Anovulação Crônica. Rui Alberto Ferriani Setor de Reprodução Humana Departamento de Ginecologia e Obstetrícia FMRP USP

Documentos relacionados
Amenorréia. Amenorréia Secundária: Ausência de menstruação por três ciclos menstruais normais ou por seis meses (em mulher que já menstruou)

Hormônios hipotalâmicos e hipofisários. (somatostatin)

Distúrbios menstruais na adolescência

Revisitando Hiperprolactinemias. Julia Appel

Tratamento da Hiperprolactinemia

Anovulação. Profª. Keyla Ruzi

PUBERDADE PRECOCE E TARDIA

Saúde reprodutiva das adolescentes - Amenorreias

INFERTILIDADE ENDÓCRINA

Hipopituitarismo pós-tce. Dra Julia Appel Endocrinologista Clube da Hipófise 07/03/2012

SECONDARY AMENORRHEA: INITIAL INVESTIGATION AMENORREIA SECUNDÁRIA: ABORDAGEM DIAGNÓSTICA INICIAL

Ciclo Reprodutivo Feminino Parte I. Embriogênese do aparelho reprodutor feminino e desenvolvimento puberal

TERCEIRO TERMO DE RETIFICAÇÃO DO EDITAL 01/2014 CONCURSO PÚBLICO PREFEITURA MUNICIPAL DE IBIRITÉ MG

AMENORRÉIA PRIMÁRIA: FLUXOGRAMA DE INVESTIGAÇÃO

Fisiologia do Sistema Endócrino

Infertilidade conjugal: Definição e Protocolo básico de investigação Paula Andrea Navarro

A FIGURA 1 apresenta alterações cutâneas potencialmente associadas a anormalidades endócrinas.

CICLO MENSTRUAL CICLO OVARIANO CICLO UTERINO. Prof.ª Patrícia Silva de Medeiros Ajes - Guarantã do Norte/MT

T AT A A T M A E M NT N O

ATRASO PUBERAL. Sonir R. Antonini Endocrinologia da Criança e do Adolescente Departamento de Puericultura e Pediatria

exames laboratoriais em RHA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO PROGNÓSTICO SEGUIMENTO RESULTADO

Síndrome de Cushing. Fernando Baptista Serviço de Endocrinologia Diabetes e Metabolismo CHLN-Hospital Santa Maria, EPE

Glândulas endócrinas:

ADRENAL INTRODUÇÃO AO ASSUNTO

Imagem da Semana: Ressonância magnética (RM) Imagem 01. Ressonância Nuclear Magnética (RM) de crânio, corte axial, ponderada em T1, sem contraste.

SISTEMA ENDÓCRINO. Prof.ª Leticia Pedroso

Glândulas exócrinas e endócrinas

Infertilidade. Propedêutica básica do casal infértil

SISTEMA HIPOTÁLAMO- HIPOFISÁRIO

Sistema Endócrino. Móds 33 e 34. Prof. Rafa

Síndrome Ovários Policísticos Profª Dra Rosana Maria dos Reis Setor de Reprodução Humana Departamento de Ginecologia e Obstetrícia FMRP USP

19/04/2016. Profª. Drª. Andréa Fontes Garcia E -mail:

PUBERDADE PRECOCE. Sonir R. R. Antonini

ENDOCRINOLOGIA DA REPRODUÇÃO. Elisângela Mirapalheta Madeira Medica Veterinária, MC

Regulação hormonal 15/11/2018. Regulação hormonal. Glândula pineal

Sistema Endócrino. Prof. Mateus Grangeiro

COMPORTAMENTO ALIMENTAR

Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Departamento de Puericultura e Pediatria

AULA 02 - Eixo Hipotálamo-Hipofisário DOTS - JOGO DOS PONTOS

Saúde da mulher no climatério. Jefferson Drezett

Então, os hormônios são os responsáveis pela manutenção do equilíbrio e perfeito funcionamento do organismo. Qualquer variação de dosagem hormonal no

O que precisa saber acerca do hipogonadismo hipogonadotrófico congénito (HHC) e do síndrome de Kallmann (SK)

Conhecer a morfologia do complexo hipotálamo-hipófise.

ENDORECIFE 2018 PROGRAMA PRELIMINAR

hormônios do sistema genital masculino gônadas masculinas

PRINCIPAIS ALTERAÇÕES HORMONAIS EM EQUINOS: CORRELAÇÃO CLÍNICO - LABORATORIAL

AMEnORRéIA PRIMáRIA. COMpARTIMENTO I: DISTúRBIOS DO TRATO DE SAÍDA OU órgão-alvo UTERINO

CLIMATÉRIO E AUMENTO DE PESO

Ministério da Saúde Consultoria Jurídica/Advocacia Geral da União

SISTEMA ENDÓCRINO Órgãos endócrinos e suas secreções, alvos e efeitos principais

Sistema Endócrino. Móds 56 ao 58 Biologia B Prof. Rafa

DEPENDÊNCIA DO ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS E TRANSTORNOS ALIMENTARES

ENFERMAGEM ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PROCESSO NUTRICIONAL. DIETAS Aula 7. Profª. Tatiane da Silva Campos

ANOVULAÇÃO CRÔNICA HIPOTALÂMICA. Anderson Sanches de Melo e Marcos Felipe Silva de Sá

Hiperprolactinemias. Manoel Martins

Dr. Marco Demange.

HERANÇA MULTIFATORIAL

Sistema Reprodutor 1

Disciplina: Bioquímica Curso: Análises Clínicas 3º. Módulo Docente: Profa. Dra. Marilanda Ferreira Bellini

O efeito das taxas de morte embrionária na eficiência de programas de sincronização de cio em vacas

Saúde da Mulher no Climatério Prof. Dr. Jefferson Drezett Faculdade de Saúde Pública da USP

Queda de cabelo hormonal: a prolactina e os cabelos Sex, 08 de Abril de :19 - Última atualização Sex, 08 de Abril de :15

HIPOTÁLAMO INSTITUTO BIOMÉDICO. Prof. Dr. Ismar Araujo de Moraes Departamento de Fisiologia e Farmacologia - UFF

ENDOCRINOLOGIA REPRODUTIVA. M.S. Cássio Cassal Brauner FAEM-UFPel

Desnutrição na Adolescência

ESTRESSE E OS TRANSTORNOS PSICOSSOMÁTICOS

Infertilidade e Perda Fetal. Caracterização da Contribuição dos Distúrbios Genéticos

CONTROLE NEUROENDÓCRINO DA REPRODUÇÃO HIPÓFISE

SUMÁRIO Aula 9: Eixo hipotálamo-hipófise

Aparelho Reprodutor Feminino

Antipsicóticos 27/05/2017. Tratamento farmacológico. Redução da internação. Convivio na sociedade. Variedade de transtornos mentais

ENDOCRINOLOGIA REPRODUTIVA. M. V. Doutorando Lucas Balinhas Farias

Glândulas endócrinas:

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO DISCIPLINA: RFM Fisiologia Humana

Fragilidade. Dra Silvana de Araújo Geriatria - UFMG Julho/2007

PUBERDADE. Fase fisiológica com duração de 2 a 5 anos, durante a qual ocorre a maturação sexual

O sistema endócrino também é conhecido como sistema hormonal.

Armadilhas no diagnóstico da Hiperprolactinemia. Julia Appel - Endocrinologista

REVISITANDO A SÍNDROME DE NELSON. Sthefanie Giovanna Pallone Orientador: Dr. Cesar Luiz Boguszewski

Mario Vicente Giordano UNIRIO / SOGIMA 2016

ENTENDA A INFERTILIDADE FEMININA E AS DOENÇAS QUE A CAUSAM

Determinação e Diferenciação Sexuais

Fisiologia da Reprodução

AMENORRÉIA Cynthia Salgado Lucena Caso Clínico/ Abril- 2011

Hipogonadismo. O que é Hipogonadismo? Causas 25/02/ Minhavida.com.br

PRINCIPAIS ALTERAÇÕES HORMONAIS EM EQUINOS (1)

Interações hormonais relacionadas com a reprodução. Professor: Arturo Arnáez Vaella

Doenças hipotálamo-hipofisárias

ANAMNESE. Identificação: 40 anos de idade, feminina, branca, casada, médica, natural de Minas Gerais e procedente de Campos dos Goytacazes - RJ

Excreção. Manutenção do equilíbrio de sal, água e remoção de excretas nitrogenadas.

PROGRAMAÇÃO DAS DISCIPLINAS DE SISTEMA ENDÓCRINO, ANATOMIA PATOLÓGICA II e FARMACOLOGIA III 4º Ano Grupo A 2º Rodízio Bloco I 2012

PROVA DE TÍTULO DE ESPECIALISTA EM ENDOCRINOLOGIA E METABOLOGIA 2018 EXPECTATIVAS DE RESPOSTAS 2º DIA

Amenorréia. Profª. Keyla Ruzi

EIXO HIPOTÁLAMO HIPÓFISE GLÂNDULAS PERIFÉRICAS. Fisiologia Endócrina e Metabólica PG em Zootecnia (Produção Animal) / FCAV / UNESP / Jaboticabal

Nutrição na Adolescência. Profa. Msc. Milena Maia

Interpretação de Exames Laboratoriais nas Alterações Endócrinas: Tireóide e Metabolismo do Osso

ACRONOR Núcleo de Estudos em Acromegalia e Doenças Relacionadas do Norte - Nordeste Brasileiro ACROMEGALIA PARA A ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

Amenorréia Induzida: Indicações. XIX Jornada de Ginecologia e Obstetrícia do Rio Grande do Norte XVI Jornada da Maternidade Escola Januário Cicco

Transcrição:

Anovulação Crônica Rui Alberto Ferriani Setor de Reprodução Humana Departamento de Ginecologia e Obstetrícia FMRP USP

Hipotálamo Pico de LH Ovulação 28 dias Níveis Sanguíneos de Gonadotrofinas Ovulação Hipófise Anterior Ovário Fase Lútea Fase Folicular Ciclo Ovariano Progesterona Estrogênio Níveis Sanguíneos de Esteróides Ovarianos Endométrio 28 dias Fase Proliferativa Fase Secretória Ciclo Uterino

Ovulação Hirsutismo Fogachos Estresse Defeitos da Fase Lútea Infertilidade Obesidade Anovulação Galactorréia Dietas Exerc. Físico Amenorréia

NA, DA 5HT GnRH, DA SNC HIPOTÁLAMO HIPÓFISE Neuro-transmissores Neuro-hormônios Hormônios Proteicos LH, FSH, PRL E, P, A OVÁRIOS Hormônios Esteroides

Influência de NT sobre o neurônio GnRH Terceiro ventrículo Hipotálamo Corpo pineal Quiasma óptico Hipófise Eminência mediana

Influência de NT sobre o neurônio GnRH Área Pré-Óptica Anterior Neurônio GnRH Núcleo Ventro- Medial Neurônio Endorf. Neurônio NA Núcleo Arqueado Eminência Mediana Neurônio DA Vasos Porta Tronco Cerebral Hipófise anterior

Sistema Porta Hipotálamo-Hipofisário Hipotálamo Hipotálamo GnRH DA GnRH _ + NA Hipófise anterior Neurônio GnRH GnRH Hipófise anterior FSH LH Circulação porta hipofisária FSH, LH

Pulsatilidade em Mulheres Ovulatórias Fase Folicular Precoce LH (miu/ml) 10 5 Fase Lútea 0 Média-Tardia 0 120 240 360 480 Tempo (min.) 20 LH (miu/ml) 15 10 5 0 0 120 240 360 480 Tempo (min.) 1994

Distúrbios de intervalo Causas mais frequentes: Síndrome dos Ovários Policísticos Amenorréia Hipotalâmica (disfunção Causas de amenorréia secundária Oligomenorréia ou amenorréia ou insuficiência) Hiperprolactinemia Falência Ovariana Prematura

Distúrbios de intervalo Causas mais frequentes: Síndrome dos Ovários Policísticos Amenorréia Hipotalâmica (disfunção Causas de amenorréia secundária Oligomenorréia ou amenorréia ou insuficiência) Hiperprolactinemia Falência Ovariana Prematura

Causas Centrais Insuficiência Hipotálamo Hipofisária Hiperprolactinemia Disfunção Hipotálamo Hipofisária

Causas Centrais Insuficiência Hipotálamo Hipofisária Hiperprolactinemia Disfunção Hipotálamo Hipofisária

Insuficiência Hipotálamo Hipofisária FSH Hipogonadismo Hipogonadotrófico Síndrome de Sheehan (isquemia de hipófise) Deficiência isolada de gonadotrofinas Síndrome de Kallman (anosmia + hipogonadismo) Tumores Sela túrcica vazia

Síndrome de Sheehan (isquemia de hipófise) Pan hipopituitarismo Hipogonadotrófico Relação causal com isquemia hipofisária

-gonadotrofinas Síndrome de Sheehan Princípios de tratamento Reposição Hipofisária Adrenal - corticóide Tireóide- tiroxina Gonadal estrogênio e progesterona

FSH Hipogonadismo Hipogonadotrófico Síndrome de Kallmann Deficiência Isolada de Gonadotrofinas Hipogonadismo Hipogonadotrófico + Anosmia Deficiência na migração dos neurônios secretores de GnRH na placa olfatória do hipotálamo na vida fetal Gene KAL: Kal-1 ligado ao X Kal-2 autossômico dominante Kal-3 autossômico recessivo Formas incompletas parecem existir

Deficiência Isolada de Gonadotrofinas Deficiência de Neurônio GnRH Hipoplasia de Bulbos Olfatórios Falência de migração neuronal embrionária Anomalidades Neurológicas Distúrbios Gênito- Urinários Migração neuronal Direcionamento axonal KAL ADMLX (Adhesion Molecule Linked to X)

Síndrome de Kallmann Deficiência Isolada Gonadotrofinas Deficiência GnRH Hipogonadismo hipogonadotrófico Amenorréia primária Ausência de caracteres sexuais secundários Infantilismo Sexual Aspecto eunucóide Mutação herdada ou adquirida Herança ligada ao X, autossômica dominante ou recessiva S. Kallmann Anosmia ou hiposmia Fenda palatina / lábio leporino

Síndrome de Kalmann Princípios de tratamento Reposição Hipofisária Gonadal estrogênio e progesterona - gonadotrofinas

Compressões Hipofisárias Tumores Produtores GH, ACTH, PRL Não Produtores Síndrome Sela Vazia

TUMORES HIPOFISÁRIOS Tumores primários malignos são raros (40 casos na literatura) Crescimento de tumores benignos no espaço confinado leva a problemas de compressão. (... Hiperprolactinemia) (Haste hipofisária / quiasma ótico) 30-40% dos tumores hipofisários são não funcionantes Conseqüências clínicas por secreção hormonal: Acromegalia Doença de Cushing Hipertireoidismo (raro) Amenorréia / Galactorréia

Síndrome da Sela Vazia Incompetência congênita do Diafragma Selar Seqüela de cirurgia, radioterapia ou infarto de TU Hipofisário. Hipófise fica separada do Hipotálamo e espremida. Ocorre desmineralização da Sela Turca por compressão. Incidência: 5% das autópsias (85% mulheres). Presente em 4 16% das pacientes com Amenorréia-Galactorréia. xame de Imagem. Condição benigna e não progride para falência hipotalâmica.

FSH Exame de imagem: RNM ou TC de crânio e sela túrcica Alterada Normal Tratamento específico Investigar outras causas

Causas Centrais Insuficiência Hipotálamo Hipofisária Hiperprolactinemia Disfunção Hipotálamo Hipofisária

ANOVULAÇÃO CRÔNICA HIPERPROLACTINÊMICA HIPOTÁ- LAMO

PRL 2 dosagens > 25 ng/ml Causas fisiológicas Medicação Hipotireoidismo Tumores (prolactinomas e pseudoprolactinomas) Sela vazia Idiopática Traumas Macroprolactinemia

ANOVULAÇÃO HIPERPROLACTINÊMICA Dopamina FISIOPATOLOGIA Drogas (-) (-) (-) (+) (+) GnRH (-) Prolactina Pseudoprolactinoma TRH Hipotireoidismo primário Anovulação Prolactinoma

ANOVULAÇÃO HIPERPROLACTINÊMICA Distúrbio Menstrual Galactorréia Sintomas Centrais cefaléia, campo visual

Arq Bras Endocrinol Metab vol.51 no.1 São Paulo Feb. 2007

Excluir: gestação, medicações e hipotireidismo (TSH) PRL 50 ng/ml - TC ou RNM Prolactinoma Pseudoprolactinoma Exame normal Campimetria Visual Idiopática Macroprolactina A RNM é melhor que a TC avaliação da presença de prolactinoma

Macroprolac6nemia - Diagnós6co RNM normal % de macro= (PRL soro PRL sobrenadante) PRL soro Macroprolactinemia > 65% Paciente assintomático ou oligossintomático Pesquisar macroprolactinemia com PEG (precipitação com polietileno glicol)

Bromocriptina Hiperprolactinemia Princípios de tratamento Avaliar medicações Tratar eventual hipotireoidismo Agonistas dopaminérgicos Cabergolina

Causas Centrais Insuficiência Hipotálamo Hipofisária Hiperprolactinemia Disfunção Hipotálamo Hipofisária

nl FSH Disfunção hipotálamo-hipofisária Insuficiência Hipotálamo-Hipofisária

PULSATILIDADE HORMONAL - FASE FOLICULAR Precoce MINUTOS MINUTOS Tardia SRH-DGO-FMRP-USP

Estudo da pulsatilidade dos hormônios hipofisários - Amenorréia hipotalâmica: diminuição da freqüência e amplitude

ANOVULAÇÃO PSICOGÊNICA LH (IU/L) 30 20 10 0 Apulsátil CONCEITO Anovulação consequente a disfunção do eixo SNC-hipotálamo, na ausência de doença orgânica. Geralmente o distúrbio é desencadeado por um episódio de estresse ou conflito emocional desequilíbrio interações psiconeuroendócrinas alt. pulsatilidade GnRH Dependência da intensidade e duração do quadro Níveis de gonadotrofinas normais ou diminuídos Pode chegar amenorréia e hipoestrogenismo

ANOREXIA NERVOSA

ANOREXIA NERVOSA Incidência 0,5-2 casos/1000 mulheres USA 1,9 casos/100.000 mulheres/ano 0,17 casos/100.000 homens/ano } Dinamarca Prevalência 6,7/100.000 mulheres/ano 0,6/1000.000 homens/ano } Relação Mulher/Homem= 11,8 : 1 Idade Média - 15 anos Mortalidade 2-10% entre 5-10 anos de doença

ANOREXIA NERVOSA ENDOCRINOPATIA Hipercortisolismo Hipogonadotropinemia Hipoestrogenemia Hipoleptinemia IGF-1 Hipotireoidismo Neuropeptídeo Y - Melanocortina Alterados

ANOREXIA NERVOSA CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS (American Psychiatric Association, 1994) Clínico Recusa em manter o peso corporal, ideal ou acima do peso mínimo para idade e altura. Medo intenso de ganhar peso ou tornar-se obeso, mesmo se abaixo do peso ideal. Distúrbios de imagem corporal. Amenorréia em mulheres pósmenarca (ausência de, pelo menos, três ciclos menstruais consecutivos).

DIAGNÓSTICO 1. Início entre as idades de 10 e 30 anos 2. Perda de peso de 25% ou 15% abaixo do normal para idade e altura. 3. Atitudes especiais: Rejeição Imagem corporal distorcida Esconde a comida 4. Ao menos um dos seguintes: Lanugo Bradicardia Hiperatividade Episódios de hiperalimentação (bulimia) Vômitos, que podem ser auto-induzidos 5. Amenorréia 6. Nenhuma outra doença conhecida 7. Nenhuma outra desordem psiquiátrica 8. Outras características: Constipação PA baixa Hipercarotenemia (metabólica) Diabetes insipidus ANOREXIA NERVOSA Diagnóstico definitivo é de exclusão (TU Hipofisário)

DIAGNÓSTICO BULIMIA Definição: Episódios de hiperalimentação seguidos de vômitos induzidos, jejum ou uso de laxativos e diuréticos. Incidência: 1 % das mulheres jovens. Diagnóstico: Clínico, afastar outras causas de distúrbios alimentares Amenorréia precede ou sucede a perda de peso Alta incidência de distúrbios depressivos Anoréxicas bulímicas: mais velhas isoladas socialmente alta incidência de problemas familiares peso corporal flutua mas nunca chega aos níveis extremos das Anoréxicas por dieta

FATORES DE RISCO PARA FRATURAS ÓSSEAS ESTUDO DE META-ANÁLISE SOBRE 80 FATORES ALTO RISCO (RR > 2) Baixo peso Perda de peso Inatividade física Uso de corticóides ou anticonvulsivantes Hiperparatireoidismo primário Diabetes Mellitus Tipo I Gastrectomia Anemia perniciosa Envelhecimento (> 70 anos) ANOREXIA NERVOSA

EXERCÍCIO FÍSICO

% gordura corporal Supressão Hipotalâmica 22% = mínimo para sustentar menstruação 17% = mínimo para iniciar a menarca Corredoras de maratona Epidemiologia 2/3 têm fase lútea curta ou anovulação Bailarinas EXERCÍCIOS FÍSICOS INTENSOS Principalmente em época de competição Menos freqüente em esportes que mantêm maior porcentagem de gordura corporal (natação) Em crianças pode acarretar atraso da menarca até 3 anos

Prevalência de Irregularidade Menstrual em Atletas Atividade Estudo Número % Irreg. Física Pop. Geral Petterson et al 1.862 2 Singh 900 5 Ballet Abraham et al 29 79 Feicht et al 128 6-43 Corredora Sanborn et al 237 26 Ciclismo Sanborn et al 33 12 Nadadora Sanborn et al 197 12

Proporção de Irregularidade Menstrual em Atletas Peteca Natação Amenorréia Oligomenorréia Ballet Corrida Ginastica 0 20 40 60 80 100 120 Incidência (%)

ANOVULAÇÃO DE ORIGEM CENTRAL Distúrbios Psico- Neuroendócrinos: - Psicogênica - Anorexia Nervosa - Exercício Físico Excessivo - Pseudociese - Anovulação - Desnutrição SNC Hipotálamo Drogas Lesões Hipotalâmicas Deficiência Isolada de Gonadotrofinas Hipófise Hiperprolactinemia Hipopituitarismo Tumores S. de Sheehan