ConScientiae Saúde ISSN: Universidade Nove de Julho Brasil

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ConScientiae Saúde ISSN: 1677-1028 conscientiaesaude@uninove.br Universidade Nove de Julho Brasil Sanches Pereira do Nascimento, Eloisa; Sobral Peixoto-Souza, Fabiana; de Córdoba Lanza, Fernanda; Santos Alves, Vera Lucia; Stirbulov, Roberto; Costa, Dirceu Influência de variáveis funcionais e clínicas na qualidade de vida de pacientes com DPOC ConScientiae Saúde, vol. 13, núm. 2, 2014, pp. 234-240 Universidade Nove de Julho São Paulo, Brasil Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=92931451010 Como citar este artigo Número completo Mais artigos Home da revista no Redalyc Sistema de Informação Científica Rede de Revistas Científicas da América Latina, Caribe, Espanha e Portugal Projeto acadêmico sem fins lucrativos desenvolvido no âmbito da iniciativa Acesso Aberto

DOI:10.5585/ConsSaude.v13n2.4658 Recebido em 11 nov. 2013 / aprovado em 25 jun. 2014 Influência de variáveis funcionais e clínicas na qualidade de vida de pacientes com DPOC Influence of functional and clinical variables on quality of life in patients with COPD Eloisa Sanches Pereira do Nascimento 1, Fabiana Sobral Peixoto-Souza 2, Fernanda de Córdoba Lanza 3, Vera Lucia Santos Alves 4, Roberto Stirbulov 5, Dirceu Costa 6. 1 Fisioterapeuta, Mestre, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação Universidade Nove de Julho Uninove. São Paulo, SP Brasil. 2 Fisioterapeuta, Mestre, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação Universidade Nove de Julho Uninove. São Paulo, SP Brasil. 3 Fisioterapeuta, Doutora, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação Universidade Nove de Julho Uninove. São Paulo, SP Brasil. 4 Fisioterapeuta, Pós-doutora, Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. São Paulo, SP Brasil. 5 Médico Pneumologista, Doutor, Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. São Paulo, SP Brasil. 6 Fisioterapeuta, Pós-doutor, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação Universidade Nove de Julho Uninove. São Paulo, SP Brasil. Endereço para correspondência Dirceu Costa R. Vergueiro nº 235/249, Liberdade 01504-001 São Paulo SP [Brasil] Resumo Introdução: A doença pulmonar obstrutiva crônica é caracterizada por limitação do fluxo aéreo, não totalmente reversível. Os pacientes frequentemente apresentam intolerância ao exercício, dispneia e pior qualidade de vida. Objetivo: Avaliar a correlação de variáveis espirométricas, capacidade funcional e índice i-bode com a qualidade de vida em sujeitos com DPOC. Métodos: Realizou-se estudo transversal no Laboratório de Avaliação Funcional Respiratória da Uninove. Os 23 pacientes com DPOC realizaram as seguintes avaliações: anamnese, qualidade de vida e dispneia, espirometria, composição corporal e incremental shuttle walk test. Resultados: Encontrou-se correlação significativa entre o SF-36 e o AQ-20 com a função pulmonar, a distância percorrida e o i-bode, e as variáveis que mais apresentaram contribuição associativa com a qualidade de vida foram IMC, massa gorda,, DP e índice i-bode. Conclusões: Pacientes com DPOC com qualidade de vida mais prejudicada apresentam maior comprometimento da função pulmonar, menor capacidade de exercício e menor sobrevida. Descritores: Aptidão física; Doença pulmonar obstrutiva crônica; Espirometria Qualidade de vida. Abstract Introduction: Chronic obstructive pulmonary disease is characterized by chronic airflow limitation that is not fully reversible. Patients often present exercise intolerance, dyspnea and poorer quality of life. Objective: To evaluate the correlation of spirometric variables, functional capacity and i-bode index with quality of life in patients with COPD. Methods: Cross-sectional study carried out in the Laboratory of Functional Assessment of Respiratory, Uninove. The 23 patients with COPD underwent the following evaluations: medical history, quality of life and dyspnea, spirometry, body composition and incremental shuttle walk test. Results: There was a significant correlation between SF-36 and AQ-20 with pulmonary function, the walking distance and the i-bode, and the variables that presented more membership contribution to quality of life were BMI, fat mass, FEV 1, walking distance and i-bode index. Conclusions: Patients with COPD with more impaired quality of life have greater impairment of lung function, reduced exercise capacity and poor survival. Key words: Physical fitness; Chronic obstructive pulmonary disease; Quality of life; Spirometry. 234 ConScientiae Saúde, 2014;13(2):234-240.

Nascimento ESP, Peixoto-Souza FS, Lanza FC, Alves VLS, Stirbulov R, Costa D Introdução Material e métodos A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma enfermidade respiratória previsível e tratável, caracterizada por limitação crônica ao fluxo aéreo que não é totalmente reversível 1. Embora a DPOC acometa primariamente os pulmões, ela está associada com numerosos e significantes efeitos sistêmicos que atingem uma ampla gama de tecidos extrapulmonares e órgãos sistêmicos 2, tais como a depleção nutricional, a disfunção dos músculos esqueléticos e alterações dos músculos respiratórios, fatores que contribuem para a intolerância ao exercício físico 3. Além disso, diversos aspectos clínicos podem estar associados com a qualidade de vida desses pacientes. Como consequência das manifestações pulmonares e extrapulmonares na DPOC, a qualidade de vida da população acometida é pior nos estágios mais avançados da doença 4 e quando comparada a indivíduos saudáveis 2,5. Os instrumentos que avaliam o quanto a qualidade de vida destes pacientes está prejudicada são diversos, podendo ser genéricos e específicos. O SF-36 é um questionário genérico muito utilizado na avaliação de pacientes com doenças crônicas, englobando aspectos físicos, mentais e emocionais 6. Já o AQ-20 é um instrumento específico para sujeitos com DPOC, mais simples e breve, que apresenta correlações similares a outros questionários específicos 7,8. Estudos que avaliam quais parâmetros clínicos influenciam na qualidade de vida de pacientes com DPOC são importantes para guiar as intervenções, no sentido de otimizar o tratamento dos sintomas/variáveis mais importantes. Assim, o objetivo neste estudo foi avaliar a correlação de variáveis espirométricas, capacidade funcional e índice i-bode com a qualidade de vida de pacientes com DPOC, utilizando-se dois questionários, o Medical Outcomes Study 36 item Short-Form Health Survey (SF-36) e Airways Questionnaire 20 (questionário de vias aéreas 20 AQ-20). Trata-se de um estudo transversal, conduzido no Laboratório de Avaliação Funcional Respiratória (LARESP) do Programa de Pós- Graduação em Ciências da Reabilitação (PPG- CR), Unidade Memorial da América Latina da Universidade Nove de Julho (UNINOVE), devidamente aprovado pelo Comitê de Ética desta IES, sob o parecer número 4.0621/2012, conforme determina a Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde, todos os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, antes do início do trabalho. A amostra de conveniência foi composta por pacientes com diagnóstico de DPOC, em acompanhamento ambulatorial, provenientes do Ambulatório Médico de Especialidades (AME) Dr. Geraldo Bourroul e do Ambulatório de Fisioterapia da Uninove. Foram incluídos pacientes de ambos os sexos, maiores de 40 anos de idade e com diagnóstico de DPOC, segundo critérios da American Thoracic Society (ATS), da Global Obstructive Lung Disease (GOLD) e do II Consenso Brasileiro de DPOC, clinicamente estáveis, sem quadro de exacerbação da doença nos últimos 30 dias e que concordaram em participar do estudo. Foram excluídos aqueles que apresentavam comorbidades graves, tais como cardiopatias, doenças ortopédicas em membros superiores e inferiores, sequelas motoras de doenças neurológicas ou visuais que interferissem na capacidade de realização de exercício físico, hipertensão arterial não controlada e que não concordaram em participar do estudo. Todos os pacientes foram submetidos à entrevista para coleta de dados sociodemográficos, como idade e gênero, e clínicos, como tempo de tabagismo (em anos), comorbidades, dispneia, segundo Medical Research Council (MRC) 9,10, capacidade funcional, classificação do grau de obstrução segundo o GOLD (2013) e espirometria. A aplicação dos questionários de qualidade de vida ocorreu no mesmo dia e foi aplicada pelo mesmo avaliador. O Body Editorial Artigos Estudos de caso Revisões de literatura Instruções para os autores ConScientiae Saúde, 2014;13(2):234-240. 235

Influência de variáveis funcionais e clínicas na qualidade de vida de pacientes com DPOC Mass Index, Airway Obstruction, Dyspnea and Exercise Capacity (BODE), índice que avalia o grau de mortalidade dos indivíduos com DPOC, foi calculado com base na avalição do grau de obstrução (volume expiratório forçado no primeiro segundo ), índice de massa corpórea (IMC), dispneia (MRC) e capacidade de exercício (Incremental Shuttle Walk Test ISWT) 11. O i-bode varia da pontuação mínima de zero à máxima de dez pontos. Quanto maior a pontuação, maior a probabilidade de mortalidade dos indivíduos com DPOC. A composição corporal dos pacientes foi avaliada por meio de uma balança de impedância elétrica da marca Tanita (BC 554 Tanita Iron Man ). A estatura foi verificada por uma fita métrica fixada na parede, escalonada em centímetros. Para a obtenção do índice de massa corporal (IMC), foi aplicada a equação: massa corporal (kg)/estatura 2 (m) 12. Foi realizada uma espirometria para obtenção dos parâmetros capacidade vital forçada (CVF), volume expiratório forçado no primeiro segundo ( ) e relação /CVF, considerando os critérios de aceitabilidade e reprodutibilidade, de acordo com as recomendações da European Respiratory Society 13 e pelas diretrizes para teste de função pulmonar 14. Todos os testes foram realizados em ambiente climatizado, com ar condicionado e medidor de temperatura e umidade relativa do ar. O espirômetro utilizado foi o Easy One da NDD, ultrassônico, previamente calibrado. Os valores previstos foram baseados nas equações de valores estabelecidos para a população brasileira 15. Para efeito de registros, todos foram expressos em litros e em porcentagem do predito. Para avaliação da capacidade funcional, foi realizado o ISWT, teste incremental, considerado submáximo, de acordo com as recomendações de Singh et al. 16. Foi realizado por um avaliador treinado, em um corredor com marcação de dez metros de comprimento por dois cones posicionados a 0,5 metros do final do percurso, utilizando-se um dispositivo sonoro para orientar o andamento do teste, especialmente nas mudanças de velocidade. A cada minuto a velocidade da caminhada era aumentada por um pequeno incremento padronizado pela frequência dos sons. A qualidade de vida foi avaliada por meio de dois questionários aplicados: Airways Questionnaire 20 (questionário das Vias Aéreas 20 AQ-20), específico para doença pulmonar obstrutiva, sendo este validado para a língua local e confiável para a avaliação de pacientes com DPOC, contendo 20 questões relacionadas ao estado de saúde respiratória 7, com uma pontuação que varia de 0 a 20, quanto mais próximo a 20 pior a qualidade de vida. E Medical Outcomes Study 36 item Short-Form Health Survey (SF-36), um instrumento genérico de avaliação de qualidade de vida, de fácil administração e compreensão, que é um questionário multidimensional formado por 36 itens, englobado em oito componentes (capacidade funcional, aspectos físicos, dor, estado geral de saúde, vitalidade, aspectos sociais, aspectos emocionais e saúde mental), validado para língua local de acordo com Ciconelli et al. 6. Para cada componente, é calculado um resultado final numa escala de 0 a 100, em que o escore 0 corresponde ao pior estado de saúde, e o 100, ao melhor. Análise estatística Para análise estatística, a homogeneidade dos dados foi verificada usando o teste de Kolmogorov-Smirnov (KS), e os dados foram expressos em média e desvio-padrão (X±SD), quando paramétricos e mediana, e intervalo interquartílico (Med [IQ]), quando não paramétricos. A correlação de Pearson ou Sperman foi utilizada para verificar as correlações entre todas as variáveis. Com o objetivo de estabelecer a relação entre as múltiplas variáveis dos pacientes com os questionários de qualidade de vida, Sf-36 e AQ-20, foi realizada uma análise de regressão múltipla. O programa estatístico utilizado foi o Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 20.0. O nível de significância adotado foi 5%. 236 ConScientiae Saúde, 2014;13(2):234-240.

Nascimento ESP, Peixoto-Souza FS, Lanza FC, Alves VLS, Stirbulov R, Costa D Resultados Foram avaliados 23 pacientes com DPOC, com classificação conforme os critérios do GOLD em: GOLD I (2 pacientes), GOLD II (12 pacientes), GOLD III (5 pacientes) e GOLD IV (4 pacientes). As características da amostra constam na Tabela 1, e a pontuação dos questionários de qualidade de vida é apresentada na Tabela 2. Tabela 1: Características da amostra Características Pacientes (n=23) Idade (anos) 64,30±8,58 Gênero (Masculino/ Feminino) Tempo de tabagismo (anos) 13/10 45,13±27,05 IMC (kg/m 2 ) 25,65±5,08 CVF (% predito) 71,81±18,99 (% predito) 55,91±20,21 /CVF (% predito) 73,19±23,69 Distância percorrida (metros) 278,39±78,05 MRC 2 [2-2] Índice BODE 1 [0-3,75] Valores expressos em média ± desvio-padrão e mediana [intervalo interquartílico]. IMC: índice de massa corporal; CVF: capacidade vital forçada; : volume expiratório forçado no primeiro segundo; /CVF: relação /CVF; ISWT: Incremental Shuttle Walk Test; MRC: Medical Research Council. Tabela 2: Parâmetros da qualidade de vida dos pacientes com DPOC Questionário Pontuação AQ-20 7,00 [5,00 10,50] SF-36 Capacidade funcional 55,00 [40,00 70,00] Aspectos físicos 50,00 [0,00 75,00] Dor 52,00 [41,00 72,00] Estado geral de saúde 57,00 [47,00 72,00] Vitalidade 60,00 [47,50 75,00] Aspectos sociais 75,00 [62,50 100,00] Aspectos emocionais 33,33 [16,66 100,00] Saúde mental 72,00 [52,00 84,00] Valores expressos em mediana [intervalo interquartílico]. Em exploração de possíveis correlações entre todas as variáveis avaliadas, podemse constatar significâncias estatísticas entre o componente capacidade funcional do SF-36 e as variáveis espirométricas, CVF (r=0,47), (r=0,57) e relação /CVF (r=0,49). E entre o componente aspectos físicos do SF-36 e a CVF (r=0,49) e o (r=0,55). O AQ-20 e a CVF (r=- 0,45), (r=-0,43) e relação /CVF (r=- 0,45). O componente aspectos físicos do SF-36 e o AQ-20 correlacionaram-se com a distância percorrida (DP) no ISWT (r=0,52 e r=-0,41), respectivamente. Ainda considerando as possíveis correlações entre as variáveis, os componentes capacidade funcional (r=-0,71), aspectos físicos (r=-0,68) e emocionais (r=-0,47) do SF-36 correlacionaram-se significativa e positivamente com o índice i-bode, assim como o AQ-20 (r=0,50). Depois de constatadas tais correlações, aplicou-se a análise de regressão múltipla, cujas variáveis dependentes foram os componentes do SF-36 e o AQ-20, e as independentes testadas foram: função pulmonar, capacidade funcional, estatura, IMC, massa e gordura corporais, massa magra e i-bode, conforme apresenta a Tabela 3. Discussão Embora a DPOC afete primariamente os pulmões, ela é considerada uma desordem sistêmica associada à comorbidades e deterioração física que muitas vezes resulta em redução da qualidade de vida 17. Assim, torna-se importante verificar quais variáveis clínicas e funcionais podem influenciar na qualidade de vida da amostra selecionada. No que se refere à função pulmonar, apesar de alguns achados, como o de Karapolat et al. 18, não terem mostrado correlação entre o (%) e a capacidade funcional com a qualidade de vida, esta, geralmente, encontra-se prejudicada, sendo correlacionada com o declí- Editorial Artigos Estudos de caso Revisões de literatura Instruções para os autores ConScientiae Saúde, 2014;13(2):234-240. 237

Influência de variáveis funcionais e clínicas na qualidade de vida de pacientes com DPOC Tabela 3: Regressão linear múltipla entre os componentes do SF-36 e o AQ-20 com variável espirométrica, capacidade funcional, composição corporal e i-bode Capacidade funcional Aspectos físicos AQ-20 R 2 p R 2 p R 2 p IMC 0,24 0,001 0,23 0,01 Massa gorda (%) 0,28 0,009 0,37 0,002 0,38 0,001 (%) 0,30 0,004 0,31 0,007 0,29 0,009 DP (m) 0,17 0,04 0,27 0,01 0,24 0,01 i-bode 0,50 0,001 0,46 0,001 0,38 0,002 IMC: índice de massa corporal; : volume expiratório forçado no primeiro segundo; DP: distância percorrida. nio da função pulmonar, como observado por Pereira et al. 19, que encontraram uma correlação positiva significativa entre o componente físico do SF-36 e o (litros). Semelhantemente, encontrou-se correlação significativa entre o questionário específico AQ-20 e o genérico SF- 36, com as variáveis espirométricas (CVF, e /CVF), dado este que reforça constatações anteriores, de que as manifestações pulmonares e extrapulmonares na DPOC, influenciam a qualidade de vida desta população em estágios mais avançados da doença, especialmente em comparação com indivíduos saudáveis 2,5. Em um estudo semelhante, de Sanchez et al. 8, o questionário AQ-20, um instrumento específico, se correlacionou com o (%), assim como o Saint George s Respiratory Questionnaire (SGRQ), também específico para DPOC e muito utilizado na literatura. Nos resultados obtidos neste trabalho, também se encontrou correlação do AQ-20 com o, reforçando a influência das alterações pulmonares na qualidade de vida destes pacientes. O índice i-bode, que avalia a sobrevida de pacientes com DPOC, nos achados desta pesquisa, se correlacionou com três componentes do SF-36 (capacidade funcional, aspectos físicos e aspectos emocionais) e com o questionário específico (AQ-20). Semelhantemente, Sanchez et al. 8 também encontraram correlação significativa entre o AQ-20 e o índice BODE. Este resultado, ainda que não seja inédito, pode ser uma importante constatação de que tais aspectos, em especial os físicos e os emocionais, se interagem muito fortemente em portadores de DPOC e, portanto, são merecedores de maior destaque no planejamento e em todo o processo de tratamento desses pacientes. Nesta mesma linha de observação, cabe lembrar que Araujo et al. 20 também encontraram correlação significativa entre o índice BODE e a qualidade de vida em pacientes com DPOC com < 50%, demonstrando, com isso, que os indivíduos com pior sobrevida apresentam maior comprometimento na qualidade de vida. Reforçando estes achados, pode-se também constatar, na análise de regressão linear múltipla, a contribuição associativa do i-bode na qualidade de vida, que foi expressa pelo resultado de 50%, 46% e 38% nos componentes capacidade funcional e aspectos físicos do SF-36 e no AQ-20, respectivamente. Assim como a qualidade de vida se correlacionou com a função pulmonar e i-bode, também se encontrou correlação entre qualidade de vida e capacidade funcional, medida pelo ISWT, pois os pacientes que caminharam menos apresentaram qualidade de vida mais comprometida. Resultados estes que confirmam os achados de Bentsen et al. 21, que encontraram relação entre o componente físico do SF-36 e a capacidade de exercício físico, avaliada pelo ISWT. Dowson et al. 22 observaram correlação entre cinco componentes do SF-36 (capacidade funcional, estado geral de saúde, vitalidade, aspectos sociais e saúde mental) e a DP no ISWT, e seus resultados indicaram a DP no ISWT como melhor preditor de muitos 238 ConScientiae Saúde, 2014;13(2):234-240.

Nascimento ESP, Peixoto-Souza FS, Lanza FC, Alves VLS, Stirbulov R, Costa D dos domínios do estado de saúde. Da mesma forma, Kühl et al. 23, também estimaram a DP no ISWT como preditora da qualidade de vida relacionada à saúde, enquanto Sanchez et al. 8, utilizando-se o teste de caminhada de seis minutos, que também avalia capacidade funcional, encontraram correlação com os resultados do AQ-20. Estudo realizado por Dürr et al. 24 mostrou que o número de passos diários e a capacidade funcional são fatores determinantes para a qualidade de vida em pacientes com DPOC. A composição corporal dos portadores de DPOC também vem merecendo maior atenção nas avaliações, e também se relaciona com a qualidade de vida destes pacientes. Pôde-se constatar que os componentes capacidade funcional e aspectos físicos do SF-36 e o AQ-20 são influenciados pelo IMC e massa gorda. Cabe ressaltar que apesar de a literatura ter alertado para o fato de que pacientes com IMC baixo apresentam pior qualidade de vida do que aqueles com IMC normal, indivíduos com IMC alto, indicando sobrepeso, também apresentam qualidade de vida mais comprometida 25. Os resultados da pesquisa atual puderam indicar que aqueles pacientes que apresentaram IMC pouco acima do normal, tiveram explicação de 24% a 28% das variações de sua qualidade de vida. Conclusões Finalmente, os resultados revelam também que os pacientes com qualidade de vida mais prejudicada apresentam maior comprometimento da função pulmonar, menor capacidade de exercício e menor sobrevida. E que as variáveis que mais influenciaram neste comprometimento foram, DP, i-bode, IMC e massa gorda. Com base nestes achados, pode-se concluir que há forte influência da qualidade de vida em diversas variáveis funcionais e clínicas, e viceversa, de pacientes com DPOC. Referências 1. GOLD Global initiative for chronic obstructive lung disease. Global strategy for the diagnosis, management, and prevention of chronic obstructive pulmonary disease [atualizado 2013; acesso em 2013 out 2013]. Disponível em: http://www.goldcopd.org 2. Ulubay G, Ulasli SS, Bozbas SS, Ozdemirel T, Karatas M. Effects of peripheral neuropathy on exercise capacity and quality of life in patients with chronic obstructive pulmonary diseases. Arch Med Sci. 2012;8(2):296-302. 3. Dourado VZ, Tanni SE, Vale SA, Faganello MM, Sanchez FF, Godoy I. Manifestações sistêmicas da doença pulmonar obstrutiva crônica. J Bras Pneumol. 2006;32(2):161-71. 4. Lin FJ, Pickard AS, Krishnan JÁ, Joo MJ, Au DH, Carson SS, et al. Measuring health-related quality of life in chronic obstructive pulmonary disease: properties of the EQ-5D-5L and PROMIS-43 short form. BMC Med Res Methodol. 2014;14(1):78. 5. Bentsen SB, Rokne B, Wahl AK. Comparison of health-related quality of life between patients with chronic obstructive pulmonary disease and the general population. Scand J Caring Sci. 2012; doi: 10.1111/scs.12002 6. Ciconelli RM, Ferraz MB, Santos W, Meinão I, Quaresma MR. Tradução para língua portuguesa e validação do questionário genérico de avaliação de qualidade de vida SF-36 (Brasil SF-36). Rev Bras Reumatol. 1999;39(3):143-50. 7. Camelier A, Rosa F, Jones P, Jardim JR. Validação do questionário de vias aéreas 20 ( Airways questionnaire 20 AQ20) em pacientes portadores de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) no Brasil. J Pneumol. 2003;29(1):28-35. 8. Sanchez FF, Faganello MM, Tanni SE, Lucheta PA, Padovani CR, Godoy I. Relationship between disease severity and quality of life in patients with chronic obstructive pulmonary disease. Braz J Med Biol Res. 2008;41:860-5. 9. Bestall JC, Paul EA, Garrod R, Garnham R, Jones PW, Wedzicha JA. Usefulness of the medical research council (MRC) dyspnoea scale as a measure of disability in patients with chronic obstructive pulmonary disease. Thorax. 1999;54:581-6. Editorial Artigos Estudos de caso Revisões de literatura Instruções para os autores ConScientiae Saúde, 2014;13(2):234-240. 239

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