ENSAIO DE APLICAÇÃO DE BIOESTIMULANTES NA CULTURA DO ARROZ

Documentos relacionados
ENSAIO DE APLICAÇÃO DE BIOESTIMULANTES (INDUTORES DE RESISTÊNCIA) NA CULTURA D O ARROZ

ENSAIO DE APLICAÇÃO DE

Ensaio de Bioestimulantes na Cultura do Arroz Campo do Bico da Barca 2016

ENSAIO DE CRIVAGEM DE

ENSAIO DE CRIVAGEM DE

ENSAIO DE VARIEDADES DE ARROZ

ENSAIO DE CRIVAGEM DE NOVAS VARIEDADES DE ARROZ

I PROGRAMA NACIONAL DE MELHORAMENTO GENÉTICO DE ARROZ, 2018

Ensaio de crivagem de novas variedades de ARROZ. Ano de 2013 DIREÇÃO REGIONAL DE AGRICULTURA E PESCAS DO CENTRO

SISTEMA CULTURAL EM MODO DE PRODUÇÃO BIOLÓGICA

Campo de Observação de Variedades de Milho - Ciclo FAO 500. Ano de Direção Regional de Agricultura e Pescas do Centro

RELATÓRIO DO CAMPO DE OBSERVAÇÃO DE VARIEDADES DE MILHO

Projeto Proder Medida 4.1 Cooperação para a Inovação. Novas Tecnologias de Produção de Trigo de Qualidade em Regadio

ARROZ BIOLÓGICO NO VALE DO MONDEGO. II Encontro Agro-ecológico Coimbra 27/03/2015 ESAC

Produção de semente genética de trigo na Embrapa Trigo em 2009

Características e Desempenho Produtivo de Cultivares de Arroz de Terras Altas Recomendadas para Roraima

Eficiência Agronômica de Compostos de Aminoácidos Aplicados nas Sementes e em Pulverização Foliar na Cultura do Milho 1. Antônio M.

Controle da Mancha-em-Rede (Drechslera teres) em Cevada, Cultivar Embrapa 129, com os Novos Fungicidas Taspa e Artea, no Ano de 1998

SECRETARIA DE AGRICULTURA E ABASTECIMENTO AVALIAÇÃO DE CULTIVARES DE MILHO PARA PRODUÇÃO DE SILAGEM SAFRA 2017/2018. Campinas 21 de junho de 2018

Av. Ademar Diógenes, BR 135 Centro Empresarial Arine 2ºAndar Bom Jesus PI Brasil (89)


Projeto de Experimentação / Demonstração

Ensaio de Variedades de Faveira

ENSAIO PRELIMINAR DE CEVADA, ENTRE RIOS - GUARAPUAVA/PR

Dano de geada nos estádios vegetativos do trigo em Guarapuava, invernos 2010 e 2011

ÉPOCAS DE PLANTIO DO ALGODOEIRO HERBÁCEO DE CICLO PRECOCE NO MUNICÍPIO DE UBERABA, MG *

Uso de fertilizante na semente do trigo

RELATÓRIO TÉCNICO WISER TÍTULO: AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA AGRONÔMICA E VIABILIDADE TÉCNICA DA UTILIZAÇÃO DO PROGRAMA WISER NA CULTURA DO MILHO

ÉPOCAS DE PLANTIO DO ALGODOEIRO HERBÁCEO DE CICLO PRECOCE PARA A REGIÃO DO PONTAL DO TRIÂNGULO MINEIRO

PRODUTIVIDADE DA BATATA, VARIEDADE ASTERIX, EM RESPOSTA A DIFERENTES DOSES DE NITROGÊNIO NA REGIÃO DO ALTO VALE DO ITAJAÍ-SC

ANÁLISE ECONÔMICA DE SISTEMAS DE MANEJO DE SOLO E DE ROTA CÃO COM CULTURAS ,(, PRODUTORAS DE GRAOS NO INVERNO E NO VERÃO

MOMENTO DE APLICAÇÃO DE NITROGÊNIO EM COBERTURA EM TRIGO: QUALIDADE TECNOLÓGICA E RENDIMENTO DE GRÃOS

QUALIDADE DA FIBRA EM FUNÇÃO DE DIFERENTES FORMAS DE PLANTIO DA SEMENTE DE ALGODÃO LINTADA, DESLINTADA E DESLINTADA E TRATADA *

ÉPOCAS DE SEMEADURA DO ALGODOEIRO HERBÁCEO DE CICLO PRECOCE NO MUNICÍPIO DE UBERLÂNDIA *

Anuário de Experimentação DRAPCentro

Agricultura de Conservação e Eficiência do Uso de Factores no Ambiente Mediterrânico. Mário Carvalho

Avaliação de Cultivares de Sorgo Sacarino em Ecossistema de Cerrado no Estado de Roraima

ADENSAMENTO DE MAMONEIRA EM CONDIÇÕES DE SEQUEIRO EM MISSÃO VELHA, CE

PRODUTIVIDADE AGRÍCOLA DO MILHO HÍBRIDO AG7088 VT PRO3 CULTIVADO SOB DIFERENTES DOSES DE NITROGÊNIO

EFiCÁCIA DE FUNGICIDAS NO CONTROLE DE DOENÇAS TRANSMITIDAS PELAS SEMENTES DE TRIGO. Resumo

EFEITO DE FONTES E DOSE DE NITROGÊNIO APLICADOS NO MILHO SAFRINHA NA PRODUTIVIDADE DO MILHO SAFRINHA E NA SOJA SUBSEQUENTE 1

RELATÓRIO DE PESQUISA 11 17

CARACTERÍSTICAS FENOLÓGICAS, ACAMAMENTO E PRODUTIVIDADE DA CULTURA DO ARROZ-DE-SEQUEIRO (Oryza sativa L.), CONDUZIDA SOB DIFERENTES REGIMES HÍDRICOS.

Análise do Custo de produção por hectare de Milho Safra 2016/17

Cultivo de Variedades de Arroz em Modo de Produção Biológico

Avaliação dos Fungicidas no Controle da Ferrugem Asiática da Soja, Safra 2012/2013

Picinini, E.C. 1; Fernandes, J.M.C. 1

1 Clima. Silvando Carlos da Silva

Quando e Como Aplicar Micronutrientes em Cana de Açúcar para Aumento de Produtividade. Marcelo Boschiero

CARACTERÍSTICAS DAS CULTIVARES DE ARROZ IRRIGADO INDICADAS PARA SEMEIO NA SAFRA 2009/10 EM RORAIMA

Feksa, H. 1, Antoniazzi, N. 1, Domit, R. P. 2, Duhatschek, B. 3. Guarapuava PR. Palavras-chave: aviação agrícola, fungicida, rendimento, FAPA OBJETIVO

EFEITO DE ADUBAÇÃO NITROGENADA EM MILHO SAFRINHA CULTIVADO EM ESPAÇAMENTO REDUZIDO, EM DOURADOS, MS

Projeto Proder Medida 4.1 Cooperação para a Inovação Novas Tecnologias de Produção de Trigo de Qualidade em Regadio

Potencial produtivo das espécies aveia e azevém com diferentes adubações

ALTURA FINAL E PRODUTIVIDADE DO ALGODOEIRO HERBÁCEO SOB DIFERENTES DOSES DE REGULADOR DE CRESCIMENTO.

08 POTENCIAL PRODUTIVO DE CULTIVARES DE SOJA

Composição Bromatológica de Partes da Planta de Cultivares de Milho para Silagem

Palavras chaves: Plantas de cobertura, Rendimento de grãos, Raphanus vulgaris.

ANALISE DE PRODUÇÃO DA ALFACE AMERICANA E CRESPA EM AMBIENTES DIFERENTES

Avaliação de Cultivares de Milho na Região Central de Minas Geraisp. Palavras-chave: Zea mays, rendimento de grãos, produção de matéria seca, silagem

EFEITOS DO MANEJO DE ÁGUA E DE SISTEMAS DE CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS EM ARROZ (Oryza sativa L) IRRIGADO

OBSERVAÇÕES SOBRE A ADUBAÇÃO FOLIAR EM FEI- JOEIRO (Phaseolus vulgaris L.) II ( 1 ). EDUARDO ANTÔNIO

Lançamento Soja marca Pioneer no Sul do Brasil. Ricardo B. Zottis Ger. Produto RS/SC

ESTUDO DE ÉPOCA DE PLANTIO DO ALGODOEIRO ADENSADO NA REGIÃO DE CAMPINAS-SP INTRODUÇÃO

Melhoramento Genético do Arroz

CONSORCIO DE MILHO COM BRACHIARIA BRINZANTHA

DENSIDADE DE SEMEADURA E POPULAÇÃO INICIAL DE PLANTAS PARA CULTIVARES DE TRIGO EM AMBIENTES DISTINTOS DO PARANÁ

IRGA 424 OPÇÃO DE PRODUTIVIDADE

CULTIVARES DE SOJA NA REGIÃO NORTE DO ESTADO DE SÃO PAULO

Syngenta é parceira em projetos de melhoria tecnológica do milho

COMPORTAMENTO DE CARACTERES DIRETOS DE RENDIMENTO EM CULTIVARES DE AVEIA BRANCA EM DISTINTAS DENSIDADES DE SEMEADURA E AMBIENTES DE CULTIVO.

TRIGO MOLE E DURO QUALIDADE

Este trabalho tem como objetivo avaliar a eficiência fungicidas no

PRODUÇÃO DE PRÉ-SECADO E SILAGEM TBIO ENERGIA I

COMUNICADO TÉCNICO ISSN Nº 51, dez.2001, p.1-9

PRODUTIVIDADE DE GRÃOS DE CULTIVARES DE TRIGO INDICADAS PARA O CULTIVO NO ESTADO DO RS. 1. Roberto Carbonera 2, Tiago Mai 3.

05 AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DOS PRINCIPAIS

AVALIAÇÃO DE CULTIVARES DE AVEIA BRANCA (Avena sativa) NA REGIÃO SUL DE MATO GROSSO DO SUL, SAFRAS 1997 E 1998

RESULTADOS DE 2009 CULTIVARES DE TRIGO INDICADAS PARA O PARANÁ E SÃO PAULO. Fevereiro, 2010

Avaliação Preliminar de Híbridos Triplos de Milho Visando Consumo Verde.

INFLUÊNCIA DA ÉPOCA DE APLICAÇÃO DE FUNGICIDAS NO CONTROLE DA MANCHA DE RAMULARIA (Ramularia areola) NA REGIÃO DE CAMPO VERDE MT *

Avaliação de variedades sintéticas de milho em três ambientes do Rio Grande do Sul. Introdução

ATRIBUTOS AGRONÔMICOS DA CULTURA DO MILHETO EM SISTEMA AGROECOLÓGICO SUBMETIDAS A DIFERENTES ADUBAÇÕES ORGÂNICA

CRESCIMENTO DE VARIEDADES DE CANA-DE-AÇÚCAR EM DOIS VIZINHOS/PR

ADUBAÇÃO DE SOQUEIRA DE CANA-DE-AÇÚCAR ( 1 ). JOSÉ GOMES DA SILVA e EDUARDO ABRAMIDES ( 2 ). Conquanto abundante

EFICIÊNCIA AGRONÔMICA E VIABILIDADE TÉCNICA DO PROGRAMA FOLIAR KIMBERLIT EM SOJA

fontes e doses de nitrogênio em cobertura na qualidade fisiológica de sementes de trigo

Técnicas de Experimentação Agrícola

Espaçamento alternado e controle de crescimento do feijoeiro com aplicação do fungicida propiconazol

AJUSTE DA LÂMINA DE IRRIGAÇÃO NA PRODUTIVIDADE DA CULTURA DO FEIJÃO

39 Congresso Brasileiro de Pesquisas Cafeeiras Poços de Caldas/MG 30/10/2013. Marcelo Frota Pinto MSc. Eng. Agrônomo Pesquisa & Desenvolvimento

CARACTERIZAÇÃO AGRONÔMICA DE CULTIVARES DE SOJA PARA O SUL DE MINAS GERAIS NO MUNICÍPIO DE INCONFIDENTES-MG 1

VARIEDADES DE SORGO PARA PRODUÇÃO DE BIOMASSA ZULMIRA GOMES.

Objetivo. Material e Métodos

ANÁLISE CONJUNTA DO ENSAIO REGIONAL E BRASILEIRO DE LINHAGENS DE AVEIA BRANCA CONDUZIDO NO ANO DE 2012

RENDIMENTO DE GRÃOS E EFICIÊNCIA DE USO DE NITROGÊNIO NA CULTURA DO TRIGO EM DUAS REGIÕES DO RIO GRANDE DO SUL

I SEMINÁRIO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA EMBRAPA ACRE SEMEADURA DIRETA A LANÇO NA REFORMA DE PASTAGENS DEGRADADAS NO ESTADO DO ACRE

APLICAÇÃO TARDIA DE NITROGÊNIO EM GENÓTIPOS DE TRIGO DA EMBRAPA

AGRICULTURA BIOLÓGICA

CAMPEÃO SUDESTE. Apresentador: MSc. Orlando Martins

Transcrição:

DIREÇÃO REGIONAL DE AGRICULTURA E PESCAS DO CENTRO DIRECÇÃO DE SERVIÇOS DE DESENVOLVIMENTO AGROALIMENTAR, RURAL E LICENCIAMENTO DIVISÃO DE APOIO À AGRICULTURA E PESCAS ENSAIO DE APLICAÇÃO DE BIOESTIMULANTES NA CULTURA DO ARROZ 2018

Parceiros: Cadubal, Lusosem, Jovagro/Daymsa, Motivos Campestres, EDAF/Plant Health Care, ADP Fertilizantes, Alltech, Syngenta, Bayer CropScience, Cooperativa Agrícola de Montemor-o- Velho e Associação de Beneficiários da Obra de Fomento Hidro-agrícola do Baixo Mondego 1 Objectivos Avaliar o comportamento agronómico e a produção obtida Determinar o rendimento industrial e a biometria Avaliar o efeito dos produtos aplicados na cultura do arroz 2 Delineamento O ensaio foi delineado em blocos casualizados, com 7 modalidades (1 testemunha e 6 aplicações diferentes) e 4 repetições. A área de cada talhão foi de 50 m 2 (12,5 m x 4 m). O ensaio foi semeado com Ariete, por ser a variedade de referência no Baixo Mondego. As modalidades do ensaio foram: E1: Testemunha E2: 0,5 l KELPAK/100 kg de semente + 2,0 l KELPAK/ha (c/ 1º herbicida) E3: 0,5 l ORGANIHUM PLUS/ha + 20 g B-Mo/ha (c/ 1º herbicida) + 2 l ORGANIHUM ENERGY/ha (c/ 2º herbicida) E4: 14 g PROACT AA/100 kg de semente + 100 g PROACT AA/ha, (c/ herbicidas) E5: 1,5 l PROFERTIL/100 kg de semente + 3,0 l PROFERTIL/ha (c/ herbicidas) E7: 2 l SOL-PLEX SIERRA/ha (c/ 2º herbicida) Para as modalidades E2, E4 e E5 recomenda-se utilizar na chumbagem do arroz 1,1 litros de água/100 kg de semente 3 Esquema do ensaio 506 507 6 2 403 404 405 406 407 4 1 3 5 7 301 302 303 304 305 306 307 2 4 6 3 7 1 5 201 202 203 204 205 206 207 5 7 1 3 6 4 2 101 102 103 104 105 106 107 1 2 3 4 5 6 7 2

4 - Dados meteorológicos de Montemor-o-Velho, entre Março e Outubro de 2018 250 Precipitação (mm) T (º C) 35 30 200 25 150 Precipitação Temp. máx. média Temp. mín. média 20 100 15 10 50 5 0 Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro 0 Em 2018, verificou-se a ocorrência de bastante precipitação durante toda a Primavera, por outro lado, nos meses de Julho a Setembro a queda pluviométrica variou entre 1 e 2 mm. No que diz respeito à temperatura do ar, nos meses de Junho, Agosto e Setembro registaram-se vários períodos de 2 a 4 dias em que as temperaturas máximas oscilaram entre 33º C e 39 º C, no entanto, no mês de Julho, a temperatura máxima média foi cerca de 24º C mas a temperatura máxima não foi além de 27º C. Os meses de Setembro e de Outubro foram marcados por temperaturas superiores ao normal para essa época do ano. 5 Itinerário tecnológico Data Operação Quantidade 2/5 Adubação de fundo 15-15-15 330 kg/ha (50 unid. N/ha) 4/5 Aplicação de herbicida Ronstar 1,05 l/ha 16/5 Sementeira (*) 13/6 9/7 Aplicação de herbicida Viper Max (*) Aplicação de herbicida Bentazona (s.a.) (*) 200 kg/ha; menos 10% de semente na modalidade E6 3 l/ha 4 l/ha afilhamento Adubação de cobertura Yara Vera Amidas (40% N) 125 kg/ha (50 unid. N/ha) emborrachamento Aplicação de fungicida Ortiva c/ Sticman 1 l/ha + 200 ml/400 l água 13/8 Aplicação de fungicida Flint c/ Sticman 250 g/ha + 200 ml/400 l água (*) com aplicação de bioestimulante conforme delineamento do ensaio apresentado no parágrafo 2 do Relatório 3

Aplicação de bioestimulantes no ensaio instalado no Campo do Bico da Barca, 2018 (fotografia de António Jordão) 6 Maneio da água O canteiro foi drenado em 3 fases, sendo a primeira após a germinação do arroz e as restantes ocorreram antes das aplicações dos herbicidas de pós emergência. II RESULTADOS DO ENSAIO 1 - Algumas características agronómicas observadas durante o ciclo da cultura Vigor ao nascimento Emborrachamento (nº dias) Espigamento (nº dias) Ciclo vegetativo (nº dias) Resistência acama piricularia Bom 80 92 127 MS/MR MS MS medianamente sensível MR medianamente resistente Em termos agronómicos, a variedade Ariete teve um comportamento homogéneo em todas as modalidades, incluindo a testemunha. 2 - Parâmetros de produção para cada uma das modalidades Modalidade Produtividade c/14 % (kg/ha) Humidade à colheita Tamanho da planta (cm) Panículas nº filhos/ planta colmo panícula total nº/m 2 peso (g/m 2 ) Peso 1000 grãos (g) E1 9153,43 17,5 3,10 72,90 16,70 89,60 507 1.335,65 26,61 E2 9179,04 18,0 4,20 73,30 17,03 90,33 500 1.181,05 26,72 E3 9127,23 17,2 4,10 73,10 16,63 89,73 572 1.360,70 25,98 E4 9155,07 17,7 4,35 73,90 17,23 91,13 464 1.295,05 26,59 E5 9470,66 16,8 3,90 73,15 17,48 90,63 516 1.191,35 25,96 E7 9645,69 16,6 3,45 71,40 17,05 88,45 549 1.219,00 30,38 Média 9250,55 17,18 3,81 72,71 17,06 89,78 513 1264,41 27,10 Desvio padrão 221,87 0,57 0,45 1,00 0,32 1,00 37,22 70,29 1,53 4

Numa breve análise a alguns parâmetros avaliados neste ensaio, constata-se que: a) o nº de filhos/planta foi superior a 4 nas modalidades E4 (4,35), E2 (4,20) e E3 (4,10); b) a modalidade E5 foi superior às restantes em termos do comprimento da panícula (17,48 cm), seguindo-se-lhe as modalidades E6 (17,35 cm) e E4 (17,23 cm); c) na modalidade E3 obteve-se o maior nº de panículas/m 2 (572), nas modalidades E7 e E5 foram contabilizadas 549 e 516 panículas, respectivamente; d) já quanto ao peso do grão/m 2, a modalidade E3 foi superior às restantes novamente, com 1.360 g, seguida da testemunha (1.335 g); e) a modalidade E7 surge destacada das demais uma vez que 1000 grãos pesaram 30,38g, enquanto que na E2 ficou abaixo de 27 g (26,72 g). A produtividade média do ensaio foi de 9.250 kg/ha; as modalidades E7 (SOL-PLEX SIERRA) e E5 (PROFERTIL) superaram aquele valor atingindo perto de 9.650 kg/ha e 9.470 kg/ha, respectivamente, a que corresponderam acréscimos de produção relativamente à testemunha de cerca de 492 Kg/ha para a modalidade E7 (SOL-PLEX SIERRA) e de 317 Kg/ha para a modalidade 5 (PROFERTIL). Comparando as produtividades das modalidades E2 a E7 com a modalidade E1 (testemunha), verifica-se que a modalidade E3 (ORGANIHUM PLUS + B/Mo) produziu menos que a testemunha. Gráfico 1 Produtividades do ensaio (Kg/ha) Produção (kg/ha) 9.700 9.600 9.500 9.400 Média do ensaio: 9.250 kg/ha 9.300 9.200 9.153 9.100 9.000 8.900 8.800 E1 - testemunha E2 E3 E4 E5 E7 Modalidades O comprimento da panícula foi superior à média do ensaio (17,06 cm) em 3 modalidades: E5 (Profertil) com 17,48 cm, E6 com 17,35 cm e E4 com 17,20 cm. 5

Gráfico 2 Comprimento da panícula (cm) por modalidade Comprimento (cm) 17,60 17,40 17,20 Média do ensaio: 17,06 cm 17,00 16,80 16,60 16,40 16,20 E1 - testemunha E2 E3 E4 E5 E7 Modalidades 3 Comportamento tecnológico Rendimento industrial e biometria para cada modalidade Modalidade G.I. Rendimento Industrial Trincas R.I. Biometria do grão branqueado compr. larg. C/L (mm) (mm) E1 49,02 22,32 71,35 6,04 2,43 2,49 E2 53,67 17,22 70,89 6,09 2,47 2,47 E3 50,00 20,42 70,42 6,04 2,45 2,47 E4 48,04 23,29 71,33 6,07 2,40 2,52 E5 51,34 19,23 70,57 6,15 2,47 2,49 E7 45,32 26,11 71,42 6,04 2,48 2,43 Média 50,19 20,81 71,00 6,07 2,45 2,47 Desvio padrão 2,460 2,676 0,438 0,04 0,03 0,03 Ao analisar o comportamento tecnológico das modalidades ensaiadas verifica-se que todas ultrapassaram os 70% de R.I., no entanto, os teores de grãos inteiros podem considerar-se baixos a muito baixos (aproximadamente, entre 45 e 54%), enquanto os valores de trincas são altos (superiores a 10%) e considerados elevados para a variedade Ariete, uma vez que é caracterizada por obter altos valores de rendimento industrial e baixo valor em trincas. 6

Gráfico 4 Rendimento Industrial por modalidade 80 70 60 50 R.I. Trincas 40 30 20 10 0 E1 - testemunha E2 E3 E4 E5 E7 Modalidades Em 2018, o ensaio foi colhido com um teor de humidade do grão igual ou inferior a 18 %. Embora dependendo de outras características próprias de cada variedade, de uma maneira geral, quanto menor for o teor de humidade do grão à colheita maior será o valor de trincas, e consequentemente, maior será a depreciação em termos qualitativos e menor o preço pelo qual industrial valorizará o arroz. Assim, é aconselhável que o arroz seja colhido quando o grão se apresentar com cerca 22% de humidade de forma a minimizar o risco de aumentar o teor de trincas. No que diz respeito à biometria dos grãos branqueados verificou-se que em todas as modalidades o comprimento foi superior a 6 mm. O comprimento do grão foi maior nas modalidades E 5 (6,15 mm) e E 2 (6,09 mm), em contrapartida as modalidades E 1, E 3 e E 7 registaram o menor comprimento do grão que foi de 6,04 mm. 7

III CONCLUSÕES Da análise dos valores obtidos para os principais parâmetros avaliados verifica-se que: em termos produtivos, as modalidades E7 (Sol-Plex Sierra) e E5 (Profertil) destacaramse quer em relação à média do ensaio (9.250 Kg/ha) quer em relação à testemunha (cerca de 9.150 Kg/ha); a modalidade E7 (Sol-Plex Sierra) foi a que obteve mais produção (aprox. +500 kg/ha que a testemunha) e com melhor RI, destacando-se também no nº de panículas/m 2 ; na modalidade E5 (Profertil) o comprimento da panícula foi maior, assim como em termos de biometria (comprimento); Na modalidade E4 (ProAct AA) contaram-se, em média, 4,35 filhos/planta, no entanto, este valor não teve correspondência num maior nº de panículas/m2 e a produção foi inferior ao esperado; O maior nº de panículas/m 2 foi obtido pela modalidade E3 (Organihum plus + B/Mo + Organihum energy), no entanto sem efeito em termos da produção/ha; No ensaio obtiveram-se elevados valores de trincas que serão devidos, sobretudo, aos baixos teores de humidade do grão à colheita. IV - AGRADECIMENTOS Às empresas que forneceram gratuitamente os factores de produção para o ensaio: Cadubal adubos; Lusosem semente e produtos fitofarmacêuticos; Cooperativa Agrícola de Montemor-o-Velho semente e cedência dos equipamentos para determinação da humidade e do rendimento industrial; Bayer CropScience e Syngenta produtos fitofarmacêuticos; Jovagro/Daymsa, Alltech, ADP Fertilizantes e EDAF/Plant Health Care e Motivos Campestres bioestimulantes para o ensaio; À Associação de Beneficiários da Obra de Fomento Hidro-agrícola do Baixo Mondego pela disponibilização de alguns equipamentos. Coimbra, 19 de Março de 2019 8