Analisando o significado da terminologia LASER LASER (Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation) ILIB irradiação do laser no sangue. BASES FÍSICAS DA RADIAÇÃO LASER Princípios Elementares 1) Espectro Eletromagnético - é o conjunto de ondas eletromagnéticas, proveniente da variação 2) Monocromaticidade - A luz produzida por um laser tem uma só cor. 3) Colimação - Os raios de luz ou fótons são paralelos entre si. de seus comprimentos de onda 4) Coerência [12 12, 49] - Coerência temporal: as depressões e picos LASER das ondas de luz emitida encaixam-se perfeitamente no tempo - Coerência espacial: As ondas viajam na mesma direção 1
EFEITOS DA RADIAÇÃO LASER DE BAIXA POTÊNCIA Efeitos Primários ou Diretos a) Efeito bioquímico: 1) Liberação de substâncias pré-formadas Histamina, βendorfina, e prolactina. serotonina, acetilcolina, 2) Modificação normais: das reações enzimáticas Tanto no sentido de excitação quanto no sentido de inibição. 3) Estímulo na produção de ATP : No interior das células, provoca a aceleração da mitose b) Efeito bioelétrico: A a ação do laser é dupla: - de modo direto atua estabilizando o potencial de membrana em repouso; - de modo indireto aumenta a quantidade de ATP produzido pela célula. c) Efeito Bioenergético Efeitos Secundários e Indiretos a) Estímulo à microcirculação Arteríola Capilares b) Estímulo ao Trofismo Celular Entre destacar: os tecidos estimulados, - Estimulação da reparação do tecido ósseo; - Aumento do trofismo na pele; podemos Efeitos Terapêuticos Antiinflamatório: 1) Interferindo na síntese de prostaglandinas - Sua inibição determina uma sensível redução nas alterações proporcionadas pela inflamação. - Neoformação de vasos a partir dos já existentes 2
2) Estimulando a microcirculação - Aumenta o aporte de elementos nutricionais e defensivos para a região lesada, favorecendo a sua resolução. Analgésico: a) A nível local, reduzindo a inflamação b) Mantendo o potencial de membrana c) Liberação de ACTH (corticoide natural do corpo) d) Estimulando a liberação de β-endorfinas, direta ou indiretamente. e) Provocando a normalização e o equilíbrio da energia no local da lesão f) Estimula a liberação de serotonina Antiedematoso: A ação antiedematosa do laser pode ser justificada a partir dos seguintes fatos: - Estímulo à microcirculação - Diminuição da prostaglandina/histamina Cicatrizante Tal poder terapêutico se explica por: - Estímulo à microcirculação, que aumenta o aporte de elementos nutricionais - Incremento à produção de ATP, que - Formação de novos vasos a partir dos já proporciona um aumento da velocidade existentes mitótica das células. - Aumento da síntese de colágeno. [49 49] 3
Classificação do tipo de laser segundo substância ativa geradora da radiação: 1) gasoso Neste grupo deve-se estabelecer a uma diferenciação entre os gases neutros, como o laser de HeNe; os gases ionizados, como o laser de Argônio; e os gases moleculares, como o laser de CO 2. a) Hélio-Neônio (HeNe) Possui um 632,8 nm, apresenta comprimento de na faixa efeitos bioestimulantes e tróficos do onda de vermelho, e fundamentalmente tróficos (Soriano et al., 2000) HeNe em Fisioterapia Dermato- Funcional HeNe 2) diodo ou semicondutor a) Arsenieto de gálio (AsGa) Emite radiação infravermelha com comprimento de onda de 904 nm, em forma pulsada de maneira que cada pulso alcança potências de grande densidade energética (W), porém como potência média se obtém um laser de baixa potência potência (Soriano et al, 2000). b) Arsenieto de gálio-alumínio (AsGaAl) Emite radiação infravermelha com comprimento de onda de 830 nm, de forma contínua (Soriano et al, 2000). Em membrana). Em contato direto com a 4
c) Índio-Gálio-Alumínio-Fósforo (InGaAlP) Emite radiação com comprimento de onda de 670 nm, na faixa do vermelho. Possui barras de múltiplos diodos, que dão um aspecto "divergente" à radiação emitida, permitem tratar superfícies de maior dimensão Entra em contato direto com a mitocondria. Soriano et al, 2000). em Fisioterapia Dermato- Funcional em Fisioterapia Dermato-Funcional Os equipamentos mais utilizados na prática fisloterapêutica até o momento são os de Hélio-Neônio (HeNe) e Arsenieto de Gálio (AsGa) (Guirro (Guirro & Guirro, 2002). Recentemente foram lançados no mercado nacional os de Alumínio-Gálio Gálio- Indio-Fósforo Gálio-Alumínio (AlCaInP) e Arsenieto- (AsGaAl), os possuem características específicas. quais Uma das vantagens dos equipamentos de AlGaInP e os de AsGaAl está fundamentada na potência média emitida (30 mw), a qual é muito superior ao do HeNe (2mW) ou mesmo do AsGa (Guirro & Guirro, 2002). 5
TIPOS DE LASER COMPRIMENTO DE ONDA FORMA DE ONDA FEIXE POTÊNCIA DE PICO HeNe 632,8 nm Contínua Visível (vermelho) 2 a 10 mw AsGa 904,0 nm Pulsada Invisível 15 a 30 W AlGaInP 670,0 nm Contínua Visível (vermelho) 15 a 30 mw AsGaAl 830,0 nm Contínua Invisível 30 mw Fonte: Guirro & Guirro (2002) Técnica de aplicação do Hélio-Neônio (He-Ne) Formas de aplicação [50 50] 1) Aplicação por pontos: Com o laser HeNe realizam aplicações puntuais sobre a estrutura a tratar (Soriano et al, 2000). Deve-se tocar a caneta na pele do paciente. A distância ideal de um ponto a outro é de 1 cm e não deve passar de 5 cm (Soriano et al, 2000). Aplicação por varredura: Consiste na aplicação onde se movimenta, à maneira de um pincel, a caneta aplicadora, fazendo com que o ponto iluminado varra toda uma região. Técnica de aplicação do de Arsenieto de Gálio (As-Ga) É aconselhável que, com este tipo de laser, se utilize apenas a aplicação por pontos encostando a caneta aplicadora na pele do paciente Dosimetria dos s de Baixa Potência Atualmente, a dose mais habitualmente empregada se situa entre 10 e 20 J/cm 2 Quando se busca um efeito trófico se empregam doses altas, e o efeito antiinflamatório se obtém com dose mais baixas (Soriano et al, 2000). 6
Quando se tratam processos agudos pode- se chegar a realizar tratamentos diários (cicatrização de uma ferida, por exemplo) (Soriano et al, 2000). Em processos crônicos se espaçam as aplicações e se utilizam doses mais altas (Soriano et al, 2000). Guirro & Guirro (2002) mencionaram que alguns autores preconizam que a densidade de energia a ser depositada deve situar-sese entre 1 a 6 J/cm 2. Sugerem a seguinte tabela: - Ação antinflamatória...1 a 3 J/cm 2 - Ação circulatória... 1 a 3 J/cm 2 - Ação antálgica... 2 a 4 J/cm 2 - Ação regenerativa...3 a 6 J/ cm 2 Existe atualmente, uma linha de conduta no tocante a parâmetros dosimétricos que giram em torno de um dose, que refere-se a 3 a 4 J/cm 2. E para que o profissional possa utilizar a dose ideal no paciente, seguindo a dose, este peculiaridades: deve observar algumas a) Parâmetro relacionado à evolução da enfermidade - Casos agudos - doses menores que a dose - Casos crônicos - doses maiores que a dose b) Parâmetro relacionado à idade - Idosos - doses menores que a dose - Jovens/crianças a partir de 12 anos - doses maiores que a dose c) Parâmetro relacionado à nutrição e hidratação - Desidratados e desnutridos - doses menores que a dose - Hidratados e nutridos - doses maiores que a dose d) Parâmetro relacionado ao condicionamento físico - Sedentários - doses menores que a dose - Atletas - doses maiores que a dose e) Parâmetro relacionado à gordura - Maior espessura - doses maiores que a dose - Menor espessura - doses menores que a dose f) Parâmetro relacionado à melanina - Indivíduo claro - doses menores que a dose - Indivíduo escuro - doses maiores que a dose 7
Se aplicarmos sobre a pele pomadas, líquidos ou simplesmente não eliminarmos sua própria secreção sebácea, todos estes elementos formarão uma barreira que irá incrementar a reflexão de qualquer feixe luminoso acima de seu nível normal (Guirro & Guirro, 2002). TERAPÊUTICA Fórmula para Cálculo de Tempo de Aplicação [50 O fisioterapeuta deverá: 1- Saber qual dose (J/cm 2 ) deseja aplicar 2- Conhecer a potência de emissão utilizada 3- Conhecer o tamanho da área a ser irradiada. 50] Calculando o Tempo de Aplicação T (s) = Dose desejada (J/ cm 2 ) x Área (cm 2 ) Potência (w) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. GUIRRO, E. C. O. & GUIRRO, R. R. J. - Fisioterapia Dermato - Funcional Fundamentos, Recursos e Patologias. 2002. Ed Manole - 3ª Ed. Revisada e ampliada. pp. 380 2. SORIANO, M. C. D., PÉREZ, S. C., BAQUÉS, M. I. C. - Electroestética Professional Aplicada - Teoria y Práctica para la Utilización de Corrientes en Estética - Sorisa - Espanha - 2000. pp. 262-274274 3. TOREZAN, L. A. R. & OSÓRIO, N. em Dermatologia: princípios físicos, tipos e indicações. Anais Bras. de Dermatologia. 1999. 74(1);13 13-20, jun/fev. 4. TRELLES, M. A. - para la salud y la estetica. Biblioteca nueva Estetica. Barcelona. 2ª ed. 1983. Apud. GUIRRO, E. C. O. & GUIRRO, R. R. J. - Fisioterapia Dermato - Funcional Fundamentos, Recursos e Patologias. 2002. Ed Manole - 3ª Ed. Revisada e ampliada. pp. 292. 5. VELLA, J. L. C. La terapia laser em medicina estetica. Jornadas latino-americanas. 1978. en Medicina, publicado pelo C.D., Colômbia. Apud. GUIRRO, E. C. O. & GUIRRO, R. R. J. - Fisioterapia Dermato - Funcional Fundamentos, Recursos e Patologias. 2002. Ed Manole - 3ª Ed. Revisada e ampliada. pp. 292. 6. McDANIEL, D.H; ASH, K.; ZUKOWOSKI, M. Treatment of stretch marks with the 585 nm flashlamp pumped pulsed dye laser. 1996. Dermatol. Surg. 22:332 332-7. Apud. GUIRRO, E. C. O. & GUIRRO, R. R. J. - Fisioterapia Dermato - Funcional Patologias. 2002. Ed Manole - 3ª Ed. Revisada e ampliada. pp. 460 Fundamentos, Recursos e 7. MANSKE, P.R. & LESKER, B. S. Histologic evidence of intrinsic flexor tendon repair in various experimental animals: na in vitro study. 1984. Clin. Orthop. Rel. Res. 182:297-304. Apud. GUIRRO, E. C. O. & GUIRRO, R. R. J. - Fisioterapia Dermato - Funcional Fundamentos, Recursos e Patologias. 2002. Ed Manole - 3ª Ed. Revisada e ampliada. pp. 460 8. GOLDMAN, L. Biomedical aspectos of the ; New York. Springer Verlag. 1967;1-8 9. ANDERSON, R.R. & PARRISH, J.A. Selective phototermolysis: precise microsurgery by selective absortion of pulsed radiation. Science. 1983; 220:524-7 10. SPICER, M.S. & GOLDBERG, D.L. s in Dermatology. JAAD. 1996;34 34:1-25 11. APFELBERG, D.B.;.; MASER, M.R.;.; LASH, H. Argon treatment of cutaneous vascular abnormalities: progress report. Am Plast Surg. 1978;1:14 14 12. GOLDMAN, M.P & FITZPARTRICK, R.E. Cutaneous laser surgery, 1ª ed. St. Lowis- Missouri: Mosby 1994. 8