NÍVEIS DE NITROGÊNIO NO CRESCIMENTO DE MORINGA (Moringa oleífera Lamarck)

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Transcrição:

Congresso Técnico Científico da Engenharia e da Agronomia CONTECC 2018 Maceió - AL 21 a 24 de agosto de 2018 NÍVEIS DE NITROGÊNIO NO CRESCIMENTO DE MORINGA (Moringa oleífera Lamarck) GUERRY HERMILTON VOLTAIRE 1 ; RODRIGO GONÇALVES MATEUS 2 ; DENILSON DE OLIVIERA GUILHERME 3 * 1 Me; em ciências ambientais e sustentabilidade agropecuária, UCDB, Campo Grande-MS, gvoltaire2002@yahoo.fr;roo 2 Dr. em Zootecnia, Prof. do mestrado e doutorado ciências ambientais e sustentabilidade agropecuária, UCDB, Campo Grande- MS, rf4789@ucdb.br; 3 Dr. em Produção vegetal, Prof. do mestrado e doutorado ciências ambientais e sustentabilidade agropecuária, UCDB, Campo Grande- MS, denilsond@ucdb.br; Apresentado no Congresso Técnico Científico da Engenharia e da Agronomia CONTECC 2018 21 a 24 de agosto de 2018 Maceió-AL, Brasil RESUMO: O objetivo deste trabalho foi avaliar a produção de biomassa da parte aérea de Moringa oleifera. O experimento foi realizado em condições de casa de vegetação. O delineamento experimental utilizado foi ao acaso em esquema fatorial 6 x 2. Foram utilizados seis doses crescentes de nitrogênio (0, 5, 10, 15, 20 e 25 g em 30 dm -3 de solo), utilizando a ureia como fonte de nitrogênio e duas formas de correção do solo (com e sem calagem). Foi realizado um corte aos 75 dias após o transplantio. Os tratamentos foram dispostos em blocos casualizados com 3 repetições e uma planta por parcela. As avaliações de crescimento consistiu em: altura das plantas, o diâmetro do caule e o número de folha. Verificou-se que a planta Moringa oleifera apresenta melhor desempenho nos atributos fisiológicos altura de planta, diâmetro de caule e número de folhas quando utilizou-se a dose de 5gdm -3 de nitrogênio, independente de correção do solo. PALAVRAS-CHAVE: alimento alternativo, adubação nitrogenada, forrageira NITROGEN LEVELS IN THE GROWTH OF MORINGA (Moringa oleífera Lamarck) ABSTRACT: The present work was evaluated as biomass production of the aerial part of Moringa oleifera. The experiment was carried out under greenhouse conditions. The experimental design was randomized in a 6 x 2 factorial scheme. Six growing doses of nitrogen (0, 5, 10, 15, 20 and 25 g in 30 dm -3 of soil) were used, using urea as source of nitrogen The two forms of soil correction (with and without liming). A cut was performed at 75 days after transplantation. The blocks were arranged in randomized blocks with 3 replicates and one plant per plot. Growth assessments consist of: plant height, stem diameter and leaf number. Verification of a Moringa oleifera plant presents better performance in the physiological attributes plant height, stem diameter and leaf number when a dose of 5 gdm -3 of nitrogen was used, independent of soil correction. KEYWORDS: alternative food, nitrogen fertilization, forage INTRODUÇÃO A Moringa oleifera é uma espécie arbórea que aparece como alternativa para enriquecimento e incremento da qualidade da nutrição animal. Entre suas caraterísticas destacam-se o seu alto teor proteico, variando de 18,29 a 31,5% de proteína bruta (Abou-Elezz, 2011; Mbailao et al.,2014), com bom perfil de aminoácidos essenciais (Sanchez - Machado et al., 2010; Moyo et al., 2011) além de minerais como cálcio e fósforo, precursores de vitamina A do complexo B e vitamina C. Devido ao teor de proteínas, vitaminas, minerais, carotenoides, a Moringa oleifera é excelente forrageira para a alimentação e nutrição de bovinos leiteiros e de corte. Suas folhas de excelente palatabilidade são avidamente consumidas por todos os tipos de animais: ruminantes, camelos, suínos,

aves, tilápias, e na preparação de refeições proteicas. Através de processos de secagem, moagem, condicionamento, obtém-se uma alimentação animal concentrada, de alta conversão e baixo custo. Esta planta com suas múltiplas funções, suas boas características nutritivas e composição química, principalmente de suas folhas chama muito a atenção e surge como uma grande fonte alternativa de nutrientes capaz de ajudar na nutrição animal e portanto é relevante pesquisar sobre o potencial desta planta como alternativa sustentável na nutrição animal. Diante disso o objetivo deste trabalho foi avaliar a produção de biomassa de Moringa oleífera em diferentes doses de N. MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi realizado em condições de casa de vegetação no município de Campo Grande-MS, com altitude de 532m 20 26 34 latitude-sul e 54 38 47 longitude-oeste, no período de dezembro 2016 a março de 2017, utilizando-se um neossolo quartzarênico. O delineamento experimental utilizado foi de blocos ao acaso em esquema fatorial 6 x 2. Foram utilizados seis doses crescentes de nitrogênio (0, 5, 10, 15, 20 e 25 g em 30 dm -3 de solo), utilizando a ureia como fonte de nitrogênio e duas formas de correção do solo (com e sem calagem). Foi realizado um corte aos 75 dias após o transplantio. Os tratamentos foram dispostos em blocos casualizados com 3 repetições e uma planta por parcela. A ureia foi aplicada 30 dias após o transplantio das mudas em suas respectivas concentrações. Os vasos dos tratamentos também receberam 84 g de fósforo e 26 g de potássio. As unidades experimentais consistiram em vasos plásticos com volume de 30 dm-3, preenchidos com solo neossolo quartzarênico, com textura arenosa. Foram coletadas amostras deste solo da camada (0-20 cm de profundidade) e realizada a análise de solos. Os resultados expressaram ph (H 2 O) 5,2; ph (CaCl 2 ) 4,59; MO 10 g kg -1 ; P 2,6 Mg dm -3 ; K 0,01 cmol c dm -3, Ca 0,6 cmol c dm -3 ; Mg 0,9 cmol c dm -3 ; Al 0,4 cmol c dm -3 ; H+Al 34,3 cmol c dm -3 ; T 35,8 cmol c dm -3 V 4,2 % As mudas de Moringa oleífera, foram produzidas por sementes. As sementes foram colocadas em bandejas de isopor com 162 células, preenchidas com substrato a base de casca de pinus. A semeadura foi realizada colocando-se uma semente por célula a 1 cm de profundidade e a emergência das plântulas ocorreu aos 10 dias após a semeadura, com aproximadamente 85 % de germinação. No período entre a semeadura e a emergência, as células das bandejas foram irrigadas três vezes ao dia. Quando as mudas apresentavam 10 a 15 cm de altura e 2 a 3 mm de diâmetro do caule e com aproximadamente dois pares de folhas, foram transplantadas para vasos plásticos de 30 dm-3. As avaliações de crescimento iniciaram-se aos 15 dias após o transplantio e consistiu em: aferição da altura (H) das plantas que foi aferida a partir do caule até o ápice da planta. Também foi avaliado o diâmetro (D) do caule por meio de paquímetro digital, sendo aferidas duas medidas nos quatro quadrantes e posterior média das duas medidas e o número de folhas (NF), por contagem realizada quinzenalmente. Os resultados das avaliações de crescimento das plantas foram submetidos à análise de variância, sendo a média das variáveis significativas submetidas ao teste de Tukey (p <0,05). RESULTADOS E DISCUSSÃO Analisando o crescimento das plantas de Moringa oleífera, submetidas as duas formas de correção de solo, com e sem calagem, observou-se diferença estatística significativa. Nas avaliações realizadas aos 15 e 30 dias, observou-se, de maneira geral, que as plantas não apresentaram diferenças significativas em seu crescimento vegetativo (Figura 1). As plantas, no solo corrigido, apresentaram maior crescimento vegetativo a partir dos 30 até aos 75 dias após o transplantio, com média final de altura de 82,21 e 58,61 cm, respectivamente. Figura 1. Crescimento em altura de plantas da Moringa oleifera no solo, sem e com calagem, no período de 75 dias após ao transplantio.

Observa-se que as plantas crescem vegetativamente nas duas formas de correção do solo, sem e com calagem, porém o efeito mais significativo na altura da planta foi no solo com calagem, onde observou-se uma melhor adaptação das plantas, com uma taxa de crescimento vegetativo superior até ao final do período avaliado. Vários autores estudaram as respostas das espécies florestais à correção do substrato na produção de mudas, verificando efeitos satisfatórios da aplicação da calagem nas características das mudas. Com relação à dose de 5 gdm -3 de N, observou-se que as plantas se desenvolveram melhor e apresentaram maior crescimento do que as demais doses utilizadas nesse ensaio. A altura máxima verificada (110 cm) no solo sem calagem e (131,36 cm) no solo com calagem foi alcançada aos 75 dias com o uso de 5 g dm -3 de nitrogênio. Figura 2. Diâmetro de caule de plantas da Moringa oleífera, cultivadas no solo sem e com calagem. Os valores dos diâmetros das plantas de Moringa oleifera, cultivadas no solo sem e com calagem, submetidos às doses de nitrogênio (Figura 3). Verifica-se diferenças estatísticas significativas para variável diâmetro do caule. Nota-se que o tratamento com 5 g dm -3 de nitrogênio apresentou um maior desenvolvimento em diâmetro de caule em relação aos demais tratamentos. De acordo com Daniel et al. (1997), o diâmetro do caule é o parâmetro mais utilizado para indicar a capacidade de sobrevivência da muda no campo, mostrando a necessidade de se estabelecer doses de fertilizantes para serem aplicadas na produção de mudas. Observa-se que os tratamentos nas quais utilizaram as doses de 20 e 25 gdm -3 de N tiveram seus diâmetros significativamente reduzidos, já as doses, 5, 10 e 15 g dm -3 proporcionaram melhor desempenho em diâmetro do caule dessas plantas, sendo que o tratamento de 5 g dm -3 proporcionou maior desenvolvimento do diâmetro do caule das plantas de Moringa oleifera, no solo sem e com calagem, respectivamente.

Figura 3. Diâmetro de caule de plantas da Moringa oleifera, cultivadas no solo sem calagem e submetidos as doses crescentes de nitrogênio (A). Diâmetro de caule de plantas da Moringa oleifera, cultivadas no solo com calagem e submetidos as doses crescentes de nitrogênio (B) Os dados referentes ao número de folhas das plantas cultivadas nas duas formas de correção no solo, sem e com calagem, apresentaram diferenças significativas (Figura 4). Observou-se que as plantas apresentaram maior número de folhas quando cultivadas no solo com calagem, o que sugere uma melhor adaptação dessas plantas expressa por uma produção vegetativa superior nesse solo. No solo sem calagem observou-se um efeito crescente, durante o período analisado, e o solo com calagem apresentou um efeito quadrático. Figura 4. Número de folhas de plantas da Moringa oleifera, cultivadas no solo, sem e com calagem Quando as plantas de Moringa oleifera, no solo com e sem calagem, são submetidos às doses crescentes de nitrogênio, nota-se diferenças significativas para essa variável produção de folhas. É possível observar que o tratamento de 5 g dm -3 de nitrogênio apresentou maior número de folhas (NF) em relação aos demais tratamentos analisados, diminuindo o NF a partir desta dose. Os tratamentos nas quais utilizaram as maiores doses utilizadas (20 e 25 g dm -3 ) de nitrogênio afetaram negativamente a produção de biomassa da planta, provavelmente por ocasionar danos às membranas das raízes, o que levou a morte dessas plantas. Figura 5. Número de folhas de plantas da Moringa oleifera, cultivadas no solo sem calagem e submetidos a diferentes doses de nitrogênio (A). Número de folhas de plantas da Moringa oleifera, cultivadas no solo com calagem e submetidos a diferentes doses de nitrogênio aos 75 dias após ao transplantio (B).

Quando se comparou as plantas cultivadas nas duas formas de correção de solo, sem e com calagem, foram constatadas diferenças significativas em seu crescimento vegetativo. CONCLUSÃO A planta Moringa oleifera apresenta melhor desempenho nos atributos fisiológicos: altura de planta, diâmetro de caule e número de folhas quando utilizado a dose de 5g dm -3 de nitrogênio, independente de correção do solo. REFERÊNCIAS Abou-Elezz, F.M.K., Sarmiento-Franco, L., Santos-Ricalde, R. and Solorio-Sanchez, F., 2011. Nutritional effects of dietary inclusion of Leucaena leucocephala and Moringa oleifera leaf meal on Rhode Island Red hens performance, Cuban Journal of Agricultural Science, v.45, 163 169, 2011. Daniel O, Vitorino A. C. T, Alovisi A. A, Mazzochin L, Tokura A. M, Pinheiro E. R, et al. Aplicação de fósforo em mudas de Acácia mangium Willd. Revista Árvore, n.21, v.2, p.163-168,1997. Mbailao, M.; Milampereum, T.; Albert, N. Proximal and elemental composition of Moringa oleifera (Lam) leaves from three regions of chad. Journal of Food Ressource Science, v. 3, n. P. 12-20, 2014. Moyo, B., Masika, P. J., Hugo, A., Muchenje, V. Nutricional characterization of Moringa oleifera ( Moringa oleifera Lam) leaves. African journal of Biotechnology v. 10, n. 60, p. 12925-12933, 2011. Sanchez, N.R.; Sporndly, E.; Ledin, I. Effet of feeding different levels of foliage of Moringa oleifera to creole dairy cows on intake, digestibility, milk production and composition. Livestock science, v.101, p.24-31, 2006.