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Transcrição:

ANO XXX - 2019-2ª SEMANA DE MAIO DE 2019 BOLETIM INFORMARE Nº 19/2019 ASSUNTOS CONTÁBEIS INSS RETIDO SOBRE SERVIÇOS (11% - ONZE POR CENTO) - TRATAMENTO CONTÁBIL... Pág. 263 IMPOSTO DE RENDA PESSOA JURÍDICA INVESTIMENTOS AVALIADOS - PELO MÉTODO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL ASPECTOS TRIBUTÁRIOS... Pág. 264 TRIBUTOS FEDERAIS TRIBUTOS FEDERAIS - ACRÉSCIMOS LEGAIS PARA RECOLHIMENTOS FORA DE PRAZO - EM MAIO DE 2019... Pág. 274 REFIS/PAES RECOLHIMENTO DAS PARCELAS NO MÊS DE MAIO DE 2019 - ACRÉSCIMO DA TJLP... Pág. 275 TRIBUTOS E CONTRIBUIÇÕES FEDERAIS A COMPENSAR - ACRÉSCIMO DE JUROS PARA COMPENSAÇÃO NO MÊS DE MAIO DE 2019... Pág. 279

ASSUNTOS CONTÁBEIS Sumário 1. Introdução; 2. Tratamento Contábil; 3. Exemplo. 1. INTRODUÇÃO INSS RETIDO SOBRE SERVIÇOS (11% - ONZE POR CENTO) Tratamento Contábil O INSS, através dos arts. 112 a 150 da Instrução Normativa RFB nº 971/2009, prevê a retenção à alíquota de 11% (onze por cento) sobre o valor bruto da Nota Fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços, relativamente a vários serviços prestados por pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas, nela previstos. O valor destacado como retenção na Nota Fiscal, fatura ou recibo será compensado pela empresa contratada, quando do recolhimento das contribuições incidentes sobre a folha de pagamentos dos segurados empregados, empresários e trabalhadores autônomos. A compensação dos valores retidos será efetuada de acordo com as normas estabelecidas pelo os Arts. 88 e 88-A da IN RFB nº 971/2009 relativas à folha de pagamento da mesma competência da emissão da Nota Fiscal, fatura ou recibo. Neste trabalho examinamos os procedimentos relativos aos registros contábeis do INSS retido na pessoa jurídica tomadora e na pessoa jurídica prestadora do serviço. Observação: a matéria foi publicada no boletim de acordo com a legislação vigente à época de sua publicação, estando sujeita a sofrer alterações posteriores a publicação em nosso site. 2. TRATAMENTO CONTÁBIL O INSS descontado na fonte sobre os serviços prestados por pessoa jurídica a outra pessoa jurídica será considerado como antecipação do INSS devido pela beneficiária. Desta forma, o INSS, na pessoa jurídica prestadora do serviço, assume características de um direito a ser compensável, e assim sendo será classificado no Ativo Circulante como INSS a recuperar. Por outro lado, na pessoa jurídica tomadora do serviço, que tem a obrigatoriedade de reter e recolher o INSS devido sobre o valor do serviço a ser pago, o INSS será tratado como uma obrigação, e assim será classificado no Passivo Circulante como INSS a recolher. 3. EXEMPLO Considerando-se que determinada pessoa jurídica A tenha emitido uma Nota Fiscal de prestação de serviços para outra pessoa jurídica B, com os seguintes dados: - Valor da Nota Fiscal...R$ 4.500,00 - Valor do INSS retido na Nota Fiscal (11% de R$ 4.500,00)...R$ 495,00 I - Tratamento contábil na pessoa jurídica A - prestadora do serviço: a) Pelo registro da Nota Fiscal: D - CLIENTES (Ativo Circulante)...R$ 4.005,00 D - INSS A RECUPERAR (Ativo Circulante)...R$ 495,00 C - RECEITAS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS (Resultado)...R$ 4.500,00 IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE MAIO 19/2019 263

b) Pelo recebimento do valor do cliente: D - CAIXA/BANCO (Ativo Circulante) C - CLIENTES (Ativo Circulante)...R$ 4.005,00 c) Pela compensação do INSS retido com o INSS devido: D - INSS A RECOLHER (Passivo Circulante) C - INSS A RECUPERAR (Ativo Circulante)...R$ 495,00 Nota: o sujeito passivo poderá requerer a restituição do saldo remanescente, na forma estabelecida pelo o art. 30- A da IN RFB nº 1.717/2017, ou utilizá-lo em declaração de compensação, na forma estabelecida pelo o art. 65 da IN RFB nº 1.717/2017. II - Tratamento contábil na pessoa jurídica B - tomadora do serviço: a) Pelo registro da Nota Fiscal: D - DESPESAS ADMINISTRATIVAS (Resultado)... R$ 4.500,00 C - INSS A RECOLHER (Passivo Circulante)...R$ 495,00 C - FORNECEDORES (Passivo Circulante)...R$ 4.005,00 b) Pelo pagamento do valor ao fornecedor: D - FORNECEDORES (Passivo Circulante) C - CAIXA/BANCO (Ativo Circulante)...R$ 4.005,00 c) Pelo recolhimento do INSS: D - INSS a Recolher (Passivo Circulante) C - CAIXA/BANCO (Ativo Circulante)...R$ 495,00 Fundamentos Legais: Os citados no texto. IMPOSTO DE RENDA PESSOA JURÍDICA Sumário INVESTIMENTOS AVALIADOS - PELO MÉTODO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL Aspectos Tributários 1. Introdução; 2. Obrigatoriedade da Avaliação de Investimentos Pelo Valor de Patrimônio Líquido; 2.1 - Conceito de Influência Significativa; 3. Desdobramento do Custo de Aquisição; 3.1 Valor da Mais-Valia ou Menos-Valia Laudo Elaborado Por Perito Independente; 3.1.1 Registro do Laudo; 3.2 Não Atendimento no Desdobramento do Custo de Aquisição; 3.3 Exigência na Aquisição de Participação Societária Sujeita à Avaliação Pelo Valor do PL; 3.4 Ganho Proveniente de Compra Vantajosa; 3.5 Exemplo de Aquisição Com Mais-Valia e Compra Vantajosa; 3.6 Exemplo de Aquisição Com Mais-Valia e Goodwill; 3.7 Redução da Mais-Valia ou Menos-Valia e do Goodwill; 4. Apuração do Valor do Investimento; 5. Ajuste do Investimento Por Ocasião do Levantamento do Balanço Patrimonial; 5.1 lucros ou Dividendos Distribuídos Pela Investida; 6. Contrapartida do Ajuste na Conta de Investimentos; 7. Aquisição de Participação Societária em Estágios; IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE MAIO 19/2019 264

8. Capital a Integralizar; 9. Reavaliação de Bens na Investida; 10. Ganho ou Perda de Capital na Alienação ou Liquidação do Investimento Avaliado Pelo Patrimônio Líquido; 11. Baixa do Investimento em Sociedade Investida; 12. Lucros ou Dividendos Distribuídos Pela Sociedade Coligada ou Controlada; 13. Avaliação a Valor Justo de Ativo ou Passivo da Investida; 14. Ajuste Negativo na Participação Societária; 15. Contrapartida do Ajuste do Valor do Investimento em Sociedade Coligada ou Controlada Com Sede no Exterior; 16. Provisão Para Cobertura de Perdas; 17. Não-Incidência Das Contribuições ao Pis e Cofins. 1. INTRODUÇÃO O método de avaliação de investimento pelo valor de patrimônio Líquido consiste em atualizar o valor contábil do investimento ao valor equivalente à participação societária da sociedade investidora no patrimônio líquido da sociedade investida, e no reconhecimento dos seus efeitos na demonstração do resultado do exercício. O valor do investimento, portanto, será determinado mediante a aplicação da porcentagem de participação no capital social, sobre o patrimônio líquido de cada sociedade coligada ou controlada. A avaliação das participações societárias em empresas pelo valor de Patrimônio Líquido está disposta na Lei nº 6.404 de 1976, arts. 179, 183, 243, 247 e 248, Lei nº 11.941 de 2009, Decreto nº 9.580 de 2018 - RIR/2018, arts. 420 a 430, Arts. 178 a 193 da IN RFB nº 1.700/2017, e outras fontes citadas no texto. Observação: a matéria foi publicada no boletim de acordo com a legislação vigente à época de sua publicação, estando sujeita a sofrer alterações posteriores a publicação em nosso site. 2. OBRIGATORIEDADE DA AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS PELO VALOR DE PATRIMÔNIO LÍQUIDO Estão obrigadas a proceder à avaliação de investimentos pelo valor de patrimônio líquido as sociedades anônimas ou não que tenham participações societárias relevantes em (Art. 420 do RIR/2018): a) em sociedades controladas; b) em sociedades coligadas; e c) em sociedades que façam parte do mesmo grupo ou estejam sob controle comum. De acordo com o disposto nos 1º e 2º do artigo 243 da Lei das S/A, considera-se controlada a sociedade na qual a controladora, diretamente ou por meio de outras controladas, seja titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, preponderância nas deliberações sociais e poder de eleger a maioria dos administradores, e consideram-se coligadas as sociedades nas quais a investidora tenha influência significativa. 2.1 - Conceito de Influência Significativa Considera-se que há influência significativa quando a investidora detenha ou exerça poder de participar nas decisões das políticas financeira ou operacional da investida, sem controlá-la ( 3º e 4º do art. 420 do RIR/2018). A influência significativa é presumida quando a investidora for titular de vinte por cento ou mais do capital votante da investida, sem controlá-la ( 3º e 4º do art. 420 do RIR/2018). 3. DESDOBRAMENTO DO CUSTO DE AQUISIÇÃO O contribuinte que avaliar investimento pelo valor de patrimônio líquido deverá, por ocasião da aquisição da participação, desdobrar o custo de aquisição em (Art. 421 do RIR/2018): a) valor de patrimônio líquido na época da aquisição; b) mais ou menos-valia, que corresponde à diferença entre o valor justo dos ativos líquidos da investida, na proporção da porcentagem da participação adquirida, e o valor de que trata a letra a acima; e c) ágio por rentabilidade futura (goodwill), que corresponde à diferença entre o custo de aquisição do investimento e o somatório dos valores de que tratam as letras a e b acima. Os valores das letras a e c acima serão registrados em subcontas distintas. IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE MAIO 19/2019 265

A composição do custo de aquisição respeitará o disposto na legislação comercial, considerando inclusive contraprestações contingentes, sendo o seu tratamento tributário disciplinado no art. 196 da IN RFB nº 1.700/2017. 3.1 Valor da Mais-Valia ou Menos-Valia Laudo Elaborado Por Perito Independente O valor da mais ou menos-valia deverá ser baseado em laudo elaborado por perito independente, que deverá ser protocolado na RFB ou cujo sumário deverá ser registrado em Cartório de Registro de Títulos e Documentos até o último dia útil do 13º (décimo terceiro) mês subsequente ao da aquisição da participação, observado o seguinte: a) a exigência do Laudo deverá ser observado ainda que o valor da mais ou menos-valia seja 0 (zero); b) o protocolo do laudo na RFB ocorrerá com o envio do seu inteiro teor utilizando-se de processo eletrônico da RFB no prazo de até o último dia útil do 13º (décimo terceiro) mês subsequente ao da aquisição da participação; c) na hipótese prevista na letra b acima, o contribuinte deverá informar o número do processo eletrônico no primeiro Lalur de que trata o caput do art. 310 da IN RFB nº 1.700/2017 que deve ser entregue após o último dia útil do 13º (décimo terceiro) mês subsequente ao da aquisição da participação; d) o atendimento ao previsto nas letras b e c dispensa o registro do sumário em Cartório de Registro de Títulos e Documentos. 3.1.1 Registro do Laudo O sumário do laudo a ser registrado em Cartório de Registro de Títulos e Documentos deverá conter no mínimo as seguintes informações: a) qualificação da adquirente, alienante e adquirida; b) data da aquisição; c) percentual adquirido do capital votante e do capital total; d) principais motivos e descrição da transação, incluindo potenciais direitos de voto; e) discriminação e valor justo dos itens que compõem a contraprestação total transferida; f) relação individualizada dos ativos identificáveis adquiridos e dos passivos assumidos com os respectivos valores contábeis e valores justos; e g) identificação e assinatura do perito independente e do responsável pelo adquirente. 3.2 Não Atendimento no Desdobramento do Custo de Aquisição O não atendimento no desdobramento do custo de aquisição implica: a) o não aproveitamento da mais-valia, conforme disposto no inciso III do caput do art. 186 da IN RFB nº 1.700/2017; b) considerar a menos-valia como integrante do custo dos bens ou direitos que forem realizados em menor prazo, conforme disposto no inciso III do caput do art. 187 da IN RFB nº 1.700/2017; e c) o não aproveitamento do ágio por rentabilidade futura (goodwill), conforme disposto no caput do art. 188 da IN RFB nº 1.700/2017. 3.3 Exigência na Aquisição de Participação Societária Sujeita à Avaliação Pelo Valor do PL A aquisição de participação societária sujeita à avaliação pelo valor do patrimônio líquido exige: a) primeiramente, a mensuração dos ativos identificáveis adquiridos e dos passivos assumidos a valor justo; e b) posteriormente, o reconhecimento do ágio por rentabilidade futura (goodwill) ou do ganho proveniente de compra vantajosa. IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE MAIO 19/2019 266

3.4 Ganho Proveniente de Compra Vantajosa O ganho proveniente de compra vantajosa, que corresponde ao excesso do valor justo dos ativos líquidos da investida, na proporção da participação adquirida, em relação ao custo de aquisição do investimento, será computado na determinação do lucro real e do resultado ajustado no período de apuração da alienação ou baixa do investimento. O ganho proveniente de compra vantajosa registrado em conta de resultado deverá ser registrado no e-lalur e no e-lacs como: a) exclusão do lucro líquido para apuração do lucro real e do resultado ajustado na parte A e registro do valor excluído na parte B, quando do seu reconhecimento; e b) adição ao lucro líquido para apuração do lucro real e do resultado ajustado na parte A e respectiva baixa na parte B, quando da apuração do ganho ou da perda de capital na alienação ou baixa do investimento. 3.5 Exemplo de Aquisição Com Mais-Valia e Compra Vantajosa Suponhamos que o Patrimônio Líquido contábil da empresa Teste S.A., em 02/01/2019, era R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais). Nessa data, a empresa Silva S.A. adquiriu 40% das ações da empresa Teste S.A. A empresa Silva S.A. pagou R$ 450.000,00 (quatrocentos e cinqüenta mil reais) pela participação adquirida, e o valor justo dos ativos e passivos identificáveis da empresa Teste S.A., na data da aquisição, era R$ 1.200.000,00 (um milhão e duzentos mil reais) (a diferença para o valor do Patrimônio Líquido contábil se referia ao valor justo de um terreno que estava registrado pelo valor de custo). Demonstração do Valor Justo, Valor de Patrimônio Líquido e Valor pago de acordo com a aquisição de 40% das ações: - Valor justo: R$ 480.000,00 (40% de 1.200.000,00); - Valor Patrimônio Líquido: R$ 400.000,00 (40% de 1.000.000,00); - Valor pago: R$ 450.000,00. Conforme já enunciado, primeiro é preciso que sejam identificados os ativos e passivos pelo valor justo, assim, qualquer diferença entre o valor justo reconhecido e o valor proporcional do Patrimônio Líquido da investida serão reconhecidos como mais-valia (quando positivo) ou menos-valia (quando negativo). Já a diferença negativa entre o valor pago e o valor justo será reconhecida como compra vantajosa (receita no resultado). Demonstração do cálculo da Mais-Valia e do cálculo da compra vantajosa: a) cálculo da Mais-Valia Mais-Valia é a diferença positiva entre o valor justo e o valor proporcional do Patrimônio Líquido, ou seja: Mais-Valia = 480.000,00 400.000,00 Mais-Valia = 80.000,00 b) cálculo da Compra Vantajosa Compra Vantajosa é a diferença negativa entre o valor pago e o valor justo, ou seja: Compra Vantajosa = 450.000,00 480.000,00 Compra Vantajosa = 30.000,00 Assim, teremos os seguintes lançamentos: D 400.000,00 Participação societária (ANC Investimentos) D 80.000,00 Mais-valia (ANC Investimentos) C 30.000,00 Compra vantajosa (Receita Resultado) C 450.000,00 Valor pago (AC Caixa) Ressaltamos que, se o valor justo for inferior ao valor proporcional do PL, a diferença será contabilizada como menos-valia, nesse caso, o goodwill continuaria sendo reconhecido normalmente. 3.6 Exemplo de Aquisição Com Mais-Valia e Goodwill IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE MAIO 19/2019 267

Suponhamos que a Cia. Boi Gordo adquiriu, em 31/12/2018, 30% das ações da Cia. Córrego do Ouro por R$ 6.000.000,00 (seis milhões de reais) à vista. Na data da aquisição, o Patrimônio Líquido contábil da Cia. Córrego do Ouro era R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais) e o valor justo líquido dos ativos e passivos identificáveis dessa Cia. era R$ 12.000.000,00 (doze milhões de reais), sendo a diferença decorrente da variação entre o valor contabilizado pelo custo e o valor justo de um terreno. Demonstração do Valor Justo, Valor do Patrimônio Líquido e Valor pago de acordo com a aquisição de 30% das ações: Valor Justo = 3.600.000 (30% de 12 milhões) Valor do PL = 3.000.000 (30% de 10 milhões) Valor Pago = 6.000.000 Utilizando mesmo raciocínio do exemplo do subitem 3.5, será reconhecido: a) cálculo da Mais-Valia Mais-Valia é a diferença positiva entre o valor justo e o valor proporcional do Patrimônio Líquido, ou seja: Mais-Valia = 3.600.000,00 3.000.000,00 Mais-Valia = 600.000,00 b) cálculo do Goodwill Goodwill é a diferença negativa entre o valor pago e o valor justo Goodwill = 3.600.000,00 6.000.000,00 Goodwill = 2.400.000,00 Assim, teremos os seguintes lançamentos: D 3.000.000 Participação societária (ANC Investimentos) D 600.000 Mais-valia (ANC Investimentos) D 2.400.000 Goodwill (ANC Investimentos) C 6.000.000 Valor pago (AC Caixa) Uma observação importante e que costuma gerar dúvidas é em relação ao ágio por expectativa de ganho futuro (goodwill). É preciso esclarecer que no balanço individual o goodwill será reconhecido na conta investimentos no ativo não circulante, porém no balanço consolidado será reconhecido no intangível. 3.7 Redução da Mais-Valia ou Menos-Valia e do Goodwill A contrapartida da redução dos valores de que tratam b e c do item 3 registrada em conta de resultado não será computada na determinação do lucro real e do resultado ajustado, observado o disposto no 11. A contrapartida deverá ser registrada no e-lalur e no e-lacs como: a) adição ao lucro líquido para apuração do lucro real e do resultado ajustado na parte A, relativamente à maisvalia e ao ágio por rentabilidade futura (goodwill), e controlada na parte B para exclusão futura quando da apuração do ganho ou da perda de capital na alienação ou liquidação do investimento; e b) exclusão do lucro líquido para apuração do lucro real e do resultado ajustado na parte A, relativamente à menos-valia, e controlada na parte B para adição futura quando da apuração do ganho ou da perda de capital na alienação ou liquidação do investimento. 4. APURAÇÃO DO VALOR DO INVESTIMENTO Em cada balanço o contribuinte deverá avaliar o investimento pelo valor de patrimônio líquido da investida, de acordo com o disposto no art. 248 da Lei nº 6.404, de 1976, e com as seguintes normas (Art. 423 do RIR/2018): a) o valor de patrimônio líquido será determinado com base em balanço patrimonial ou balancete de verificação da investida levantado na mesma data do balanço do contribuinte ou até 2 (dois) meses, no máximo, antes dessa data, com observância da lei comercial, inclusive quanto à dedução das participações nos resultados e da provisão para o imposto sobre a renda; IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE MAIO 19/2019 268

b) se os critérios contábeis adotados pela investida e pelo contribuinte não forem uniformes o contribuinte deverá fazer, no balanço ou balancete da investida, os ajustes necessários para eliminar as diferenças relevantes decorrentes da diversidade de critérios; c) o balanço ou balancete da investida, levantado em data anterior à do balanço do contribuinte, deverá ser ajustado para registrar os efeitos relevantes de fatos extraordinários ocorridos no período; d) o prazo de 2 (dois) meses aplica-se aos balanços ou balancetes de verificação das sociedades de que a investida participe, direta ou indiretamente, com investimentos que devam ser avaliados pelo valor de patrimônio líquido para efeito de determinar o valor de patrimônio líquido da investida; e) o valor do investimento do contribuinte será determinado mediante a aplicação, sobre o valor de patrimônio líquido ajustado de acordo com os incisos anteriores, da porcentagem da participação do contribuinte na investida; e f) no caso de filiais, sucursais, controladas e coligadas, domiciliadas no exterior, aplicam-se as normas da legislação correspondente do país de domicílio. Nota: na hipótese prevista na letra f acima o patrimônio será apurado de acordo com a legislação correspondente do país de domicílio, ajustando-o para eliminar as diferenças relevantes decorrentes da diversidade de critérios conforme disposto na letra b acima. 5. AJUSTE DO INVESTIMENTO POR OCASIÃO DO LEVANTAMENTO DO BALANÇO PATRIMONIAL O valor do investimento na data do balanço, conforme o disposto na letra a do item 3, deverá ser ajustado ao valor de patrimônio líquido determinado de acordo com o disposto no item 4, mediante lançamento da diferença a débito ou a crédito da conta de investimento. Exemplo: Suponhamos que em 31/12/2017, a empresa investidora adquiriu 60% das ações da empresa investida por R$ 8.000.000,00 à vista. Na data da aquisição, o Patrimônio Líquido da empresa investida era R$ 10.500.000,00 e o valor justo líquido dos ativos e passivos identificáveis dessa empresa investida era R$ 12.000.000,00, cuja diferença foi decorrente de um ativo intangível com vida útil indefinida que a empresa investida havia adquirido em junho de 2015. No período de 01/01/2018 a 31/12/2018, a empresa investida reconheceu as seguintes mutações em seu Patrimônio Líquido: - Lucro líquido: R$ 1.000.000,00 - Distribuição de dividendos: R$ 500.000,00 Demonstração do valor da participação societária, da Mais-Valia e do Goodwil com base na participação de 60% das ações: Valor justo: R$ 7.200.000,00 (60% de 12.000.000,00) Valor Patrimônio Líquido: R$ 6.300.000,00 (60% de 10.500.000,00) Valor pago: 8.000.000,00 Baseado no exemplo apresentado acima, segue abaixo o cálculo da Mais-Valia e do Goodwill: a) cálculo da Mais-Valia Mais-Valia é a diferença positiva entre o valor justo e o valor proporcional do Patrimônio Líquido, ou seja: Mais-Valia = 7.200.000,00 6.300.000,00 Mais-Valia = 900.000,00 b) cálculo do Goodwill Goodwill é a diferença negativa entre o valor pago e o valor justo Goodwill = 7.200.000,00 8.000.000,00 Goodwill = - 800.000,00 IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE MAIO 19/2019 269

Em razão do investimento, conforme já explicado no tópico anterior, no reconhecimento inicial teremos os seguintes lançamentos: C R$ 8.000.000 (Disponibilidades AC) D R$ 6.300.000 (Participação Societária Investimentos ANC) D R$ 900.000 (Mais-valia Investimentos ANC) D R$ 800.000 (Goodwill Investimentos ANC) Já em relação ao lucro apurado pela investida (R$ 1.000.000), a investidora precisará reconhecer como MEP o montante de R$ 600.000 (60% de R$ 1.000.000): D R$ 600.000 (Participação Societária Investimentos ANC) C R$ 600.000 (Resultado positivo de EVP Receita) Por fim, caberá a investidora reconhecer a sua parte na distribuição de dividendos (60% de R$ 500.000 = R$ 300.000), logo, teremos: D R$ 300.000 (Dividendos a Receber AC) C R$ 300.000 (Investimento Participação societária ANC) 5.1 lucros ou Dividendos Distribuídos Pela Investida Os lucros ou dividendos distribuídos pela investida deverão ser registrados pelo contribuinte como diminuição do valor do investimento, e não influenciarão as contas de resultado. 6. CONTRAPARTIDA DO AJUSTE NA CONTA DE INVESTIMENTOS A contrapartida do ajuste de que trata o item 5, por aumento ou redução no valor de patrimônio líquido do investimento, não será computada na determinação do lucro real e do resultado ajustado, observado o seguinte: a) na situação prevista no 1º do art. 114 e no caput do art. 115 da IN RFB nº 1.700/2017, a exclusão do lucro líquido para apuração do lucro real e do resultado ajustado somente poderá ser efetuada caso haja evidenciação por meio de subconta nas condições determinadas pelos dispositivos legais mencionados; b) não serão computadas na determinação do lucro real e do resultado ajustado as contrapartidas de ajuste do valor do investimento ou da redução dos valores de que tratam as letras b e c do item 3, derivados de investimentos em sociedades estrangeiras que não funcionem no País. 7. AQUISIÇÃO DE PARTICIPAÇÃO SOCIETÁRIA EM ESTÁGIOS No caso de aquisição de controle de outra empresa na qual se detinha participação societária anterior, o contribuinte deve observar as seguintes disposições: a) o ganho decorrente de avaliação da participação societária anterior com base no valor justo, apurado na data da aquisição, poderá ser diferido, sendo reconhecido para fins de apuração do lucro real e do resultado ajustado por ocasião da alienação ou baixa do investimento; b) a perda relacionada à avaliação da participação societária anterior com base no valor justo, apurada na data da aquisição, poderá ser considerada na apuração do lucro real e do resultado ajustado somente por ocasião da alienação ou baixa do investimento; e c) o ganho decorrente do excesso do valor justo dos ativos líquidos da investida, na proporção da participação anterior, em relação ao valor dessa participação avaliada a valor justo, também poderá ser diferido, sendo reconhecido para fins de apuração do lucro real e do resultado ajustado por ocasião da alienação ou baixa do investimento. Notas: 1) A pessoa jurídica deverá manter controle dos valores de que tratam o item 7 na parte B do e-lalur e do e-lacs, que serão baixados quando do cômputo do ganho ou da perda na apuração do lucro real e do resultado ajustado. 2) Os valores apurados em decorrência da operação, relativos à participação societária anterior, que tenham a mesma natureza das parcelas discriminadas nos nas letras b e c do item 3 sujeitam-se ao mesmo disciplinamento tributário dado a essas parcelas. IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE MAIO 19/2019 270

3) Deverão ser contabilizados em subcontas distintas: a) a mais-valia ou menos-valia e o ágio por rentabilidade futura (goodwill) relativos à participação societária anterior, existente antes da aquisição do controle; e b) as variações nos valores a que se refere a letra a acima, em decorrência da aquisição do controle. 4) O disposto no item 7 aplica-se aos demais casos em que o contribuinte avalia a valor justo a participação societária anterior no momento da aquisição da nova participação societária. 5) Vide exemplos práticos previstos no ANEXO VI da IN RFB nº 1.700/2017 sobre a Aquisição de Participação Societária em Estágios no link abaixo: Anexo VI.pdf 8. CAPITAL A INTEGRALIZAR O artigo 182 da Lei nº 6.404/1976 - Lei das Sociedades por Ações - dispõe que a parcela do capital a integralizar não compõe o patrimônio líquido das sociedades. Assim sendo, por ocasião da aplicação do método de equivalência patrimonial, essa parcela do capital ainda não integralizada não deve ser computada. Exemplo: Considerando-se as seguintes situações da sociedade investida e da sociedade investidora: - Investida "A" (composição de seu patrimônio líquido): capital subscrito... R$ 500.000,00 (-) capital a integralizar...r$ 100.000,00 (=) capital integralizado...r$ 400.000,00 lucros... R$ 200.000,00 soma... R$ 600.000,00 Teremos na Investidora "B" (participação de 60%): Investimento em "A", realizado... R$ 240.000,00 Investimento em "A", a realizar... R$ 60.000,00 Aplicação da porcentagem de 60% sobre o patrimônio líquido de "A", sem dedução do capital a integralizar de R$ 100.000,00 R$ 420.000,00 (-) parcela do capital a integralizar pela empresa "B"...R$ 60.000,00 (=) valor patrimonial do investimento da empresa "B" na empresa "A" R$ 360.000,00 9. REAVALIAÇÃO DE BENS NA INVESTIDA O valor da reserva de reavaliação constituída nos termos estabelecidos no 1º do art. 24 do Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, deverá ser computado para fins de determinação do lucro real do período de apuração em que o contribuinte alienar ou liquidar o investimento ou em que utilizar a reserva de reavaliação para aumento do seu capital social (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 24, 2º), observado o seguinte: a) a reserva de reavaliação do contribuinte será baixada por meio de compensação com o ajuste do valor do investimento e não será computada para fins de determinação do lucro real (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 24, 3º): a.1) nos períodos de apuração em que a coligada ou a controlada computar a sua reserva de reavaliação na determinação do lucro real, observado o disposto no art. 516 do RIR/2018; ou a.2) no período de apuração em que a coligada ou a controlada utilizar a sua reserva de reavaliação para absorver prejuízos, observado o disposto no art. 516 do RIR/2018. b) o disposto neste item aplica-se até a completa realização dos saldos da reserva de reavaliação remanescentes na escrituração comercial (Lei nº 12.973, de 2014, art. 60): b.1) em 31 de dezembro de 2013, para os optantes a que se refere o 1º do art. 211 do RIR/2018; ou IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE MAIO 19/2019 271

b.2) em 31 de dezembro de 2014, para os demais casos. 10. GANHO OU PERDA DE CAPITAL NA ALIENAÇÃO OU LIQUIDAÇÃO DO INVESTIMENTO AVALIADO PELO PATRIMÔNIO LÍQUIDO O valor contábil, para efeito de determinar o ganho ou a perda de capital na alienação ou liquidação do investimento avaliado pelo valor de patrimônio líquido de que trata o item 3, será a soma algébrica: a) do valor de patrimônio líquido pelo qual o investimento estiver registrado na contabilidade do contribuinte; e b) dos valores de que tratam as letras b e c do item 3, ainda que tenham sido realizados na escrituração comercial do contribuinte, conforme previsto no subitem 3.7. 11. BAIXA DO INVESTIMENTO EM SOCIEDADE INVESTIDA A baixa do investimento deve ser precedida de avaliação pelo valor de patrimônio líquido, com base em balanço patrimonial ou balancete de verificação da coligada ou controlada, levantado na data da alienação ou liquidação ou até 30 (trinta) dias, no máximo, antes dessa data. Não será computado na determinação do lucro real e do resultado ajustado o acréscimo ou a diminuição do valor de patrimônio líquido de investimento, decorrente de ganho ou perda por variação na porcentagem de participação do contribuinte no capital social da investida. 12. LUCROS OU DIVIDENDOS DISTRIBUÍDOS PELA SOCIEDADE COLIGADA OU CONTROLADA Os lucros ou dividendos distribuídos pela sociedade coligada ou controlada deverão ser registrados pela sociedade investidora como diminuição do valor do patrimônio líquido do investimento e não influenciarão as contas de resultado ( 1º do art. 425 do RIR/2018). Assim, quando a sociedade investidora recebe lucros ou dividendos da sociedade coligada ou controlada, a contrapartida do valor recebido será a própria conta de investimentos da sociedade investidora. Exemplo: Considerando-se que a empresa "B" (investida) credite dividendos à empresa "A" (investidora), no montante de R$ 80.000,00. O lançamento contábil poderá ser feito pela empresa "A" (investidora) do seguinte modo: D - DIVIDENDOS A RECEBER (Ativo Circulante) C - PARTICIPAÇÃO SOCIETÁRIA (Investimentos)...R$ 80.000,00 O valor de R$ 80.000,00 foi excluído da conta de investimentos porque esse mesmo valor foi incluído nessa conta através de anterior débito de equivalência patrimonial. A sociedade coligada ou controlada, por sua vez, poderá fazer o lançamento contábil do seguinte modo: D - LUCROS ACUMULADOS (Patrimônio Líquido) C - DIVIDENDOS PROPOSTOS (Passivo Circulante)... R$ 80.000,00 13. AVALIAÇÃO A VALOR JUSTO DE ATIVO OU PASSIVO DA INVESTIDA A contrapartida do ajuste positivo na participação societária, mensurada pelo patrimônio líquido, decorrente da avaliação pelo valor justo de ativo ou passivo da investida, deverá ser compensada pela baixa do saldo da maisvalia, observado o seguinte: a) o ganho relativo à contrapartida, na hipótese de bens diferentes dos que serviram de fundamento à maisvalia ou relativo à contrapartida superior ao saldo da mais-valia, deverá ser computado para fins de determinação do lucro real, exceto se o ganho for evidenciado contabilmente em subconta vinculada à participação societária, com discriminação do bem, do direito ou da obrigação da investida objeto de avaliação com base no valor justo, IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE MAIO 19/2019 272

em condições de permitir a determinação da parcela realizada, liquidada ou baixada em cada período (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 24-A, 1º); b) o valor registrado na subconta de que trata a letra a acima será baixado à medida que o ativo da investida for realizado, inclusive por meio de depreciação, amortização, exaustão, alienação ou baixa, ou quando o passivo da investida for liquidado ou baixado, e o ganho respectivo não será computado para fins de determinação do lucro real nos períodos de apuração em que a investida computar o ganho na determinação do lucro real (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 24-A, 2º); c) o ganho relativo ao saldo da subconta de que trata a letra a acima deverá ser computado para fins determinação do lucro real do período de apuração em que o contribuinte alienar ou liquidar o investimento (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 24-A, 3º); d) a Secretaria da Receita Federal do Brasil do Ministério da Fazenda disciplinará sobre o controle em subcontas (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 24-A, 4º). 14. AJUSTE NEGATIVO NA PARTICIPAÇÃO SOCIETÁRIA A contrapartida do ajuste negativo na participação societária, mensurada pelo patrimônio líquido, decorrente da avaliação pelo valor justo de ativo ou passivo da investida, deverá ser compensada pela baixa do respectivo saldo da menos-valia, observado o seguinte: a) a perda relativa à contrapartida de ajuste negativo na participação societária, na hipótese de bens diferentes dos que serviram de fundamento à menos-valia ou relativa à contrapartida superior ao saldo da menos-valia não será computada para fins de determinação do lucro real e será evidenciada contabilmente em subconta vinculada à participação societária, com discriminação do bem, do direito ou da obrigação da investida objeto de avaliação com base no valor justo, em condições de permitir a determinação da parcela realizada, liquidada ou baixada em cada período (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 24-B, 1º); b) o valor registrado na subconta será baixado à medida que o ativo da investida for realizado, inclusive por meio de depreciação, amortização, exaustão, alienação ou baixa, ou quando o passivo da investida for liquidado ou baixado, e a perda respectiva não será computada para fins de determinação do lucro real nos períodos de apuração em que a investida computar a perda na determinação do lucro real (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 24-B, 2º); c) a perda relativa ao saldo da subconta poderá ser computada para fins de determinação do lucro real do período de apuração em que o contribuinte alienar ou liquidar o investimento (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 24-B, 3º); d) na hipótese de não ser evidenciada por meio de subconta, a perda será considerada indedutível na apuração do lucro real (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 24-B, 4º); e) a Secretaria da Receita Federal do Brasil do Ministério da Fazenda disciplinará sobre o controle em subcontas (Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 24-B, 5º). 15. CONTRAPARTIDA DO AJUSTE DO VALOR DO INVESTIMENTO EM SOCIEDADE COLIGADA OU CONTROLADA COM SEDE NO EXTERIOR Os resultados da avaliação dos investimentos em sociedade coligada ou controlada com sede no Exterior, pelo método da equivalência patrimonial, deverão ser computados na determinação do lucro real (Art. 25 da Lei nº 9.249/1995). O mesmo tratamento se aplica, à contrapartida da amortização do ágio ou deságio na aquisição e os ganhos de capital derivados de investimentos, em sociedades coligadas ou controladas com sede no Exterior. Os prejuízos e perdas decorrentes dessas operações não poderão ser compensados com os lucros auferidos no Brasil ( 4º do art. 25 da Lei nº 9.249/1995). 16. PROVISÃO PARA COBERTURA DE PERDAS Quando a investidora verificar ser impossível ou muitíssimo pouco provável conseguir recuperar o valor investido, poderá constituir a provisão para perdas, podendo abranger os investimentos avaliados pela equivalência patrimonial ou avaliados pelo custo. IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE MAIO 19/2019 273

O valor da provisão para perdas deverá constar como despesa não operacional, na demonstração do resultado do exercício a que se referir, sendo representado no balanço patrimonial, em conta própria redutora do valor do investimento, indedutível fiscalmente, devendo ser adicionada ao lucro líquido no LALUR para determinação do lucro real (Art. 13, I, da Lei nº 9.249/1995). 17. NÃO-INCIDÊNCIA DAS CONTRIBUIÇÕES AO PIS E COFINS Estão excluídas da incidência das contribuições ao PIS e à COFINS, na modalidade cumulativa e não-cumulativa, o resultado positivo da avaliação de investimentos pelo valor do patrimônio líquido e os lucros e dividendos derivados de investimentos avaliados pelo custo de aquisição, que tenham sido computados como receita (Lei nº 9.718/1998, art. 3º, 2º, Lei nº 10.833/2003, art. 1º, 3º, e art. 1º, 3º, da Lei nº 10.637/2002). Fundamentos Legais: Os citados no texto. TRIBUTOS FEDERAIS Sumário TRIBUTOS FEDERAIS ACRÉSCIMOS LEGAIS PARA RECOLHIMENTOS FORA DE PRAZO Em Maio de 2019 1. Cálculo Dos Juros Para Recolhimento Dentro do Prazo Das Quotas do IRPJ, Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido e IR; 2. Tabela de Acréscimos Legais. 1. CÁLCULO DOS JUROS PARA RECOLHIMENTO DENTRO DO PRAZO DAS QUOTAS DO IRPJ, CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO E DO IRPF A 2ª quota do IRPJ e da Contribuição Social Sobre o Lucro Real trimestral, Presumido ou Arbitrado, apurada no 1º trimestre de 2019, poderá ser recolhida com acréscimos legais de 1% (um por cento), a título de juros, até 31.05.2019. A 2ª quota do IRPF/2019 sobre a Declaração de Rendimentos, vencida em abril de 2019, poderá ser recolhida até 31.05.2019, com acréscimos legais de 1% (um por cento), a título de juros. 2. TABELA DE ACRÉSCIMOS LEGAIS Quando da elaboração da Agenda Tributária e Tabelas Práticas para o mês de Maio de 2019, não havia sido divulgada a taxa SELIC para o mês de Abril de 2019, razão pela qual alertamos que a tabela prática de acréscimos legais para o mês de Maio/2019 somente estará atualizada para fins de cálculo dos juros a partir da publicação da Taxa SELIC, que ocorrerá no início de Maio de 2019. Agora, somando-se a Taxa SELIC de Abril/2019, que é de 0,52% (cinquenta e dois centésimos por cento), a tabela prática a ser utilizada para cálculo de multa e juros de mora sobre débitos fora do prazo recolhidos no mês de Maio de 2019 é a seguinte: ANOS VENCIMENTO JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ ENCARGOS 1998 M. 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 J. 287,85 285,72 283,52 281,81 280,18 278,58 276,88 275,40 272,91 269,97 267,34 264,94 1999 M. 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 J. 262,76 260,38 257,05 254,70 252,68 251,01 249,35 247,78 246,29 244,91 243,52 241,92 2000 M. 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 J. 240,46 239,01 237,56 236,26 234,77 233,38 232,07 230,66 229,44 228,15 226,93 225,73 2001 M. 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 J. 224,46 223,44 222,18 220,99 219,65 218,38 216,88 215,28 213,96 212,43 211,04 209,65 2002 M. 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 J. 208,12 206,87 205,50 204,02 202,61 201,28 199,74 198,30 196,92 195,27 193,73 191,99 2003 M. 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 J. 190,02 188,19 186,41 184,54 182,57 180,71 178,63 176,86 175,18 173,54 172,20 170,83 2004 M. 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 J. 169,56 168,48 167,10 165,92 164,69 163,46 162,17 160,88 159,63 158,42 157,17 155,69 2005 M. 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE MAIO 19/2019 274

J. 154,31 153,09 151,56 150,15 148,65 147,06 145,55 143,89 142,39 140,98 139,60 138,13 2006 M. 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 J. 136,70 135,55 134,13 133,05 131,77 130,59 129,42 128,16 127,10 126,01 124,99 124,00 2007 M. 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 J. 122,92 122,05 121,00 120,06 119,03 118,12 117,15 116,16 115,36 114,43 113,59 112,75 2008 M. 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 J. 111,82 111,02 110,18 109,28 108,40 107,44 106,37 105,35 104,25 103,07 102,05 100,93 2009 M. 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 J. 99,88 99,02 98,05 97,21 96,44 95,68 94,89 94,20 93,51 92,82 92,16 91,43 2010 M. 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 J. 90,77 90,18 89,42 88,75 88,00 87,21 86,35 85,46 84,61 83,80 82,99 82,06 2011 M. 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 J. 81,20 80,36 79,44 78,60 77,61 76,65 75,68 74,61 73,67 72,79 71,93 71,02 2012 M. 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 J. 70,13 69,38 68,56 67,85 67,11 66,47 65,79 65,10 64,56 63,95 63,40 62,85 2013 M. 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 J. 62,25 61,76 61,21 60,60 60,00 59,39 58,67 57,96 57,25 56,44 55,72 54,93 2014 M. 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 J. 54,08 53,29 52,52 51,70 50,83 50,01 49,06 48,19 47,28 46,33 45,49 44,53 2015 M. 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 J. 43,59 42,77 41,73 40,78 39,79 38,72 37,54 36,43 35,32 34,21 33,15 31,99 2016 M. 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 J. 30,93 29,93 28,77 27,71 26,60 25,44 24,33 23,11 22,00 20,95 19,91 18,79 2017 M. 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 J. 17,70 16,83 15,78 14,99 14,06 13,25 12,45 11,65 11,01 10,37 9,80 9,26 2018 M. 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 J. 8,68 8,21 7,68 7,16 6,64 6,12 5,58 5,01 4,54 4,00 3,51 3,02 2019 M. 20 20 20 20 (*) - - - - - - - J. 2,48 1,99 1,52 1,00 - - - - - - - - Fundamentos Legais: Os citados no texto. REFIS/PAES RECOLHIMENTO DAS PARCELAS NO MÊS DE MAIO DE 2019 Acréscimo da TJLP Divulgamos abaixo a tabela para cálculo dos juros incidentes sobre as parcelas do Refis/Paes, observando que: a) recolhimento da parcela do Refis com base na receita bruta: a.1) no vencimento - sem acréscimo de juros; a.2) parcela vencida - acréscimo de juros com base na TJLP acumulada do mês do vencimento até o mês do pagamento; b) recolhimento da parcela do Refis-Alternativos (parcela fixa) - acréscimo de juros com base na TJLP acumulada da data opção até o vencimento da parcela; c) recolhimento das parcelas do Paes - acréscimo de juros com base na TJLP acumulada a partir do mês seguinte ao da opção até o mês do pagamento da parcela. Os valores da Taxa de Juros de Longo Prazo - TJLP mensais e os valores acumulados para recolhimento das parcelas do Refis/Paes, no mês de Maio/2019, são os constantes abaixo: Mês Taxa Mês Taxa Acumulada janeiro/02 0,8333% 125,6272% fevereiro/02 0,8333% 124,7939% março/02 0,8333% 123,9606% abril/02 0,7917% 123,1273% maio/02 0,7917% 122,3356% junho/02 0,7917% 121,5439% julho/02 0,8333% 120,7522% agosto/02 0,8333% 119,9189% setembro/02 0,8333% 119,0856% IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE MAIO 19/2019 275

outubro/02 0,8333% 118,2523% novembro/02 0,8333% 117,4190% dezembro/02 0,8333% 116,5857% janeiro/03 0,9167% 115,7524% fevereiro/03 0,9167% 114,8357% março/03 0,9167% 113,9190% abril/03 1,0000% 113,0023% maio/03 1,0000% 112,0023% junho/03 1,0000% 111,0023% julho/03 1,0000% 110,0023% agosto/03 1,0000% 109,0023% setembro/03 1,0000% 108,0023% outubro/03 0,9167% 107,0023% novembro/03 0,9167% 106,0856% dezembro/03 0,9167% 105,1689% janeiro/04 0,8333% 104,2522% fevereiro/04 0,8333% 103,4189% março/04 0,8333% 102,5856% abril/04 0,8125% 101,7523% maio/04 0,8125% 100,9398% junho/04 0,8125% 100,1273% julho/04 0,8125% 99,3148% agosto/04 0,8125% 98,5023% setembro/04 0,8125% 97,6898% outubro/04 0,8125% 96,8773% novembro/04 0,8125% 96,0648% dezembro/04 0,8125% 95,2523% janeiro/05 0,8125% 94,4398% fevereiro/05 0,8125% 93,6273% março/05 0,8125% 92,8148% abril/05 0,8125% 92,0023% maio/05 0,8125% 91,1898% junho/05 0,8125% 90,3773% julho/05 0,8125% 89,5648% agosto/05 0,8125% 88,7523% setembro/05 0,8125% 87,9398% outubro/05 0,8125% 87,1273% novembro/05 0,8125% 86,3148% dezembro/05 0,8125% 85,5023% janeiro/06 0,7500% 84,6898% fevereiro/06 0,7500% 83,9398% março/06 0,7500% 83,1898% abril/06 0,6792% 82,4398% maio/06 0,6792% 81,7606% junho/06 0,6792% 81,0814% julho/06 0,6250% 80,4022% agosto/06 0,6250% 79,7772% setembro/06 0,6250% 79,1522% outubro/06 0,5708% 78,5272% novembro/06 0,5708% 77,9564% dezembro/06 0,5708% 77,3856% janeiro/07 0,5417% 76,8148% fevereiro/07 0,5417% 76,2731% março/07 0,5417% 75,7314% abril/07 0,5417% 75,1897% maio/07 0,5417% 74,6480% junho/07 0,5417% 74,1063% julho/07 0,5208% 73,5646% agosto/07 0,5208% 73,0438% IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE MAIO 19/2019 276

setembro/07 0,5208% 72,5230% outubro/07 0,5208% 72,0022% novembro/07 0,5208% 71,4814% dezembro/07 0,5208% 70,9606% janeiro/08 0,5208% 70,4398% fevereiro/08 0,5208% 69,9190% março/08 0,5208% 69,3982% abril/08 0,5208% 68,8774% maio/08 0,5208% 68,3566% junho/08 0,5208% 67,8358% julho/08 0,5208% 67,3150% agosto/08 0,5208% 66,7942% setembro/08 0,5208% 66,2734% outubro/08 0,5208% 65,7526% novembro/08 0,5208% 65,2318% dezembro/08 0,5208% 64,7110% janeiro/09 0,5208% 64,1902% fevereiro/09 0,5208% 63,6694% março/09 0,5208% 63,1486% abril/09 0,5208% 62,6278% maio/09 0,5208% 62,1070% junho/09 0,5208% 61,5862% julho/09 0,5000% 61,0654% agosto/09 0,5000% 60,5654% setembro/09 0,5000% 60,0654% outubro/09 0,5000% 59,5654% novembro/09 0,5000% 59,0654% dezembro/09 0,5000% 58,5654% janeiro/10 0,5000% 58,0654% fevereiro/10 0,5000% 57,5654% março/10 0,5000% 57,0654% abril/10 0,5000% 56,5654% maio/10 0,5000% 56,0654% junho/10 0,5000% 55,5654% julho/10 0,5000% 55,0654% agosto/10 0,5000% 54,5654% setembro/10 0,5000% 54,0654% outubro/10 0,5000% 53,5654% novembro/10 0,5000% 53,0654% dezembro/10 0,5000% 52,5654% janeiro/11 0,5000% 52,0654% fevereiro/11 0,5000% 51,5654% março/11 0,5000% 51,0654% abril/11 0,5000% 50,5654% maio/11 0,5000% 50,0654% junho/11 0,5000% 49,5654% julho/11 0,5000% 49,0654% agosto/11 0,5000% 48,5654% setembro/11 0,5000% 48,0654% outubro/11 0,5000% 47,5654% novembro/11 0,5000% 47,0654% dezembro/11 0,5000% 46,5654% janeiro/12 0,5000% 46,0654% fevereiro/12 0,5000% 45,5654% março/12 0,5000% 45,0654% abril/12 0,5000% 44,5654% maio/12 0,4167% 44,0654% junho/12 0,5000% 43,6487% julho/12 0,4583% 43,1487% IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE MAIO 19/2019 277

agosto/12 0,4583% 42,6904% setembro/12 0,4583% 42,2321% outubro/12 0,4583% 41,7738% novembro/12 0,4583% 41,3155% dezembro/12 0,4583% 40,8572% janeiro/13 0,4167% 40,3989% fevereiro/13 0,4167% 39,9822% março/13 0,4167% 39,5655% abril/13 0,4167% 39,1488% maio/13 0,4167% 38,7321% junho/13 0,4167% 38,3154% julho/13 0,4167% 37,8987% agosto/13 0,4167% 37,4820% setembro/13 0,4167% 37,0653% outubro/13 0,4167% 36,6486% novembro/13 0,4167% 36,2319% dezembro/13 0,4167% 35,8152% janeiro/14 0,4167% 35,3985% fevereiro/14 0,4167% 34,9818% março/14 0,4167% 34,5651% abril/14 0,4167% 34,1484% maio/14 0,4167% 33,7317% junho/14 0,4167% 33,3150% julho/14 0,4167% 32,8983% agosto/14 0,4167% 32,4816% setembro/14 0,4167% 32,0649% outubro/14 0,4167% 31,6482% novembro/14 0,4167% 31,2315% dezembro/14 0,4167% 30,8148% janeiro/15 0,4583% 30,3981% fevereiro/15 0,4583% 29,9398% março/15 0,4583% 29,4815% abril/15 0,5000% 29,0232% maio/15 0,5000% 28,5232% junho/15 0,5000% 28,0232% julho/15 0,5417% 27,5232% agosto/15 0,5417% 26,9815% setembro/15 0,5417% 26,4398% outubro/15 0,5833% 25,8981% novembro/15 0,5833% 25,3148% dezembro/15 0,5833% 24,7315% janeiro/16 0,6250% 24,1482% fevereiro/16 0,6250% 23,5232% março/16 0,6250% 22,8982% abril/16 0,6250% 22,2732% maio/16 0,6250% 21,6482% junho/16 0,6250% 21,0232% julho/16 0,6250% 20,3982% agosto/16 0,6250% 19,7732% setembro/16 0,6250% 19,1482% outubro/16 0,6250% 18,5232% novembro/16 0,6250% 17,8982% dezembro/16 0,6250% 17,2732% janeiro/17 0,6250% 16,6482% fevereiro/17 0,6250% 16,0232% março/17 0,6250% 15,3982% abril/17 0,5833% 14,7732% maio/17 0,5833% 14,1899% junho/17 0,5833% 13,6066% IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE MAIO 19/2019 278

julho/17 0,5833% 13,0233% agosto/17 0,5833% 12,4400% setembro/17 0,5833% 11,8567% outubro/17 0,5833% 11,2734% novembro/17 0,5833% 10,6901% dezembro/17 0,5833% 10,1068% janeiro/18 0,5625% 9,5235% fevereiro/18 0,5625% 8,9610% março/18 0,5625% 8,3985% abril/18 0,5500% 7,8360% maio/18 0,5500% 7,2860% junho/18 0,5500% 6,7360% julho/18 0,5467% 6,1860% agosto/18 0,5467% 5,6393% setembro/18 0,5467% 5,0926% outubro/18 0,5817% 4,5459% novembro/18 0,5817% 3,9642% dezembro/18 0,5817% 3,3825% janeiro/19 0,5858% 2,8008% fevereiro/19 0,5858% 2,2150% março/19 0,5858% 1,6292% abril/19 0,5217% 1,0434% maio/19 0,5217% 0,5217% Fundamentos Legais: Os citados no textos. Sumário TRIBUTOS E CONTRIBUIÇÕES FEDERAIS A COMPENSAR Acréscimo de Juros Para Compensação no Mês de Maio de 2019 1. Acréscimo de Juros ao Valor a Compensar a Partir de 1996; 2. Tabela Para Cálculo dos Juros; 2.1. Pagamentos Indevidos ou a Maior Efetuados a Partir de 01.01.1998; 3. Cômputo na Base de Cálculo do IRPJ e da Contribuição Social Sobre o Lucro. 1. ACRÉSCIMO DE JUROS AO VALOR A COMPENSAR A PARTIR DE 1996 De acordo com o 4º do art. 39 da Lei nº 9.250/1995 e a Instrução Normativa RFB nº 1.717/2017, os valores passíveis de compensação, relativos a tributos e contribuições federais, serão acrescidos de juros a partir de 01.01.1996, observado o seguinte: a) os juros serão equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia - Selic para títulos federais acumulados mensalmente: a.1) a partir de 01.01.1996 até o mês anterior ao da compensação, no caso de pagamento indevido ou a maior efetuado até 31.12.1995; a.2) a partir da data do pagamento indevido ou a maior até o mês da compensação, no caso de pagamento indevido ou a maior feito a partir de 01.01.1996 até 31.12.1997; a.3) a partir do mês subsequente ao do pagamento indevido ou a maior que o devido, no caso de pagamentos feitos a partir de 01.01.1998 (Art. 73 da Lei nº 9.532/1997); b) de 1% (um por cento), no mês em que estiver sendo efetuada a compensação 2. TABELA PARA CÁLCULO DOS JUROS 2.1 - Pagamentos Indevidos ou a Maior Efetuado a Partir de 01.01.2006. Para os pagamentos indevidos ou a maior efetuados a partir de 01.01.2006, que serão compensados no mês de Maio/2019, aplica-se a taxa de juros constante da tabela abaixo: IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE MAIO 19/2019 279

Ano jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez 2006 136,70 135,55 134,13 133,05 131,77 130,59 129,42 128,16 127,10 126,01 124,99 124,00 2007 122,92 122,05 121,00 120,06 119,03 118,12 117,15 116,16 115,36 114,43 113,59 112,75 2008 111,82 111,02 110,18 109,28 108,40 107,44 106,37 105,35 104,25 103,07 102,05 100,93 2009 99,88 99,02 98,05 97,21 96,44 95,68 94,89 94,20 93,51 92,82 92,16 91,43 2010 90,77 90,18 89,42 88,75 88,00 87,21 86,35 85,46 84,61 83,80 82,99 82,06 2011 81,20 80,36 79,44 78,60 77,61 76,65 75,68 74,61 73,67 72,79 71,93 71,02 2012 70,13 69,38 68,56 67,85 67,11 66,47 65,79 65,10 64,56 63,95 63,40 62,85 2013 62,25 61,76 61,21 60,60 60,00 59,39 58,67 57,96 57,25 56,44 55,72 54,93 2014 54,08 53,29 52,52 51,70 50,83 50,01 49,06 48,19 47,28 46,33 45,49 44,53 2015 43,59 42,77 41,73 40,78 39,79 38,72 37,54 36,43 35,32 34,21 33,15 31,99 2016 30,93 29,93 28,77 27,71 26,60 25,44 24,33 23,11 22,00 20,95 19,91 18,79 2017 17,70 16,83 15,78 14,99 14,06 13,25 12,45 11,65 11,01 10,37 9,80 9,26 2018 8,68 8,21 7,68 7,16 6,64 6,12 5,58 5,01 4,54 4,00 3,51 3,02 2019 2,48 1,99 1,52 1,00 - - - - - - - - Nota: Sobre o pagamento indevido ou a maior efetuado em determinado mês e compensado dentro desse mesmo mês não há acréscimo de juros 3. CÔMPUTO NA BASE DE CÁLCULO DO IRPJ E DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO Os juros calculados sobre os tributos e contribuições a compensar, calculados com base na Taxa SELIC para títulos federais, devem ser apropriados na base de cálculo do IRPJ e da Contribuição Social Sobre o Lucro no regime de apuração pelo lucro real ou presumido, no mês de competência. Fundamentos Legais: Os citados no texto. IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE MAIO 19/2019 280