga, S.A. ( Portianga ) Salvador Caetano Aluguer de Automóveis, S.A. ( S.C. Aluguer ) Caetanobus-Fabricação de Carroçarias, S.A. ( Caetanobus ) Salvador Caetano - Comércio de Automóveis, S.A. ( S.C. Com. Automóveis ) Auto Partner SGPS, S.A. ( Auto Partner SGPS ) Auto Partner-Comércio de Automóveis, S.A. ( Auto Partner ) Auto Partner II-Reparadora de Colisão Automóvel, S.A. ( Auto Partner II ) Com sede noutros países: Salvador Caetano (UK), Ltd. ( Salvador Caetano UK ) Salvador Caetano (Espanha), S.A. (Salvador Caetano Espanha ) Contrac GMBH ( Contrac ) Robert Hudson, Ltd. ( Robert Hudson ) Steia Sociedade Técnica de Equipamentos Industriais e Acessórios, S.A.R.L. ( Steia ) Salvador Caetano (Moçambique), S.A.R.L. ( Salvador Caetano Moçambique ) Cabo Verde Motors ( Cabo Verde Motors ) Salvador Caetano Coachbuilders, Ltd. ( S.C. Coachbuilders ) Reliant Coaches, Ltd. ( Reliant Coaches ) Forcabo Veículos Automóveis, Lda. ( Forcabo ) Indicabo Veículos Automóveis, Lda. ( Indicabo ) Sede Vila Nova de Gaia Vila Nova de Gaia Carvalhos Vila Nova de Gaia Vila Nova de Gaia Vila Nova de Gaia Vila Nova de Gaia Vila Nova de Gaia Vila Nova de Gaia Vila Nova de Gaia Leicestershire (Inglaterra) Madrid (Espanha) Wiesbaden (Alemanha) Luanda (Angola) Bissau (Guiné-Bissau) Maputo (Moçambique) Praia (Cabo Verde) Leicestershire (Inglaterra) Leicestershire (Inglaterra) Praia (Cabo Verde) Praia (Cabo Verde)

As demonstrações financeiras anexas são apresentadas em Euros, dado que esta é a divisa utilizada preferencialmente no ambiente económico em que o Grupo opera. As operações estrangeiras são incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas de acordo com a política descrita no ponto 2.2 d). 2. BASES DE APRESENTAÇÃO E PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS As bases de apresentação e as principais políticas contabilísticas adoptadas na preparação destas demonstrações financeiras consolidadas são as seguintes: 2.1. Bases de apresentação As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro ( IFRS anteriormente designadas Normas Internacionais de Contabilidade IAS ) emitidas pelo International Accounting Standards Board ( IASB ) e Interpretações emitidas pelo International Financial Reporting Interpretations Committee ( IFRIC ) ou pelo anterior Standing Interpretations Committee ( SIC ), em vigor em 1 de Janeiro de 2005. A adopção das Normas Internacionais de Relato Financeiro ( IFRS ) ocorreu pela primeira vez em 2005, pelo que a data de transição dos princípios contabilísticos portugueses ( POC ) para esse normativo foi 1 de Janeiro de 2004, tal como estabelecido pela IFRS 1 Adopção pela primeira vez das Normas Internacionais de Relato Financeiro. Nos termos desta norma, os efeitos reportados à data de transição para IFRS (1 de Janeiro de 2004) foram registados em capitais próprios. As demonstrações financeiras intercalares são apresentadas de acordo com a IAS 34 Relato Financeiro Intercalar. As demonstrações financeiras consolidadas anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações e tomando por base o princípio do custo histórico e, no caso de alguns instrumentos financeiros ao justo valor, a partir dos livros e registos contabilísticos das empresas incluídas na consolidação (Notas 4 e 6). 2.2. Princípios de consolidação São os seguintes os princípios de consolidação adoptados pelo Grupo: a) Investimentos financeiros em empresas do Grupo As participações financeiras em empresas nas quais o Grupo detenha, directa ou indirectamente, mais de 50% dos direitos de voto em Assembleia Geral de Accionistas ou Sócios e detenha o poder de controlar as suas políticas financeiras e operacionais (definição de controlo utilizada pelo Grupo), foram incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas anexas pelo método de consolidação integral. O capital próprio e o resultado líquido destas empresas, correspondente à participação de terceiros nas mesmas, são apresentados separadamente no balanço consolidado e na demonstração consolidada dos resultados, na rubrica Interesses minoritários. As empresas do Grupo incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas encontram-se detalhadas na Nota 4.

Nas situações em que os prejuízos atribuíveis aos accionistas minoritários excedem o interesse minoritário no capital próprio da filial, o Grupo absorve esse excesso e quaisquer prejuízos adicionais, excepto quando os accionistas minoritários tenham a obrigação e sejam capazes de cobrir esses prejuízos. Se a filial subsequentemente reportar lucros, o Grupo apropria todos os lucros até que a parte minoritária dos prejuízos absorvidos pelo Grupo tenha sido recuperada. Os activos e passivos de cada filial são identificados ao seu justo valor na data de aquisição. Qualquer excesso do custo de aquisição face ao justo valor dos activos e passivos líquidos adquiridos é reconhecido como uma diferença de consolidação. Caso o diferencial entre o custo de aquisição e o justo valor dos activos e passivos líquidos adquiridos seja negativo, o mesmo é reconhecido como proveito do exercício após confirmação do justo valor atribuído. Os interesses de accionistas minoritários são apresentados pela respectiva proporção do justo valor dos activos e passivos identificados. Os resultados das filiais adquiridas ou vendidas durante o período estão incluídos na demonstração dos resultados desde a data da sua aquisição ou até à data da sua venda. Sempre que necessário, são efectuados ajustamentos às demonstrações financeiras das filiais para adequar as suas políticas contabilísticas com as usadas pelo Grupo. As transacções, as margens geradas entre empresas do Grupo, os saldos e os dividendos distribuídos entre empresas do Grupo são eliminados no processo de consolidação. Nas situações em que o Grupo detenha, em substância, o controlo de outras entidades criadas com um fim específico, ainda que não possua participações de capital directamente nessas entidades, as mesmas são consolidadas pelo método de consolidação integral. b) Investimentos financeiros em empresas associadas Os investimentos financeiros em empresas associadas (empresas onde o Grupo exerce uma influência significativa mas não detém o controlo das mesmas através da participação nas decisões financeiras e operacionais das Empresas - geralmente investimentos representando entre 20% a 50% do capital de uma empresa) são registados pelo método da equivalência patrimonial. De acordo com o método da equivalência patrimonial, as participações financeiras são registadas pelo seu custo de aquisição ajustado pelo valor correspondente à participação do Grupo nas variações dos capitais próprios (incluindo o resultado líquido) das associadas por contrapartida de ganhos ou perdas do exercício e pelos dividendos recebidos. As diferenças entre o custo de aquisição e o justo valor dos activos e passivos identificáveis da associada na data de aquisição, se positivas, são reconhecidas como diferenças de consolidação e mantidas no valor da rubrica Investimentos em empresas associadas. Se essas diferenças forem negativas são registadas como um proveito do período na rubrica da demonstração dos resultados Resultados relativos a empresas associadas.

É feita uma avaliação dos investimentos em associadas quando existem indícios de que o activo possa estar em imparidade, sendo registadas como custo as perdas por imparidade que se confirmem. Quando as perdas por imparidade reconhecidas em períodos anteriores deixam de existir, são objecto de reversão (com excepção para a parcela imputável a diferenças de consolidação). Quando a proporção do Grupo nos prejuízos acumulados da associada excede o valor pelo qual o investimento financeiro se encontra registado, o investimento é reportado por valor nulo enquanto o capital próprio da associada não for positivo, excepto quando o Grupo tenha assumido compromissos para com a associada, sendo nesses casos registada uma provisão para fazer face a essas obrigações. Os ganhos não realizados em transacções com associadas são eliminados proporcionalmente ao interesse do Grupo na associada, por contrapartida do investimento financeiro nessa mesma associada. As perdas não realizadas são similarmente eliminadas, mas somente até ao ponto que não evidencie que o activo transferido esteja em situação de imparidade. Os investimentos financeiros em empresas associadas encontram-se detalhados na Nota 6. c) Diferenças de consolidação As diferenças entre o custo de aquisição dos investimentos em empresas do Grupo e o justo valor dos activos e passivos identificáveis (incluindo os passivos contingentes) dessas empresas à data da sua aquisição, quando positivas, são registadas na rubrica Diferenças de consolidação, e quando negativas, são registadas como proveitos directamente na demonstração dos resultados. As diferenças entre o custo de aquisição dos investimentos em empresas associadas e o montante atribuído ao justo valor dos activos e passivos identificáveis dessas empresas à data da sua aquisição, quando positivas, são registadas na própria rubrica Investimentos em empresas associadas, e quando negativas, são registadas como proveitos directamente na demonstração dos resultados. Em 30 de Junho de 2006 as demonstrações consolidadas anexas não incluem Diferenças de consolidação. d) Conversão de demonstrações financeiras de entidades estrangeiras Os activos e passivos das demonstrações financeiras de entidades estrangeiras são convertidos para Euros utilizando as taxas de câmbio em vigor à data do balanço, e os custos e os proveitos bem como os fluxos de caixa são convertidos para Euros utilizando a taxa de câmbio média verificada no período. A diferença cambial gerada após 1 de Janeiro de 2004 é registada no capital próprio na rubrica Reservas de conversão. As diferenças cambiais acumuladas geradas até 1 de Janeiro de 2004 (data de transição para IFRS) foram anuladas por contrapartida de Outras reservas. Sempre que uma entidade estrangeira é alienada, a diferença cambial acumulada é reconhecida na demonstração dos resultados como um ganho ou perda na alienação.

As cotações utilizadas na conversão para Euros foram as seguintes: Câmbio Final Câmbio Histórico Câmbio Câmbio Final Rubricas Moeda Jun-06 Médio Jun2006 Data Constituição 2005 SC (UK), Ltd. GBP 1,44776 1,4543 0,9798 1,46214 Cabo Verde Motors, SARL CVE 0,009069 0,009069 0,008847 0,009069 SC Moçambique, SARL MZM 0,000034 0,000035 0,000032 0,000037 Robert Hudson, Ltd USD 0,78815 0,8103 0,7356 0,8494 Forcabo, Lda CVE 0,009069 0,009069 0,008847 0,009069 SC Coachbuilders, Ltd GBP 1,44776 1,4543 1,4212 1,46214 Reliant Coaches, Ltd GBP 1,44776 1,4543 1,4212 1,46214 Contas Balanço Aplicabilidade excepto Capitais Contas de Resultados Capital Social Resultados Próprios Transitados 2.3. Principais critérios valorimétricos Os principais critérios valorimétricos usados pelo Grupo Salvador Caetano na preparação das suas demonstrações financeiras consolidadas são os seguintes: a) Imobilizações corpóreas As imobilizações corpóreas adquiridas até 1 de Janeiro de 2004 (data de transição para IFRS), encontram-se registadas ao seu deemed cost, o qual corresponde ao seu custo de aquisição, ou custo de aquisição reavaliado de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal até àquela data, deduzido das amortizações e das perdas por imparidade acumuladas. As imobilizações adquiridas após aquela data encontram-se registadas ao custo de aquisição, deduzido das amortizações e das perdas por imparidade acumuladas. As amortizações são calculadas, após o início da utilização dos bens, pelo método das quotas constantes, numa base anual, de acordo com as seguintes vidas úteis estimadas: Anos - Edifícios e outras construções 20-50 - Equipamento básico 7-16 - Equipamento de transporte 4-5 - Ferramentas e utensílios 4-14 - Equipamento administrativo 3-14 - Taras e vasilhame 5-11 Excepção feita às seguintes empresas: (i) Salvador Caetano Aluguer de Automóveis, S.A. no que diz respeito ao equipamento de transporte em que se pratica o regime de duodécimos das amortizações a partir do momento em que o bem entra em funcionamento até ao fim da sua vida útil; este tratamento diferenciado deve-se à especificidade do negócio de rent-a-car. (ii) Salvador Caetano Comércio de Automóveis, S.A. que a partir do exercício de 2004 começou a amortizar por duodécimos as viaturas de serviço adquiridas no ano.

O Conselho de Administração entende que estas excepções não produzem um efeito materialmente relevante nas demonstrações financeiras consolidadas anexas. As despesas com reparação e manutenção de imobilizado são consideradas como custo no período em que ocorrem. As imobilizações em curso representam imobilizado ainda em fase de construção/desenvolvimento, encontrando-se registadas ao custo de aquisição. Estas imobilizações são transferidas para imobilizado corpóreo e amortizadas a partir do momento em que os activos subjacentes estejam concluídos ou em estado de uso. As mais ou menos valias resultantes da venda ou abate de imobilizado corpóreo são determinadas como a diferença entre o preço de venda e o valor líquido contabilístico na data de alienação/abate, sendo registadas na demonstração dos resultados como Outros proveitos operacionais ou Outros custos operacionais. b) Imobilizações incorpóreas As imobilizações incorpóreas encontram-se registadas ao custo de aquisição, deduzido das amortizações e das perdas por imparidade acumuladas. As imobilizações incorpóreas só são reconhecidas se for provável que delas advenham benefícios económicos futuros para o Grupo, se o Grupo as puder controlar e se puder medir razoavelmente o seu valor. As despesas de investigação incorridas com novos conhecimentos técnicos são reconhecidas na demonstração dos resultados quando incorridas. As despesas de desenvolvimento, para as quais o Grupo demonstre capacidade para completar o seu desenvolvimento e iniciar a sua comercialização e/ou uso e para as quais seja provável que o activo criado venha a gerar benefícios económicos futuros, são capitalizadas. As despesas de desenvolvimento que não cumpram estes critérios são registadas como custo do exercício em que são incorridas. Os custos internos associados à manutenção e ao desenvolvimento de Software são registados como custos na demonstração dos resultados quando incorridos, excepto na situação em que estes custos estejam directamente associados a projectos para os quais seja provável a geração de benefícios económicos futuros para o Grupo. Nestas situações estes custos são capitalizados como activos incorpóreos. As imobilizações incorpóreas são amortizadas, pelo método das quotas constantes, durante um período de três a cinco anos. c) Propriedades de investimento As propriedades de investimento, que correspondem a activos imobiliários detidos para obtenção de rendimento através do seu arrendamento ou para valorização são registadas ao custo de aquisição.

d) Locação financeira e operacional Os contratos de locação são classificados como (i) locações financeiras se através deles forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse do activo sob locação e como (ii) locações operacionais se através deles não forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse do activo sob locação. A classificação das locações em financeiras ou operacionais é feita em função da substância e não da forma do contrato. Os activos imobilizados adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as correspondentes responsabilidades, são registados pelo método financeiro e, consequentemente, o custo do activo é registado no imobilizado corpóreo e as correspondentes responsabilidades são registadas como contas a pagar a fornecedores. As rendas são constituídas pelo encargo financeiro e pela amortização financeira do capital, sendo os encargos financeiros imputados aos exercícios durante o prazo de locação, tendo em consideração uma taxa de juro periódica constante sobre o saldo remanescente do passivo, sendo o imobilizado corpóreo amortizado de acordo com a vida útil dos bens. Nas locações consideradas como operacionais, as rendas devidas são reconhecidas como custo na demonstração dos resultados numa base linear durante o período do contrato de locação. e) Existências As mercadorias e as matérias-primas, subsidiárias e de consumo encontram-se valorizadas ao custo médio de aquisição, o qual é inferior ao respectivo valor de mercado. Os produtos acabados e intermédios bem como os produtos e trabalhos em curso encontram-se valorizados ao custo de produção, o qual é inferior ao valor de mercado. Os custos de produção incluem o custo das matérias-primas incorporadas, mão-de-obra directa, gastos gerais de fabrico e serviços executados no exterior. As perdas acumuladas de imparidade para depreciação de existências reflectem a diferença entre o custo de aquisição e o valor realizável líquido de mercado das existências. f) Subsídios Os subsídios governamentais são reconhecidos de acordo com o seu justo valor quando existe uma garantia razoável que irão ser recebidos e que a Empresa irá cumprir com as condições exigidas para a sua concessão. Os subsídios e comparticipações recebidos a fundo perdido, para financiamento de imobilizações corpóreas, são registados, apenas quando existe uma garantia razoável de recebimento, nas rubricas Outros passivos não correntes e Outros passivos correntes sendo reconhecidos na demonstração dos resultados proporcionalmente às amortizações das imobilizações corpóreas subsidiadas.

g) Imparidade dos activos não correntes É efectuada uma avaliação de imparidade dos activos do Grupo à data de cada balanço e sempre que seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indiquem que o montante pelo qual o activo se encontra registado possa não ser recuperável. Sempre que o montante pelo qual o activo se encontra registado é superior à sua quantia recuperável (definida como a mais alta do preço de venda líquido e do valor de uso, ou como o preço de venda líquido para activos detidos para alienação), é reconhecida uma perda por imparidade, registada na demonstração dos resultados na rubrica Provisões e perdas por imparidade. O preço de venda líquido é o montante que se obteria com a alienação do activo, numa transacção entre entidades independentes e conhecedoras, deduzido dos custos directamente atribuíveis à alienação. O valor de uso é o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que são esperados que surjam do uso continuado do activo e da sua alienação no final da vida útil. A quantia recuperável é estimada para cada activo, individualmente ou, no caso de não ser possível, para a unidade geradora de fluxos de caixa à qual o activo pertence. A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em períodos anteriores é registada quando se conclui que as perdas por imparidade reconhecidas já não existem ou diminuíram. Esta análise é efectuada sempre que existam indícios que a perda de imparidade anteriormente reconhecida tenha revertido. A reversão das perdas por imparidade é reconhecida na demonstração dos resultados como Outros proveitos operacionais. Contudo, a reversão da perda por imparidade é efectuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de amortização ou depreciação) caso a perda por imparidade não se tivesse registado em períodos anteriores. h) Encargos financeiros com empréstimos obtidos Os encargos financeiros com empréstimos obtidos (juros, prémios, custos acessórios e juros de locações financeiras) são reconhecidos como custo na demonstração dos resultados do período em que são incorridos, de acordo com o princípio da especialização de exercícios. i) Provisões As provisões são reconhecidas quando, e somente quando, o Grupo tem uma obrigação presente (legal ou construtiva) resultante dum evento passado, seja provável que, para a resolução dessa obrigação, ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. As provisões são revistas na data de cada balanço e são ajustadas de modo a reflectir a melhor estimativa do seu justo valor a essa data (Nota 26). As provisões para custos de reestruturação são reconhecidas pelo Grupo sempre que exista um plano formal e detalhado de reestruturação e que o mesmo tenha sido comunicado às partes envolvidas. j) Instrumentos financeiros i) Investimentos Os investimentos detidos pelo Grupo são classificados como segue:

Investimentos detidos até à maturidade, designados como activos financeiros não derivados com pagamentos fixados ou determináveis e maturidade fixada, e relativamente aos quais existe a intenção positiva e a capacidade de deter até à maturidade. Estes investimentos são classificados como Activos não correntes, excepto se o seu vencimento for inferior a 12 meses da data do balanço. Investimentos mensurados ao justo valor através de resultados ( Investimentos detidos para negociação ), fazem parte de uma carteira de instrumentos financeiros geridos com o objectivo de obtenção de lucros no curto prazo e são classificados como Activos não correntes. Investimentos disponíveis para venda, designados como todos os restantes investimentos que não sejam considerados como detidos até à maturidade ou mensurados ao justo valor através de resultados, sendo classificados como Activos não correntes. Os investimentos são inicialmente registados pelo seu valor de aquisição, que é o justo valor do preço pago; no caso dos investimentos detidos até ao vencimento e investimentos disponíveis para venda, são incluídas as despesas de transacção. Após o reconhecimento inicial, os investimentos mensurados ao justo valor através de resultados e os investimentos disponíveis para venda são reavaliados pelos seus justos valores por referência ao seu valor de mercado à data de balanço, sem qualquer dedução relativa a custos de transacção que possam vir a ocorrer até à sua venda. Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos disponíveis para venda são registados no capital próprio, na rubrica Reservas de justo valor até ao investimento ser vendido, recebido ou de qualquer forma alienado, ou até que o justo valor do investimento se situe abaixo do seu custo de aquisição e que tal corresponda a uma perda por imparidade, momento em que a perda acumulada é registada na demonstração dos resultados. Os investimentos financeiros disponíveis para venda representativos de partes de capital em acções de empresas não cotadas são registados ao custo de aquisição, tendo em consideração a existência ou não de perdas por imparidade. É convicção do Conselho de Administração do Grupo que o justo valor destes investimentos não difere significativamente do seu custo de aquisição. Todas as compras e vendas destes investimentos são reconhecidas à data da assinatura dos respectivos contratos de compra e venda, independentemente da sua data de liquidação financeira. ii) Dívidas de terceiros As dívidas de terceiros que não vençam juros são registadas pelo seu valor nominal deduzido de eventuais perdas por imparidade para que as mesmas reflictam o seu valor presente realizável líquido. As dívidas de terceiros que vençam juros (nomeadamente as respeitantes a vendas de viaturas a prestações) são registadas no activo pelo seu valor total, sendo a parcela respeitante aos juros registada no passivo, como um proveito diferido, e reconhecida na demonstração dos resultados em função do seu vencimento.

iii) Empréstimos Os empréstimos são registados no passivo pelo seu valor nominal deduzido dos custos de transacção que sejam directamente atribuíveis à emissão desses passivos. Os encargos financeiros são calculados de acordo com a taxa de juro efectiva e contabilizados na demonstração dos resultados do período de acordo com o princípio da especialização dos exercícios. iv) Contas a pagar As contas a pagar que não vencem juros são registadas pelo seu valor nominal. v) Instrumentos derivados O Grupo utiliza instrumentos derivados na gestão dos seus riscos financeiros como forma de garantir a cobertura desses riscos, não sendo utilizados instrumentos derivados com o objectivo de negociação. Os instrumentos financeiros derivados ( Cash-flow hedges ) contratados pelo Grupo (essencialmente swaps de taxas de juro), embora tenham o objectivo específico de cobertura de riscos financeiros inerentes ao negócio (risco de variação de taxa de juro), não se enquadram totalmente nos requisitos definidos no IAS 39 para classificação como instrumentos de cobertura. Consequentemente, estes instrumentos financeiros são registados ao seu justo valor à data de balanço, sendo as variações desse justo valor reconhecidas directamente na demonstração dos resultados do exercício. vi) Caixa e equivalentes a caixa Os montantes incluídos na rubrica Caixa e seus equivalentes correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários, depósitos a prazo e outras aplicações de tesouraria, vencíveis a menos de três meses, e que possam ser imediatamente mobilizáveis com risco insignificante de alteração de valor. k) Responsabilidades por pensões O Grupo Salvador Caetano constituiu por escritura pública datada de 29 de Dezembro de 1988 o Fundo de Pensões Salvador Caetano, alterado subsequentemente em 2 de Janeiro de 1994, em 29 de Dezembro de 1995 e em 23 de Dezembro de 2002. Este Fundo de Pensões constituído prevê, enquanto o Grupo Salvador Caetano mantiver a decisão de realizar contribuições para o referido fundo, que os trabalhadores possam vir a auferir, a partir da data da reforma, um complemento não actualizável, determinado com base numa percentagem do vencimento, entre outras condições. Estes complementos de reforma configuram um plano de benefícios definidos, tendo sido constituído para o efeito um Fundo de pensões autónomo. A fim de estimar as suas responsabilidades pelo pagamento das referidas prestações, o Grupo segue o procedimento de obter anualmente cálculos actuariais dessas responsabilidades determinadas de acordo com o Projected Unit Credit Method.

As responsabilidades por pensões reconhecidas à data de balanço representam o valor presente dos benefícios futuros ajustado de ganhos ou perdas actuariais e/ou de responsabilidades por serviços passados não reconhecidas, reduzido do justo valor dos activos líquidos do fundo de pensões (Nota 25). l) Activos e passivos contingentes Os passivos contingentes são definidos pelo Grupo como (i) obrigações possíveis que surjam de acontecimentos passados e cuja existência somente será confirmada pela ocorrência, ou não, de um ou mais acontecimentos futuros incertos não totalmente sob o controlo do Grupo ou (ii) obrigações presentes que surjam de acontecimentos passados mas que não são reconhecidas porque não é provável que um exfluxo de recursos que incorpore benefícios económicos seja necessário para liquidar a obrigação ou a quantia da obrigação não pode ser mensurada com suficiente fiabilidade. Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras do Grupo, sendo os mesmos divulgados no Anexo, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos afectando benefícios económicos futuros seja remota, caso este em que não são sequer objecto de divulgação. Os activos contingentes são possíveis activos que surgem de acontecimentos passados e cuja existência somente será confirmada pela ocorrência, ou não, de um ou mais eventos futuros incertos não totalmente sob o controlo do Grupo. Os activos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras do Grupo mas divulgados no Anexo quando é provável a existência de um benefício económico futuro. m) Impostos sobre o rendimento O imposto sobre o rendimento do exercício é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas incluídas na consolidação, de acordo com as regras fiscais em vigor no local da sede de cada empresa do Grupo, e considera a tributação diferida. Os impostos diferidos são calculados com base no método da responsabilidade de balanço e reflectem as diferenças temporárias entre o montante dos activos e passivos para efeitos de reporte contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de tributação. Os activos e passivos por impostos diferidos não são reconhecidos quando as diferenças temporárias resultem de diferenças de consolidação ou do reconhecimento inicial de activos e passivos que não através de operações de concentração empresarial. Os activos e passivos por impostos diferidos são calculados e anualmente avaliados utilizando as taxas de tributação em vigor, ou anunciadas para estarem em vigor, à data expectável de reversão das diferenças temporárias. Os impostos diferidos activos são registados unicamente quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para a sua utilização, ou nas situações em que existam diferenças temporárias tributáveis que compensem as diferenças temporárias dedutíveis no período da sua reversão. No final de cada exercício é efectuada uma revisão desses impostos diferidos, sendo os mesmos reduzidos sempre que deixe de ser provável a sua utilização futura.