TRAVINHA NA QUINTA: A EXPLORAÇÃO SEXUAL COMERCIAL DE ADOLESCENTES TRAVESTIS Introdução Alan de Loiola Alves Universidade Nove de Julho alanloiola@yahoo.com.br O fenômeno exploração sexual comercial infanto-juvenil consiste em uma violência por parte dos adultos, visto que os mesmos se aproveitam do corpo de crianças e de adolescentes para fins sexuais e/ou para obtenção de lucros financeiros. De acordo com Eva Faleiros (2000: p.72), Exploração sexual comercial definiu-se como uma violência contra crianças e adolescentes que se contextualiza em função da cultura (do uso do corpo), do padrão ético e legal, do trabalho e do mercado. A exploração sexual comercial de crianças e adolescentes é uma relação de poder e de sexualidade mercantilizada, que visa à obtenção de proveitos por adultos, que causa danos biopsicossociais aos explorados, que são pessoas em processo de desenvolvimento. Implica o envolvimento de crianças e adolescentes em práticas sexuais coercitivas ou persuasivas, o que configuram uma transgressão legal e a violação de direitos à liberdade individual da população infanto-juvenil. Neste sentido, a exploração sexual comercial infanto-juvenil encontra-se circunscrita dentro do mercado do sexo, num ramo de negócio diversificado, com vários níveis de produtores, empregados, consumidores e preços, onde as relações sexuais são oferecidas como serviços. Nesta indústria as práticas sexuais com crianças e adolescentes aparecem como atividade especializada, sendo super valorizados neste negócio, por possuírem corpos jovens e em formação. A exploração sexual infanto-juvenil se apresenta em quatro modalidades: prostituição infantil, pornografia infantil, turismo sexual e tráfico para fins sexuais, segundo orientação do Instituto Internacional Del Nino (1998) apud Libório (2003, p.30) 1. Essas modalidades se apresentam de forma separada e/ou articulada. Contudo, este trabalho concentrar atenção na modalidade prostituição de rua. Este tipo de exploração sexual comercial infanto-juvenil consiste no uso de crianças e adolescentes em 1 De acordo com Libório (2003, p. 30), as definições foram ratificadas no II Congresso Mundial Contra a Exploração Sexual Comercial de Criança realizado em Yokohoma, no Japão em 2001 e estão presentes em End Chil Prostitution, Chil Pornography and Trafficking of Children for Sexual Purpose ECPAT Internacional (2002).
atividades sexuais em troca de remuneração ou formas de consideração, conforme define o Instituto Internacional Del Nino (1998) apud Libório (2003, p.30). Ferreira (2007) acrescenta a esta concepção, a prostituição infanto-juvenil que envolve o engajamento e a oferta para práticas sexuais deste segmento. Como assinala Santos (2004, p.101), a prostituição de rua é uma das formas mais visíveis de exploração sexual comercial infanto-juvenil, uma vez que as crianças e adolescentes submetem seus corpos à venda em pequenos grupos ou sozinhos nas imediações de restaurantes, bares ou logradores públicos, turísticos ou não. Além disso, tem também sua face oculta nas casas noturnas, boates, thermas, em clubes e casas de massagem de prostituição adulta ou nos serviços de escortes. Todavia, concordando com os pesquisadores Eva Faleiros (2004), Ferreira (2007) e Libório (2003) as crianças e os adolescentes não são trabalhadores do sexo, não se prostituem, são abusados, explorados sexualmente e prostituídos e não prostitutos (as). No entanto, as pesquisas sobre exploração sexual infanto-juvenil têm se concentrado nas crianças e adolescentes do sexo feminino, identificando a realidade vivenciada por elas, captando e desvendando as falas e as questões dessas meninas, como por exemplo, os estudos realizados por Campanatti e Carvalho (1996), Libório (2003) e Trindade (2005). Além disso, como pontuam Santos (2004,) e Leal (1999) poucos estudiosos chamam a atenção para a inserção das crianças e adolescentes do sexo masculino no mercado do sexo, assim como, observa Araújo (1996, p. 263) o número de meninos no mercado do sexo é sub-relatado no mundo, na qual os casos mais conhecidos são os rapazes de praia do Sri Lanka, os surfistas da República Dominicana e os garotos pom-pom das Filipinas. Contudo, nos estudos sobre a prostituição de travestis são destacadas as idades desse grupo entre 11 a 58 anos, como aponta da pesquisa de Kulick (2008) sobre prostituição de travestis em Salvador BA na década de 1990 e Benedetti (2005) na pesquisa acerca do processo de construção do corpo e do gênero das travestis que se prostituem em Porto Alegre RS. Estas obras não diferenciaram as adolescentes envolvidas neste comércio, não identificandoas como exploradas, já que não eram suas propostas, como também na época da pesquisa, isto é, na década de 1990 não se tinha clareza sobre a categoria exploração sexual infanto-juvenil, além disso nesta década é que se consolida a percepção de criança e adolescente como sujeitos de direitos na legislação brasileira.
Diante desse quadro, percebe-se que a situação das travestis adolescentes exploradas sexualmente permanece invisibilizada, pois embora elas encontram-se expostas nas avenidas, nas ruas, nas praças, nas estradas e rodovias, porém a sociedade insiste em não notar esta situação, deixando as travestis adolescentes à mercê dos exploradores. 1 As adolescentes travestis no mercado do sexo As adolescentes travestis identificadas neste trabalho são jovens do sexo masculino com idade entre 12 a 17 anos e 11 meses que possuem identidade de gênero feminino, provocando alterações corporais para adquirirem aparência feminina, que adotam nomes femininos. Segundo Libório (2003, p.65), A construção da identidade e subjetividade masculina e feminina recebe influencia do gênero, a tal ponto que a elaboração dos traços de personalidade, atitudes, valores, necessidades e sentimentos de ambos os sexos que se expressam nos modos de ser, pensar e se relacionar também estão assentados naquilo que é considerado como, pertinente e, portanto, atribuído ao masculino e feminino. Desse modo, o gênero compreende uma das relações que situam os indivíduos no mundo e determina, ao longo da sua vida oportunidades, escolhas, trajetórias, vivências, lugares e interesses (Lavinas, 1997, p. 16). Gênero como construção social é derivado de um processo histórico, onde os significados de feminino e masculino são socialmente diversos, com múltiplas formas, não existindo uma essência feminina ou masculina, já que não são de uma ordem natural, universal ou imutável, sendo processos de construção ou formação social, de história e de lingüística determinadas (Louro, 1996, p. 10). Ademais, a identidade de gênero é construída nas e através das relações sociais (Saffioti e Almeida, 1992, p.4). A construção da identidade de gênero conta também com a participação dos sujeitos, que estão implicados no processo plural e permanente deste processo (Louro, 1999, p. 25). Afinal cada indivíduo poderá escolher o seu gênero, estando em conformidade ou não com o sexo biológico ou com as formas atribuídas estruturalmente ao masculino e feminino. Entretanto, essa escolha de viver e usar o corpo de acordo com um estilo consiste em interpretar, reproduzir e reorganizar as normas de gênero. Além disso, a adoção do gênero pode transitar entre o masculino e o feminino e vice-versa (Butler, 1988 apud Saffioti 2001). As identidades sexuais são formas de identidade social consideradas positiva ou negativa, a positiva é a identidade heterossexual, dominante, detentora do poder. A negativa, sendo
concebida como desviante, sofrendo represálias e pouco prestígio social encontra-se a identidade homossexual. As identidades sexuais e de gêneros são definidas no âmbito da cultura e da história, assim como, as outras identidades sociais, como por exemplo, identidade racial, nacional e de classe. Neste sentido, os sujeitos são constituídos de múltiplas e distintas identidades, porém reconhecer-se numa identidade, requer uma afirmação, assim como é estabelecida uma unidade, um sentimento de pertencimento de grupo social (Louro, 1999). Neste aspecto, para vivenciar sua identidade de gênero feminino com a aparência corporal feminina, as travestis começam a tomar hormônio feminino, através de ingestão ou aplicação de medicamentos que contenham progesterona e estrogênio para desenvolver os seios, arredondar os quadris, diminuir os pêlos (Benedetti, 2000, p.53). Além disso, fazem aplicações de silicone industrial ou prótese, usam roupas femininas, fazem uso de maquilagem e utilizam os artigos femininos. Segundo Benedetti (2000, p.33) Entre as travestis, a percepção do corpo e sua fabricação constituem a sua identidade social e seu processo de formação como pessoa. Assim sendo, a travesti não busca ser mulher, sabe que não é uma mulher e também não se identifica como uma, ela procura a aparência da mulher que existe no seu imaginário. De acordo com Terto Junior (1989, p.53) travesti não imita uma mulher, não faz como se fosse tal, bem como não se identifica com uma. O que organizaria a transformação do travesti não é a semelhança, mas a similitude. Como aponta Silva (2007) às travestis estão marcadas pelo estigma, salientando que isto ocorre em função do embaralhamento do gênero, isto é, a identidade do gênero feminino não corresponde ao sexo biológico, que é masculino, mas elas realizam a construção do feminino em corpos masculinos, sendo percebidas com a sexualidade exacerbada, desregrada e problemática. Em decorrência disso, as travestis juvenis são prezas fáceis para o mercado do sexo. Nesta indústria elas são chamadas de travinhas (Alves, 2009) ou ninfetinhas (Silva, 2007), ambos os termos são utilizados em função da pouca idade, pouca transformação no corpo e na fase de iniciação no mercado do sexo. Assim sendo, como salienta Silva (2007, p.55) elas valem-se da precocidade com que começaram a ingerir hormônios femininos para legitimar sua permanência naquela região, colocando-as em melhor posição na indústria sexual, pois utilizam-se da tecnologia estética recentes, deixando-as mais bonitas, como também, pela ousadia mostrada juntos aos clientes, chamando-os de forma provocativa, exibindo o corpo e
falando gracejos. Tudo isto, as colocam numa posição de prestigio dentro da indústria sexual diante das travestis mais velhas. Contudo, vale salientar que essas denominações travinha e ninfetinha descaracterizam a adolescência, tirando o caráter de pessoas em desenvolvimento e sujeitos de direitos, coisificando-os e rotulando-os dentro de uma lógica perversa, a lógica do mercado. No entanto, essas jovens são pessoas, que têm sonhos, desejos e querem ser feliz, conquistar bens de consumo, construir novos laços. As travestis adolescentes encontram-se inseridas na exploração sexual comercial organizada, isto é, está pautado na organização da prostituição de rua de travestis adultas, na qual as jovens adotam a linguagem e as denominações dos territórios, assim como realiza jornada de trabalho regular, programa sexual tabelado e ainda são obrigadas a pagar pelo ponto de prostituição e pelos investimentos no corpo, como por exemplo, estimulantes sexuais, silicone, hormônio feminino, entre outros artigos estéticos e/ou farmacêuticos. Os pontos de prostituição e os investimentos no corpo geralmente são cobrados pelos aliciadoresagenciadores. 2 Exploração sexual de adolescentes travestis na Quinta da Boa Vista Rio de Janeiro Este trecho destaca dois pontos de exploração sexual comercial de travesti juvenil, na modalidade de prostituição de rua na cidade do Rio de Janeiro: Quinta da Boa Vista, visitados no período de junho de 2008 e janeiro de 2009. A área da Quinta da Boa Vista São Cristóvão possui uma quantidade expressiva de adolescentes travestis em situação de exploração sexual comercial, isto é, media de 14 adolescentes com idades entre 14 e 17 anos. Umas iniciando o processo de montagem e transformação corporal para o feminino, fazendo uso de perucas e enchimentos nos sutiãs para aparentar seios. Outras já ingerem hormônios femininos e com aplicações de silicone feminino. Algumas com o corpo feminino formado, com seios, maças do rosto e quadris com aplicações de silicone líquido, sendo estas com maior prestígio dentro do grupo, pois de acordo com o grupo possuem mais beleza, pois como uma delas relata para ser travesti tem que ter três coisas: cabelão, peitão e óleo no corpo. As travinhas como são chamadas, são provocativas, usam roupas muito curtas, mexem com os motoristas e transeuntes que passam pelo local, oferecendo os serviços sexuais e mostrando os corpos. Muitas moram nas redondezas do bairro de São de Cristóvão com outras travestis mais velhas, que desempenham o papel de aliciadoras e agenciadoras. Estes cobram das travinhas o aluguel da moradia, do ponto de prostituição e
parte do programa sexual, que é tabelado sobre a lógica do local, sendo R$ 10,00 (dez reais) para o sexo oral e R$ 30,00 (trinta reais) para o sexo completo, ativo ou passivo. Nesta localidade foi mantido contato mais especificamente com duas adolescentes. Uma possui 17 anos, é parda, possui altura mediana, de cabelos negros, longos e encaracolados, com ausência de dentição aparente. É extrovertida, muito falante e receptiva a abordagem. Vestia constantemente roupas curtas e sensuais (minúsculos shorts jeans, camisetas baby-loock e sandálias de salto alto), usa maquilagem para realizar programas sexuais. Esta jovem possui o corpo transformado em feminino através de ingestão de hormônio feminino, aplicações de silicone liquido nas nádegas, como ela mesmo salienta coloquei silicone líquido, o de carro, que passa no carro assim nas rodas e ainda destacou eu vou colocar peito, uma prótese de 500 mililitros, vou colocar o peito pra fora. Vai ser agora no dia 15 agora. A bicha que está na Europa vai mandar o dinheiro pra pagar. Eu vou colocar na clínica em São Paulo, clínica do Dr P.. A adolescente relatou que sucumbiu a exploração sexual aos 14 anos, sendo aliciada pela prima travesti de 20 anos e uma amiga também travesti de 16 anos. Além disso, a jovem disse que realiza programas sexuais diariamente geralmente entre as 19 horas até as 24 horas, cobrando pela atividade sexual R$ 10,00 pelo sexo oral, R$ 20,00 pelo ato sexual passivo e R$ 30,00 pela realização do programa sexual num hotel, arrecadando em média R$ 150,00 pela prática de seis programas numa noite. Segunda ela, os clientes são em sua maioria homens casados com idades entre 20 a 60 anos. Além da Quinta da Boa Vista, esta jovem realizou programas sexuais comerciais em Pilares. A outra adolescente tem 14 anos, é negra, magra, de estatura baixa, tem cabelos curtos, crespos e negros, faz ingestão de hormônios femininos, possuindo seios diminutivos. Aparentava timidez e introversão, mostrando desconfiança com a abordagem. Durante as incursões ela usava roupas curtas, shorts jeans e sandálias de salto plataforma vermelha, estando com unhas feitas e bastante maquilagem, escondendo a pouca idade. Segundo a jovem, começou a realizar programas sexuais aos 11 anos, através da abordagem de um motorista de taxi que a convidou para manter relações sexuais. A mesma destaca que sempre teve vontade de realizar programas, dizendo é uma coisa que eu gosto, é porque eu acho que já nasci com sangue de, de programa mesmo. Na atualidade informou que realiza esta atividade diariamente entre as 18 horas até as 4 horas da manhã, cobrando pela atividade sexual o valor de R$ 10,00 pelo sexo oral, R$ 20,00 pelo sexo completo ativo e passivo dentro do carro, R$ 30,00 pelo sexo completo num quartinho de um hotel da região e R$ 50,00 pelo sexo completo num hotel mais afastado do
ponto de prostituição, mantendo em média 4 a 5 relações sexuais comerciais. Sobre os clientes, ela relata que idade deles varia entre 20 a 50 anos, sendo homens, mulheres e casais, destacando os taxistas como clientes assíduos. Além da Quinta da Boa Vista esta adolescente já realizou programas sexuais em Madureira e Copacabana. Contudo, vale destacar que ao serem indagadas sobre a rede de proteção a criança e adolescentes, as travinhas destacaram que não tiveram passagem por nenhuma instituição e que estão fora da rede educacional a mais de um ano. No entanto, elas destacam a violência praticada pelos policiais, apontando que são vítimas de agressões físicas e de furtos dos pertences, especialmente celulares e o dinheiro conquistado com o programa sexual. Considerações Finais Este artigo evidenciou a dura realidade vivenciada pelas travestis adolescentes na exploração sexual comercial, na modalidade prostituição, mostrando que elas são violentadas dentro de uma complexa estrutura de funcionamento do mercado do sexo, na qual vivenciam um esquema perverso de comercialização, dominação e submissão. Neste aspecto, identifica-se que as travestis juvenis não buscaram o mercado do sexo, e sim, foram conduzidos ou abordados pelos adultos para a exploração sexual, sucumbindo à vontade delituosa do adulto. Assim sendo, nota-se a necessidade de prosseguir e ampliar as medidas para enfrentar esta problemática. Acreditando no processo de protagonismo desses jovens, deve-se assumi-los como principal personagem da sua história, trabalhando e estimulando-os nas suas potencialidades e desejos, com propósito de construir alternativas e formas de enfrentamento, vislumbrando outras formas de trabalho, sobrevivência e diversão, que não seja a exploração sexual. Desse modo, fazer valer as vozes das travestis juvenis, transformando-os em sujeitos de direitos. Para isto, precisa-se compreender que as adolescentes travestis também são violentados sexualmente, para que as incluam na agenda política. Neste sentido, sugere-se que as estratégias de enfrentamento à exploração sexual comercial infanto-juvenil, seja realizada conforme a identidade sexual e de gênero, pois as demandas e a realidade vivenciada no mercado do sexo são distintas, assim como precisa prestar a atenção nas percepções das adolescentes sobre a sua situação. Ademais, propõe-se o atendimento das famílias e das jovens dentro do paradigma de redes que implica na articulação entre os segmentos voltados para o atendimento dessa população, isto
é, assistência social, educação, saúde e jurídica, permitindo melhor interação e informação acerca das necessidades apresentadas. Não pode esquecer que explorador deve ser responsabilizado por esse crime e a sociedade precisa proteger as crianças e os adolescentes para que os mesmos não sofram desse mal, pois a exploração sexual comercial fere todos os direitos das crianças e dos adolescentes. Ainda, faz-se necessária uma medida a longo prazo, com propósito de prevenir a inserção de crianças e adolescentes no mercado do sexo. Para isto, a realização de campanhas a fim de mudar a postura e o comportamento da população em relação aos preconceitos e estigmas. Ainda é preciso que a população esteja informada sobre a importância das políticas, dos programas e das leis de proteção à criança e o adolescente. O Estado também deve assumir seu papel de proteção, garantindo condições para a família proteger seus membros criança ou adolescente, gerando emprego e renda, com intuito de enfrentar a desigualdade social, como também, escolas públicas de qualidade e com ensino laico para todos, atendimento à saúde amplo e preventivo e que as medidas de proteção sejam efetivas e respeitadas. Assim sendo, com o propósito de proteger a infância e a juventude dos riscos sociais, é fundamental que se dê continuidade aos estudos e ao processo de investigação sobre essa temática. Referências Bibliográficas ALVES, Alan de Loiola. Garotos sem programa: estudo sobre exploração sexual comercial de adolescentes do sexo masculino na cidade do Rio de Janeiro. Dissertação (Mestrado em Serviço Social) Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2009. ARAÚJO, Braz. Congresso Mundial contra a Exploração Sexual de Crianças, 27 a 31 de agosto de 1996 Estocolmo, Suécia Rascunho para discussão 5 de fevereiro de 1996. In: Araújo, Braz (coord.) Crianças e adolescentes no Brasil; diagnósticos, políticas e participação da sociedade. Campinas, Fundação Cargil, 1996. BENEDETTI, Marcos Renato. Hormonizada! Reflexões sobre o uso de hormônios e tecnologia do gênero entre travestis que se prostituem em Porto Alegre. IN: FREITAS, Karen Bruck, FÁBREGAS-MARTINEZ, Ana Isabel e BENEDETTI, Marcos Rentato. Na Batalha:
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