Cursos Técnicos Profissionalizantes de Nível Médio para a Área de Informática



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Transcrição:

CAPÍTULO 9 Cursos Técnicos Profissionalizantes de Nível Médio para a Área de Informática Apresentação Com base em metodologia desenvolvida pelo Observatório SOFTEX, busca-se conhecer o Sistema de Educação de Ensino Médio, mais especificamente os Cursos Técnicos Profissionalizantes direcionados para a área de Informática. Utilizam-se bases de dados fornecidas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais do Ministério da Educação (INEP/MEC), referentes ao período 2004 a 2010. Conforme o Decreto 5.154/2004, a articulação entre Educação Profissional Técnica de Nível Médio e o Ensino Médio poderá ocorrer nas seguintes formas: Integrada: cada aluno realiza uma única matrícula, inscrevendo-se simultaneamente no ensino médio e na educação profissional. O curso integrado é oferecido por uma mesma instituição de ensino; Concomitante: o aluno realiza matrículas separadas para os cursos de educação profissional e de ensino médio. Os cursos são realizados de modo simultâneo, não necessariamente na mesma instituição de ensino; Subsequente: a Educação Profissional Técnica ocorre após a finalização do Ensino Médio. Em virtude de alterações na organização dos cursos pelo MEC, há variações importantes nas nomenclaturas utilizadas. Nos anos 2004 a 2008, os cursos foram organizados considerando-se a lógica das áreas profissionais. Com a Resolução CNE/CEB (Conselho Nacional de Educação/Câmara de Educação Básica) 11/2008, criaram-se eixos tecnológicos, tendo como lógica o conhecimento e a inovação tecnológica. Essa mudança explica a redução significativa na quantidade de áreas de cursos apresentadas no Quadro 9.1. O quadro apresenta as áreas de cursos de nível médio-profissionalizantes, oferecidas pelas instituições de ensino nas formas integrada, concomitante ou subsequente, enquadradas pelo Observatório SOFTEX na categoria Informática. Na seção Notas Metodológicas, são fornecidas informações adicionais sobre a metodologia de classificação de cursos de nível médio-profissionalizantes adotada pelo MEC. 200 Software e Serviços de TI: A Indústria Brasileira em Perspectiva :..::.

Parte 3.:..:::.. Capacitação e Competências para o Setor de Software e Serviços de TI Quadro 9.1 - Mapa das áreas de cursos técnicos profissinalizantes de nível médio enquadradas pelo Observatório SOFTEX na categoria Informática Brasil, período 2004-2008 e período 2009-2010 Período Áreas de cursos código e título 2004-2008 1201001 - Administração de redes de computadores; 1201002 - Computação gráfi ca 1201003 - CTI - desenvolvimento de sistema; 1201004 - CTI - desenvolvimento de software; 1201005 - CTI - suporte ao usuário; 1201006 - Desenvolvimento de programas; 1201007 - Desenvolvimento de sistemas; 1201008 - Desenvolvimento de software; 1201009 - Editoração eletrônica e web design; 1201010 - Gerência de redes de computadores; 1201011 - Hardware e cabeamento de redes; 1201012 - Informática; 1201013 - Informática - configuração de redes; 1201014 - Informática - editoração; 1201015 - Informática - programação comercial; 1201016 - Informática com ênfase em automação; 1201017 - Informática com habilitação em programação; 1201018 - Informática empresarial; 1201019 - Informática ênfase web design; 1201020 - Informática industrial; 1201021 - Manutenção de componentes periféricos; 1201022 - Manutenção de controles automáticos; 1201023 - Manutenção de equipamentos de informática; 1201024 - Manutenção e programação de microcomputadores; 1201025 - Operação e manutenção de microcomputadores; 1201026 - Processamento de dados; 1201027 - Programação de computadores; 1201028 - Projeto e administração de redes; 1201029 - Redes de computação; 1201030 - Sistema de Internet e intranet; 1201031 - Sistemas de informação; 1201033 - Web design e web developer 2009-2010 6073 - Técnico em informática; 6074 - Técnico em informática para a Internet; 6075 - Técnico em manutenção e suporte em informática; 6076 - Técnico em programação de jogos digitais; 6077 - Técnico em redes de computadores Fonte: Observatório SOFTEX, a partir de seleção própria, considerando catálogo de cursos técnicos profissionalizantes de nível médio do INEP/MEC. Número de Cursos Em 2010, existiam 1.307 cursos técnicos profissionalizantes na área de Informática sendo ofertados por instituições de ensino de nível médio. A quantidade de cursos variou ao longo dos anos. Após um período de queda na oferta, percebe-se crescimento a partir de 2007. Para o período 2004 a 2010, a taxa média de crescimento do número de cursos foi de 3,7% a.a. (Figura 9.1). Figura 9.1 - Número de cursos técnicos profissionalizantes de nível médio na área de Informática Brasil, período 2004-2010 1.052 984 1.102 888 1.009 1.133 1.307 Taxa média de crescimento (período 2004 a 2010): 3,7% ao ano Aumenta de modo expressivo a participação de cursos ofertados por instituições públicas. Como mostrado na Figura 9.2, em 2004, a participação dos cursos públicos era de apenas 24,2% do total. Em 2010, chegou a 40,0%..::..: Software e Serviços de TI: A Indústria Brasileira em Perspectiva 201

Capítulo 9.::.:.: Cursos Técnicos Profissionalizantes de Nível Médio para a Área de Informática Esse aumento da participação dos cursos públicos no total deve-se, em grande parte, ao crescimento muito expressivo da oferta (média de 12,7% a.a.). Ocorre, também, em virtude da redução do número de cursos oferecidos pelas instituições de ensino privadas (-0,3% a.a.). O comportamento inverso das curvas é indício de que a ampliação da atuação pública no ensino médio profissionalizante inibiu a presença das instituições de ensino privadas. Figura 9.2 - Número de cursos técnicos profissionalizantes de nível médio na área de Informática, considerando categoria administrativa da instituição de ensino ofertante Brasil, período 2004-2010 Privada Pública 797 784 (75,8%) (60,0%) 716 759 544 554 566 255 268 (24,2%) 343 344 455 567 523 (40,0%) O crescimento da oferta de cursos técnicos profissionalizantes na área de informática aconteceu, sobretudo, em unidades da federação com vocação recente ou ainda incipiente para as atividades de software e serviços de TI. Destaque especial para Mato Grosso, com média de crescimento do número de cursos, para o período 2004 a 2010, de 50,6% ao ano, Ceará (46,8% a.a.), Piauí (38,3% a.a.) e Roraima (34,8% a.a.) (Tabela 9.1). Em três das seis UFs com presença acentuada da IBSS São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, verificou-se redução da oferta de cursos técnicos. Em São Paulo, a média foi de -2,5% a.a.; no Rio de Janeiro, -5,2% a.a.; e no Rio Grande do Sul, -0,8% a.a. 202 Software e Serviços de TI: A Indústria Brasileira em Perspectiva :..::.

Parte 3.:..:::.. Capacitação e Competências para o Setor de Software e Serviços de TI Tabela 9.1 - Número de cursos técnicos profissionalizantes de nível médio na área de Informática, considerando Unidade da Federação de localização da instituição de ensino ofertante Brasil, período 2004-2010 Unidade da Federação Tx. Méd. Cr. 2010-04 Acre 0 0 0 0 0 1 0 Alagoas 0 0 0 5 4 4 5 Amapá 3 3 3 3 5 6 6 12,2% a.a. Amazonas 5 6 17 15 15 19 24 29,9% a.a. Bahia 5 6 7 16 28 41 15 20,1% a.a. Ceará 7 3 8 10 34 60 70 46,8% a.a. Distrito Federal 7 9 12 7 9 7 8 2,3% a.a. Espírito Santo 8 8 8 22 22 19 36 28,5% a.a. Goiás 14 16 14 13 13 21 21 7,0% a.a. Maranhão 4 5 5 5 11 14 14 23,2% a.a. Mato Grosso 3 4 5 11 15 29 35 50,6% a.a. Mato Grosso do Sul 1 0 0 1 3 7 10 Minas Gerais 99 94 96 71 94 104 135 5,3% a.a. Pará 9 9 11 10 18 22 24 17,8% a.a. Paraíba 11 9 9 7 10 10 15 5,3% a.a. Paraná 39 54 53 50 53 54 105 17,9% a.a. Pernambuco 27 10 9 12 12 11 19-5,7% a.a. Piauí 3 2 4 9 19 19 21 38,3% a.a. Rio de Janeiro 209 194 167 121 142 145 152-5,2% a.a. Rio Grande do Norte 4 4 4 9 9 7 11 18,4% a.a. Rio Grande do Sul 113 111 117 95 100 108 108-0,8% a.a. Rondônia 2 2 0 0 0 2 3 Roraima 1 1 1 1 4 6 6 34,8% a.a. Santa Catarina 26 31 38 31 21 44 61 15,3% a.a. São Paulo 447 400 512 357 358 358 385-2,5% a.a. Sergipe 3 2 2 4 5 6 7 15,2% a.a. Tocantins 2 1 0 3 5 9 11 TOTAL 1.052 984 1.102 888 1.009 1.133 1.307 3,7% a.a. Em decorrência da expansão da oferta de cursos técnicos profissionalizantes de nível médio em nível territorial, a participação das instituições de ensino localizadas na Região Sudeste na quantidade total de cursos oferecidos reduz-se de 72,5%, em 2004, para 54,2%, em 2010 (Figura 9.3).::..: Software e Serviços de TI: A Indústria Brasileira em Perspectiva 203

Capítulo 9.::.:.: Cursos Técnicos Profissionalizantes de Nível Médio para a Área de Informática Figura 9.3 - Distribuição percentual do número de cursos técnicos profissionalizantes de nível médio na área de Informática, considerando Região de localização da instituição de ensino ofertante Brasil, anos 2004 e 2010 Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste 2,4% 2,1% 6,1% 5,7% 5,7% 16,9% 21,0% 13,5% 72,5% 54,2% 1.052 cursos 1.307 cursos Fonte: Observatório SOFTEX, a partir de dados do INEP/MEC, anos 2004 e 2010. Número de Matrículas O número de matrículas em cursos técnicos profissionalizantes para a área de Informática também cresce no período. Em 2004, registraram-se 86.282 matrículas Em 2010, 139.125. O crescimento do número de matrículas não é constante. Verifica-se uma retração importante no período 2005 a 2007, compensada de 2008 em diante (Figura 9.4). Figura 9.4 - Número de matrículas em cursos técnicos profissionalizantes de nível médio na área de Informática Brasil, período 2004-2010 86.282 77.674 75.248 82.662 100.986 117.396 139.125 Taxa média de crescimento (período 2004 a 2010): 8,3% ao ano Na Figura 9.5, apresentam-se as taxas de crescimento do número de matrículas em cursos técnicos profissionalizantes de nível médio para a área de Informática. A quantidade de matrículas cresce a taxas variáveis, com valores negativos para o início da série 2004 a 2010. Para o período como um todo, o crescimento médio do número de matrículas (8,3% a.a.) foi superior ao registrado para o número de cursos (3,7% a.a.). 204 Software e Serviços de TI: A Indústria Brasileira em Perspectiva :..::.

Parte 3.:..:::.. Capacitação e Competências para o Setor de Software e Serviços de TI Figura 9.5 - Taxas de crescimento do número de matrículas em cursos técnicos profissionalizantes de nível médio na área de Informática Brasil, período 2004-2010 22,2% 16,2% 18,5% 9,9% -3,1% -10,0% 2005-04 2006-05 2007-06 2008-07 2009-08 2010-09 Ao longo do período 2004 a 2010, e seguindo tendência já verificada para o número de cursos, as matrículas encontram-se cada vez mais concentradas nas instituições públicas de ensino. Em 2004, elas foram responsáveis por 32,0% do total de matriculados. Em 2010, a sua participação chegou a 65,9%, um avanço significativo (Figura 9.6). Figura 9.6 - Número de matrículas em cursos técnicos profissionalizantes de nível médio na área de Informática, considerando categoria administrativa Brasil, período 2004-2010 Privado Público 91.643 (65,9%) 58.694 (68,0%) 49.177 44.176 44.203 57.432 72.474 27.588 28.497 (32,0%) 31.072 38.459 43.554 44.922 47.482 (34,1%).::..: Software e Serviços de TI: A Indústria Brasileira em Perspectiva 205

Capítulo 9.::.:.: Cursos Técnicos Profissionalizantes de Nível Médio para a Área de Informática O crescimento médio do número de matrículas em instituições privadas de ensino foi negativo (-3,5% a.a.). Nas instituições públicas, elas cresceram, em média, 22,2% a.a. A maioria dos cursos públicos é ofertada por instituições de ensino estaduais (Figura 9.7). Tx. Méd. Cr. Matrículas Figura 9.7 - Número de matrículas em cursos técnicos profissionalizantes de nível médio na área instituições públicas de Informática, considerando tipos de instituição pública de ensino Brasil, período 2004-2010 2010-04 Estadual: 22,6% a.a. Estadual Federal Municipal 59.432 Federal: 23,6% a.a. Municipal: 14,3% a.a. 46.383 Total: 22,2% a.a. 36.484 27.531 26.055 21.357 17.529 18.278 19.960 16.161 12.672 7.294 7.759 6.996 2.765 2.460 2.719 4.000 4.787 6.131 6.156 Como resultado da tendência verificada ao longo do período 2004 a 2010 de expansão da oferta de cursos profissionalizantes pelo território nacional, alcançando unidades da federação que não dispunham, ainda, de cursos técnicos profissionalizantes, observa-se que o aumento das matrículas ocorreu, sobretudo, nas regiões com vocação incipiente para atividades de software e serviços de TI. Nas UFs em que as atividades de software e serviços de TI já tinham presença forte, o crescimento das matrículas foi relativamente baixo. No Estado do Rio de Janeiro observa-se, inclusive, queda significativa do número de matriculados (média de -7,7% a.a.) (Tabela 9.2). 206 Software e Serviços de TI: A Indústria Brasileira em Perspectiva :..::.

Parte 3.:..:::.. Capacitação e Competências para o Setor de Software e Serviços de TI Tabela 9.2 - Número de matrículas em cursos técnicos profissionalizantes de nível médio na área de Informática, considerando Unidade da Federação de localização da instituição de ensino ofertante Brasil, período 2004-2010 Unidade da Federação Tx. Méd. Cr. 2010-04 Acre 0 0 0 0 0 38 0 Alagoas 0 0 0 342 264 407 514 Amapá 443 341 299 553 738 998 1.075 15,9% a.a. Amazonas 830 921 1.736 1.218 2.107 2.122 2.182 17,5% a.a. Bahia 382 485 473 1.430 3.161 5.428 2.316 35,0% a.a. Ceará 373 447 854 999 2.805 6.309 8.462 68,3% a.a. Distrito Federal 1.084 1.011 1.209 865 1.944 2.050 2.148 12,1% a.a. Espírito Santo 701 524 671 1.781 1.930 1.686 2.693 25,1% a.a. Goiás 721 751 788 1.372 971 1.252 1.371 11,3% a.a. Maranhão 540 373 500 270 869 1.042 1.072 12,1% a.a. Mato Grosso 148 234 176 565 821 2.239 3.514 69,5% a.a. Mato Grosso do Sul 8 0 0 60 178 383 635 Minas Gerais 8.639 6.508 6.063 7.129 9.584 10.090 14.803 9,4% a.a. Pará 597 596 685 847 1.342 2.363 3.392 33,6% a.a. Paraíba 593 491 380 318 884 934 1.923 21,7% a.a. Paraná 2.422 3.390 3.952 6.463 6.848 6.613 9.344 25,2% a.a. Pernambuco 1.775 563 1.261 1.224 1.873 1.433 2.812 8,0% a.a. Piauí 159 197 187 1.235 2.695 4.240 4.471 74,4% a.a. Rio de Janeiro 18.713 17.535 14.678 12.031 12.863 12.363 11.576-7,7% a.a. Rio Grande do Norte 237 176 276 1.136 1.487 1.712 2.765 50,6% a.a. Rio Grande do Sul 8.398 8.542 8.662 7.402 8.150 9.000 10.218 3,3% a.a. Rondônia 116 90 0 0 0 121 315 Roraima 104 53 51 102 457 748 885 42,9% a.a. Santa Catarina 1.955 2.389 2.776 2.545 2.466 3.984 5.370 18,3% a.a. São Paulo 36.772 31.474 29.277 31.813 35.315 37.965 42.686 2,5% a.a. Sergipe 247 317 294 527 495 570 810 21,9% a.a. Tocantins 325 266 0 435 739 1.306 1.773 TOTAL 86.282 77.674 75.248 82.662 100.986 117.396 139.125 8,3% a.a. Média de Matrículas por Curso Ao longo do período 2004 a 2010, há crescimento na média de matrículas por curso. Em 2004, a média era de 82,0. A partir de 2007, quando justamente se observa aumento significativo na oferta, a média cresce continuamente, chegando em 2010 a 106,4 (Figura 9.8). O aumento na média de matrículas por curso ocorre nas instituições de ensino públicas. Nas instituições privadas, ela oscila no período, mostrando-se, em todos os anos, inferior à verificada para a oferta da rede pública..::..: Software e Serviços de TI: A Indústria Brasileira em Perspectiva 207

Capítulo 9.::.:.: Cursos Técnicos Profissionalizantes de Nível Médio para a Área de Informática Figura 9.8 - Média de matrículas por curso técnico profissionalizante de nível médio na área de Informática, considerando categoria administrativa da instituição de ensino ofertante Brasil, período 2004-2010 Privado Público Total 175,2 108,2 106,3 82,0 78,9 73,6 68,7 90,6 68,3 58,2 128,5 126,2 127,8 100,1 103,6 106,4 93,1 78,6 79,4 70,7 60,6 Número de Egressos O número de egressos de cursos técnicos profissionalizantes de nível médio na área de Informática oscilou, durante o período 2004 a 2010, acompanhando com um certo atraso as variações verificadas no número de matriculados. A partir de 2007, a base INEP deixa de incluir o número de egressos, motivo por que os dados apurados referem-se apenas ao período 2004 a 2006 (Figura 9.9). Considerando a tendência verificada no número de matriculados, o Observatório SOFTEX estima que, durante o período 2004 a 2010, a taxa média de crescimento de egressos foi de -2,9% a.a. No entanto, após período de queda, a quantidade de egressos deverá voltar a crescer. As medidas recentes anunciadas pelo governo federal de incentivar a abertura de novos cursos técnicos e ofertar bolsas de estudos para alunos de nível médio, tal como já é feito para alunos de graduação, irá também, em médio prazo, contribuir para o crescimento de matrículas e egressos. Figura 9.9 - Número de egressos de cursos técnicos profissionalizantes de nível médio na área de Informática Brasil, período 2004-2006 e estimativas para o período 2007-2010 30.630 Dados apurados Dados estimados 24.234 21.571 18.679 19.419 22.331 25.681 Taxa média de crescimento (período 2004 a 2010): -2,9% ao ano Fonte: Observatório SOFTEX, a partir de dados do INEP/MEC, anos 2004 a 2006. 208 Software e Serviços de TI: A Indústria Brasileira em Perspectiva :..::.

Parte 3.:..:::.. Capacitação e Competências para o Setor de Software e Serviços de TI Na Tabela 9.3, compara-se o número de egressos de cursos técnicos profissionalizantes de nível médio na área de Informática com o número de profissionais assalariados em ocupações relacionadas às atividades de software e serviços de TI (PROFSSs) que possui nível médio de escolaridade. Observa-se que, ao longo dos anos, a tendência foi de queda do total de egressos em relação ao número de PROFSSs com nível médio, com perspectivas de recuperação em anos recentes. Em 2004, a relação egressos/profsss de nível médio era de 16,4% e, em 2010, de 10,7%. No período 2004 a 2010, a taxa média de crescimento do número de egressos foi de -2,9% ao ano. Para o mesmo período, a taxa de crescimento de PROFSSs com perfil de nível médio foi de 4,3% a.a. É possível que este crescimento relativamente baixo seja um resultado da queda da oferta de técnicos de nível médio. Tabela 9.3 - Número de egressos em cursos técnicos profissionalizantes de nível médio na área de Informática e número de PROFSSs com nível de escolaridade médio completo Brasil, período 2004-2010 Ano Egressos cursos técnicos 1 (A) PROFSSs com nível de escolaridade médio completo 2 (B) (A)/(B) 2004 30.630 186.744 16,4% 2005 24.234 191.042 12,7% 2006 18.679 207.764 9,0% 2007 21.571 220.026 9,8% 2008 19.419 239.414 8,1% 2009 22.331 248.639 9,0% 2010 25.681 240.013 10,7% (1) Dados estimados para o período 2007 a 2010. (2) Inclui PROFSSs empregados na IBSS (Indústria Brasileira de Software e Serviços de TI) ou em empresas da NIBSS (Não-IBSS), com nível de escolaridade médio completo ou superior incompleto. Fonte: Observatório SOFTEX, a partir de dados do INEP/MEC e da RAIS/MTE, anos diversos. Tx. Méd. Cr. 2010-04 Egressos cursos profi ssionalizantes: -2,9% a.a. PROFSSs médio completo: 4,3% a.a. Considerações Finais Na Tabela 9.4, apresentam-se os principais indicadores referentes aos cursos técnicos profissionalizantes de nível médio na área de Informática. Tabela 9.4 - Principais indicadores referentes aos cursos técnicos profissionalizantes de nível médio na área de Informática Brasil, período 2004-2010 Número de cursos 1.052 984 1.102 888 1.009 1.133 1.307 Número de matriculas 86.282 77.674 75.248 82.662 100.986 117.396 139.125 Número de egressos 1 30.630 24.234 18.679 21.571 19.419 22.331 25.681 Média matrículas por curso 82,0 78,9 68,3 93,1 100,1 103,6 106,4 (1) Dados estimados para o período 2007-2010. Em nível regional, observa-se uma relativa adequação entre o total de matrículas em cursos técnicos em Informática e a quantidade de PROFSSs com nível de escolaridade médio completo (Figura 9.10). Os dados apresentados na figura referem-se a 2010..::..: Software e Serviços de TI: A Indústria Brasileira em Perspectiva 209

Capítulo 9.::.:.: Cursos Técnicos Profissionalizantes de Nível Médio para a Área de Informática Figura 9.10 - Matrículas em cursos técnicos profissionalizantes de nível médio na área de Informática e PROFSSs com nível de escolaridade médio completo, considerando Região de localização da instituição de ensino ofertante Brasil, 2010 Norte Matrículas: 9.622 PROFSSs médio completo: 11.059 Nordeste Matrículas: 25.145 PROFSSs médio completo: 43.468 Distribuição de matrículas Cursos técnicos profissionalizantes de nível médio Informática Total 2010: 139.125 Sul 17,9% Distribuição de PROFSSs Escolaridade médio completo Total 2010: 240.013 Sul 15,3% Centro-Oeste Matrículas: 7.668 PROFSSs médio completo: 16.999 Sudeste Matrículas: 71.758 PROFSSs médio completo: 131.707 Sudeste 51,6% Nordeste 18,1% Centro-Oeste 5,5% Norte 6,9% Sudeste 54,9% Nordeste 18,1% Centro-Oeste 7,1% Norte 4,6% Sul Matrículas: 24.932 PROFSSs médio completo: 36.780 Fonte: Observatório SOFTEX, a partir de dados do INEP/MEC e da RAIS/MTE, 2010. A existência de certo ajuste entre oferta e demanda de capital humano com perfil técnico em nível regional não garante uma distribuição razoável em nível estadual ou municipal. Como será discutido na Parte 6 desta Publicação, a demanda por PROFSSs encontra-se fortemente concentrada em algumas poucas UFs e, em geral, em alguns poucos municípios de cada UF, destacando-se entre eles a Capital da UF. A oferta de cursos técnicos profissionalizantes, no entanto, tende a se distribuir pelo território nacional, privilegiando muitas vezes UFs e municípios com vocação ainda incipiente para as atividades de software e serviços de TI. De fato, observando-se cada UF separadamente, percebem-se variações importantes na relação entre o número de matriculados em cursos de nível técnico profissionalizante para a área de Informática e a quantidade de PROFSSs com nível de escolaridade médio completo. Considerando-se dados de 2010, o valor mínimo ocorre no Distrito Federal (23,3%) e o máximo no Piauí (213,3%). A média no ano é de 58% (Tabela 9.5). 210 Software e Serviços de TI: A Indústria Brasileira em Perspectiva :..::.

Parte 3.:..:::.. Capacitação e Competências para o Setor de Software e Serviços de TI Tabela 9.5 - Número de matrículas em cursos técnicos profissionais de nível médio na área de Informática e número de PROFSSs com nível de escolaridade médio completo, considerando Unidade da Federação de localização da instituição de ensino ofertante Brasil, 2010 Unidade da Federação Matriculados cursos técnicos (A) PROFSS com nível de escolaridade médio completo (B) (A)/(B) Acre 0 633 0,0% Alagoas 514 1.705 30,1% Amapá 1.075 870 123,6% Amazonas 2.182 2.664 81,9% Bahia 2.316 11.990 19,3% Ceará 8.462 10.733 78,8% Distrito Federal 2.148 9.224 23,3% Espírito Santo 2.693 3.905 69,0% Goiás 1.371 4.027 34,0% Maranhão 1.072 2.584 41,5% Mato Grosso 3.514 2.232 157,4% Mato Grosso do Sul 635 1.516 41,9% Minas Gerais 14.803 20.603 71,8% Pará 3.392 4.541 74,7% Paraíba 1.923 2.717 70,8% Paraná 9.344 11.899 78,5% Pernambuco 2.812 7.206 39,0% Piauí 4.471 2.096 213,3% Rio de Janeiro 11.576 26.150 44,3% Rio Grande do Norte 2.765 2.472 111,9% Rio Grande do Sul 10.218 14.419 70,9% Rondônia 315 921 34,2% Roraima 885 543 163,0% Santa Catarina 5.370 10.462 51,3% São Paulo 42.686 81.049 52,7% Sergipe 810 1.965 41,2% Tocantins 1.773 887 199,9% TOTAL 139.125 240.013 58,0% Fonte: Observatório SOFTEX, a partir de dados do INEP/MEC e da RAIS/MTE, 2010. Na Figura 9.11, considerando-se o período 2004 a 2008, mostra-se o percentual de matriculados em cursos técnicos em Informática localizados na Capital de UFs selecionadas em relação ao total de matriculados nestas UFs. As UFs selecionadas são aquelas que concentram parte significativa das atividades de software e serviços de TI realizadas no país: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Parcela elevada destas atividades concentra-se em suas capitais. No geral, apenas algo em torno de 20% do número total de matrículas refere-se a cursos oferecidos na Capital. Rio de Janeiro (com 51,0% das matrículas do Estado) e Florianópolis (com apenas 3,4% delas) são exceções..::..: Software e Serviços de TI: A Indústria Brasileira em Perspectiva 211

Capítulo 9.::.:.: Cursos Técnicos Profissionalizantes de Nível Médio para a Área de Informática Figura 9.11 - Número de matrículas em cursos técnicos profissionalizantes de nível médio na área de informática, considerando localização da instituição de ensino ofertante UFs e municípios selecionados, período 2004-2008 São Paulo (Capital) São Paulo Rio de Janeiro (Capital) Rio de Janeiro 2008 35.315 2008 12.863 2007 31.813 2007 12.031 2006 29.277 2006 14.678 2005 31.474 2005 17.535 2004 36.772 2004 18.713 0% 20% 40% 60% 80% 100% 0% 20% 40% 60% 80% 100% Belo Horizonte Minas Gerais Curitiba Paraná 2008 9.584 2008 6.848 2007 7.129 2007 6.463 2006 6.063 2006 3.952 2005 6.508 2005 3.390 2004 8.639 2004 2.422 0% 20% 40% 60% 80% 100% 0% 20% 40% 60% 80% 100% Florianópolis Santa Catarina Porto Alegre Rio Grande do Sul 2008 2.466 2008 8.150 2007 2.545 2007 7.402 2006 2.776 2006 8.662 2005 2.389 2005 8.542 2004 1.955 2004 8.398 0% 20% 40% 60% 80% 100% 0% 20% 40% 60% 80% 100% Junto com a questão da localização dos cursos técnicos, deve-se, também, refletir sobre as tendências das curvas de oferta e procura de profissionais com perfil de nível técnico. A demanda por PROFSSs com nível médio de escolaridade, para desempenhar funções do tipo NT (ou seja, funções a serem desempenhadas por técnicos e operadores), vem sofrendo queda ao longo dos anos. Esse é um fato observado tanto na IBSS como em empresas fora da IBSS (na NIBSS) que mantêm atividades internas de software e serviços de TI. Em sentido inverso, em médio prazo, o país deverá formar uma quantidade maior de técnicos e operadores. Um dos motivos do crescimento da oferta de pessoal com perfil NT tem a ver com a estratégia anunciada pelo governo federal. Se assegurada a qualidade do ensino técnico, o aumento da oferta poderá ter impacto importante no mercado de trabalho para profissionais de TI. Poderá reduzir os custos de contratação, minimizar a escassez de mão de obra e reverter a tendên- 212 Software e Serviços de TI: A Indústria Brasileira em Perspectiva :..::.

Parte 3.:..:::.. Capacitação e Competências para o Setor de Software e Serviços de TI cia de uso de profissionais de nível superior em atividades que poderiam, em princípio, ser realizadas com sucesso por bons técnicos. Poderá, também, afetar de modo positivo o ensino de nível superior em computação e informática, contribuindo para que uma parcela maior de alunos chegue às universidades com uma bagagem prévia de competências e habilidades na área. No entanto, mesmo considerando a importância da formação de pessoas com perfil NT, deve-se ter em mente que, para assegurar um lugar de destaque para a indústria nacional de software e serviços de TI em cenário global, será preciso formar capital humano capaz de tratar questões de maior complexidade, envolvendo alto conteúdo tecnológico. Assim, é de se esperar que profissionais com perfil de nível superior (analistas de sistemas computacionais; administradores de redes, sistemas e bancos de dados; engenheiros em computação) e gerencial (diretores e gerentes de TI) sejam cada vez mais demandados por empresas da IBSS e da NIBSS..::..: Software e Serviços de TI: A Indústria Brasileira em Perspectiva 213