REGULAMENTO TÉCNICO MERCOSUL DE PORÇÕES DE ALIMENTOS EMBALADOS PARA FINS DE ROTULAGEM NUTRICIONAL



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Transcrição:

MERCOSUL/GMC/RES. Nº 47/03 REGULAMENTO TÉCNICO MERCOSUL DE PORÇÕES DE ALIMENTOS EMBALADOS PARA FINS DE ROTULAGEM NUTRICIONAL TENDO EM VISTA: O Tratado de Assunção, o Protocolo de Ouro Preto, a Decisão Nº 20/02 do Conselho do Mercado Comum e as Resoluções Nº 91/93, 18/94, 38/98, 21/02 e 56/02 do Grupo Mercado Comum. CONSIDERANDO: O direito dos consumidores de ter informações sobre as características e composição nutricional dos alimentos que adquirem. A necessidade de estabelecer os tamanhos das porções dos alimentos embalados para fins de Rotulagem Nutricional. Que este Regulamento Técnico orientará e facilitará os responsáveis (fabricante, processador, fracionador e importador) dos alimentos para declaração de rotulagem nutricional. Que este Regulamento Técnico complementa o Regulamenteo Técnico MERCOSUL sobre Rotulagem Nutricional de Alimentos Embalados. Que este Regulamento Técnico facilita o comércio intra e extra MERCOSUL. O GRUPO MERCADO COMUM RESOLVE: Art. 1 - Aprovar o Regulamento Técnico MERCOSUL de Porções de Alimentos Embalados para Fins de Rotulagem Nutricional", que consta como Anexo e faz parte da presente Resolução. Art. 2 - Os Estados Partes colocarão em vigência as disposições legislativas, regulamentares e administrativas necessárias para dar cumprimento à presente Resolução através dos seguintes organismos: Argentina: Ministerio de Salud

Brasil: Paraguai: Uruguai: Secretaría de Políticas y Regulación Sanitaria Ministerio de Economía y Producción Secretaría de Coordinación Técnica Secretaría de Agricultura, Ganadería, Pesca y Alimentos Servicio Nacional de Sanidad y Calidad Agroalimentaria (SENASA) Ministério da Saúde Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) Secretaria de Defesa Agropecuária Ministerio de Salud Pública y Bienestar Social Instituto Nacional de Alimentación y Nutrición (INAN) Ministerio de Agricultura y Ganadería Ministerio de Industria y Comercio Instituto Nacional de Tecnología y Normalización (INTN) Ministerio de Salud Pública Laboratorio Tecnológico del Uruguay (LATU) Art. 3 - A presente Resolução se aplicará no território dos Estados Partes, ao comércio entre eles e às importações extra-zona. Art. 4 -Os Estados Partes do MERCOSUL deverão incorporar a presente Resolução a seus ordenamentos jurídicos nacionais antes de 01/VII/2004. LII GMC Montevidéu, 10/XII/03 ANEXO REGULAMENTO TÉCNICO MERCOSUL DE PORÇÕES DE ALIMENTOS EMBALADOS PARA FINS DE ROTULAGEM NUTRICIONAL 1. ÂMBITO DE APLICAÇÃO O presente Regulamento Técnico se aplicará a rotulagem nutricional dos alimentos produzidos e comercializados no território dos Estados Partes do MERCOSUL, ao comércio entre eles e às importações extra-zona, embalados na ausência do cliente, prontos para oferecer aos consumidores. 2

O presente Regulamento Técnico se aplicará sem prejuízo das disposições estabelecidas nos Regulamentos Técnicos MERCOSUL vigentes sobre rotulagem de alimentos embalados e/ou em qualquer outro Regulamento Técnico MERCOSUL específico. 2. DEFINIÇÕES Para fins deste Regulamento Técnico MERCOSUL se define como: 1. Porção: é a quantidade média do alimento que devería ser consumida por pessoas sadias, maiores de 36 meses de idade em cada ocasião de consumo, com a finalidade de promover uma alimentação saudável. 2. Medida Caseira: é um utensílio comumente utilizado pelo consumidor para medir alimentos. 3. Unidade: cada um dos produtos alimentícios iguais ou similares contidos em uma mesma embalagem. 4. Fração: parte de um todo. 5. Fatia ou rodela: fração de espessura uniforme que se obtém de um alimento. 6. Prato preparado semi-pronto ou pronto: alimento preparado, cozido ou pré-cozido que não requer adição de ingredientes para seu consumo. 3. MEDIDAS CASEIRAS 3.1 Para fins deste Regulamento Técnico e para efeito de declaração na rotulagem nutricional, a medida caseira e sua relação com a porção correspondente em gramas ou mililitros detalham-se os utensílios geramente a serem utilizados, suas capacidades e dimensões aproximadas são os constantes da tabela abaixo: Medida caseira Xícara de chá Copo Colher de sopa Capacidade ou dimensão 200cm3 ou ml 200 cm 3 ou ml 10 cm 3 ou ml 3

Colher de chá Prato raso Prato fundo 5 cm 3 ou ml 22 cm de diâmetro 250 cm 3 ou ml 3.2 As outras formas de declaração de medidas caseiras estabelecidas na tabela do Anexo (fatia, rodela, fração ou unidade) devem ser as mais apropriadas para o produto específico. A indicação quantitativa da porção (g ou ml) será declarada segundo o estabelecido no Regulamento Técnico MERCOSUL específico. 3.3 A porção, expressa em medidas caseiras, deverá ser indicada em valores inteiros ou suas frações de acordo ao estabelecido nas seguintes tabelas: Para valores menores ou iguais que a unidade de medida caseira: PERCENTUAL DE MEDIDA CASEIRA Até 30% De 31% ao 70% De 71% ao 130% FRAÇÃO A INDICAR 1/4 de... (medida caseira) 1/2 de... (medida caseira) 1... (medida caseira) Para valores maiores que a unidade de medida caseira: De 131% ao 170% De 171% ao 230% 1 1/2 de... (medida caseira) 2... (medida caseira) 4. METODOLOGIA A SER EMPREGADA PARA DETERMINAR O TAMANHO DA PORÇÃO 4.1. Para fins de estabelecer o tamanho da porção deverá ser considerado que: a) Que se tomou como base uma alimentação diária de 2000 quilocalorias ou 8400 quilojoules. Os alimentos foram classificados em NÍVEIS e GRUPOS DE ALIMENTOS, determinando-se o VALOR ENERGÉTICO MÉDIO que contém cada grupo, o NÚMERO DE PORÇÕES recomendadas e o VALOR ENERGÉTICO MÉDIO que corresponder para cada porção. b) Que para os alimentos de consumo ocasional dentro de uma 4

alimentação saudável correspondentes ao Grupo VII, não será considerado o valor energético médio estabelecido para o grupo. c) Que outros produtos alimentícios não classificados nos 4 níveis estão incluídos no Grupo VIII denominado de "Molhos, temperos prontos, caldos, sopas e pratos preparados. NÍVEL GRUPOS DE ALIMENTOS VALOR ENERGÉTICO MÉDIO (VE) NÚMERO DE PORÇÕES VALOR ENERGÉTICO MÉDIO POR PORÇÃO 1 I Produtos de panificação, cereais, leguminosas, raízes, tubérculos e seus derivados 2 II Verduras, hortaliças e conservas vegetais III Frutas, sucos, néctares e refrescos de frutas. 3 IV Leite e derivados V Carnes e ovos 4 VI Óleos, gorduras, e sementes oleaginosas VII Açúcares e produtos que fornecem energia provenientes de carboidratos e gorduras -------- VIII Molhos, temperos prontos, caldos, sopas e pratos preparados kcal kj kcal kj 900 3800 6 150 630 300 1260 3 30 125 3 70 295 500 2100 2 125 525 2 125 525 2 100 420 300 1260 1 100 420 --------- --------- -------- 5. INSTRUÇÕES PARA O USO DA TABELA DE PORÇÕES E CRITÉRIOS PARA SUA APLICAÇÃO NA ROTULAGEM NUTRICIONAL A porção harmonizada e a medida caseira correspondente devem ser utilizadas para a declaração de valor energético e nutrientes, em função do alimento ou grupo de alimentos, de acordo com a tabela de porções anexa ao presente Regulamento. Para fins da declaração do valor energético e de nutrientes deverão ser consideradas as seguintes situações, em função da forma de apresentação, uso e/ou comercialização dos alimentos. 5

1 Critérios de Tolerância 1 Alimentos apresentados em embalagem individual Considera-se embalagem individual aquela cujo conteúdo corresponde a uma porção usualmente consumida em cada ocasião de consumo. Será aceita uma variação máxima de +/- 30% em relação ao valor em gramas ou mililitros estabelecido para a porção do alimento, de acordo com a tabela anexa ao presente Regulamento. Para aqueles alimentos cujo conteúdo exceda essa variação, deverá ser informado o número de porções contidas na embalagem individual, de acordo com o estabelecido na seguinte tabela: Conteúdo inferior ou igual a 70% da porção estabelecida Conteúdo entre 71 % e 130% da porção estabelecida Conteúdo entre 131% e 170% da porção estabelecida A declaração da A declaração da A declaração da informação nutricional informação nutricional informação nutricional deve corresponder ao deve corresponder ao deve corresponder ao conteúdo bruto da conteúdo bruto da conteúdo bruto da embalagem. embalagem. embalagem. A porção a ser declarada deverá atender: - Quando o conteúdo bruto for inferior a 30%, será declarado 1/4 (um quarto) seguido da medida caseira correspondente; - Quando o conteúdo bruto estiver entre 31% e 70% será declarado 1/2 (meia) seguido da medida caseira correspondente. Deverá ser declarada 1 (uma) seguido da medida caseira correspondente. Deverá ser declarada 1½ (uma e meia) seguido da medida caseira correspondente. 2 Produtos apresentados em unidades de consumo ou fracionados 6

Serão aceitas variações máximas de ± 30% com relação aos valores em gramas ou mililitros estabelecidos para a porção de alimentos para os quais a medida foi estabelecida como X unidades correspondentes ou fração correspondente. 2 Alimentos semi-prontos ou pronto para o consumo O tamanho da porção deverá ser estabelecido considerando o máximo de 500 kcal ou 2100 kj, exceto para aqueles alimentos incluídos na tabela anexa ao presente Regulamento. 3 Alimentos concentrados, em pó ou desidratados para preparar alimentos que necessitem reconstituição, com ou sem adição de outros ingredientes A porção a ser declarada será a quantidade suficiente do produto, tal como se oferece ao consumidor, para preparar a quantidade estabelecida de produto final indicado na tabela anexa em cada caso particular. Poderá também ser declarada a porção do alimento preparado quando forem indicadas as instruções específicas de preparo e as informações referentes aos alimentos pronto para o consumo. 5.4 Alimentos utilizados usualmente como ingredientes A porção deverá corresponder à quantidade de produto usualmente utilizada nas preparações mais comuns, não devendo ultrapassar o valor energético por porção correspondente ao grupo a que pertence. 5.5 Alimentos com duas fases separáveis A porção corresponderá à fase drenada ou escorrida, exceto para aqueles alimentos onde tanto a parte sólida quanto a líquida são habitualmente consumidas. A informação nutricional deve informar claramente sobre qual ou quais partes do alimento se refere a declaração. 5.6 Alimentos que se apresentam com partes não comestíveis A porção se aplicará a parte comestível. A informação nutricional deve informar claramente que a mesma se refere a parte comestível. 5.7 Alimentos apresentados em embalagens com várias unidades Para fins de aplicação das seguintes situações, se entende por unidades idênticas ou de natureza similar, aquelas que por sua composição nutricional, ingredientes utilizados e características mais destacáveis podem ser consideradas, em termos 7

gerais, como alimentos similares e comparáveis. Quando essas condições não ocorrerem, se considerará que as unidades são de diferente natureza ou diferentes tipos de alimentos. 5.7.1 Unidades idênticas ou de natureza similar A porção do alimento que se apresente na embalagem que contenha unidades idênticas ou de natureza similar, disponíveis para consumo individual, será aquela estabelecida na tabela anexa. A informação nutricional deverá corresponder ao valor médio das unidades. 5.7.2 Unidades de diferente natureza A porção do alimento que se apresente em uma embalagem que contenha unidades de diferente natureza, disponíveis para consumo individual, será a correspondente, segundo a tabela, a cada um dos alimentos presentes na embalagem. Será declarado o valor energético e o conteúdo de nutrientes de cada uma das unidades. 5.8 Alimentos compostos Considera-se alimento composto aquele cuja a apresentação inclua dois ou mais alimentos embalados separadamente com instruções de preparo ou cujo uso habitual sugira seu consumo conjunto. A informação nutricional deve estar referida a porção do alimento combinado, ou seja, a soma das porções de cada um dos produtos individuais. A informação relativa a medida caseira deve ser correspondente ao produto principal estabelecida na tabela anexa ao presente Regulamento. 8