LEONARDO GARCIA MARCELO UZEDA DE FARIA EXECUÇÃO PENAL

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EXCELENTÍSSIMA SENHORA MINISTRA RELATORA DA QUINTA TURMA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Transcrição:

31 Coleção LEIS ESPECIAIS para concursos Dicas para realização de provas com questões de concursos e jurisprudência do STF e STJ inseridas artigo por artigo Coordenação: LEONARDO GARCIA MARCELO UZEDA DE FARIA EXECUÇÃO PENAL Lei 7.210/1984 6ª edição revista,atualizada e ampliada 2018

Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984 TÍTULO I Do Objeto e da Aplicação da Lei de Execução Penal Art. 1º A execução penal tem por objetivo efetivar as disposições de sentença ou decisão criminal e proporcionar condições para a harmônica integração social do condenado e do internado. 1. CONCEITO. A execução penal é a fase do processo penal em que o estado faz valer a sua pretensão puni va ora conver da em pretensão executória. Insere-se também nesse conceito a execução das medidas de segurança aplicadas aos inimputáveis (sentença absolutória imprópria) ou aos semi-imputáveis que verem suas penas subs tu das nos termos do ar go do ódigo enal. Regras de Mandela Regra 4 1. Os obje vos de uma sentença de encarceramento ou de medida similar restri va de liberdade são prioritariamente de proteger a sociedade contra a criminalidade e de reduzir a reincidência. Tais propósitos só podem ser alcançados se o per odo de encarceramento for u lizado para assegurar na medida do poss vel a reintegração de tais indiv duos sociedade após sua soltura para que possam levar uma vida autossu ciente com respeito s leis.. ara esse m as administraç es prisionais e demais autoridades competentes devem oferecer educação formação pro ssional e trabalho bem como outras formas de assistência apropriadas e dispon veis inclusive aquelas de natureza reparadora moral espiritual social espor va e de sa de. Tais programas a vidades e serviços devem ser oferecidos em consonância com as necessidades individuais de tratamento dos presos. (...)

Art. 1º EXECUÇÃO PENAL Marcelo Uzeda de Faria O tratamento de presos sentenciados ao encarceramento ou a medida nos presos a vontade de levar uma vida de acordo com a lei e autos- seu senso de responsabilidade e autorrespeito. - to de seu caráter moral. Tudo isso deve ser feito de acordo com as tes a ele mencionados no parágrafo 1 desta Regra. Esses relatórios e demais documentos relevantes devem ser postos em um arquivo que houver necessidade. Aplicação em concurso: SEJUS-ES. Agente de Escolta e Vigilância Penitenciário. 2013- VUNESP A A e da medida de segurança. B dade para orientar a individualização da execução penal. Eleitoral ou Militar. Dnado e do internado. E sentença ou pela lei. 18

Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984 Art. 2º SEAP/ES. Agente Penitenciário. 2009 CESPE. Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). 2. NATUREZA JURÍDICA. Trata-se preponderantemente de processo ju- 3. AUTONOMIA. 4. PRESSUPOSTO. A existência de uma sentença penal condenatória tran- ponha medida de segurança. mesmo que não tenha ocorrido o trânsito em julgado da sentença. Ou- Art. 2º A jurisdição penal dos Juízes ou Tribunais da Justiça ordinária, em todo o Território Nacional, será exercida, no processo de execução, na conformidade desta Lei e do Código de Processo Penal. 1. JURISDIÇÃO COMUM. - 2. APLICAÇÃO DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL NA EXECUÇÃO. A apli- - posterior. 19

Art. 2º EXECUÇÃO PENAL Marcelo Uzeda de Faria Parágrafo único. Esta Lei aplicar-se-á igualmente ao preso provisório e ao condenado pela Justiça Eleitoral ou Militar, quando recolhido a estabelecimento sujeito à jurisdição ordinária. 1. EXECUÇÃO PROVISÓRIA. Até bem pouco tempo, - ressalvada a hipótese de prisão cautelar do réu, desde que presentes os requisitos autorizadores previstos no art. 312, do CPP, violaria o princípio da presunção de inocência sem a demonstração dos requisitos cautelares caracterizaria constran- réu preso cautelarmente, presentes os pressupostos que autorizavam a prisão preven va, In orma vo do ST (an ga orientação) In orma vo 7 4, 2 Turma. Princípio da não-culpabilidade e e ecução da pena O ende o princípio da não-culpabilidade a determinação de e ecução imediata de pena priva va de liberdade imposta, quando ainda pendente de julgamento recurso e traordinário admi do na origem. HC 122 92/PR, rel. Min. Ricardo Le ando s i, 12.8.2014. Jurisprudência do STJ (an ga orientação) - execução provisória da pena. Tratando-se de réu que respondeu ao processo em liberdade por - ilegal quando o Tribunal impetrado ordena a prisão cautelar antes do 20

Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984 Art. 2º - porquanto se limitou a determinar a expedição de mandado de prisão HC n. 84.078/MG - gram uma rebeldia estéril a uma necessária divisão de competências Habeas corpus concedido para que o paciente possa aguardar 21

Art. 2º EXECUÇÃO PENAL Marcelo Uzeda de Faria mudança de entendimento ordem no Habeas Corpus nº 126292/SP maioria a possibilidade de início da e ecução da pena após a con rmação da sentença em segundo grau não o enderia o princípio cons tucional da presunção da inocência. até que seja prolatada a sentença penal, con rmada em segundo grau, deve-se presumir a inocência do réu. Mas, após esse momento, e aure-se o princípio da não culpabilidade, até porque os recursos cabíveis da decisão de segundo grau, ao STJ ou ST, não se prestam a discu r atos e provas, mas apenas matéria de direito instâncias ordinárias é que se exaure a possibilidade de exame dos fatos criminal do acusado. - Jurisprudência do ST (nova orientação) ção provisória de acórdão penal condenatório proferido em grau de - - - 22

Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984 Art. 2º - - - - Tribunal assentou que a execução provisória de acórdão penal conde- - de atribuir efeito suspensivo aos recursos especial e extraordinário - 23

Art. 2º EXECUÇÃO PENAL Marcelo Uzeda de Faria desses tribunais cortes revisoras universais. Isso afasta a pretensão ou quarta chance para a revisão de um pronunciamento jurisdicional com o qual o sucumbente não se conforma e considera injusto. O - - - 24

Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984 Art. 2º - vam que a presunção de inocência exige que o réu seja tratado como o relevante papel de uniformizar a aplicação da lei federal nacional- - provisória da pena - sória da pena habeas corpus ou atribuindo-se efeito suspensivo a eventual recurso writ tal como ilegal a determinação de imediata expedição de mandado de prisão 25

Art. 2º EXECUÇÃO PENAL Marcelo Uzeda de Faria prolação de acórdão em segundo grau de jurisdição e antes do trân- controvérsia analisar hipótese de exceção ao entendimento trazido provisória da pena após a prolação de acórdão de segundo grau e antes do trânsito em julgado da condenação. De acordo com o ho- - - de execução das penas impostas. Não se olvida que os embargos de declaração não possuem efeito suspensivo e apenas interrompem o existe a possibilidade de atribuir efeito infringente aos aclaratórios. - Jurisprudência do STJ (nova orientação) A execução provisória de acórdão penal condenatório proferido em - 26