OS DESAFIOS DE ENSINAR A CLIMATOLOGIA NAS ESCOLAS



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Transcrição:

OS DESAFIOS DE ENSINAR A CLIMATOLOGIA NAS ESCOLAS OLIVEIRA, Divino José Lemes de 1 ; CHAGAS, Frank Luiz Rosa²; ALVES, Washington Silva³ Universidade Estadual de Goiás Unidade Universitária de Iporá ¹zezinhopj@yahoo.com.br ²frankluizipo@gmail.com ³washiipora@hotmail.com RESUMO Trabalhar a Geografia na escola implica em enfrentar desafios. A Climatologia é um conteúdo relevante da disciplina de Geografia. Dessa forma este trabalho tem por objetivo demonstrar alguns desafios que são enfrentados no processo de ensino dos conteúdos de Climatologia na escola, pois segundo os parâmetros curriculares nacionais, no processo de ensino aprendizagem é importante contextualizar os conteúdos com a realidade dos alunos para uma melhor absorção do conhecimento. Nesta perspectiva, como metodologia, foi proposta uma revisão bibliográfica baseada em autores que trabalham o assunto abordado. Palavras Chaves: Ensino, Climatologia, Contextualização INTRODUÇÃO A abordagem dos conteúdos de climatologia nas escolas públicas tem apresentado um saber descontextualizado da realidade dos alunos, pois são abordados de forma estática, sem ligação com os saberes dos alunos e com sua realidade. Segundo (CLAVAL, 2010), o saber-fazer, abordado na Geografia Vernacular, não pode ser desprezado na Geografia Científica 2. Sendo assim o conhecimento gerado a partir do senso comum deve ser levado em consideração, principalmente no processo de ensino aprendizagem. Na maioria das vezes o aprendizado tem sido voltado para a simples memorização (o decorar conteúdos), não há uma contextualização direta com a realidade. Não há uma preocupação em explicar as transformações ocorridas no espaço, não há uma valorização sobre a influência histórica da produção gerada nesse espaço pela sociedade. ¹ ² ³ Mestrandos em Geografia pela UFG Campus de Jatai. 2 Geografia Vernacular: Segundo Claval, 2010 é um conhecimento baseado nos saberes-fazeres, no senso comum passado de geração a geração. 47

Não contextualizar os conteúdos estudados com a realidade é algo criticado por (CAVALCANTE, 2003), e diante disso o (PCN de 1998, p.26) afirma que: A preocupação básica é abranger os modos de produzir, de existir e de perceber os diferentes lugares e territórios como os fenômenos que constituem essas paisagens e interagem com a vida que os anima. Para tanto é preciso observar, buscar explicações para aquilo que, em determinado momento, permaneceu ou foi transformado, isto é, os elementos do passado e do presente que neles convivem. O espaço considerado como território e lugar é historicamente produzido pelo homem à medida que organiza econômica e socialmente sua sociedade (BRASIL, 1998, p. 26). Diante da citação o nosso objetivo é de analisar teoricamente a forma com que a Climatologia, inserida no ensino de geografia, está sendo abordada atualmente nas escolas, enfatizando os desafios enfrentados para o seu ensino e se a forma que está sendo trabalhada está adequada à proposta do PCN (Parâmetros Curriculares Nacionais), o qual afirma que devemos contextualizar os conteúdos com a realidade dos alunos, valorizando o seu saber-fazer. A falta de entendimento dos temas relacionados à climatologia por professores e alunos é algo visível; esta questão tem sido elemento de pesquisa e discussão por alguns autores da Geografia, onde estes afirmam que a pequena carga horária da disciplina de Geografia, a falta de material, a má formação do professor, e a falta de uma seqüência no nível fundamental, além da pouca estrutura oferecidas palas escolas e os baixos salários pagos aos professores, contribuem para a pouca relevância dada a este tema nas escolas. De acordo com (STRAFORINI, 2002, p.96). Sabemos que nos primeiros ciclos do ensino fundamental as aulas de geografia,assim como das outras disciplinas que não sejam o português e matemática, ocupam um papel secundário, muitas vezes irrelevante no cotidiano da escola. Sabemos que isso decorre da falta de discussões teóricas, metodológicas e epistemológicas, bem como do grande problema na formação dos professores das séries iniciais, que assumem as suas dificuldades perante a discussão teórica das referidas disciplinas. Diante dessa situação o conteúdo de climatologia, geralmente é deixado em segundo plano pelos professores, em decorrência das dificuldades, anteriormente mencionadas, que os docentes encontram em sua vida escolar. 48

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS A metodologia usada para a elaboração desde trabalho se baseia em uma revisão bibliográfica, sobre assuntos que abordam diretamente os desafios encontrados pelos professores em trabalhar os conteúdos de Climatologia nas escolas e contextualizar com a realidade dos alunos. RESULTADOS E DISCUSSÕES Ensinar climatologia nos dias de hoje requer o entendimento do tema por parte dos professores, pois este conteúdo desempenha forte ligação no dia a dia dos alunos através dos noticiários e jornais, devido à própria abordagem atual das mudanças climáticas e fenômenos como o Aquecimento Global, Efeito Estufa, Ilhas de Calor, etc. Segundo (MENDONÇA e DANNI-OLIVEIRA, 2007), afirmam que a Climatologia aborda os padrões de comportamento da atmosfera em suas interações com as atividades humanas. Dessa forma conclui-se que a Climatologia está presente no dia-a-dia da sociedade. Observa-se assim que o estudo da climatologia é de fundamental importância e deve ser ensinado de uma maneira coerente nas escolas, pois faz parte do cotidiano das pessoas. O professor de geografia do ensino fundamental II enfrenta dificuldades em ensinar Climatologia, em decorrência da falta de conhecimento prévio dos alunos, referente aos temas trabalhados e dos próprios professores, algo que pode ser explicado pela má formação acadêmica, ou na própria negligência desses profissionais. Sendo assim podemos apontar que o próprio docente que têm dificuldades em compreender o conteúdo também terá dificuldades em ensinar os mesmos, e ao trabalharem somente coma teoria contidas no livro didático, limitam a capacidade do aluno em contextualizar e enxergar os conteúdos na prática. De acordo com Castrogiovanni e Goulart: No ensino fundamental e médio, o livro didático não deve ficar apenas como a única fonte de conhecimento, cabendo ao professor buscar outras fontes e diferentes maneiras de trabalhar suas aulas de forma prazerosa e interessante; deve-se assim, fornecer aos alunos elementos que estimulem, a partir da prática, observação, a interpretação, reflexão, analise, e visão crítica da realidade, fazendo com que eles se sintam 49

agentes transformadores da sociedade. (CASTROGIOVANNI e GOULART 2003, p. 133). Dentro dessa ótica abordada, devemos levar em consideração a utilização de outros recursos didáticos no processo de ensino dos conteúdos de Climatologia, como: utilizar vídeos, documentários, imagens que retratam os problemas climáticos e também utilizar de aulas práticas. Para (SOUSA et al, 2005), o aprendizado da Climatologia geográfica flui melhor a partir das aulas práticas nas estações meteorológicas e na confecção de materiais pedagógicos, através de materiais recicláveis, como pluviômetros, anemômetros e termômetros que são utilizados para a coleta de dados climatológicos, os quais podem ser trabalhados com os alunos em sala de aula. Ao aplicar esse processo possibilita ao aluno compreender de forma prática as teorias vivenciadas dentro das salas de aula, proporcionando ao aluno a oportunidade de relacionar a teoria trabalhada dentro da sala de aula e a prática, tornando assim o ensino mais pragmático e contextualizado. Além do professor de geografia trabalhar com a relação teoria e prática, o mesmo também deve dominar o conteúdo que vai ensinar, para que assim o aluno possa participar e contribuir em sala de aula. Pois a abordagem baseada apenas no uso exclusivo do livro didático, limitado a observações de gravuras, não permite ao aluno compreender de fato a proposta do conteúdo, sendo assim é importante o trabalho com aulas praticas. A proposta de oportunizar a participação do aluno em sala é algo de grande importância para o seu aprendizado, como foi colocado por (CASTROGIOVANNI, 2007). CONCLUSÃO É importante uma boa formação acadêmica dos professores de geografia, pois de acordo com (FORTUNA, 2010, p.02) A climatologia vem desenvolvendo e aplicando cada vez mais novas metodologias e abordagens de analise, ainda que estejam restritas ao ambiente acadêmico, não ''alcançando'' os espaços escolares. Uma das causas desse reflexo pode ser a falta de conexão entre as Universidades e as escolas, onde por sua vista, essa falta de conexão entre escola e Universidade, deixa a desejar em relação à inovação dos métodos de ensino, voltados a Climatologia e a demais conteúdos. 50

Concluímos que despreparo a falta de conhecimento e de uma metodologia sobre o ensino da Climatologia, por parte dos professores que atuam nas escolas, tem sido um problema na aplicação desse conteúdo em sala de aula e na formação do conhecimento do aluno. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Parâmetros Curriculares Nacionais. Geografia. 5º a 8º Serie. Brasília: Secretaria de Educação Fundamental. 1998. 156p. CASTROGIOVANNI, A.C; GOULART, L.B.A Questão do livro didático em geografia: elementos para uma analise, IN: CASTROGIOVANNI,A.C; CALLAI,H.C; 2003. CASTROGIOVANNI,A.C.Para entender a necessidade de práticas prazerosas no ensino de geografia na pós-modernidade. IN:REGO, Nelson; CASTROGIOVANNI,A.C;KAERCHER,N.A. Geografia.Porto Alegre: Artmed, 2007. CAVALCANTI, Lana de Souza. Geografia e práticas de ensino. Goiânia: Alternativa, 2003. CLAVAL, Paul. Epistemologia da Geografia. Tradução: Margareth de Castro Afeche Pimenta, Joana Afeche Pimenta. Florianópolis: Ed. da UFSC, 2011. MENDONÇA, F. ; DANNI-OLIVEIRA, I. M. Climatologia: noções básicas e climas do Brasil. São Paulo: Oficina de Textos, 2007. SOUSA, R. R. et all. Estação meteorológica como ferramenta para o ensino fundamental e médio na cidade de Jataí-GO. In: CONGRESSO IBERO-AMERICANO DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA, 8.Ed, Rio de Janeiro. Anais... Rio de Janeiro. 2005. 1 CD-ROM. STRAFORINI, Rafael. A totalidade mundo nas primeiras sériesdo ensino fundamental: um desafio a ser enfrentado. Terra livre, São Paulo. 51