Ministério da Ciência e Tecnologia Política Industrial para o setor de TI: resultados, abrangência e aperfeiçoamentos Augusto Gadelha Secretário de Política de Informática Câmara dos Deputados Comissão de Ciência e Tecnologia, Telecomunicação e Informática 6 de Outubro, 2009
Ministério da Ciência e Tecnologia - Lei de Informática - Microeletrônica e Semicondutores - PDP - TIC
Lei de Informática: elemento essencial de políticas públicas para o desenvolvimento das TICs
A Lei de Informática é um poderoso instrumento para: atração de investimentos industriais, inclusive de empresas multinacionais desenvolvimento da capacitação tecnológica Sem ela, as importações de TICs seriam muito maiores Porém, outras políticas públicas (PACTI, PDP, BNDES, etc.) são necessárias para complementar e ampliar os resultados desejados Países competidores (Índia, China,...) usam incentivos de forma mais ampla: redução de impostos (inclusive imposto de renda), financiamentos e participações, construção de infra-estruturas físicas pelo poder publico, extensivos programas de formação de RHs, etc.
Dados de 2008 Quantidade de empresas (sem as filiais) 370 Faturamento total das empresas 49.185.212.274,62.Faturamento total em produtos incentivados 24.675.442.526,43.Faturamento total em microcomputadores 7.527.641.591,04.Faturamento total em software 760.424.274,77 Balanço dos Investimentos em P&D em 2008 Investimentos próprios 486.451.062,64 Investimentos em convenio 336.593.897,52 Sub total 823.044.960,16 FNDTC 64.617.469,01 PPI 16.989.978,79 Total 904.652.407,96.Faturamento total em serviços de TI 1.969.435.048,67 Exportações totais das empresas 4.856.108.997,80.Exportações totais em produtos incentivados 2.328.284.027,67 Importações totais das empresas 19.985.499.124,62.Importações totais em insumos para produtos incentivados 14.311.909.116,61 Investimentos das empresas (sem P&D) 594.569.303,77 Valor total dos incentivos fiscais 3.183.618.199,26 impostos pagos sobre a venda de produtos incentivados 4.707.511.296,10 Quantidade total de pessoal das empresas 85.087.Quantidade total de pessoal das empresas, de nível superior 20.142 % sobre o faturamento dos bens incentivados 3,67 % (> 3 x média nacional).quantidade total de pessoal em atividades de P&D 6.043 Quantidade total de patentes requeridas pelas empresas 362
Resultado da Lei: criação e fortalecimento de centros tecnológicos. As 19 maiores instituições representam 84% (R$ 256,5M) do total aplicado pelas empresas nas entidades de P&D (são 101, no valor total de R$ 336.593.897,52). Mais de 30% dos investimentos são feitos no Nordeste Os projetos têm ampliado e fortalecido significativamente a indústria de SOFTWARE Entidades de P&D: 19 maiores (ordem alfabética) Associação do Laboratório de Sistemas Integráveis Tecnológico Associação do Laboratório de Sistemas Integráveis Tecnológico Nordeste Brisa - Sociedade para o Desenvolvimento da Tecnologia da Informação Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações Centro de Pesquisas Avançadas Wernher von Braun Centro Federal de Educação Tecnológica do Ceará Centro Internacional de Tecnologia de Software Flextronics Instituto de Tecnologia Instituto Atlântico Instituto de Pesquisas Eldorado Instituto Nacional de Telecomunicações Instituto Recôncavo de Tecnologia Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Samsung Instituto de Desenvolvimento para a Informática Samsung Instituto de Desenvolvimento para a Informática da Amazônia Universidade Federal de Pernambuco Universidade Federal do Ceará Venturus Centro de Inovação Tecnológica
Exemplos de sucessos decorrentes da Lei Brasil é competitivo mundialmente nos segmentos de automação bancária e comercial, com tecnologias próprias de equipamentos, software aplicativos Brasil é produtor de software para Telecom, especialmente celulares, para o mercado mundial Percentual de investimento em P&D 3,67% do faturamento equipara-se a níveis internacionais o 30,5% dos 2105 projetos de P&D realizados pelas 370 empresas em 2008 foram por elas considerados de alto nível de inovação O Brasil é produtor de software para gestão de grandes corporações industriais no mercado mundial A Indústria de TICs no Brasil é das poucas no mundo a desenvolver e fabricar produtos competitivos para: radiodifusão, telecomunicações e comunicações ópticas, setor médico-hospitalar, automação industrial e controle de processos
Característica importante da indústria: Maior participação de investimentos em P&D no desenvolvimento de software, principalmente embarcados
Paula Bromberg, UFRS, 2008 Os Incentivos fiscais e a industria de informática no Brasil
Algumas questões relevantes a Economia Digital e a Sociedade do Conhecimento requer a articulação dos diversos instrumentos e programas de modo a abarcar integralmente as TICs e a convergência digital a Lei de Informática favorece grandemente a desconcentração regional no desenvolvimento tecnológico, mas requer que instrumentos federais e estaduais adicionais sejam utilizados para contemplar uma melhor alocação industrial (as empresas incentivadas estão localizadas em 91 municípios) o instrumento de PPB contribui para o adensamento da cadeia produtiva e a agregação de valor. No entanto, este instrumento requer outros mecanismos para a geração de uma indústria de componentes mais expressiva (ex: PADIS, na área de semicondutores)
Algumas questões relevantes (cont.) as indústrias nacionais, incluindo aquelas com atuação global, têm foco no mercado interno. Necessário novos instrumentos para ampliar a competitividade e aumentar as exportações (ex: RECOF, logística, infraestrutura aeroportuária,...) necessário impulsionar a criação de grandes empresas nacionais com atuação global (ver ação BNDES) (48% das empresas incentivadas têm faturamento total abaixo de R$ 15M) a PDP (Política de Desenvolvimento Produtivo) agrega os diversos instrumentos governamentais de estímulo ao desenvolvimento industrial e tecnológico buscando maximizar seus efeitos
Alguns Desafios: manter e desenvolver um ambiente seguro, realista e positivo para a indústria. 1. Promover maior integração entre os mecanismos governamentais de estimulo ao setor de TICs: Lei, Subvenção Econômica, Chamadas FINEP e CNPq, Financiamentos BNDES, apoios Estaduais. 2. Ampliar os programas que visam auxiliar as PMEs no desenvolvimento de sua capacitação tecnológica e acesso a RHs. 3. Ampliar o investimento de empresas multinacionais em P&D, colocando o Brasil entre seus centros de desenvolvimento verdadeiramente prioritário-centrais, e atrair para o Brasil seus fornecedores. 4. Fortalecer os programas e mecanismos para promover as exportações e a inserção internacional de nossas empresas. 5. Ampliar os programas de desenvolvimento de RHs. 6. Desenvolver mecanismos para o uso do poder de compra do governo.
Microeletrônica e Semicondutores
Resumo de Ações e Medidas Recursos Humanos Infraestrutura Fomento a projetos Mecanismos e instrumentos - marco regulatório, política de incentivos, atração de investimentos
Projeto (Design) Manufatura Segundo Passo Investimentos privados em empresas de projeto (design house) Próxima Ação: Rede SIBRATEC de Microeletrônica Próximos Passos Atração de Investimentos Backend e Foundry Primeiro Passo 2º Estágio Centros de Treinamento - Formação e Capacitação de Recursos Humanos/Projetistas Criação do PADIS - 2007 1º Estágio Programa CI-Brasil e Projeto Brazil-IP Implantação do CEITEC - 2009 Road Map para Desenvolvimento da Indústria Brasileira de Microeletrônica Ano
PROGRAMA DE FORMAÇÃO E CAPACITAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS EM MICROELETRÔNICA 2 Centros de Treinamento implantados: CT#1 Porto Alegre, RS (Início: abril 2008) CT#2 Campinas, SP (Início: agosto 2008) 300 projetistas formados até dez/2009
CEITEC S.A. Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada Empresa pública, especializada no desenvolvimento e produção de circuitos integrados de aplicação específica (ASICs), com vistas a atender necessidades de mercado com alto padrão de qualidade, 1 9.600 m 2 2 5.100 m 2 Vista das instalações em Porto Alegre 26
Investimentos do Governo Federal no CEITEC 2004-2008 R$ 300 milhões para edificações e equipamentos dezembro 2008 - empresa criada fevereiro 2009 - diretoria nomeada Chip para rastreabilidade de animais: (1,89 mm x 1,21 mm) 27 de março 2009 Inauguração do Centro de Pesquisa e Projetos outubro 2009 Inauguração da fábrica de CI 27
PDP TIC Tecnologias de Informação e Comunicação Sub-programas Mobilizadores Software e Serviços TI Estratégia: Focalização e Conquista de Mercados Mostradores de Informação (Displays) Estratégia: Focalização e Conquista de Mercados Microeletrônica Estratégia: Focalização e Conquista de Mercados Infra-estrutura para Inclusão Digital Estratégia: Ampliação do Acesso e Focalização Adensamento da Cadeia Produtiva Estratégia: Conquista de Mercados (Interno e Externo)
Microeletrônica Estratégia: Focalização e Conquista de mercados Lei de Informática Objetivo: ampliar produção local e exportações de componentes microeletrônicos Situação atual Déficit de US$ 11,45 bilhões na balança comercial do complexo eletrônico em 2007: componentes eletrônicos (US$ 5,5 bilhões), principalmente semicondutores (US$ 3,25 bilhões) Metas 1. Implantar 2 empresas de fabricação de Circuitos Integrados (ou MEMS), envolvendo a etapa de front-end 2. Elevar o número de Design Houses do programa CI Brasil de 7 para 15 e fortalecer a sua atuação Implantar empresas brasileiras de base tecnológica Foco: Design Houses e ASICS Desafios Converter Brasil em plataforma de exportação para grandes players Internacionais. Foco: CI padronizados e foundries Gestão MCT MDIC
Microeletrônica: iniciativas (1/3) Lei de Informática Iniciativas Medidas e recursos Responsáveis Apoio financeiro e capitalização Financiamento e capitalização a empresas, SPEs, consórcios e jointventures para viabilizar investimentos no setor Estruturação de Fundos de Investimento em Participações (FIPs) e Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) BNDES BNDES Mercado de Capitais Promoção do investimento em inovação Grupo de trabalho: Lei do Bem Objetivo: reduzir a incerteza jurídica quanto à aplicabilidade dos incentivos à inovação tecnológica previstos na Lei do Bem (11.196/05), regulamentados pelo Decreto 5.798/2006. MF MCT MDIC ABDI Desoneração tributária Aperfeiçoamento do PADIS Eliminação de restrição de acesso aos incentivos do Programa na aquisição de máquinas e equipamentos usados MF
Microeletrônica: iniciativas (2/3) Lei de Informática Iniciativas Medidas e recursos Responsáveis Centros tecnológicos Capacitação e Treinamento CEITEC: - Conclusão da infra-estrutura fabril: até 30 de junho de 2008 -Início da produção de circuitos integrados: até julho de 2009 Fortalecimento do Programa CI Brasil e modernização dos centros de P&D (incluindo tecnologia de processos) Formatação de programa de capacitação de especialistas em projetos de CI e processos de manufatura de semicondutores MCT BNDES FINEP ABDI MCT MEC Sistema S MTE Apoio às PMEs (Design Houses) Estruturação, fortalecimento e capitalização de Fundos de Empresas Emergentes (FEEs) e Fundos de Venture Capital Desenvolvimento e capitalização de incubadoras e parques tecnológicos, articulados com universidades e centros de pesquisa BNDES Mercado de Capitais MCT/FINEP BNDES FINEP
Microeletrônica: iniciativas (3/3) Iniciativas Medidas e recursos Responsáveis Atração de Investimentos Estrangeiros Implantar o PAIEM (Programa de Atração de Investimentos Estrangeiros em Microeletrônica) para:. identificação de investidores potenciais. organização de missões de fomento para divulgação do mercado brasileiro e dos instrumentos de apoio existentes. apoio à estruturação de operações de investimento direto em microeletrônica (incluindo joint-ventures) Prazo para elaboração do PAIEM: 4 meses MDIC MCT BNDES ABDI MRE APEX
PNI Política Nacional de Informática: um esforço de mais de 30 anos do Governo e do Congresso FUTURO = + INSERÇÃO INTERNACIONAL + COMPONENTES + TECNOLOGIA
OBRIGADO! Augusto Gadelha Secretário de Política de Informática MINISTÉRIO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA Outubro - 2009