REVISÃO E ATUALIZAÇÃO OAB DIREITO PROCESSUAL PENAL
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- Bárbara Delgado Fagundes
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1 REVISÃO E ATUALIZAÇÃO OAB DIREITO PROCESSUAL PENAL PÁGINA ONDE SE LÊ LEIA-SE 704 Causas de rejeição (art. 395 do CPP): a peça acusatória será rejeitada quando Causas de rejeição (art. 395 do CPP): a peça acusatória será rejeitada quando for manifestamente inepta; faltar for manifestamente inepta; faltar pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal; ou faltar justa causa para o exercício da ação penal. pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal; ou faltar justa causa para o exercício da ação penal. No momento da denúncia, prevalece o princípio do in dubio pro societate. STF. 1ª Turma. Inq 4506/DF, rel. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Roberto Barroso, julgado em 17/04/2018 (Info 898) As normas da Constituição de 1988 que estabelecem as hipóteses de foro por prerrogativa de função devem ser interpretadas restritivamente, aplicando-se apenas aos crimes que tenham sido praticados durante o exercício do cargo e em razão dele. Assim, por exemplo, se o crime foi praticado antes de o indivíduo ser diplomado como Deputado Federal, não se justifica a competência do STF, devendo ele ser julgado pela 1ª instância, mesmo ocupando cargo de parlamentar federal. Além disso, mesmo que o crime tenha sido cometido após a investidura no mandato, se o delito não apresentar relação direta com as funções exercidas, também não haverá foro privilegiado. Foi fixada, portanto, a seguinte tese: O foro por prerrogativa de função aplica-se apenas aos crimes cometidos durante o exercício do cargo e relacionados às funções desempenhadas. Após o final da instrução processual, com a publicação do despacho de intimação para apresentação de alegações finais, a competência para processar e julgar ações penais não será mais afetada em 1
2 razão de o agente público vir a ocupar outro cargo ou deixar o cargo que ocupada, qualquer que seja o motivo. STF. Plenário. AP 937 QO/RJ, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 03/05/ PRINCÍPIOS DAS NULIDADES Princípio do prejuízo (pas de nullité sans grief). Nenhum ato será declarado nulo se da nulidade não resultar prejuízo para a acusação ou para a defesa (art. 563 do CPP). Nesse sentido, para que seja declarada a nulidade de um ato, além da constatação de sua imperfeição com o modelo legal, deve estar presente o prejuízo. Princípio da instrumentalidade das formas (economia processual). Segundo este princípio não será declarada a nulidade de ato processual que não houver influído na apuração da verdade substancial ou na decisão da causa (art. 566 do CPP). 762 b) Cabimento De acordo com o art. 318 do CPP, poderá o juiz substituir a prisão preventiva O foro por prerrogativa de função no caso de Governadores e Conselheiros de Tribunais de Contas dos Estados deve ficar restrito aos fatos ocorridos durante o exercício do cargo e em razão deste. Assim, o STJ é competente para julgar os crimes praticados pelos Governadores e pelos Conselheiros de Tribunais de Contas somente se estes delitos tiverem sido praticados durante o exercício do cargo e em razão deste. STJ. Corte Especial. APn 857/DF, Rel. para acórdão Min. João Otávio de Noronha, julgado em 20/06/2018. STJ. Corte Especial. APn 866/DF, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 20/06/ PRINCÍPIOS DAS NULIDADES Princípio do prejuízo (pas de nullité sans grief). Nenhum ato será declarado nulo se da nulidade não resultar prejuízo para a acusação ou para a defesa (art. 563 do CPP). Nesse sentido, para que seja declarada a nulidade de um ato, além da constatação de sua imperfeição com o modelo legal, deve estar presente o prejuízo. Mesmo havendo inversão na ordem de apresentação das alegações finais, não haverá nulidade se não ficou demonstrado que houve prejuízo à defesa. STF. 1ª Turma. AP 968/SP, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 22/5/2018 (Info 903). Princípio da instrumentalidade das formas (economia processual). Segundo este princípio não será declarada a nulidade de ato processual que não houver influído na apuração da verdade substancial ou na decisão da causa (art. 566 do CPP). b) Cabimento De acordo com o art. 318 do CPP, poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for: 2
3 pela domiciliar quando o agente for: I - maior de 80 (oitenta) anos; II - extremamente debilitado por motivo de doença grave; III - imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos de idade ou com deficiência; IV - gestante a partir do 7º (sétimo) mês de gravidez ou sendo esta de alto risco. 762 c) Prova das hipóteses de cabimento Para a substituição, o juiz exigirá prova idônea dos requisitos estabelecidos no art. 318 do CPP (parágrafo único) LIBERDADE PROVISÓRIA I - maior de 80 (oitenta) anos; II - extremamente debilitado por motivo de doença grave; III - imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos de idade ou com deficiência; IV - gestante; V - mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos; VI - homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos. c) Prova das hipóteses de cabimento Para a substituição, o juiz exigirá prova idônea dos requisitos estabelecidos no art. 318 do CPP (parágrafo único). O art. 318, II, do CPP é chamado de prisão domiciliar humanitária. Em um caso concreto, o STF entendeu que deveria conceder prisão humanitária ao réu tendo em vista o alto risco de saúde, a grande possibilidade de desenvolver infecções no cárcere e a impossibilidade de tratamento médico adequado na unidade prisional ou em estabelecimento hospitalar tudo demostrado satisfatoriamente no laudo pericial. Considerou-se que a concessão da medida era necessária para preservar a integridade física e moral do paciente, em respeito à dignidade da pessoa humana (art. 1º, III, da CF). STF. 2ª Turma. HC /DF, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 27/3/2018 (Info 895) LIBERDADE PROVISÓRIA 781 Isso se justifica pelo fato de que o acusado se defende do fato criminoso que lhe é imputado e não, especificamente, do tipo penal em que sua conduta é classificada na peça inicial. Estando devidamente descritos os fatos e circunstâncias, podem ser reconhecidas, embora não expressas na denúncia ou queixa, qualificadoras e majorantes, acarretando elevação na dosimetria da pena. Pode também o juiz condenar o réu por outro crime descrito na exordial, sem que haja específica capitulação MUTATIO LIBELLI Isso se justifica pelo fato de que o acusado se defende do fato criminoso que lhe é imputado e não, especificamente, do tipo penal em que sua conduta é classificada na peça inicial. Estando devidamente descritos os fatos e circunstâncias, podem ser reconhecidas, embora não expressas na denúncia ou queixa, qualificadoras e majorantes, acarretando elevação na dosimetria da pena. Pode também o juiz condenar o réu por outro crime descrito na exordial, sem que haja específica capitulação. (...) Nos termos do art. 383, do Código de Processo Penal, emendatio libelli consiste na atribuição de definição 3
4 jurídica diversa ao arcabouço fático descrito na inicial acusatória, ainda que isso implique agravamento da situação jurídica do réu, mantendo-se, contudo, intocada a correlação fática entre acusação e sentença, afinal, o réu defende-se dos fatos no processo penal. O momento adequado à realização da emendatio libelli pelo órgão jurisdicional é o momento de proferir sentença, haja vista que o Parquet é o titular da ação penal, a quem se atribui o poder-dever da capitulação jurídica do fato imputado. Como corolário da devolutividade recursal vertical ampla, inerente à apelação, desde que a matéria tenha sido devolvida em extensão, plenamente possível ao Tribunal realizar emendatio libelli para a correta aplicação da hipótese de incidência, desde que dentro da matéria devolvida e não implique reformatio in pejus, caso haja recurso exclusivo da defesa. (...) STJ. 5ª Turma. HC /SP, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 13/03/ MUTATIO LIBELLI 783 Na contagem do prazo, no processo penal, não se computa o dia do começo (inicia-se sempre no primeiro dia útil seguinte), incluindo-se, entretanto, o dia do vencimento, conforme o disposto no art. 798, 1º, do CPP. Súmulas importantes: 785 Obs.: Em regime de repercussão geral, fica reafirmada a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal no sentido de que a execução provisória de acórdão penal condenatório proferido em grau recursal, ainda que sujeito a recurso especial ou extraordinário, não compromete o princípio constitucional da Na contagem do prazo, no processo penal, não se computa o dia do começo (inicia-se sempre no primeiro dia útil seguinte), incluindo-se, entretanto, o dia do vencimento, conforme o disposto no art. 798, 1º, do CPP. Não é extemporâneo recurso interposto antes da publicação do acórdão. Sob o ângulo da oportunidade, a publicação do acórdão impugnado é elemento neutro, podendo a parte, ciente da decisão proferida, protocolar o recurso. Assim por exemplo, admite-se a interposição de embargos declaratórios oferecidos antes da publicação do acórdão embargado e dentro do prazo recursal. STF. 1ª Turma. HC , Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 10/4/2018 (Info 897). Súmulas importantes: Obs.: Em regime de repercussão geral, fica reafirmada a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal no sentido de que a execução provisória de acórdão penal condenatório proferido em grau recursal, ainda que sujeito a recurso especial ou extraordinário, não compromete o princípio constitucional da 4
5 presunção de inocência afirmado pelo artigo 5º, inciso LVII, da Constituição Federal (STF, Pleno, ARE RG/SP, j. 10/11/2016). Extensivo: encontra previsão no art. 580 do CPP. No caso de concurso de agentes, a decisão do recurso interposto por um dos réus, se fundado em motivos que não sejam de caráter exclusivamente pessoal, aproveitarão aos demais. presunção de inocência afirmado pelo artigo 5º, inciso LVII, da Constituição Federal (STF, Pleno, ARE RG/SP, j. 10/11/2016). Súmula 604, STJ: O mandado de segurança não se presta para atribuir efeito suspensivo a recurso criminal interposto pelo Ministério Público. Extensivo: encontra previsão no art. 580 do CPP. No caso de concurso de agentes, a decisão do recurso interposto por um dos réus, se fundado em motivos que não sejam de caráter exclusivamente pessoal, aproveitarão aos demais. 5
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