CONSTRUINDO A CONSCIENTIZAÇÃO AMBIENTAL NA ESCOLA



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Transcrição:

CONSTRUINDO A CONSCIENTIZAÇÃO AMBIENTAL NA ESCOLA Lorena Bispo do Nascimento* Welane dos Santos Silva** RESUMO O principal objetivo desse artigo é de promover desde cedo a conscientização nos alunos da importância de preservação do meio ambiente, preservar não só pra si mas para as próximas gerações. Aprimorar no aluno a consciência ecológica, pois sendo preparado desde cedo, gradativamente ao longo de sua formação escolar, se tornará um cidadão consciente do dever de preservação do meio ambiente. Com base na lei n 9.795, de 27 de abril de 1999, a Educação Ambiental é um componente essencial e permanente da educação Nacional, devendo estar presente em todos os níveis e modalidades do processo educativo formal e não-formal. É preciso que essa lei seja de fato posta em prática em nossas escolas, é preciso que não esqueçamos de abordar,discutir e trabalhar essa questão em sala de aula continuamente,não abordar somente no dia nacional ou mundial de preservação do meio ambiente. De acordo do com Sato (2004) o aprendizado ambiental é um componente vital, pois oferece motivos que levam os alunos se reconhecerem como parte integrante do meio em que vivem e faz pensar nas alternativas para soluções dos problemas ambientais e ajudar a manter os recursos para as futuras gerações. É a partir desse contato que vai despertando no aluno a consciência de que ele faz parte do meio ambiente, e por tanto deve promover soluções para preservar os recursos naturais para o presente e futuro.

Mostrando a importância dos 3Rs (reduzir,reutilizar e reciclar) processo de preservação do meio ambiente, proporcionando ao aluno a integração com a comunidade no intuito de promover a conscientização ambiental. Pensando em formar de reciclar o lixo através de palestras,oficinas promovidas em conjunto professores e alunos. Palavras chave: meio ambiente-conscientizar-reduzir-reutilizar-reciclar * Autora,bolsita do PIBID, graduanda em Pedagogia pela UFPI. E-mail: lorenaufpi2010@hotmail.com ** Co-autora,bolsista do PIBID,graduanda em Pedagogia pela UFPI. Introdução As especificidades da Educação Ambiental acumulam numerosas experiências e estão amparadas por marcos legais como a Constituição Federal de 1988, a Lei nº9.795/99,que estabelece a PNEA, e os compromissos internacionalmente assumidos. Nesse sentido, também merece destaque o Programa Nacional de Educação Ambiental- ProNEA que, em 2004, teve a sua terceira versão submetida a um processo de Consulta Pública como estratégia de planejamento incremental e articulado. Dentre os principais documentos firmados pelo Brasil no âmbito internacional,cita-se o documento resultante da Conferência Intergovernamental de Educação Ambiental de Tbilisi, que foi promovida no Município da Geórgia (ex-união Soviética), em outubro de 1977. Sua organização ocorreu a partir de uma parceria entre a UNESCO e o então ainda recente Programa de Meio Ambiente da ONU (PNUMA). Nesse encontro foram formulados objetivos, definições, princípios e estratégias para a Educação Ambiental que até hoje são adotados em todo o mundo. Três anos depois da Conferência de Tbilisi, a UNESCO e o PNUMA iniciam juntos a estruturação do Programa Internacional de Educação Ambiental (PIEA),desenvolvendo uma série de atividades em várias nações. A esta altura, o Brasil já havia admitido a necessidade de inclusão da Educação Ambiental em todos os níveis

e modalidades de ensino com vistas à conscientização pública para a conservação do meio ambiente. Outro documento internacional de extrema relevância é intitulado Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global, elaborado pela sociedade civil planetária, em 1992, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92). Este documento, além de firmar com forte ênfase o caráter crítico e emancipatório da Educação Ambiental, entendendo-a como um instrumento de transformação social, política, ideologicamente comprometido com a mudança social (o que já aparecia timidamente em Tbilisi),desponta também como elemento que ganha destaque em função da alteração de foco do ideário desenvolvimentista para a noção de sociedades sustentáveis construídas a partir de princípios democráticos, em propostas participativas de gestão ambiental e de responsabilidade global. Importante destacar que o presente debate para a elaboração de Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental coincide com a iniciativa da UNESCO de implementar a Década da Educação para Desenvolvimento Sustentável (2005-2014). A Década da Educação para Desenvolvimento Sustentável pode potencializar as políticas, os programas e as ações educacionais já existentes,multiplicando oportunidades inovadoras. O Brasil, juntamente com outros países da América Latina e do Caribe, assumiu compromissos internacionais com a implementação do Programa Latino-americano e Caribenho de Educação Ambiental PLACEA e do Plano Andino-amazônico de Comunicação e Educação Ambiental PANACEA, que incluem os Ministérios do Meio Ambiente e de Educação dos países. Com isso podemos perceber que há um empennho de vários países, de organizações não governamentais,de cientistas todos envolvidos em uma causa comum a todos que é a preservação do planeta em que vivemos,procurando solucionar a questão da pluição tanto no sentido da camada de ozônio como do excedente que o consumismo gera. E também no que se trata da preservação da fauna,da flora, dos recursos hídricos ou seja de tudo que é esgotável em nosso planeta. Podemos verificar que desde os primórdios da existência humana verificamos que o homem tem evoluído e com isso começa a fazer modificações no meio em que vive, com a finalidade de obter uma melhor qualidade de vida.com isso o consumismo aumenta cada dia mais e mais, a exploração das florestas, a extinção da nossa fauna e

flora tudo isso começa a interferir no ciclo de equilíbrio em nosso planeta gerando os efeitos climáticos que estamos vivenciando nos dias atuais. O homem a cada dia vem perdendo a sua consciência ecológica,muitos não compreendem a importância de preservar o meio em que vive. Podemos atribuir essa falta de consciência ecológica ao fato de que durante sua escolarização essa temática não ter sido desenvolvida/explorada de forma que o aluno compreenda os riscos que acarreta ao meio ambiente. Segundo Varine, a natureza é um grande patrimônio da sociedade. Consequentemente, a Educação Ambiental se torna uma prática social, com a preocupação da preservação dessa sua riqueza(2000, p. 62). É preciso incutir desde cedo nas crianças a importância da preservação do meio ambiente. De acordo com a Lei 9.795/99, Entende-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade (LEI 9.795, 1999, art. 1º). Para Brandão (1995,p.25), a sensibilidade traz esperanças de novas relações com afetos de responsabilidade para com o presente e o futuro, não só das gerações humanas, mas de outras gerações de seres vivos. A lei 9.795/99, em seu art. 10, 1o diz que : A educação ambiental não deve ser implantada como disciplina específica no currículo de ensino. Mas é preciso trabalhar a criança desde as séries iniciais, para que ao longo de seu processo de escolarização ela desenvolva o seu papel de cidadão consciente de seu dever de cidadão em preservar, proteger o meio ambiente para si e para as futuras gerações. Sabemos que se desde de cedo se a criança estiver em contato com essa temática através de uma disciplina que passe informações a respeito da preservação do meio ambiente poderá tornar-se um cidadão crítico e consciente de seus direitos e deveres. Compreendera a importância da preservação ambiental, da importância de reciclar,reutilizar e reduzir todo e qualquer material que possa poluir o meio em que vive e o planeta de um modo geral. A respeito disso Suave diz o seguinte: A Educação Ambiental visa a induzir dinâmicas sociais, de início na comunidade local e, posteriormente, em redes mais amplas de solidariedade, promovendo a abordagem colaborativa e crítica das realidades socioambientais e uma compreensão autônoma e criativa dos problemas que se apresentam e das soluções possíveis para eles(suave,p.,2005).

É preciso que a escola compreenda o seu papel, ou seja, o local no qual a criança adquiri e constrói o seu conhecimento,desenvolve suas habilidades,torna-se um cidadão crítico e cívico. Segundo Tristão, o desafio presente na sociedade contemporânea é promover uma Educação Ambiental crítica e inovadora, uma educação que possibilite buscar uma transformação social. O seu enfoque deve ser amplo e relacionar o homem, a natureza e o universo, entendendo que os recursos naturais se esgotam e que um dos principais responsáveis por essa perda de recursos tem sido o ser humano (TRISTÃO, 2008). É preciso que tanto a escola e o professor estejam unidos em prol de uma mesma causa que é de fomentar no educando a consciência ecológica, criar meios que permita a ele encontrar soluções em grupo ou individual sobre a preservação do meio em que vivemos. Que o educando possa ser autor e semeador dessa consciência ecológica da qual tanto falamos, que possam tirar do campo da teoria e aplicar na prática todos os conhecimentos adquiridos ao longo de sua existência. Que o homem possa articular de uma forma que desenvolvimento e preservação ambiental estejam lado a lado, que ambas possam se tornar inseparáveis. Para Boligian (2005), o consumismo se caracteriza pelo volume exagerado de produtos que se adquire e, também pela compra de artigos que satisfazem às necessidades secundárias, ou seja, que não são essenciais à nossa subsistência(boligian,p.,2005). É necessário que o educando seja questionado a respeito do consumismo, mostrando a ele quais os prós e contra, que ele consiga compreende que os recursos renováveis são finitos, que se não tomarmos para nós a nossa parcela de responsabilidade de preservação, os recursos naturais do nosso planeta poderá desaparecer para sempre. Mas só depende de nós para que isso não aconteça. Reforçando esse pensamento Dias diz que, mediante a utilização dos avanços da ciência e da tecnologia, a educação deve desempenhar uma função capital com vista a criar a consciência e a melhor compreensão dos problemas que afetam o meio ambiente. Essa educação há de fomentar a elaboração de comportamentos positivos de conduta

com respeito ao meio ambiente e a utilização de seus recursos pelas nações (DIAS, 1994, p. 62) A educação ambiental deve desenvolver/envolver o pensamento e a prática ambiental no educando. Dias afirma que, os meios de comunicação possuem uma responsabilidade enorme quanto ao esclarecimento da população sobre os atuais problemas ambientais. Esse esclarecimento quando transformado em conhecimento pode fazer com que o indivíduo adquira plenamente o sentido de sua responsabilidade ambiental (Dias,p.50,1994). É de fundamental importância que os meios de comunicação possam propagar em seus veículos de comunicação questão ambiental,seus problemas,suas ações voltadas para a preservação ambiental, pois aos meios de comunicação grande parte da população tem acesso. E com isso pode e deve ser possível ser pensado e posto em prática o desenvolvimento sustentável, no qual o ser humano possa diminuir o consumismo desnecessário/superfulo, norteando-a procura reutilizar,reciclar,fazer a coleta seletiva de todo o excedente que é proveniente do consumismo excessivo.

Considerações finais Considerando todo o processo de evolução do homem, devemos desde cedo fomentar/desenvolver a consciência ecológica do educando para que ele possa ser um cidadão ciente de seu dever ecológico. Podendo assim aplicar na prática todo o conhecimento adquirido na teoria. Tornando assim o planeta um local saudável para si e para as futuras gerações com todos os seus recursos preservados.

Referencias BRANDÃO, Carlos Rodrigues. "Outros afetos, outros olhares, outras idéias, outras relações". A Questão Ambiental: Cenários de Pesquisa. Textos NEPAM, Campinas: Ed. da UNICAMP,1995. Diretizes curriculares de Educação Ambiental. Disponível em:< http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/publicacao13.pdf > acesso em 29 de out. de 2014. VARINE, Hugues de. O Ecomuseu. Ciências e Letras, n. 27, p. 61-90, 2000. BOLIGIAN, L. et al. Geografia: espaço e vivência. In: Consumo, meio ambiente e desigualdade no espaço mundial. 2. ed. São Paulo: Atual, 2005. SATO, M. (2004). Educação Ambiental. São Carlos. Rima. TRISTÃO, M. A educação ambiental na formação de professores. 2. ed. São Paulo: Annablume; Vitória: Fapitec, 2008. DIAS, R. Gestão Ambiental: responsabilidade social e sustentabilidade. 2. ed. São Paulo:Atlas, 2007.