O ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO E O TRABALHO DO PROFESSOR ORIENTADOR: LIMITES E TENSÕES



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Transcrição:

O ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO E O TRABALHO DO PROFESSOR ORIENTADOR: LIMITES E TENSÕES Ana Maria do Nascimento- Mestranda em educação pela Universidade Estadual do Ceará- UECE E-mail: rinanamar@yahoo.com. Katyanna de Brito Anselmo Graduada em Pedagogia pela Universidade Regional do Cariri- URCA. E-mail: katyans@yahoo.com.br GT- 4. Formação e valorização de profissionais da educação INTRODUÇÃO A falta de um acompanhamento efetivo dos professores de Estágio aos alunos nas escolas tornou-se assunto recorrente nos cursos de formação de professores. Tendo em vista as acusações frequentemente presentes no meio acadêmico resolvemos trazer a tona esta problemática. O texto que ora apresentamos tem como principais objetivos: discutir os limites e tensões evidenciados no trabalho do professor orientador de Estágio Supervisionado, analisar as condições enfrentadas por estes para ministrar esta disciplina com qualidade socialmente referenciada, contribuir com o debate sobre como os professores de estágio realizam a disciplina e como os reflexos desse trabalho interferem na apropriação da aprendizagem docente. O objeto de estudo desta investigação é o estágio no curso de Pedagogia da Universidade Regional do Cariri URCA, uma Instituição Pública de nível Superior IPES estadual localizada na cidade de Crato, na região sul do Estado do Ceará. Esta pesquisa se constitui parte integrante de um projeto de pesquisa de Iniciação Científica intitulado: Relação Escola/ Universidade: a questão do Estágio Supervisionado no curso de Pedagogia da URCA, desenvolvido no ano de 2010. Na realização dessa pesquisa optamos pela abordagem qualitativa por acreditarmos que ela responde melhor aos objetivos desse trabalho. Para a coleta de dados utilizamos como instrumento a técnica de questionários feitos com 06 professores orientadores de Estágio. Identificamos os impasses existentes na realização do trabalho educativo dos professores da disciplina de Prática de Ensino. Analisamos ainda como esses professores acompanham e orientam as turmas de Estágio, tendo em vista que as mesmas são em sua maioria numerosas. Salientamos que os alunos desta IES são oriundos de diversas cidades da região do Cariri Cearense e ainda de outros estados como, por exemplo, do Estado de Pernambuco, o que dificulta cada vez mais um acompanhamento sistematizado. A escolha desta temática surge de uma inquietação levantada pelos próprios estudantes de Pedagogia quando afirmam que os professores orientadores de Estágio, não acompanham os estagiários na escola, e quando visitam as escolas limita-se a observar se os alunos estavam presentes. Sendo vistos pelos discentes como meros supervisores. Essa fala tão recorrente pelos alunos nos instigou a querer compreender as dificuldades encontradas para realização do trabalho do professor de Estágio. Através desta pesquisa pretendemos contribuir para a melhoria do trabalho tanto do professor de Estágio como do aluno estagiário, identificando as dificuldades encontradas e apontando caminhos para melhoria da prática de ensino, e consequentemente da formação docente.

2 Para fundamentar essa reflexão foram trabalhadas as ideias de Pimenta e Lima (2010), Lima ( 2004), Freire (2006), Carvalho (2006) entre outros que contribuíram nessa discussão. O texto encontra-se estruturado da seguinte forma: primeiramente, trazemos uma breve a discussão acerca dos caminhos e (des) caminhos percorridos pelos professores de prática de ensino. Em seguida discorremos sobre o trabalho do professor de Estágio: limites e tensões, e por fim traçamos algumas notas conclusivas. 1.1 O PROFESSOR DE ESTÁGIO E A PRÁTICA DE ENSINO: CAMINHOS E (DES) CAMINHOS. A disciplina Prática de Ensino se constitui num elo mediador entre teoria e prática. A intervenção e a orientação do educador da disciplina de estágio são essenciais para essa construção, e para a aquisição dos saberes necessária a docência. Não no sentido conclusivo e exclusivo destes indicarem aos estudantes apenas técnicas e procedimentos pedagógicos adequados em cada situação, mas, e principalmente, no sentido de proporcionar momentos de reflexão da prática para a reformulação ou a reconstrução de uma nova prática. Segundo Imbernón (2001, p.39). O eixo fundamental do currículo de formação do professor é o desenvolvimento da capacidade de refletir sobre a própria prática docente, com o objetivo de aprender a interpretar, compreender e refletir sobre a realidade social e a docência. Conforme apontado pelo autor percebe-se que o futuro professor precisa desenvolver a capacidade de refletir sua própria ação docente, tendo como intuito compreender e elaborar estratégias para criar e recriar sua prática educativa dentro ou fora da escola e, sobretudo, de pensar sempre a prática como um processo coletivo e nunca individual. Compreendemos que cada escola tem caraterísticas específicas, tanto culturais como sociais procedimentos metodológicos e opções teóricas diferenciadas. Geralmente, essas características são descritas no Projeto Político-Pedagógico, estão presente uma diversidade de fatores que interferem diretamente no aprendizado dos alunos estagiários. Estas peculiaridades se apresentam como pontos a serem apreendidos para uma melhor compreensão e orientação pedagógica, possibilitando um olhar atencioso que o ajude na direção do fazer da prática de estágio. Muitos são os fatores que se colocam como desafios presente na realização dos estágios. Dentre eles destacamos: a diversidade de saberes a serem adquiridos pelos graduandos e a falta de tempo na disciplina para refletir e estudar as condições precárias das escolas públicas e ainda a presença presente do professor orientador. Desta forma ressalta Nunes (2007, p. 148), Sabemos que formar o professor, principalmente no cenário brasileiro, não é tarefa fácil. Muitos são os obstáculos enfrentados tais como: a falta de tempo; o excesso de atividade; as inúmeras inovações e a falta de condições de muitas de nossas escolas, especialmente, da rede pública de ensino. Entretanto, quando os estagiários entram em contato pela primeira vez com a realidade escolar há um estranhamento com esse mundo aparentemente novo. É quando este aluno aprendiz de professor consegue romper os muros da universidade e entrar em contato direto com a realidade objetiva, ou seja, com as contradições sociais postas na sociedade e reunidas na escola. É nesse momento que surgem os conflitos internos consigo mesmo e com os colegas, vem à tona a insegurança, o medo de não ser capaz de lecionar, o medo de não ser aceito pelos estudantes, pela escola onde realizará o estágio. São sentimentos e tensões impactantes que se misturam parecendo limitar o aprendizado da profissão docente. Sobre

3 esta questão, Pimenta e Lima (2010) Afirmam: Um dos primeiros impactos é o susto diante da real condição das escolas e as contradições entre o escrito e o vivido, o dito nos discursos oficiais e o que realmente acontece Esse é um momento que o graduando necessita do apoio do professor de estágio, para que ele o ajude a ter equilíbrio emocional e apoio teórico no sentido, de juntos buscarem estratégias na superação das dificuldades evidenciadas durante o processo. Pois se o mesmo não encontra orientação adequada, pode por em risco a sua formação desistindo do curso ou simplesmente eliminando de sua vida a possibilidade de seguir a carreira profissional como docente. Alguns alunos do curso de Pedagogia realizam trabalhos completamente diferentes da profissão docente o que o distancia cada vez mais do espaço de atuação futura a escola. Neste caso, aumenta a responsabilidade do orientador de estágio, que é o de estar mais próximo ao estagiário, construindo ponte, instrumentalizando, ajudando- o a estabelecer uma relação consciente entre teoria e prática. O professor da disciplina de Estágio precisa está acompanhando de perto o desenrolar das atividades, não apenas como um mero espectador ou como supervisor, limitando-se a observar a pontualidade dos estagiários. Neste sentido, salienta Carvalho (1987, p.9), Todo estágio de regência deve ser observado, pois só quando observamos o desempenho de um estagiário em sala de aula é que temos condições de corrigi-lo, quer quanto à ação didática, quer quanto ao desenvolvimento do conteúdo específico ou quanto à interação professor-aluno. A compreensão do espaço educativo é um processo, uma aprendizagem contínua. Desta forma ressalta Carvalho (2006, p. 73), o professor conduz o aluno à aprendizagem. Faz com que ele perceba sua compreensão, por vezes equivocada. O estagiário muitas vezes não percebe que está errado e cabe ao orientador com sua experiência e uma fundamentação teórica consistente orientá-lo, ensinando-o a perceber e corrigir seu próprio erro a fim de realizar um bom trabalho pedagógico. A relação entre orientador e discente da Prática de Ensino é fundamental para a construção da aprendizagem. É ainda, importante, no sentido de o docente se colocar como apoio na solução de possíveis problemas surgidos no cotidiano da prática realizada na escola. Essa interação proporciona segurança para o estagiário e oportunidades de auto avaliação tanto para o aluno quanto para o professor, uma vez, que haverá diálogo entre ambos na tentativa de rever e avaliar as práticas que deram certo e as experiências que não foram bem sucedidas. O acompanhamento feito pelo orientador do Estágio precisa ser sistematizado desde o planejamento da aula até a sua execução, e a cada etapa do estágio fazer uma avaliação, e adequação necessária do ensino a realidade escolar. A importância desse acompanhamento é evidenciada por Chagas (1976, p.90), O professor-orientador, por exemplo, assistirá o candidato no planejamento do ensino a ministrar na escola da comunidade onde tenha de atuar dando-lhe as orientações necessárias à execução do programa assim elaborado. Em seguida, acompanhará essa execução oral diretamente, em visitas dispostas com oportunidade, ora de forma indireta, ligando-se em especial ao titular da respectiva disciplina ou área de estudo naquela escola. Nessas condições, a orientação do professor de estágio torna-se indispensável, a fim de coadunar com ações significativas para a formação docente. Desta forma destaca Pimenta (2010, p.114) que as atividades de supervisão que acontecem no estágio requerem (...), partilha de saberes, capacidade de complementação, avaliação, aconselhamento, implementação de hipóteses de solução para os problemas que coletivamente, são enfrentados pelos estagiários.

4 Não colocamos o professor-orientador como salvador de todos os problemas, sabemos que este é um ser humano dotado de limitações, defeitos e qualidades e que muitas vezes se encontra em situações adversas que dificultam o desenvolvimento do seu trabalho. Sendo assim, sozinho não tem como resolver todos os impasses ocorridos no período do estágio, ficando este, entre a angústia e a necessidade de se colocar como orientador entre os alunos conhecendo, discutindo suas limitações e apontando possibilidades. Para nos ajudar nesse debate trazemos as palavras do professor José Tancredo Lobo apud. Pimenta (2010, p. 115) que assim se expressa, [...] procurei mudar o nome de estágio supervisionado para estágio intervisionado, uma vez que a expressão supervisão carrega um sentido que o professor coordenador detém uma visão super, de cima, maior, enquanto que no intervisionado o professor o coordenador de estágio se coloca ENTRE os alunos, a prática, a teoria e a realidade. Em concordância com a fala do Professor, ressaltamos que não pretendemos dizer com este trabalho que o docente do estágio é a panacéia da Prática de Ensino capaz de resolver por si só todas as mazelas postas na mesma. Mas proporcionar uma reflexão sobre a importância de sua prática e sobre as adversidades e as condições precárias presente na a realização do seu trabalho. No dizer de Carvalho (2006, p.113), Ser educador, em um país com tantas distorções e abismos, é contar com problemas, mas é também acreditar que existem soluções e que sua atuação acontece a longo prazo. Significa, ainda, perceber que se deixam marcas e que essas marcas podem alterar o rumo das coisas para melhor ou para pior. Assim, acreditamos que o professor orientador da Prática de Ensino deve oferecer uma reflexão acerca do papel docente diante da realidade que o espera, oportunizando o aluno pensar sobre sua atuação e possibilidades de intervenção no meio social, bem como, pensar sobre a profissão que deseja seguir. É sem dúvida, um professor que deixará marcas nos alunos, como nos aponta Freire (2006) nenhum professor passa pela vida do aluno sem deixar marcas positivas ou negativas. Sendo assim, que marca pode ser deixada por um professor orientador que dificilmente acompanham seus alunos no estágio? Por fim, ressaltamos a relevância do trabalho do professor orientador de estágio nos cursos de licenciaturas na construção e elaboração das aprendizagens docente. A seguir discutiremos as condições de trabalho desses professores orientadores de estágio no curso de pedagogia da URCA, que embora apareça como recorte, acreditamos ser coerente com a realidade da maioria dos professores de estágio desse país. 2- O TRABALHO DO PROFESSOR DE ESTÁGIO: LIMITES E TENSÕES Em relação ao acompanhamento da Prática de Ensino, às denúncias são inúmeras, notamos isso na fala dos graduandos quando afirmam serem poucos professores que os acompanham no estágio. Neste sentido, buscamos através de pesquisas com os próprios educadores investigar quais as dificuldades encontradas na realização deste trabalho. Para compreendermos como se desenvolve o processo de preparação e acompanhamento do estágio elaboramos um questionário do qual destacamos algumas perguntas. A primeira delas é como acontece à preparação para o Estágio? Em resposta afirmaram: A primeira coisa é tratar da questão ética, a má postura do aluno compromete a imagem da instituição e fecha as portas para novos estagiários naquela que nos acolhe. (Professor (a) I)

5 Primeiramente, tento instrumentalizá-los teoricamente, refletindo sobre os saberes necessários a prática educativa, em seguida dialogamos sobre os objetivos do estágio supervisionado e sobre os desafios enfrentados pelos professores do ensino fundamental. As discussões iniciais se constituem no sentido de aproximar, preparar mesmo que teoricamente os alunos estagiários da escola campo, ou seja, do cotidiano vivenciado pelos sujeitos dessa escola. (Professor (a) II). O primeiro professor começa a sua orientação ressaltando a importância da instituição escolar e o devido respeito que se deve ter aos alunos e professores que fazem parte da escola. Sendo ela parceira da universidade, ambas precisam ter um bom relacionamento. O segundo professor revela um fator indispensável para a prática educativa: a reflexão sobre os saberes necessários para ação formativa, os objetivos reais do estágio supervisionado e as dificuldades enfrentadas pelos docentes da educação básica. Preparando os estagiários para refletirem sobre os desafios postos na educação escolar. Acrescentamos que esta é uma ação indispensável no inicio de uma disciplina como essa, uma vez que os discentes precisam ser preparados e não só inseridos no contexto escolar. Procuramos saber ainda como é feito o acompanhamento da prática educativa do estagiário. Alguns dos professores entrevistados afirmaram que os acompanhamentos ocorrem por meio de visitas nas escolas, e um deles afirmou que se dava pela avaliação dos relatórios finais apresentados pelos alunos no final da disciplina e as fotografias impressas nos trabalhos. Se não vejamos: Visitas às escolas, acompanhamento da rotina em sala de aula com a permissão dos professores. (Professor (a) III). Preferencialmente visitas ao local, caso não seja possível faz-se o acompanhamento por meio de relatório, registro fotográfico e socialização da vivência. (Professor (a) I). O depoimento do professor é revelador, demonstrando que não há condições de acompanhamento uma vez que este o realiza através de análises de relatórios e fotografias. O que nos faz pensar sobre: Que reflexões podem surgir de uma análise feita dessa forma? Que intervenções podem ser feitas a partir desse olhar tão distante? O que pode revelar ou desvelar um relatório de estágio ou uma fotografia, no sentido de ser como instrumentos exclusivos para a avaliação de um trabalho tão sério e importante no processo formativo dos futuros professores? Esses apontamentos indicam que o acompanhamento precisa ser repensado. O que nos faz entender que a universidade necessita pensar uma forma organizada de acompanhamento dos estágios. Sobre esse problema ressalta Pimenta (2010, p.194), [...] na estrutura das universidades, em geral, não há uma política de valorização de estágio que possibilite ao orientador acompanhar mais efetivamente os estágios e os estagiários, pois o número de estagiários ultrapassa os 50; a área de ensino é desprestigiada na carreira universitária; não há bolsas para os estagiários e para os professores que os recebem nas escolas; Investigamos ainda, quais as maiores dificuldades encontradas pelos professores orientadores do estágio para acompanhar a realização dos estágios na escola-campo. Observemos os relatos: Transporte, distância, pouco recurso didático, muitas alunas por professor. (Professor (a) III).

6 Ajuda de deslocamento. Alguns casos ficam em locais distantes da zona rural ou em municípios a mais de 50 km de distância. (Professor (a) I). Há na realidade um leque de dificuldades para que haja um acompanhamento adequado dentre os quais destacarei alguns: I- a quantidade de alunos matriculados na disciplina de estágio para um único professor orientador. II- a distância entre as escolas. III- a falta de apoio para esse acompanhamento. (Professor (a) II). As condições materiais são fundamentais para o alcance dos objetivos propostos pelos professores, mas não se limita a elas, aliado a isso, o professor necessita ter clareza da finalidade do seu trabalho, da necessidade de avaliação constante, para observar se suas ações estão se efetivando de fato em uma prática formativa. Como realça Cury (1986, p.112) sem essas condições materiais, os objetivos explícitos ou implícitos nas ideias pedagógicas tornam-se vazios. De acordo com os dados apresentados pelos professores fica evidente a precarização do trabalho do professor orientador no período de realização do estágio, tendo em vista, as dificuldades apontadas por estes que vai desde o número de alunos até a falta de apoio pedagógico, e material destinado para acompanhar os alunos nas escolas. As condições precarizadas deste trabalho afeta diretamente na apropriação da aprendizagem docente, já que, essas condições inviabilizam um acompanhamento sistemático e real. Existindo, portanto, um pseudo- acompanhamento. Considerando que muitos dos alunos não moram na cidade onde esta localizada a universidade e muitos moram em distritos distantes. Buscamos compreender qual tem sido o apoio ofertado pela universidade para auxiliar o trabalho do professor do estágio no Curso de Pedagogia. Vejamos os depoimentos: Apenas orientação técnica. Caso esteja falando de ajuda financeira eu desconheço. (Professor (a) I). Confesso que ainda não consegui enxergar com clareza nenhum apoio da universidade para a realização da disciplina. 1º Não existe um projeto de estágio. 2º Não existe um coordenador de estágio, ficando a disciplina única e exclusivamente a cargo do professor de estágio. 3º A existência de um número muito grande de alunos matriculados na disciplina, o que dificulta um acompanhamento sistemático e real. (Professor (a) II). É evidente a necessidade de uma política rígida de valorização do estágio para desenvolver melhores condições formativas. Acreditamos que estas condições permitirão ao orientador a possibilidade de acompanhar o estágio dentro da escola e estabelecer uma boa relação entre formador e formando. Conforme relato dos professores entrevistados percebemos que não existe apoio ofertado pela Universidade para auxiliar as práticas de ensino, o professor tem que arcar com as despesas para acompanhar os estagiários. Podemos notar nitidamente que todas as atividades estão centralizadas na figura do orientador, uma vez que não existe um projeto de Estágio, nem mesmo um coordenador da disciplina que acompanhe as atividades. Os relatos dos professores vão revelando as causas das falhas no acompanhamento aos estagiários e apontam as contradições que permeiam o Estágio Supervisionado. Pois sua grande importância na formação do educador acaba por esbarrar nos limites estruturais e na falta de apoio da própria Universidade para efetivação da prática educativa. Considerando que um dos principais objetivos do Estágio é aproximar o graduando da realidade em que irá atuar. É essencialmente necessário que existam as

7 condições efetivas para realização deste trabalho o que não foi identificado na fala dos professores. Por fim, solicitamos aos professores investigados que indicassem sugestões para melhoraria das condições de trabalho do professor de estágio e consequentemente das condições formativas do aluno estagiário. Foram colocadas as seguintes propostas: Uma dica seria a universidade montar um projeto modelo onde os alunos teriam mais liberdade em suas práticas. Uma escola modelo mantida pela universidade e com os discentes na ativa muito ajudaria. (Professor (a) I). Creio que essa é uma questão relevante, e melhorar as condições de trabalho do professor de estágio é no mínimo pensar em um projeto de estágio viável para o curso. (Professor (a) II). De acordo com os dados coletados nas entrevistas pudemos constatar que a vontade de fazer um acompanhamento sistematizado do professor de estágio, fica limitada pelas condições objetivas, o que tem precarizado o trabalho do professor e consequentemente e a qualidade da formação dos estagiários. Assim, as intenções educativas perdem-se nas contradições que perpassam as ações concretas do trabalho. CONCLUSÕES Enfatizamos que ao mesmo tempo em que o orientador de Estágio é colocado como elo articulador entre o conhecimento teórico e o conhecimento prático no exercício da docência, fica evidente a falta de condições mínimas para a realização do seu trabalho. Destacamos que para realizar o acompanhamento sistemático do Estágio são necessárias condições materiais objetivas para o docente, porque só a boa vontade de acompanhar os alunos não é suficiente para garantir a efetivação de um trabalho de qualidade. As vozes anunciadas anteriormente pelos educadores apontam os limites e tensões vividos cotidianamente nas práticas desses sujeitos. Neste sentido, é que se evidencia a precarização na realização e acompanhamento do Estágio Supervisionado nos cursos de formação docente. Neste sentindo, destacamos a necessidade de repensar o papel da universidade como instituição formadora. Esta não pode se eximir de construir ações efetivas que possam contribuir com a melhoria e qualidade do exercício do professor orientador. Efetivar essas ações é no mínimo construir um projeto de Estágio levando em conta as dificuldades apontadas pelos professores tais como: número de alunos por turma, condições de acompanhamento individual dos alunos estagiários, um coordenador da disciplina. É certo, que o projeto por si só não resolve toda a problemática existente no processo de realização do Estágio Supervisionado, mas se coloca como instrumento sistematizador desse processo, certamente apontando caminhos. Este estudo se coloca como ponto de partida na denúncia dos entraves que permeiam a prática de ensino e o trabalho do professor orientador de Estágio. É urgente a necessidade de debates, seminários e outras atividades que possibilitem a reflexão sobre o desenvolvimento do Estágio Supervisionado, com vistas a sensibilizar todos os envolvidos com a formação docente de que essa disciplina não pode ser pensada e efetivada de forma isolada, como ação de natureza individual, dissociada dos objetivos do Projeto Político-Pedagógico do curso e das escolas onde o mesmo é realizado. A intenção é construir uma concepção de Estágio que consiga ultrapassar os muros da Universidade e a vontade individual dos professores que assumem a disciplina.

8 Constitui-se na verdade em um esforço de contribuir na qualidade efetiva da formação docente. REFERÊNCIAS CARVALHO, Anna Maria Pessoa de. Os estágios na Formação do Professor. 2ª Ed. São Paulo: Livraria Pioneira Editora, 1987. CARVALHO, Gislene Teresinha Rocha Delgado de; UTUARI, Solange. Formação de Professores e estágios supervisionados: Relatos, reflexões e percurso. São Paulo: Andross, 2006. CHAGAS, Valnir. Formação do magistério: Novo sistema. São Paulo: Atlas, 1976. CURY, Carlos Roberto Jamil. Educação e Contradição: elementos metodológicos para uma teoria crítica do fenômeno educativo. São Paulo: Autores Associados, 1986. DEMO, Pedro. Educação e qualidade. (coleção magistério: Formação e trabalho pedagógico) Campinas. SP: Papirus, 1994. FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996. IMBERNÓN, Francisco. Formação Docente e Profissional: Formar-se para mudança e a incerteza. 6 Edição/Questões da nossa Época. São Paulo: Cortez, 2006. LIMA, Maria Socorro Lucena. A hora da prática: Reflexões sobre o estágio supervisionado e a ação docente. 4ª Ed. Fortaleza: edições Demócrito Rocha, 2004. MACIEL, Lizete Shizui Bomura. Formação de Professores; passado, presente e futuro. São Paulo: Cortez, 2004. NUNES, Ana Ignez Belém Lima. Formação como Espaço de Aprendizagem Docente: Reflexões à luz da Psicologia Histórico-Cultural. In: Formação e Práticas Docentes Fortaleza: EdUECE, 2007. PIMENTA, Selma Garrido; LIMA, Maria Socorro Lucena. Estágio e Docência. São Paulo: Cortez, 2009.. Estágio e Docência. 4º Ed- São Paulo. Cortez, 2010.