CÁLCULO DO FATOR TOPOGRÁFICO DA EQUAÇÃO UNIVERSA DE PERDA DE SOLOS NA BACIA DO CÓRREGO BAGUAÇU, ARAÇATUBA-SP UTILIZANDO SIG1



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Transcrição:

CÁLCULO DO FATOR TOPOGRÁFICO DA EQUAÇÃO UNIVERSA DE PERDA DE SOLOS NA BACIA DO CÓRREGO BAGUAÇU, ARAÇATUBA-SP UTILIZANDO SIG1 Laís Coêlho do Nascimento Silva Doutoranda no Programa de Pós Graduação em Geografia Física da FFLCH- USP. laiscns@usp.br Ailton Luchiari Professor Assistente Doutor da Universidade de São Paulo. aluchiar@usp.br INTRODUÇÃO A EUPS (Equação Universal de Perda de Solo) tem como objetivo prever a média anual de perda de solos por erosão laminar em condições específicas, levando em consideração o tipo de solo, a topografia, potencial erosivo da chuva, o uso e ocupação do solo e as práticas conservacionistas empregadas (Wischmeier e Smith, 1978) sendo possível determinar o cultivo e alternativas de gestão a fim de reduzir a perda para cada tipo de solo (MITCHELL e BUBENZER, 1980 p.17). O cálculo para estimativa de perda de solos em um determinado local é alcançado pela fórmula abaixo: A= R. K. L. S. C. P Onde: A= perda de solo por unidade de área; R= erosividade da chuva; 1 Parte da Tese de Doutorado Avaliação dos processos erosivos hídricos nas bacias do Ribeirão Baguaçu e Córrego do Barreiro, SP financiado pela CAPES. 4917

K= erodibilidade do solo; L e S= consideram a extensão da vertente (em metros) e da declividade (em %); C= fator de uso e manejo, estando relacionado ao fator K, P= práticas conservacionistas. O objetivo deste artigo é calcular o Fator Topográfico (LS) com o auxílio do SIG (Sistema de Informação Geográfica) Spring 4.3.3, baseando nos pressupostos de Bertoni e Lombardi Neto (2012) que desenvolveram uma equação que possibilita calcular as perdas médias de solos para diferentes graus de declive e comprimentos de rampa. O Fator Topográfico (Fator LS) provoca diferentes formas dos processos erosivos, ou seja, a declividade e o comprimento de rampa são fatores que controlam o escoamento das águas nas encostas, incidindo a erosão laminar pelo declive, além de ocorrer os processos de erosão linear, que acontecem quando o comprimento de rampa e ondulações das vertentes coletoras de fluxos concentra e aumenta o escoamento pluvial (STEIN, PONÇANO e SAAD, 2003). Antes de se efetuar tal índice, são necessários os resultados do comprimento de rampa, constituindo um índice de certa dificuldade, porém com diversas formas de ser obtido, e o indicador de declividade. O comprimento de rampa é definido como a distância entre o ponto de origem do fluxo de água, até o ponto de gradiente diminui o suficiente para se iniciar a deposição de sedimentos ou o local em que se concentram enxurradas em um canal de drenagem definido (WISCHMEIER e SMITH, 1978). Moreira e Pires Neto (1998) consideram o comprimento de rampa, como a distância entre a linha divisória da bacia hidrográfica e a linha do talvegue traçada perpendicularmente à forma do relevo. O grau de declive da vertente representa um fator importante na intensidade da erosão pela água, conforme Bertoni e Lombardi Neto (2012), pois na medida em que cresce o caminho percorrido pela água, aumenta também a velocidade do escoamento, consequentemente a energia que resultará em erosão (VALENTIM, 2008). O comprimento de rampa é um fator de certa complexidade devido aos diferentes perfis do relevo, podendo ser reto, côncavo, convexo ou uma combinação de 4918

formatos (FUJIHARA, 2002), pois de acordo com Silva et al (2003) as vertentes côncavas são mais suscetíveis ao desenvolvimento de ravinas e voçorocas, sendo que há maior concentramento de fluxo do escoamento superficial, enquanto que nas vertentes convexas o escoamento é divergente, sendo menos suscetíveis à erosão acelerada. Valeriano (2002) também salienta que a escolha do método para determinação do Fator Topográfico é muito importante, pois alguns métodos podem levar a superestimação dos resultados. Wilson (1986), afirma que a aplicação dos fatores LS da EUPS em bacias hidrográficas gera problemas, já que é necessária a mensuração de vários perfis, exigindo tempo e sendo mais custoso. O autor afirma também que a média dos valores de LS em bacias hidrográficas não pode ser utilizada para se estimar a média de perda de solos na bacia, porque o comprimento de rampa e declive são fatores não-linear, e não distribuídas de maneira uniforme. Porém, há vários trabalhos realizados em bacias hidrográficas e várias maneiras de se obter o Fator LS da EUPS, por exemplo, o comprimento médio das vertentes pode ser considerado como a extensão do percurso superficial, ou seja, a extensão percorrida pelo escoamento pluvial, sendo este recurso utilizado por COSTA (2005), que utilizou o Spring pra se obter o resultado de comprimento de rampa, e TAVARES (1986), no alto curso do Rio São José dos Dourados, oeste do estado de São Paulo, no qual o autor mediu manualmente com o auxílio do curvímetro. Rosa (2001) também recorreu a morfometria da bacia, calculando o comprimento de rampa ao dividir o perímetro da bacia por 2, considerando que a metade do perímetro da bacia representa o total de comprimentos dos canais. Minella et al (2010) comparou os resultados de dois métodos de representação espacial entre si, na escala de bacias hidrográfica, utilizando o método tradicional, com análise no campo para o fator LS em quatro sub-bacias da bacia do Arroio Lajeado Ferreira, que possui uma área aproximada de 119 ha, localizada no, município de Arvorezinha, RS. Os métodos em representação espacial foram os propostos por Desmet e Govers (1996) e Moore e Burch (1986a), sendo necessária a definição da área de fluxo acumulada e a área de contribuição específica, respectivamente. O terceiro método, em campo, foi realizado a partir dos comprimentos de rampa e declividade em transectos em cada sub-bacia. Comparando os dois métodos de representação espacial, os resultados se mostraram 4919

parecidos, diferentemente dos valores encontrados em campo, indicando que o uso de métodos de representação espacial para o fator LS é de grande valia na escala de bacias hidrográficas, mesmo em áreas de relevo complexo. Valeriano (2002) encontrou dificuldades para estabelecer o limite de curvatura e confluência no movimento das águas superficiais com dados cartográficos, sendo que em alguns casos, o resultado é susceptível a subjetividade. O autor utilizou metodologias estatísticas e geoestatísticas do comprimento de rampa, com dados cartográficos e dados de campo. Os resultados obtidos com as técnicas digitais foram satisfatórios, desde que haja detalhamento cartográfico e reconhecimento das feições topográficas, mostrando melhores resultados em áreas com terrenos suaves. Simões (2013) utilizou algoritmos em ambiente SIG (Arcgis e Idrisi) para testar três Modelos Digitais de Terreno a fim de se conhecer qual a influência dos diferentes algoritmos na determinação do fator topográfico LS quando utilizado o mesmo MDT e também qual a influência dos diferentes MDTs no cálculo do fator LS, quando utilizado o mesmo algoritmo, aplicado em duas sub-bacias de Portugal, a bacia do rio Ocreza e a bacia do rio Ponsul que estão inseridas na bacia hidrográfica do rio Tejo. Os algoritmos testados foram de Wischmeier e Smith (1978, McCool et al (1987,1989), Desmet and Govers (1996), Moore e Wilson (1992) e Mitasowa et al (2001), utilizando as ferramentas dos programas C+ +, USLE 2D, Sextante Saga (Quantum GIS), Topocrop (Arcview 3.2) e Mitasova (Arcgis 10.0). Os MDTS utilizados foram a altimetria, em formato vetorial, com resolução de 12,5 m, as imagens ASTER Global Digital Elevation Model (ASTER GDEM) com resolução de 30m e as imagens Shuttle Radar Topography Mission (SRTM) com resolução de 80m. Em síntese, o estudo concluiu que pelo menos um dos algoritmos de cálculo do fator LS gera, para o mesmo MDT, valores de LS diferentes dos restantes, portanto os valores de LS alteram de acordo com o tipo de algoritmo e MDT utilizados. De acordo com as considerações apresentadas, o fator topográfico apresenta certas dificuldades para obtenção, porém o uso de ferramentas e dados digitais possibilita analisar a superfície do terreno das bacias hidrográficas de forma regular, considerando a dificuldade de se trabalhar com a escala real de bacias hidrográficas. 4920

LOCALIZAÇÃO DA BACIA DO CÓRREGO BAGUAÇU A bacia hidrográfica do Córrego Baguaçu possui aproximadamente 614 km² de área, e extensão de 55 km, desde sua nascente até a foz, no Rio Tietê, no município de Araçatuba, SP. Localizada no Planalto Ocidental Paulista, uma região que oferece graves problemas relacionados a erosão, de ordem natural, além da erosão acelerada, causadas pelas transformações antropogênicas. O Córrego Baguaçu é ocupado por pastagem, culturas e parte da área urbana de Araçatuba, SP, o qual 70% são abastecidos pelas suas águas (Figura 1). Figura 1: Localização do Córrego Baguaçu. O município de Araçatuba, SP encontra-se localizado na região Aw, de acordo com a classificação de Köppen, com temperatura média entre 19ºC a 28ºC e estação seca no inverno (CETEC, 2008). De acordo com Monteiro (1973) o Córrego Baguaçu encontra-se no setor VIII, onde a principal participação é das massas de Oeste-Noroeste que atuam, no inverno, com o aquecimento pré-frontal, caracterizando em chuvas reduzidas no inverno, 4921

portanto, mais seco. O período de chuvas se concentra nos meses de setembro/outubro até o mês de abril. A total da precipitação média mensal, não ultrapassa os 250 mm, conforme o gráfico abaixo (Figura 2). Os dados são do posto pluviométrico C7-073 Água Limpa localizado no município de Araçatuba, no período de 1971 a 2000, obtidos por meio do DAEE. Figura 2: Média da precipitação mensal entre os anos de 1971 a 2000 do Córrego Baguaçu. Org. dos dados: Laís Coêlho do Nascimento Silva. A geomorfologia da área, de maneira geral, constitui-se os relevos de degradação: Colinas Amplas e Médias, com longas encostas e baixas declividades e os relevos aplainados por agradação: Planícies Aluviais e Terraços Fluviais. De acordo com Salomão (1994), os solos da região estão associados ao grupo Bauru, caracterizados por serem bem desenvolvidos, com horizontes profundos e organizados, sendo que os horizontes superiores apresentam diferenciação do material de origem, devido ao ambiente climático inserido. Segundo Sudo (1981) a litologia da Formação Bauru é coberta por materiais arenosos e/ou areno-argilosos de origem coluvial, que são depósitos cenozoicos ou formações superficiais terciárias/quaternárias. Esse material é responsável pela formação dos solos com B textural: Argissolos de Lins e Marília (na classificação anterior eram chamados de Solos Podzolizados), variação Lins e Marília; e os solos com B latossólico: Latossolos Vermelho- escuro, na fase arenosa. 4922

Os solos Argissolos variação Lins e Marília são solo arenosos, com arenito e cimento calcário, com podzolização acentuada e alta saturação de bases. Possuem abrupta diferença textural entre os horizontes A e B, facilitando o saturamento do horizonte superior, consequentemente o caimento das encostas. Os solos com B latossólico possuem como principal indicador o horizonte B para definir e caracterizá-los. São solos cuja textura predominante é argilosa, podendo ainda ser franco-argilosa, franco-argilo-arenosa, argilo-arenosa e franco-arenosa; sendo que a fração argila é superior a 15% e de valor igual ou superior que o horizonte A (LEPSCH, 1994). O conteúdo de argila do horizonte B textural é maior que o do horizonte A ou E, e pode, ou não, ser maior que o do horizonte C (EMBRAPA, 2006), o que os torna mais susceptível a formação de sulcos, pois é criado um gradiente de drenagem entre os horizontes superficial e subsuperficial, que aumenta os processos erosivos na superfície (DEMARCHI, 2012), removendo a camada arável do solo. MATERIAIS E MÉTODOS O mapa de declividade (Fator S) foi feito a partir das curvas de nível com equidistância de 10 metros, e pontos cotados disponibilizadas em formato digital pelo IBGE, em escala de 1:50000. A partir das curvas de nível e pontos cotados, gerou a grade retangular e triangular, que servem para criação do modelo numérico de terreno. A grade triangular permite que sejam representadas as feições geomórficas por meio das arestas do triangulo que são criados a partir das feições lineares de relevo (cristas) e drenagem (vales), e a grade retangular ou regular é um modelo digital que aproxima superfícies através de um poliedro de faces retangulares. (INPE, 2006). O mapa de declividade foi feito a partir da grade retangular, que é resultado dos valores de altitude da superfície, sendo medido em porcentagem, e posteriormente fazendo o fatiamento dessa grade. O fatiamento consiste em gerar uma imagem temática a partir de uma grade numérica (INPE, 2006). As classes e o método de análise para o mapa de declividades utilizadas foram sugeridas por Lepsch (1983), que relaciona a declividade com planejamento agrícola do terreno. As classes foram: classe A: 0-2%, classe B: 2-5%, classe c: 5-10%, classe D: 10-15% e classe E: 15-45%, sendo estas mesmas classes executadas para o processo de fatiamento. 4923

Para gerar o mapa de comprimento de rampa foram necessários os vetores da linha de drenagem, e os divisores de água das sub-bacias. Importou-se a drenagem como linhas de quebra e os divisores de água com valor Z=0, no mesmo PI onde gerou a função mapa de distâncias nas linhas de divisores de água, no qual foi criada uma grade. Os divisores recebem valores 0 pois, de acordo com TOMAZONI e GUIMARÃES (2005), o caminho percorrido pelas águas inicia-se no divisor de água e vai até a drenagem (como linhas de quebra). Utilizando a programação Legal do Spring, executou-se uma rotina para criação da grade do fator topográfico (Fator LS), substituindo na fórmula de (BERTONI e LOMBARDI NETO, 2012) (1) o PI da grade de declividade e o da grade do comprimento de rampa: LS= 0,00984 (1) Onde: LS= Fator topográfico C= Comprimento de rampa em metros D= Grau de declive em porcentagem RESULTADOS A maior área da do Córrego Baguaçu é representada por colinas amplas, com topos extensos e vertentes de perfis retilíneos e convexos, apresentando declives suaves, podendo ser adotadas práticas de controle a erosão, como terraços em nível e plantio em nível, entre outras (Tabela 1): Tabela 1: Classes de declividade e classificação do relevo do Córrego Baguaçu. Classes de declividade A Declividade em % B 0-2 29,8 2-5 27,9 5-10 33,8 10-15 7,4 15-45 Área total das classes 1,2 C D E % Classificação Áreas planas Áreas com declives suaves Áreas com superfícies inclinadas Áreas muito inclinadas Áreas fortemente inclinadas 100 Adaptado de: Lepsch (1983). 4924

Os resultados mostram que a maior área da bacia (33,8%) está na classe de declividade C, ou seja, entre 5 e 10%, seguidas pelas classes A de 0 a 2% com 29,8% da área e a classe B, com 2 a 5% de declividade e área de 27,9%, ou seja, grande parte do Córrego Baguaçu é caracterizado por baixos declives. As colinas são médias nas nascentes do Córrego Baguaçu e em direção ao Rio Tietê as colinas são amplas (Figura 3). Figura 3: Mapa de declividade do Córrego Baguaçu. De acordo com Lepsch (1983) a Classe A é formada por áreas planas, com deflúvio lento ou muito lento. Quanto a declividade, não oferece dificuldades ao uso de máquinas agrícolas, nem erosão hídrica significativa. A Classe B representa áreas com declives suaves. A declividade não oferece impedimento de máquinas e as práticas simples de conservação são necessárias, 4925

principalmente em solos muito erodíveis e com comprimentos de rampa muito longos. Na classe C o relevo é ondulado, com áreas de superfícies inclinadas. A declividade não oferece impedimento de máquinas, porém é necessário práticas complexas, como terraceamento e faixas de retenção para que as áreas com esse declive possam ser cultivadas intensivamente. A Classe D compreende muito inclinadas. As máquinas podem ser usadas, mas com dificuldades. Os solos são facilmente erodíveis, podendo ser utilizado para culturas perenes, pastagens ou reflorestamento. Na Classe E o relevo é fortemente inclinado. As máquinas que podem ser usadas são especiais ou mais leves, e mesmo assim, com dificuldades. É predominante na bacia do Córrego Baguaçu o comprimento de rampa de 50 a 100 m, com 22% de sua área, seguido com 19,1% o comprimento de rampa entre 0 a 10 m (Figura 4, Tabela 2). Figura 4: Mapa de Comprimento de rampa do Córrego Baguaçu. 4926

Tabela 2: Classes de comprimento de rampa do relevo do Córrego Baguaçu. Classes de comprimento de rampa % 0-10 19,1 10-20 16,4 20-30 16,5 30-40 12,7 40-50 10,8 50-100 22,0 100-120 1,7 >120 0,9 Área total das classes 100,0 Conforme a Tabela 3, os resultados mostram que quase metade da área do Córrego Baguaçu (43,8%) o fator topográfico varia entre 0 a 1.2 (adimensional), enquanto a outra metade encontra-se entre as classes (50,4%) está entre as classes 1.2 a 7.5 (adimensional), ou seja, embora as classes apresentem valores altos de mais de 20, a maioria das áreas apresentam fator topográfico até 7.5. 4927

Figura 5: Mapa de fator topográfico do Córrego Baguaçu. Tabela 3: Classes de fator topográfico do Córrego Baguaçu. Fator topográfico em metros % 0.0-1.2 43,8 1.2-1.7 8,1 1.7-3.3 19,7 3.3-5.5 16,0 5.5-7.5 6,6 7.5-20 5,7 >20 0,1 Área total das classes 100 4928

Os valores do Fator topográfico variaram de 0 a 20, com declividade que variaram de 0 a pouco mais de 70%, e comprimento de rampa de 0 a 300 m. Os resultados foram compatíveis a outros trabalhos, como na sub-bacia do Ribeirão das Perobas em Santa Cruz do Rio Pardo, SP que apresentou fator topográfico de 0 a pouquíssimas áreas na classe de 171,03, onde há maior representatividade nas classes de 2 a 4% (22,20%). A declividade variou entre 0 a mais de 40% e o comprimento de rampa de 0 a 700 m. (DEMARCHI, 2012). Ruthes et al (2012) obtiveram resultados de fator topográfico para a bacia do Rio Catorze em Francisco Beltrão, PR de 0 a >20, sendo que 36% da área encontra-se nas classes entre 0 a 1.2. A declividade varia de 0 a >75, com relevo predominantemente plano, de 0 a 3% (28,59% da área) e comprimento de rampa de 0 a >50 m. Os resultados dos mapas foram parecidos com os de Demarchi (2012) onde as classes de declividade são aproximadamente as mesmas classes do mapa de fator topográfico, indicando que, como na Sub-Bacia do Ribeirão das Perobas (Demarchi, 2012), no Córrego Baguaçu o fator LS possui mais influência da declividade (fator S) que do comprimento de rampa (fator L). CONCLUSÃO A integração dos fatores L e S para geração do Fator Topográfico da EUPS possibilitam conhecer a influência da topografia na perda de solos, pois quanto mais íngreme a área e com grandes comprimentos de rampa, maior o escoamento superficial, que gera maior carga de sedimentos transportados. Os resultados mostraram que a bacia do Córrego Baguaçu apresenta baixa declividade e baixos valores de comprimento de rampa, consequentemente o resultado do Fator Topográfico para a bacia acentua-se nas classes mais baixas, entre 0 a 1.2 (adimensional), enquanto a outra metade encontra-se entre as classes (50,4%) está entre as classes 1.2 a 7.5 (adimensional) indicando ser baixa a vulnerabilidade a erosão. Porém, é importante salientar que o resultado apresentado representa apenas um dos fatores da EUPS, os demais fatores irão apresentar resultados completos do atual cenário da bacia do Córrego Baguaçu em relação aos processos erosivos. 4929

A utilização do SIG demonstrou ser eficiente, alcançando resultados satisfatórios de maneira rápida, diante da metodologia proposta. REFERÊNCIAS BERTONI, J. e LOMBARDI NETO, F. Conservação do solo. 8. Ed. São Paulo: Ícone, 2012. 355p. COSTA, A. L.C. da. Estudo da vulnerabilidade à erosão com a aplicação da Equação Universal de Perda de Solo na Alta Bacia Hidrográfica do Rio Jacaré Pepira, utilizando SIG/SPRING. 2005. 168 f. Dissertação (Mestrado em Geociências). Instituto de Geociências e Ciências Exatas. Universidade Estadual Paulista UNESP. Rio Claro. DEMARCHI, J. C. Geotecnologias Aplicadas à Estimativa de Perdas de Solo por Erosão Hídrica na Sub-Bacia do Ribeirão das Perobas, município de Santa Cruz do Rio Pardo SP. 2012. 167 f. Dissertação (Mestrado em Agronomia). Faculdade de Ciências Agronômicas da Unesp Campus de Botucatu. Botucatu, SP. EMBRAPA- Centro Nacional de Pesquisa de Solos. Sistema brasileiro de classificação de solos. 2. ed. Rio de Janeiro, 2006. 306p. FUJIHARA, A. K. Predição de erosão e capacidade de uso do solo numa microbacia do oeste paulista com suporte de geoprocessamento. 2002. Dissertação. (Mestrado em Ciências). Universidade de São Paulo. Esalq. Piracicaba, SP. Spring. Aula 8. Disponível em: <file:///c:/program%20files %20(x86)/spring433_Port/helpport/indice.htm>. Acesso em 05 ago de 2013. MINELLA, J. P.G. et al. Utilização de Métodos de Representação Espacial para Cálculo do Fator Topográfico na Equação Universal de Perda de Solo revisada em Bacias Hidrográficas. In: Revista Brasileira de Ciência do Solo, 34 p.1455-1462, 2010. MITCHELL, J. K. e BUBENZER G.D. Soil loss estimation. IN: KIRKBY, M. J. e MORGAN, R. P. C. Soil Erosion. Jon Wiley and Sons Ltd., 1980. p.17-62. MONTEIRO, C. A. de F.. A Dinâmica Climática e as Chuvas no Estado de São Paulo. IGEOG/USP, São Paulo, 1973. 129p. MOREIRA, C. V. R. ; PIRES NETO, A. G. Clima e Relevo. In: OLIVEIRA, A. M. S. (Ed.) Geologia de Engenharia. São Paulo: Associação Brasileira de Geologia de Engenharia, 1998. cap. 5, p. 69-85. ROSA, R. Erosão Laminar Potencial em Microbacias Hidrográficas. VII Simpósio Nacional de Controle de Erosão Goiânia (GO), 03 a 06 de maio de 2001. p. 1-9. LEPSCH, I. F. coord. Manual para levantamento utilitário do meio físico e classificação de terras no sistema de capacidade de uso. Campinas, Sociedade Brasileira do Solo, 1983. 175p. RUTHES, J. M. et al. Uso de Sistema de Informação Geográfica na Determinação do Fator Topográfico da Bacia do Rio Catorze, Sudoeste do PR. Revista Brasileira de Geografia Física 05, 2012. p. 1099-1109. LEPSCH, I. F. Solos do Estado de São Paulo. IN: LOMBARDI NETO, F. e DRUGOWICH, M. I. (coord.) Manual Técnico de manejo e conservação do solo e água. CATI. n. 39. Campinas, 1994. P. 70 a 121. SALOMÃO, F. X.T. Solos do arenito Bauru. IN: PEREIRA, V de P., FERREIRA, M, E. F. e CRUZ, M. C. P. da. Solos altamente suscetíveis à erosão. Jaboticabal, FCAV- UNESP/SBCS, 1994. p. 51-66. INPE. Instituto de Pesquisas Espaciais. Tutorial SILVA, A. M. da. ; SHULZ, H.E.; CAMARGO, P.B. Erosão e hidrossedimentologia em bacias 4930

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CÁLCULO DO FATOR TOPOGRÁFICO DA EQUAÇÃO UNIVERSAL DE PERDA DE SOLOS NA BACIA DO CÓRREGO BAGUAÇU, ARAÇATUBA-SP UTILIZANDO SIG EIXO 6 Representações cartográficas e geotecnologias nos estudos territoriais e ambientais RESUMO A erosão é um processo natural, onde os detritos removidos pela ação intempérica são depositados em uma porção de declividade inferior, por exemplo, em uma bacia hidrográfica, cujos detritos removidos são depositados no vale fluvial, que representa a porção mais baixa desse sistema, acarretando em problemas como assoreamento do canal e empobrecimento e/ou retirada da camada superficial do solo. A EUPS (Equação Universal de Perda de Solos) leva em consideração o tipo de solo, a topografia, potencial erosivo da chuva, o uso e ocupação do solo e as práticas conservacionistas empregadas (A= R. K. L. S. C. P) que tem como objetivo prever a média anual de perda de solos por erosão laminar em condições específicas. O comprimento de grau e declive da vertente representa um fator da EUPS, sendo importante na representação da intensidade da erosão pela água na vertente. O objetivo deste trabalho é o cálculo do Fator Topográfico (LS) com o auxílio do SIG (Sistema de Informação Geográfica) Spring 4.3.3, utilizando a equação de Bertoni e Lombardi Neto (2012). Para gerar o mapa de comprimento de rampa (Fator LS) executou-se a programação Legal do Spring, por meio de uma rotina que associou a grade de declividade e a grade do comprimento de rampa. Os resultados mostraram que aproximadamente metade da área do Córrego Baguaçu (43,8%) o fator topográfico varia entre 0 a 1.2 m., enquanto a outra metade encontra-se entre as classes (50,4%) está entre as classes 1.2 a 7.5 mm mostrando ser de muito baixa a baixa a vulnerabilidade a erosão. Porém, é importante salientar que o resultado apresentado representa um dos fatores da EUPS, os demais fatores irão apresentar resultados completos do atual cenário da bacia do Córrego Baguaçu em relação aos processos erosivos. Palavras-chave: erosão, fator topográfico, geoprocessamento. 4932 bacia-hidrográfica, sensoriamento-remoto,