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Transcrição:

INSTITUTO PORTUGUÊS DE ACREDITAÇÃO PORTUGUESE ACCREDITATION INSTITUTE Rua António Gião, 2, 5º Tel: +351.212948100 2829-513 Caparica Fax: +351.212948202 E-mail: acredita@ipac.pt Internet www.ipac.pt ANO DE ÍNDICE 1 Nota Introdutória 2 1.1 O IPAC 2 1.2 A acreditação 3 1.3 Resumo das atividades desenvolvidas pelo IPAC 5 2 Meios e Recursos 6 2.1 Estrutura organizacional 6 2.2 Recursos Humanos 7 2.3 Recursos Económicos 8 2.4 Recursos Materiais 9 2.5 Sistema de Gestão 10 3 Objetivos e Planeamento 11 3.1 Objetivos Estratégicos para 11 3.2 Plano de Atividades para 12 Total de Páginas: 13

1 N O T A I N T R O D U T Ó R I A O presente documento tem por objetivo apresentar o Plano de Atividades do Instituto Português de Acreditação, I.P. (IPAC) para o ano de. Neste primeiro capítulo apresenta-se a instituição, seus objetivos e enquadramento, e nos capítulos seguintes apresentam-se os meios e depois o Plano de Atividades com os objetivos estratégicos e operacionais. 1.1 O IPAC O IPAC foi constituído em 2004 pelo Decreto-Lei nº 125/2004 de 31 de maio, por cisão do serviço de acreditação do Instituto Português da Qualidade, I.P. (IPQ), entidade que detinha as funções de organismo nacional de acreditação desde 1986. Esta cisão ficou a dever-se à necessidade de isolar as atividades de acreditação de acordo com os requisitos normativos internacionais (ISO/IEC 17011) que o organismo de acreditação tem de cumprir. Os estatutos foram aprovados pela Portaria nº 283/2005 de 21 de março. O IPAC é um instituto público, com personalidade jurídica, autonomia financeira e administrativa e património próprio, sob a tutela do Ministro da Economia e do Emprego. O IPAC possui uma organização simplificada (prevista numa versão obsoleta da lei-quadro dos institutos públicos), sendo dirigido por um Diretor, coadjuvado por coordenadores operacionais, com apenas uma equipa de colaboradores técnicos, dado que de acordo com o Decreto-Lei que o criou, os serviços de apoio (financeiros, jurídicos, logísticos, recursos humanos e informática) são prestados pelo IPQ. Com a publicação do Regulamento (CE) nº 765/2008 do Parlamento Europeu e do Conselho de 9 julho de 2008, o IPAC foi notificado à Comissão Europeia pelo Governo como sendo o organismo nacional de acreditação nos termos do dito Regulamento (conforme n.º 1 do artigo 2º do Decreto-lei 23/2011 de 11 de fevereiro). São atribuições do IPAC como organismo nacional de acreditação (conforme artigo 6º do Decretolei nº 125/2004 de 31 de maio): a) Reconhecer a competência técnica dos laboratórios de ensaio e calibração, bem como dos organismos de inspeção e de certificação; b) Garantir a representação de Portugal, designadamente na Cooperação Europeia para Acreditação (EA), Cooperação Internacional para a Acreditação de Laboratórios (ILAC) e Fórum Internacional para a Acreditação (IAF); c) Propor ao Governo o estabelecimento e o funcionamento dos acordos de reconhecimento mútuo destinados a suportar as relações económicas entre Portugal e os mercados com os quais são efetuadas transações comerciais. 1.1.1 Missão O IPAC tem por missão prestar serviços de acreditação, nos termos previstos no Regulamento (CE) n.º 765/2008. 1.1.2 Visão Ser reconhecido em todos os seus domínios de atividade, a nível nacional, europeu e internacional, como um organismo cuja atuação constitui uma mais-valia inequívoca de credibilidade e confiança. 1.1.3 Valores Para cumprir a sua missão e atingir a visão, o IPAC assume como valores principais a competência, a idoneidade, a imparcialidade e a eficiência. Pág. 2 de 13

1.2 A acreditação O que é? A acreditação consiste num processo de reconhecimento da competência técnica de entidades para executarem determinadas atividades técnicas, nomeadamente atividades de avaliação da conformidade. Estas atividades de avaliação da conformidade podem consistir na realização de: - Ensaios, quer sejam a produtos industriais, ambientais, géneros alimentícios ou de saúde humana; estes ensaios, análises e exames podem destinar-se a vários fins, nomeadamente para verificar a conformidade com a legislação nacional e comunitária, ou com especificações de marcas e normas internacionais para fins comerciais; - Calibrações, de padrões e instrumentos de medição; as calibrações visam demonstrar a aptidão dos equipamentos para os fins a que se destinam; - Certificação de sistemas de gestão (da qualidade, ambiental, segurança alimentar, inovação, etc.); a certificação do sistema de gestão visa proporcionar confiança nos resultados da atividade certificada, e é feita com base em normas internacionais (e.g. ISO 9001, ISO 14001, ISO 22000) ou nacionais (NP 4456); - Certificação de produtos, que visa demonstrar a conformidade dos produtos (ou processos ou serviços) com determinados requisitos, estabelecidos em normas ou documentos normativos; - Certificação de pessoas, que atesta a competência das pessoas certificadas para realizarem determinadas atividades técnicas, de acordo com padrões e normas estabelecidas; - Inspeções, com vista a demonstrar a sua conformidade de produtos, equipamentos, instalações, processos ou projetos com requisitos gerais ou específicos; a atividade de inspeções é normalmente executada com vista a garantir a segurança de pessoas e bens, e enquadrada em disposições legais e regulamentares; - Verificações ambientais, com vista a avaliar a conformidade de empresas e do seu sistema de ecogestão e auditoria com a legislação ambiental e o Regulamento EMAS, e assim registar a empresa no sistema comunitário EMAS. De uma forma resumida, a atividade de acreditação consiste numa regulação técnica de organismos de avaliação da conformidade (Laboratórios, Organismos de Certificação e Organismos de Inspeção). Org.Acreditação IPac Laboratórios Org.Certificação Org.Inspeção Acreditação......... Ensaio Calibração Certificação Inspeção Avaliação da Conformidade Produtos Equipamentos Sistemas Gestão Produtos e Serviços Pessoas Bens Produtos Estado & Sociedade & Mercado Pág. 3 de 13

Porque A acreditação advém do facto das entidades que realizam a avaliação da conformidade concorrerem entre si no mercado (nacional e internacional), e que existe? elas têm um impacto sob diversos pontos de vista tais como a qualidade de vida, segurança e saúde públicas, comércio, proteção ambiental. Desta forma, estabelece-se um mecanismo de regulação técnica, a acreditação, que monitoriza a existência de um nível adequado de competência técnica para o exercício dessas atividades. A acreditação constitui também uma ferramenta de racionalização da Administração Pública, permitindo delegar tarefas e serviços tradicionalmente executados pelo Estado em terceiros, mantendo ao mesmo tempo um controlo técnico e independente sobre as prestações de serviço que são delegadas, de modo a salvaguardar os direitos dos consumidores. O desenvolvimento das atividades de acreditação está ligada na Europa à criação do Mercado Único Europeu e de uma forma geral à globalização da Economia, visando remover barreiras técnicas ao comércio através da aceitação mútua de bens e serviços cuja avaliação da conformidade tenha sido feita por entidades acreditadas deste modo a acreditação alargou-se a todos os países da União Europeia, e complementarmente, a todos os países desenvolvidos. A importância do papel da acreditação na construção da União Europeia foi reconhecido pelo Regulamento (CE) nº 765/2008 do Parlamento Europeu e do Conselho de 9 julho de 2008 que estabelece a necessidade de cada Estado-Membro designar ou reconhecer um organismo nacional de acreditação, para realizar as atividades de acreditação em todos os sectores da Sociedade e Governo, quer no âmbito voluntário, quer no âmbito regulamentar. Que regras cumpre? Para que exista uma aceitação mútua das acreditações entre os diferentes países é necessário que a acreditação seja efetuada de forma semelhante e equivalente nesses países, usando os mesmos critérios e procedimentos, por organismos de acreditação que se demonstrem equivalentes. A atividade de acreditação rege-se assim pela norma internacional ISO/IEC 17011. Dada a importância e a conveniência do recurso à acreditação pelas autoridades nacionais e comunitárias, foi publicado o Regulamento (CE) nº 765/2008 do Parlamento Europeu e do Conselho de 9 julho de 2008 que estabelece um enquadramento legal para o funcionamento da acreditação e dos organismos de acreditação em todos os países da União Europeia e da EFTA. Este Regulamento tornou legalmente obrigatório o cumprimento da norma internacional ISO/IEC 17011, bem como a implementação de uma série de disposições adicionais, e obriga o IPAC a realizar as atividades de acreditação segundo procedimentos e metodologias bem definidas. O IPAC fica também legalmente obrigado a ser membro da EA (European cooperation for Accreditation), e a participar dos trabalhos desta entidade e do sistema de avaliações entre pares que gere. Ficou também estabelecida a necessidade do IPAC ser aceite nos Acordos de Reconhecimento Mútuo da EA, sob pena do Estado-Membro ter de intervir para regularizar esta situação e das autoridades dos restantes Estados-Membros não reconhecerem as suas acreditações. Aceitação internacional? O sistema de reconhecimento mútuo das acreditações pela federação europeia de acreditadores (EA, European cooperation for Accreditation) inclui a realização de avaliações entre pares periódicas, bem como a participação em trabalhos de harmonização e desenvolvimento da atividade de acreditação. Com a globalização da Economia, os acordos existentes a nível europeu alargaram-se para o foro internacional, através dos acordos das confederações internacionais de acreditadores, ILAC (International Laboratory Acreditation Cooperation) e IAF (International Accreditation Fórum). Conforme referido atrás, o Regulamento nº765/2008 estabelece que as autoridades públicas no seio da União Europeia devem reconhecer as acreditações concedidas pelos organismos de acreditação signatários do acordo de reconhecimento mútuo da EA. Como se efetua? O processo de acreditação obedece aos requisitos internacionais estipulados pelo Regulamento nº765/2008 e pela norma ISO/IEC 17011, bem como por regras da EA, ILAC e IAF. O processo de acreditação está descrito no Regulamento Geral de Acreditação (DRC001), disponível na página eletrónica do IPAC, sendo complementado por Procedimentos de Acreditação específicos de cada área. Pág. 4 de 13

1.3 Resumo das atividades desenvolvidas pelo IPAC O IPAC desenvolve atividades de acreditação, que implicam o desenvolvimento e melhoria de um sistema nacional de acreditação, contemplando o desenvolvimento e implementação de diversos esquemas de acreditação, bem como a realização de avaliações anuais a todas as entidades candidatas e acreditadas. 1000 950 900 850 800 750 700 650 600 550 500 Avaliações anuais 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Estas atividades de avaliação têm vindo a crescer de modo sustentado e ritmado desde a criação do IPAC, conforme se pode ver no quadro ao lado. Contudo, em 2009-2010, o agudizar da falta de recursos humanos que se fez sentir desde a criação do IPAC, e a recessão económica, fizeram abrandar o ritmo. Em 2011, face à regularização de recursos humanos, e pese embora ainda alguns se encontrarem em fase de treino e formação específicas, foi possível dar resposta à procura acumulada (e não satisfeita) dos anos anteriores. Deste modo, impulsionado sem dúvida pelo crescimento das áreas regulamentares, verificou-se em 2011 um crescimento operacional inusitado, cerca de 20% face ao ano anterior. Tal como requerido pelo Regulamento (CE) n.º 765/2008, o IPAC é membro da EA e participa nos respetivos trabalhos e missões. Participa também das atividades do IAF e ILAC, conforme requerido por estas entidades e para manter o estatuto de signatário dos acordos internacionais. O IPAC desenvolve ainda atividades de suporte ao sistema nacional de acreditação e.g. manutenção de um sistema de gestão conforme com a ISO/IEC 17011, gestão e qualificação dos avaliadores e peritos externos que fornecem a necessária competência técnica para as avaliações que realiza, gestão de comissões técnicas com as partes interessadas que assessoram o IPAC. Pág. 5 de 13

2 M E I O S E R E C U R S O S 2.1 Estrutura organizacional O IPAC possui uma estrutura simplificada, em que os serviços de apoio são prestados pelo IPQ, conforme estabelecido legalmente (DL 125/2004 de 31 de maio). O IPAC é dirigido por um Diretor, assistido por um Conselho Administrativo Director composto pelos Coordenadores Conselho Administrativo Operacionais. Estes Comissão coordenam as atividades de Gestão da Consultiva acreditação no seu sector, e Qualidade o trabalho dos Gestores de Comissão de Recursos Processo. Existe uma unidade para as tarefas de Desenvolvimento desenvolvimento e apoio e Apoio Técnico técnico, bem como para a gestão da qualidade. O Comissões de Gestão trabalho é apoiado por um Secretariado (Bolsa de Auditores, etc.) secretariado, e por comissões de gestão Coordenação Operacional [Laboratórios, Certificação e Inspecção] internas. O IPAC possui uma Comissão Consultiva, representativa das partes interessadas, com Comissões Técnicas e fins de supervisão da sua Grupos de imparcialidade e Gestão de Processos Trabalho aconselhamento estratégico. Ligada a esta funciona a Comissão de Recursos que aprecia os recursos às decisões de acreditação do IPAC. O IPAC recorre ainda a Comissões Técnicas e Grupos de Trabalho tendo em vista aceder a peritos e especialistas nas matérias de avaliação da conformidade, discutir temas e assuntos relacionados com a atividade de acreditação, e harmonizar práticas e procedimentos de acreditação. Pág. 6 de 13

2.2 Recursos Humanos 2.2.1 Mapa de Postos de Trabalho O Mapa de Postos de Trabalho para (ver resumo abaixo) mantém inalterados os recursos humanos previstos no Mapa de Postos de Trabalho de 2009, em consonância com o enquadramento legal, orçamental e político existente. Atribuições / Competências/Atividades Cargo/carreira/categoria Nº postos de trabalho Direção superior de grau 1 Diretor 1 Coordenação Operacional Coordenador Operacional 2 Secretariado Técnico Assistente Técnico 3 Gestão de Desenvolvimento Técnico Técnico Superior 1 Gestão da Qualidade Técnico Superior 1 Gestão de Processos de Acreditação (Dominante: Laboratórios) Gestão de Processos de Acreditação (Dominante: Organismos de Certificação) Gestão de Processos de Acreditação (Dominante: Organismos de Inspeção) Técnico Superior 10 Técnico Superior 3 Técnico Superior 4 TOTAL: 25 À data de 31 de dezembro de 2011, o IPAC tinha terminado procedimentos concursais que visavam suprir 22 postos de trabalho (além do Diretor), tendo sido preenchidos 22 postos de trabalho, encontrando-se um procedimento concursal por concluir, por determinação superior. Porém, os atuais recursos ainda não permitem obter os mesmos rácios entre clientes e postos de trabalho daqueles exibidos pelos homólogos do IPAC - conforme se observa no quadro ao lado. Desta forma, o preenchimento do Mapa de Postos de Trabalho irá aumentar os recursos humanos disponíveis à execução da sua missão, permitindo fornecer serviços equivalentes aos dos seus homólogos, sobretudo em tempo e capacidade de resposta, o que permitirá incrementar a competitividade internacional das entidades acreditadas pelo IPAC. 2.2.2 Recursos externos O IPAC recorre a uma Bolsa de Avaliadores, para realizar as avaliações das entidades acreditadas e candidatas à acreditação. O processo de qualificação como avaliador exige a frequência de ações específicas promovidas pelo IPAC e uma avaliação de desempenho inicial positiva; para a manutenção da qualificação é tida em conta a frequência de ações de atualização e harmonização, bem como o resultado da avaliação dos registos de avaliação, da avaliação do desempenho feitas pelos clientes, e de supervisões de avaliações pelo IPAC. 2.2.3 Serviços de apoio BENCHMARK Conforme previsto no Decreto-Lei nº125/2004 de 31 de maio, o IPAC contratou ao IPQ a prestação de serviços de apoio, nomeadamente na área financeira, informática, recursos humanos e logística. Por este motivo, o IPAC não tem pessoal afeto a estas atividades. Irlanda Grécia Bélgica Holanda Brasil IPAC 2010 IPAC 2011 Espanha Pessoal 11 19 21 52 87 21 22 61 Clientes 123 279 294 551 614 730 780 817 Clientes/Pessoal 11 15 14 11 7 35 35 13 Pág. 7 de 13

2.3 Recursos Económicos O IPAC tem vindo a aumentar a sua atividade operacional desde a sua criação (ver 1.3 ), o que justifica que tenha aumentado o seu orçamento correspondentemente. Despesa Orçamentado Receita Orçamentado Executado Executado 6.000.000 5.000.000 4.000.000 3.000.000 2.000.000 1.000.000 0 2011 6.000.000 5.000.000 4.000.000 3.000.000 2.000.000 1.000.000 0 2011 Pela análise da execução da receita e despesa passadas, conclui-se que o IPAC tem cumprido sempre os orçamentos que apresenta de modo rigoroso, com resultados positivos. Realça-se que o IPAC desenvolve as suas atividades apenas com recurso a receitas próprias, Auto-Financiamento, tal como continua a ser apresentado no Orçamento de Funcionamento para. A proposta de Orçamento de Funcionamento para prevê um aumento ligeiro do mesmo face ao crescimento operacional já verificado em 2011, que induz as receitas e as principais despesas. O saldo verificado em 2011 resulta do desfasamento do ciclo de vida operacional e financeiro, do inusitado aumento de atividade operacional, e das restrições orçamentais impostas à despesa. Note-se que o Regulamento (CE) nº 765/2008 do Parlamento Europeu e do Conselho de 9 julho de 2008 estabelece ser uma obrigação de cada Estado-Membro garantir que o organismo nacional de acreditação possui os recursos humanos e financeiros necessários, em especial no que respeita às atividades desenvolvidas para suportar políticas estatais e que não sejam autofinanciadas. Pág. 8 de 13

2.4 Recursos Materiais Tendo o IPAC sido criado em 2004, com sede no concelho de Almada, e ficado legalmente estabelecida a prestação de serviços de apoio pelo IPQ, incluindo a utilização das suas instalações, não houve necessidade de constituir património significativo para a operacionalização imediata. Por outro lado, tendo no passado sido discutida a externalização do IPAC, optou-se pela não constituição de património. 2.4.1 Instalações O IPAC está sedeado no Monte de Caparica, nas instalações do IPQ sitas na Rua António Gião, ocupando a ala nascente do 5ºpiso, no edifício central, ao abrigo de um contrato de prestação de serviço entre o IPAC e o IPQ. 2.4.2 Sistema informático Para gerir a atividade de acreditação o IPAC desenvolveu um sistema informático onde regista as informações relevantes dos seus processos, e que permite o planeamento de um vasto conjunto de avaliações e atividades, bem como visualizar os resultados das mesmas. Este sistema de gestão está suportado em bases de dados mantidas internamente. A gestão financeira e de recursos humanos são também suportadas em ferramentas informáticas, a cargo do IPQ, conforme estabelecido legalmente. O IPAC criou e mantém uma página eletrónica (www.ipac.pt) com vista a melhorar o acesso à informação por parte dos clientes e partes interessadas, bem como divulgar e publicitar as suas atividades e as listas de entidades acreditadas. O IPAC tem em curso a implementação de um novo sistema informático que permitirá modernizar o seu funcionamento, com benefícios para os utentes na consulta de informações. 2.4.3 Arquivo Para além do sistema informático, o IPAC mantém um arquivo físico das suas atividades, incluindo pastas para cada processo de acreditação. Estes arquivos são obrigatórios para demonstrar perante terceiros o rigor do trabalho do IPAC, e justificar a sua atuação. Pág. 9 de 13

2.5 Sistema de Gestão O IPAC para ser reconhecido internacionalmente tem de cumprir os requisitos da norma ISO/IEC 17011, que preconiza a implementação de um sistema de gestão, com vários elementos, dos quais se destacam os apresentados abaixo. 2.5.1 Política da Qualidade É objetivo do IPAC contribuir para a melhoria da competitividade da economia e da qualidade de vida da sociedade portuguesa, através da prestação de serviços de acreditação no âmbito regulamentar e voluntário, nacional e internacionalmente reconhecidos, e geradores de valor para os seus clientes e partes interessadas. Para tal, considera-se necessário implementar e melhorar continuamente o seu Sistema de Gestão e a sua atuação de acordo com a ISO/IEC 17011, tendo em conta a satisfação das expectativas dos seus clientes e das partes interessadas. O Diretor compromete-se a disponibilizar os meios e recursos necessários para alcançar os objetivos enunciados, e incita e responsabiliza todos os colaboradores a implementarem o Sistema de Gestão, reportando sempre a necessidade de o melhorar. Reconhece-se ao Gestor da Qualidade a autoridade para coordenar esta implementação e melhoria, em articulação direta com o Diretor. 2.5.2 Sistema Documental Para apoiar a implementação do sistema de gestão, foram elaborados diversos documentos e procedimentos, centrados num Manual da Qualidade. O sistema documental encontra-se totalmente suportado e controlado informaticamente, sendo visualizado por todos os colaboradores internos, e parcialmente pelos colaboradores externos. 2.5.3 Controle dos processos O IPAC implementou um sistema de controlo operacional através de bases de dados, que lhe permite planear, monitorizar e rever a sua atividade operacional, tendo criado um sistema de indicadores de gestão. 2.5.4 Formação de colaboradores O IPAC estabelece anualmente planos de formação, quer para os colaboradores internos, quer para os colaboradores externos. 2.5.5 Melhoria contínua A gestão das reclamações fornece orientações valiosas, abrangendo quer a atuação do IPAC, quer a atuação das entidades acreditadas. O IPAC tem por política considerar as reclamações como oportunidades de melhoria, pelo que agradece o contributo prestado por esta via. O IPAC monitoriza ainda o tratamento de reclamações sobre empresas com certificação acreditada, através dos organismos de certificação respetivos. 2.5.6 Auditorias Internas O sistema de gestão do IPAC abrange a realização de auditorias internas como forma de autoavaliação e melhoria, com ações globais, parciais e verticais. 2.5.7 Revisão pela Gestão O sistema de gestão prevê ainda a realização de revisões pela Direção, como ferramenta global de controlo do sistema e das atividades. Pág. 10 de 13

3 O B J E T I V O S E P L A N E A M E N T O 3.1 Objetivos Estratégicos para Tendo em conta, a missão que lhe foi atribuída, a visão estabelecida, e o enquadramento de recursos humanos e financeiros para, estabelecem-se os seguintes objetivos estratégicos para, semelhantes aos de 2010 e 2011, mantendo a linha estratégica plurianual já definida. OE1 OE2 OE3 Quadro 1 - Objetivos Estratégicos para Garantir o cumprimento por parte do IPAC do Regulamento (CE) nº 765/2008 do Parlamento Europeu e do Conselho de 9 julho de 2008 Melhorar a eficiência e qualidade dos serviços de acreditação prestados, de forma a contribuir para o aumento da competitividade da economia e a melhoria da qualidade de vida Promover a imagem do IPAC, da acreditação e dos organismos acreditados pelo IPAC a nível nacional e internacional Pág. 11 de 13

3.2 Plano de Atividades para Face aos objetivos estratégicos estabelecidos no Quadro 1, desenvolveu-se o Plano de Atividades abaixo. Os objetivos operacionais podem necessitar de ser revistos, face a um novo enquadramento legal para o IPAC com a publicação da nova lei orgânica. São usadas as seguintes abreviaturas: DI = Direção; GD = Gestão de Desenvolvimento; GQ = Gestão da Qualidade; CO = Coordenação Operacional; Quadro 2 Atividades para Nº Atividades/Ações Indicador/ Métrica Valor 2011 Meta Responsável OE1 - Garantir o cumprimento por parte do IPAC do Regulamento (CE) nº 765/2008 do Parlamento Europeu e do Conselho de 9 julho de 2008 1.1 Cumprir as disposições para ser signatário do acordo EA MLA Ter sucesso na avaliação pelos pares e manter acordos subscritos 6 (100%) 6 (100%) RH afetos DI 25 OE2 - Melhorar a eficiência e qualidade dos serviços de acreditação prestados, de forma a contribuir para o aumento da competitividade da economia e a melhoria da qualidade de vida. 2.1 Atualizar e melhorar o sistema de gestão Atualizar a documentação de referência (DRCs) 12,5% 75% DI, CO, GQ 5 2.2 Identificar e satisfazer as necessidades de formação dos colaboradores internos 2.3 Satisfazer as necessidades de harmonização e formação de avaliadores 2.4 Melhorar o sistema de gestão de informação do IPAC 2.5 Melhorar o cumprimento do Plano Anual de Avaliações 2.6 Melhorar o tempo de fecho de processos 2.7 Melhorar o tempo de fecho de processos % Cumprimento do Plano de Formação % Cumprimento das ações planeadas % Implementação do Relatório Eletrónico % Cumprimento do Plano % processos fechados em 6 meses % processos fechados em 10 meses 80% 80% DI, GQ, CO 25 100% 100% CO, GQ 22 0% 85% GD, CO 22 99% 98%* CO 25 57% 55%* CO 25 85% 81%* CO 25 Pág. 12 de 13

Quadro 2 Atividades para Nº Atividades/Ações Indicador/ Métrica 2.8 Melhorar o tempo de emissão e envio de Certificados e Anexos Técnicos após a decisão 2.9 Modernizar e agilizar os mecanismos de processamento de informação 2.10 Promover a satisfação dos clientes com os serviços prestados pelo IPAC % Anexos Técnicos Eletrónicos disponibilizados no prazo de 10 dias úteis após a decisão % Disponibilizar o mecanismo de processamento eletrónico da gestão de processos Manter nível de satisfação de clientes Valor 2011 Meta Responsável RH afetos 93% 95% CO, DI 18 0% 100% GD, CO 4 15,1 15,1* DI, GQ, GD, CO * As metas dos indicadores 2.5, 2.6, 2.7 e 2.10 correspondem aos objetivos de superação de 2011, o que conjugado com o aumento em 20% de atividades operacionais (até final de 2011) sem aumento de recursos humanos, se tornam metas de eficiência difíceis e realistas. OE3 - Promover a imagem do IPAC, da acreditação e dos organismos acreditados pelo IPAC a nível nacional e internacional 4.1 Ocupar posições estratégicas na gestão da EA Manter presidência do Comité de Certificação 100% 100% DI 1 25 4.2 Influenciar as estruturas e atividades internacionais de acreditação % Documentos EA, ILAC e IAF comentados e votados 68% 75% DI, CO, GD 4 4.3 Promover acreditação junto de autoridades nacionais Realizar ação de divulgação junto dos principais reguladores 0% 100% DI, CO, GD 4 4.4 Divulgar a nível nacional as vantagens da acreditação e dos organismos acreditados Realização do Dia da Acreditação 0% 100% DI, CO, GP 25 Pág. 13 de 13