TARIFA EXTERNA COMUM. TENDO EM VISTA: o Art. 10 do Tratado de Assunção, as Decisões N 1/92 e 1/93 do Conselho do Mercado Comum.
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- Tiago Ribas Palmeira
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1 RCOSUL/CMC/DEC N 13/93 TARIFA EXTERNA COMUM TENDO EM VISTA: o Art. 10 do Tratado de Assunção, as Decisões N 1/92 e 1/93 do Conselho do Mercado Comum. CONSIDERANDO Que é necessário afirmar o propósito de formalizar uma União Aduaneira como passo essencial para iniciar uma nova etapa na construção do Mercado Comum. O CONSELHO DO MERCADO COMUM DECIDE: Art. 1 - Aprovar o documento denominado "Consolidação da União Aduaneira e Trânsito do Mercado Comum", que se anexa. Art. 2 Convocar reunião extraordinária do Conselho do Mercado Comum a ser realizada na primeira quinzena de abril do corrente, com o objetivo de examinar e aprovar as exceções e os prazos da Tarifa Externa Comum para os níveis compreendidos entre 0% e 20%, caso algum país deseje manter em 1995 o mecanismo de convergência e o regime de origem para os produtos isentos. V CMC - Colônia, 17/I/94.
2 CONSOLIDAÇÃO DA UNIÃO ADUANEIRA E TRÂNSITO AO MERCADO COMUM I. INTRODUÇÃO Agenda e Cronograma de Tarefas O processo de integração do MERCOSUL alcançou uma série de resultados, sobretudo no comércio intra-regional, os quais não pode-se deixar de destacar e qualificar como bem-sucedidos. Entretanto, distintos fatores conjunturais e a própria evolução do MERCOSUL geram a necessidade de uma redefinição da seqüência do processo de integração e do aperfeiçoamento dos instrumentos que o mesmo requer. Afirma-se o propósito de formalizar, em 1/1/1995, uma União Aduaneira como passo essencial para iniciar uma nova etapa na construção do Mercado Comum. Essa União Aduaneira deverá abarcar a totalidade da Nomenclatura Comum, com exceção de um número reduzido de itens para os quais será definido um programa de trabalho tendente a incorporá-los à Tarifa Externa Comum em um período determinado. A União Aduaneira, a ser posta em funcionamento em 1/1/95, e o Mercado Comum requerem definir e colocar em prática um conjunto de medidas e instrumentos necessários, úteis e eficazes para tais fins. II. TARIFA EXTERNA COMUM 1. Consolidação da TEC nas posições acordadas no SGT Efetuar a revisão de consistência e consolidação das tarifas acordadas no âmbito do SGT Revisão e definição das reservas efetuadas pelos países (asteriscos) para sua eliminação. 3. Exame e definição das tarifas a serem aplicadas às novas posições tarifárias que surjam da versão final da Nomenclatura Comum que for aprovada pelo SGT O projeto final da TEC, definido de acordo aos pontos anteriores, será submetido pelo GMC ao Conselho do Mercado Comum por ocasião de sua VI Reunião e entrará em vigência em 1/1/ Exceções: contempla-se a possibilidade de que um número reduzido de posições tarifárias (oito dígitos da NCM) não seja incluído na TEC em 1/1/95. Para estes produtos será definida a trajetória de convergência em direção à TEC da seguinte maneira: 1. Níveis tarifários que se mantenham inicialmente acima do nível de 20%. Cada país poderá definir uma quantidade reduzida de posições tarifárias que manterão
3 um nível tarifário superior a 20% em 1/1/95 e deverão convergir, de forma linear e automática, ao nível tarifário acordado em um prazo não superior a 6 anos. A convergência linear e automática será operada ao final de cada ano calendário e será feita em partes iguais até cobrir a diferença entre a tarifa nacional vigente em 1/1/95 e o nível correspondente da TEC acordada. 2. O número máximo de exceções nos dois casos anteriores será fixado uma vez que for estabelecida a TEC dos capítulos químico-petroquímico. 2. Definição da TEC nos capítulos Químico-petroquímico. 1. A definição dos níveis tarifários correspondentes aos respectivos capítulos deverá estar concluída antes de 31 de março de Os níveis tarifários que forem acordados passarão a fazer parte do esquema geral do ponto 1 anteriormente citado. 3. Definição da TEC para bens de capital, informática e telecomunicações. 1. Bens de capital Será estabelecida uma tarifa comum para a qual se pode convergir de forma ascendente ou descendente, segundo a decisão de cada país, em um prazo que poderia estender-se até 1/1/2006, com o objetivo de facilitar o processo de convergência e a consolidação da TEC. Os países que optarem por uma convergência ascendente deverão assegurar uma preferência razoável aos produtores de bens de capital do MERCOSUL. 2. Bens dos setores de informática, robótica e telecomunicações Os quatro países coincidiram em continuar examinando a definição da tarifa externa comum para estes setores. Nesse sentido, os países acordaram a realização de uma reunião técnica antes do dia 15/4/ Cronograma de tarefas da TEC: 1. Nomenclatura Comum MERCOSUL: até 31/3/94 2. Definição dos níveis tarifários capítulos químico e petroquímico: até 31/3/ Definição das tarifas a serem aplicadas nas novas posições tarifárias que surjam da versão final da NCM: até 15/4/ Definição dos níveis tarifários para bens de capital: até 30/4/ Revisão e definição sobre reservas (asteriscos): até 30/4/94
4 6. Definição das exceções à TEC: até 15/5/ Revisão de consistência e consolidação definitiva da TEC: até 31/5/94. Nota: a conclusão das tarefas do ponto 4 anterior, deverá ser precedida em cada caso por um relatório de Progresso apresentado ao Grupo Mercado Comum, com trinta dias de antecedência com relação às datas respectivamente previstas. III. REQUISITOS MÍNIMOS PARA A COLOCAÇÃO EM FUNCIONAMENTO DA UNIÃO ADUANEIRA A colocação em andamento da União Aduaneira pressupõe que os Estados Partes definam e coloquem em vigor, antes de 1/1/95, uma série de medidas fundamentais para garantir um funcionamento adequado da mesma. Este conjunto de temas abrange: REGRAS DE ORIGEM PARA PRODUTOS EXCETUADOS DA TEC E APLICÁVEIS A PRODUTOS DE TERCEIROS PAÍSES RESTRIÇÕES NÃO TARIFÁRIAS REGIMES ADUANEIROS ESPECIAIS E ESTÍMULOS ÀS EXPORTAÇÕES NORMAS ADMINISTRATIVAS PARA O TRATAMENTO DAS IMPORTAÇÕES E EXPORTAÇÕES DEFESA CONTRA PRÁTICAS DESLEAIS POR IMPORTAÇÕES PROVENIENTES DE TERCEIROS PAÍSES REGIME DE SALVAGUARDAS FRENTE A TERCEIROS PAÍSES RELAÇÕES MERCOSUL, ALADI E COM TERCEIROS PAÍSES ZONAS FRANCAS, ZONAS DE PROCESSAMENTO DE EXPORTAÇÕES E ÁREAS ADUANEIRAS ESPECIAIS COORDENAÇÃO E HARMONIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO ADUANEIRA REQUERIDA PARA A INSTRUMENTAÇÃO E APLICAÇÃO DA TARIFA EXTERNA COMUM COORDENAÇÃO DOS SISTEMAS NACIONAIS DE PROMOÇÃO E ESTÍMULO ÀS EXPORTAÇÕES. SITUAÇÃO PARA O COMÉRCIO INTRA-MERCOSUL. ASPECTOS TRIBUTÁRIOS POSIÇÕES COMUNS FRENTE AOS ORGANISMOS INTERNACIONAIS E A NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS MULTILATERAIS
5 TRATAMENTO NACIONAL E NÃO DISCRIMINAÇÃO PARA A RADICAÇÃO E ATIVIDADE DE EMPRESAS DOS PAÍSES MEMBROS REGULAMENTO DE DEFESA DA CONCORRÊNCIA REGIME DE DEFESA DO CONSUMIDOR MECANISMOS DE COORDENAÇÃO DE POLÍTICAS CAMBIÁRIAS Antes de 15 de abril, os quatro países definirão o conteúdo da Agenda de negociações e o calendário para cada um dos temas relacionados acima. IV. NOVOS INSTRUMENTOS PARA A COLOCAÇÃO EM ANDAMENTO DA UNIÃO ADUANEIRA A conclusão e o contínuo aperfeiçoamento da União Aduaneira após 1/1/95, exigem a criação de mecanismos e instrumentos adicionais, a saber: Mecanismos e acordos de apoio ao ajuste estrutural Estabelecimento de uma Comissão de Comércio do MERCOSUL como organismo intergovernamental Reuniões de acompanhamento e consulta de políticas macroeconômicas visando facilitar o processo de harmonização Os objetivos e as características operacionais destes mecanismos e instrumentos deverão estar definidos antes de 30/9/94.
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