ESTUDO DE VIABILIDADE DE CURSOS



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Transcrição:

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA PARAÍBA ESTUDO DE VIABILIDADE DE CURSOS CAMPUS DE JOÃO PESSOA NÚCLEO AVANÇADO LITORAL SUL LOCAL João Pessoa DATA Fevereiro/2012

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA PARAÍBA REITORIA PRÓ REITORIA DE ENSINO João Batista de Oliveira Silva Reitor Paulo de Tarso Costa Henriques Pró-Reitor de Ensino Walmeran José Trindade Júnior Diretor de Educação Profissional Maria José Aires Freire de Andrade Diretora de Articulação Pedagógica José Lins Cavalcanti de Albuquerque Netto Diretor de Educação Superior Francisco Raimundo de Moreira Alves Diretor de Educação a Distância e Programas Especiais RESPONSABILIDADE TÉCNICA Prof. Dr. Jimmy de Almeida Lellis Assessor Especial Prof. Dr. Ridelson Farias de Sousa Assessor Especial Prof. M.Sc. José Elber Marques Barbosa Colaborador SUPORTE ADMINISTRATIVO Emanoela Toscano Estagiária Emmanuel Aldano de França Monteiro Estagiário Raphaella de Araújo Lima Estagiária ii

SUMÁRIO APRESENTAÇÃO... 5 AMBIENTE GERAL DO ESTUDO...12 DIVISÃO GEOADMINISTRATIVA DA PARAÍBA 1ª REGIÃO GEOADMINISTRATIVA: JOÃO PESSOA...13 3.1 CARACTERIZAÇÃO TERRITORIAL...13 3.2 RELAÇÃO DA POPULAÇÃO DA 1ª REGIÃO GEOADMINISTRATIVA VERSUS CONTINGENTE POPULACIONAL DO ESTADO DA PARAÍBA...15 3.3 EMPRESAS VERSUS OCUPAÇÃO...16 3.4 AGROPECUÁRIA...17 3.5 ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO (FIRJAN)...18 3.6 HOSPITAIS E EQUIPES DE PSF...22 3.7 PRODUTO INTERNO BRUTO...23 3.8 ATIVIDADE PRODUTIVA...24 3.9 EDUCAÇÃO...26 3.9.1 GAP DA EDUCAÇÃO...27 3.9.2 CANDIDATOS EM POTENCIAL...28 3.10 MAPEAMENTO DE CURSOS NA REGIÃO...30 3.11 ARRANJO PRODUTIVO LOCAL...32 IMPLEMENTAÇÃO DOS CURSOS...34 CONSIDERAÇÕES FINAIS...38 REFERÊNCIAS...39 LISTA DE FIGURAS Figura 1. Escola de Aprendizes Artífices na Paraíba funcionando no Quartel da Força Policial... 5 Figura 2. Escola Industrial da Paraíba... 6 Figura 3. Campus João Pessoa (Av. 1º de Maio, 720 Jaguaribe)... 7 Figura 4. Abrangência do IFPB no Estado... 9 Figura 5. Abrangência do IFPB no Estado após a Expansão III...11 Figura 6. 1ª Região Geoadministrativa da Paraíba...13 iii

LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 3. Atividade agropecuária Mangabeira...18 Gráfico 4. Desenvolvimento (Brasil/Paraíba/Região de Mangabeira)...19 Gráfico 5. Emprego e Renda (Brasil/Paraíba/Região de Mangabeira)...20 Gráfico 6. Educação (Brasil/Paraíba/Região de Mangabeira)...20 Gráfico 7. Saúde (Brasil/Paraíba/Região de Mangabeira)...20 Gráfico 8. Equipes de PSF e Hospitais (Paraíba/Região de Mangabeira)...22 Gráfico 9. Produto Interno Bruto (Paraíba/Região de Mangabeira)...23 Gráfico 10. Produto Interno Bruto (Paraíba/Bairro de Mangabeira)...24 Gráfico 11. Admissões de Julho de 2010 a Julho de 2011 (Região de Mangabeira )...25 Gráfico 12. Admissões de Julho de 2010 a Julho de 2011 (Bairro de Mangabeira)...25 Gráfico 13. Alunos matriculados no ensino básico (Região de Mangabeira)...26 Gráfico 14. Alunos matriculados no ensino básico (Bairro de Mangabeira)...27 Gráfico 15. Potencial de candidatos (Região de Mangabeira)...29 Gráfico 16. Potencial de candidatos (Bairro de Mangabeira)...30 LISTA DE TABELAS Tabela 1. GAP de matrículas (Região de João Pessoa)...28 Tabela 2. GAP de matrículas (Município de João Pessoa)...28 LISTA DE QUADROS Quadro 1. Taxa Proporcional de População por Região Administrativa...16 Quadro 2. Número de Pessoas Ocupadas por Região Geoadministrativas...17 Quadro 3. Ofertas de cursos na região de abrangência do campus Mangabeira...31 Quadro 4. Cursos sugeridos pelo estudo (Região de Mangabeira)...35 iv

1 APRESENTAÇÃO O atual Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Paraíba - IFPB tem mais de cem anos de existência e ao longo de todo esse período recebeu diferentes denominações (Escola de Aprendizes Artífices da Paraíba - de 1909 a 1937; Liceu Industrial de João Pessoa - de 1937 a 1961; Escola Industrial Coriolano de Medeiros ou Escola Industrial Federal da Paraíba - de 1961 a 1967; Escola Técnica Federal da Paraíba - de 1967 a 1999; Centro Federal de Educação Tecnológica da Paraíba de 1999 a 2008 e, finalmente, IFPB, de 2008 aos dias atuais). Criado no ano de 1909, através de decreto presidencial de Nilo Peçanha, o seu perfil atendia a uma determinação contextual que vingava na época. Como Escola de Aprendizes Artífices, Figura 1, seu primeiro nome foi concebido para prover de mãode-obra o modesto parque industrial brasileiro que estava em fase de instalação. Figura 1. Escola de Aprendizes Artífices na Paraíba funcionando no Quartel da Força Policial Àquela época, a Escola absorvia os chamados desvalidos da sorte, pessoas desfavorecidas e até indigentes, que provocavam um aumento desordenado na população das cidades, notadamente com a expulsão de escravos das fazendas, que migravam para os centros urbanos. Tal fluxo migratório era mais um desdobramento social gerado pela abolição da escravatura, ocorrida em 1888, que desencadeava sérios problemas de urbanização. 5

O IFPB, no início de sua história, assemelhava-se a um centro correcional, pelo rigor de sua ordem e disciplina. O decreto do Presidente Nilo Peçanha criou uma Escola de Aprendizes Artífices em cada capital dos estados da federação, mais com uma solução reparadora da conjuntura socioeconômica que marcava o período, para conter conflitos sociais e qualificar mão-de-obra barata, suprindo o processo de industrialização incipiente que, experimentando uma fase de implantação, viria a se intensificar a partir dos anos 30. A Escola da Paraíba, que oferecia os cursos de Alfaiataria, Marcenaria, Serralheria, Encadernação e Sapataria, inicialmente funcionou no Quartel do Batalhão da Polícia Militar do Estado, depois se transferiu para o Edifício construído na Avenida João da Mata (Figura 2), onde funcionou até os primeiros anos da década de 1960. Figura 2. Escola Industrial da Paraíba Finalmente, instalou-se no atual prédio localizado na Avenida Primeiro de Maio, bairro de Jaguaribe, em João Pessoa, Capital onde funciona o Campus João Pessoa até os dias de hoje. Observe a Figura 3. 6

Figura 3. Campus João Pessoa (Av. 1º de Maio, 720 Jaguaribe) Ainda como Escola Técnica Federal da Paraíba, no ano de 1995, a Instituição interiorizou suas atividades por meio da instalação da Unidade de Ensino Descentralizada de Cajazeiras - UNED. Enquanto Centro Federal de Educação tecnológica da Paraíba - CEFET-PB, a Instituição experimentou um fértil processo de crescimento e expansão em suas atividades, passando a contar, além de sua Unidade Sede, com o Núcleo de Educação Profissional - NEP, que funcionou na Rua das Trincheiras. Como Centro Federal de Educação Tecnológica da Paraíba, ocorreu em 2007 a implantação da Unidade de Ensino Descentralizada de Campina Grande UNED-CG e a criação do Núcleo de Ensino de Pesca, no município de Cabedelo. Desde então, o IFPB oferece à sociedade, paraibana e brasileira, cursos técnicos de nível médio (integrado e subsequente), cursos superiores de tecnologia, bacharelado e licenciatura todos em consonância com a linha programática e princípios doutrinários firmados na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional LDB/EM e normas dela decorrentes. Com o advento da Lei 11.892/2008, o Instituto se consolida como uma instituição de referência da Educação Profissional na Paraíba. Além dos cursos usualmente chamados de regulares, a Instituição também desenvolve um amplo trabalho de oferta de cursos extraordinários, de curta e média duração, atendendo a 7

uma expressiva parcela da população, a quem é destinado também cursos técnicos básicos, programas de qualificação, profissionalização e re-profissionalização, para melhoria das habilidades de competência técnica no exercício da profissão. A Instituição, em obediência ainda às suas obrigações previstas em lei, tem desenvolvido estudos com vistas a oferecer programas para formação, habilitação e aperfeiçoamento de docentes da rede pública. Visando a ampliação de suas fronteiras de atuação, o Instituto desenvolve ações para atuar com competência na modalidade de Educação à Distância (EAD) e tem investido fortemente na capacitação dos seus professores e técnicos administrativos, no desenvolvimento de atividades de pós-graduação lato sensu, stricto sensu e de pesquisa aplicada, preparando as bases para a oferta de cursos de pós-graduação nestes níveis, horizonte aberto com a nova Lei. Até o ano de 2010, contemplado com o Plano de Expansão da Educacional Profissional - Fase II - do Governo Federal, o Instituto implantou mais cinco Campi no estado da Paraíba, contemplando cidades consideradas pólos de desenvolvimento regionais, como Picuí, Monteiro, Princesa Isabel, Patos e Cabedelo. Associados aos Campi de Cajazeiras, Campina Grande, João Pessoa e Sousa (Escola Agrotécnica, que foi incorpada ao antigo CEFET, proporcionando a criação do Instituto). Desta forma, o Instituto Federal da Paraíba abrange João Pessoa e Cabedelo, no Litoral; Campina Grande no brejo e Agreste; Picuí no Seridó Ocidental; Monteiro no Cariri; Patos, Cajazeiras, Souza e Princesa Isabel na região do Sertão, cujo raio de abrangência (50 quilômetros) é demonstrado na Figura 4. 8

Figura 4. Abrangência do IFPB no Estado As novas unidades educacionais levam Educação Profissional em todos os níveis (básico, técnico e tecnológico) oportunizando o desenvolvimento econômico e social, melhorando a qualidade de vida da população destas regiões. Vale ressaltar que a diversidade de cursos ora ofertado pela Instituição justificase em decorrência da experiência e tradição da mesma no tocante à educação profissional. O Instituto Federal da Paraíba, considerando as definições decorrentes da Lei 11.892/2009 e observando o contexto das mudanças estruturais que tem ocorrido na sociedade e na educação brasileira, adota um Projeto Acadêmico baseado na sua responsabilidade social advinda da referida Lei, a partir da construção de um projeto pedagógico flexível, em consonância com o proposto na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, buscando produzir e reproduzir os conhecimentos humanísticos, científicos e tecnológicos, de modo a proporcionar a formação plena da cidadania, que será traduzida na consolidação de uma sociedade mais justa e igual. O IFPB atua nas áreas profissionais das Ciências Agrárias, Ciências Biológicas, Ciências da Saúde, Ciências Exatas e da Terra, Ciências Humanas, Ciências Sociais Aplicadas, Engenharias, Linguística, Letras e Artes. 9

São ofertados cursos nos eixos tecnológicos de Recursos Naturais, Produção Cultural e Design, Gestão e Negócios, Infra-Estrutura, Produção Alimentícia, Controle e Processos Industriais, Produção Industrial, Hospitalidade e Lazer, Informação e Comunicação e Ambiente, Saúde e Segurança. Nessa perspectiva, a organização do ensino no Instituto Federal da Paraíba oferece oportunidades em todos os níveis da aprendizagem, permitindo o processo de verticalização do ensino. Ampliado o cumprimento da sua responsabilidade social, também atua fortemente em Programas de Formação Continuada (FIC), Programas de Educação de Jovens e Adultos (PROEJA), Programa Nacional de Inclusão de Jovens (PROJOVEM) e Programa Mulheres Mil; propiciando o prosseguimento de estudos através do Ensino Técnico de Nível Médio, Ensino Tecnológico de Nível Superior, as Licenciaturas, os Bacharelados e os estudos de Pós-Graduação Lato Sensu e Stricto Sensu. Além de desempenhar atividades de qualificação e requalificação de recursos humanos, o IFPB atua no suporte tecnológico às diversas instituições de ensino, pesquisa e extensão, bem como no apoio às necessidades tecnológicas empresariais. Essa atuação não se restringe ao estado da Paraíba, mas gradativamente vem se consolidando dentro do contexto macro-regional delimitado pelos Estados de Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Norte. O Instituto Federal da Paraíba em sintonia com o mercado de trabalho e com a expansão da Rede Federal de Educação Profissional, traça estratégias para implantação de 06 (seis) novos Campi nas cidades de Guarabira, Itaporanga, Itabaiana, Catolé do Rocha, Santa Rita e Esperança, contemplados no Plano de Expansão Fase III - e ampliando as oportunidades educacionais. Assim, junto aos Campi já existentes, promove a interiorização da educação no território paraibano, conforme Figura 5. 10

Figura 5. Abrangência do IFPB no Estado após a Expansão III Neste contexto, as Fases de Expansão II e III, apresentam-se cada qual com suas necessidades locais. Diante do atual quadro de oferta da educação profissional pelo Instituto Federal da Paraíba, o objetivo deste estudo consiste em nortear, de acordo com os Arranjos Produtivos Locais (APLs), a viabilidade de implantação de cursos para todos os campi do IFPB, contribuindo para o alcance da missão institucional de fazer desenvolver a região a partir das potencialidades locais. 11

2 AMBIENTE GERAL DO ESTUDO O Estado da Paraíba faz parte da porção mais oriental da Região Nordeste do Brasil e, por consequência, das Américas. Distribui-se da direção Leste para Oeste comum a distância linear de 443 km e na direção Norte-Sul tem 253 km. Limita-se ao Norte como Estado do Rio Grande do Norte, ao Sul como Estado de Pernambuco, a Oeste como Estado do Ceará e a Leste com o Oceano Atlântico. A Paraíba está situada nas coordenadas 34º 45 54 e 38º 45 45 de longitude oeste de Greenwich com 56.440 km² de área, dos quais 55.119 km² incluem-se no Polígono das Secas do Nordeste, o que lhe confere clima quente e úmido nas regiões próximas ao litoral e oeste do Estado, e semi-árido quente no Planalto da Borborema. Os seus 223 municípios estão distribuídos em 12 Regiões Geoadministrativas. O Censo Demográfico de 2000 do IBGE indica que o Estado da Paraíba apresentava um total de 3.443.825 habitantes, sendo que 2.447.212 (71,06%) concentravam-se na zona urbana, enquanto 996.613 (28,94%), na zona rural. Em 2008, segundo o IBGE, o Estado contava com uma população de 3.721.176, o que representa uma taxa geométrica de crescimento anual de 0,97%. Praticamente todos os municípios paraibanos estão interligados por rodovias asfaltadas. As rodovias federais mais importantes são: a BR 101, que liga João Pessoa à Natal (RN) e Recife (PE); a BR-230 que corta todo o Estado de Leste a Oeste, desde o Porto de Cabedelo, na Grande João Pessoa, passando por Campina Grande, atravessando o Cariri e o Sertão, e a BR-104, que faz a ligação do agreste paraibano com os Estados de Pernambuco e Rio Grande do Norte (IDEME, 2008). 12

3 DIVISÃO GEOADMINISTRATIVA DA PARAÍBA 1ª REGIÃO GEOADMINISTRATIVA: JOÃO PESSOA 3.1 CARACTERIZAÇÃO TERRITORIAL A 1ª Região Geoadministrativa do Estado da Paraíba, apresentada na Figura 6, com sede na cidade de João Pessoa é formada por 25 municípios, o que totaliza uma área de 4.461km 2, correspondendo a 7,9% da área total do Estado. Segundo o IBGE, em 2008, a região Geoadministrativa contava com 1.247.200 pessoas, expressando uma densidade demográfica de 289,25 habitantes por quilômetro quadrado, constituindo-se, dessa forma, uma região densamente povoada da Paraíba (IDEME, 2008). Figura 6. 1ª Região Geoadministrativa da Paraíba Apesar de um campus do IFPB ter sede em um município, os estudos de viabilidade para implantação de cursos para o campus levam em consideração dados de todos os municípios que compõem a Região Geoadministrativa onde está inserido, o que atende a missão institucional de fazer desenvolver toda a região. 13

Neste contexto, a 1ª Região Geoadministrativa, com 25 municípios, apresenta uma perspectiva para instalação de mais de um Campus do IFPB. Cada um dos Campi situados na mesma Região Geoadministrativa irá se concentrar em uma área limítrofe de atuação, guardando-se as peculiaridades de cada Arranjo Produtivo Local APL. Para este estudo específico CAMPUS MANGABEIRA, considera-se como área limítrofe de atuação todo o município de João Pessoa, Conforme ilustra Figura 7. Figura 7. Abrangência do Núcleo Avançado de Mangabeira em João Pessoa-PB No entanto, para as Regiões Geoadministrativas que o IFPB já possui campus foram utilizados somente dados referentes aos municípios mais próximos ao município sede. Para efeito deste estudo, consideraram-se como composição deste campus o município de João Pessoa - Figura 7. O bairro supracitado faz parte da 1ª Região Geoadministrativa; possuindo área de 274 Km 2, população: 788.552 habitantes e densidade demográfica 2.878 hab/km 2 14

3.2 RELAÇÃO DA POPULAÇÃO DA 1ª REGIÃO GEOADMINISTRATIVA VERSUS CONTINGENTE POPULACIONAL DO ESTADO DA PARAÍBA De acordo com o IBGE (2011), a população do bairro de Mangabeira totaliza 75.988 habitantes, o que correspondente a 18,52% da população total do Estado da Paraíba conforme apresentado no Gráfico 1. Gráfico 1. Taxa Proporcional de População Mangabeira a Para efeito de análise, a Taxa Proporcional de População (Mangabeira) tomou como base a população do Estado da Paraíba (3.730.838 habitantes) e a população da 1ª Região Geoadministrativa da Paraíba João Pessoa (1.286.019 habitantes), dos quais abstraiu-se o bairro de Mangabeira com o montante de (75.988 habitantes) (IBGE, 2011). Observa-se, percentualmente, o índice populacional por Região Geoadministrativa no Quadro 1. 15

Quadro 1. Taxa Proporcional de População por Região Administrativa REGIÃO SEDE População GEOADMINISTRATIVA 1ª João Pessoa 34,47% 2ª Guarabira 8,17% 3ª Campina Grande 22,42% 4ª Cuité 2,83% 5ª Monteiro 2,98% 6ª Patos 6,02% 7ª Itaporanga 4,05% 8ª Catolé do Rocha 2,94% 9ª Cajazeiras 4,50% 10ª Sousa 4,59% 11ª Princesa Isabel 2,19% 12ª Itabaiana 4,82% Total Geral 100% 3.3 EMPRESAS VERSUS OCUPAÇÃO Para este contexto tomou-se como base o número de pessoas empregadas em relação ao quantitativo de empresas presentes nesta região. A Figura 6 ilustra esta realidade. A região de Mangabeira apresenta, respectivamente, 45,93% e 29,61% do número de pessoas ocupadas e do número total de empresas instaladas em todo o Estado da Paraíba. Gráfico 2. Percentuais de empresas e ocupação Mangabeira 16

Para efeito de análise, percentuais de empresas e ocupação Mangabeira, tomou-se como base a população do estado da Paraíba (3.730.838 habitantes) e o número de pessoas ocupadas da 1ª Região Geoadministrativa da Paraíba João Pessoa (2.207.536habitantes) dos quais abstraiu-se o bairro de Mangabeira com o montante de (1.013.921 habitantes) (IBGE, 2011).Observa-se percentualmente, o número de pessoas ocupadas por Região Geoadministrativa no Quadro 2. Quadro 2. Número de Pessoas Ocupadas por Região Geoadministrativas REGIÃO Número de Pessoas SEDE População GEOADMINISTRATIVA Ocupação 1ª João Pessoa 34,47% 59,17% 2ª Guarabira 8,17% 4,01% 3ª Campina Grande 22,42% 18,93% 4ª Cuité 2,83% 1,32% 5ª Monteiro 2,98% 1,34% 6ª Patos 6,02% 3,38% 7ª Itaporanga 4,05% 1,76% 8ª Catolé do Rocha 2,94% 1,45% 9ª Cajazeiras 4,50% 2,78% 10ª Sousa 4,59% 2,74% 11ª Princesa Isabel 2,19% 0,78% 12ª Itabaiana 4,82% 2,35% Total Geral 100% 100% A 1ª Região Geoadministrativa João Pessoa, por ser a mais populosa, também concentra o maior número de empresas instaladas e de pessoas ocupadas por atividades no Estado da Paraíba. 3.4 AGROPECUÁRIA No tocante à agropecuária, utilizou-se como referência as principais variáveis relacionadas à sua produção, quais sejam: número de cabeças dos principais rebanhos (bovino, caprino, ovino e suíno), produção de leite (em mil litros), total de aves (galinhas, pintos e afins), produção de ovos de galinha (em mil dúzias) e produção das principais lavouras exploradas no estado da Paraíba. Justifica-se o exposto no Gráfico 3, que mostra, por meio dados do IBGE (2011), a relação da produção agropecuária em relação à mesma perspectiva estadual. O parâmetro de referência continua sendo o mesmo, a região de Mangabeira. 17

Gráfico 3. Atividade agropecuária Mangabeira Pode-se inferir pelo observado que a região de Mangabeira não apresenta destaque no que concerne a atividades econômicas do setor primário, todas as atividades agropecuárias analisadas revelam índices de produção inexpressivos (abaixo de dois pontos percentuais) em relação ao estado. 3.5 ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO (FIRJAN) O Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal (IFDM) é um estudo anual do Sistema FIRJAN (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) que acompanha o desenvolvimento de todos os 5.564 municípios brasileiros em três áreas: Emprego & Renda, Educação e Saúde. Ele é feito, exclusivamente, com base em estatísticas públicas oficiais, disponibilizadas pelos ministérios do Trabalho, Educação e Saúde. Mesmo com um recorte municipal, possibilita gerar um resultado nacional discriminado por unidades da Federação, graças à divulgação oficial das variáveis componentes do índice por estados e para o país. O índice varia de 0 a 1. Quanto mais próximo de 1, maior o desenvolvimento da localidade. Além disso, sua metodologia possibilita determinar, com precisão, se a melhora relativa ocorrida em determinado município decorre da adoção de políticas 18

específicas ou se o resultado obtido é apenas reflexo da queda dos demais municípios (FIRJAN, 2011). O Gráfico 4 aponta o desenvolvimento da Federação, do Estado e da região de Mangabeira nos três parâmetros (emprego & renda, educação e saúde). Gráfico 4. Desenvolvimento (Brasil/Paraíba/Região de Mangabeira) Analisando o índice por área é possível identificar quais parâmetros estão contribuindo de forma mais potencial para o desenvolvimento da região em estudo. Desmembrando o índice ponto-a-ponto, tomou-se como base para o primeiro eixo de análise a variável emprego e renda - 2007. Neste quesito, a região em estudo, apresentou-se, em relação ao estado da Paraíba, mais desenvolvida em 0,35 pontos percentuais, conforme se identifica no Gráfico 5. 19

Gráfico 5. Emprego e Renda (Brasil/Paraíba/Região de Mangabeira) Em sequência, para o segundo eixo de análise, utilizou-se como norte a variável educação - 2007. Neste quesito, a região em estudo, apresentou-se, em relação ao estado da Paraíba, mais desenvolvida em 0,03 pontos percentuais (Gráfico 6). Gráfico 6. Educação (Brasil/Paraíba/Região de Mangabeira) Para o terceiro eixo de análise, utilizou-se como norte a variável saúde - 2007. Neste quesito, a região em estudo, apresentou-se, em relação ao estado da Paraíba, mais desenvolvida em 0,06 pontos percentuais (Gráfico 7). Gráfico 7. Saúde (Brasil/Paraíba/Região de Mangabeira) Pode-se inferir, com base nos dados, que o Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal (IFDM) - nas três áreas: Emprego & Renda, Educação e Saúde 20

demonstrou um comportamento de ascensão paralelo da região de Mangabeira em relação ao Estado da Paraíba. 21

3.6 HOSPITAIS E EQUIPES DE PSF A Saúde da Família é entendida como uma estratégia de reorientação do modelo assistencial, operacionalizada mediante a implantação de equipes multiprofissionais em unidades básicas de saúde. Estas equipes são responsáveis pelo acompanhamento de um número definido de famílias, localizadas em uma área geográfica delimitada. As equipes atuam com ações de promoção da saúde, prevenção, recuperação, reabilitação de doenças e agravos mais frequentes, e na manutenção da saúde desta comunidade (portal.saude.gov.br, 2012). No tocante à saúde, utilizou-se como referência o número de hospitais e o número de programas de saúde da família PSF instalados. Justifica-se o exposto no Gráfico 8, que mostra, por meio dados do IBGE (2011), a relação do quantitativo de hospitais e PSFs na região de Mangabeira com a perspectiva estadual. Gráfico 8. Equipes de PSF e Hospitais (Paraíba/Região de Mangabeira) Pode-se inferir pelo observado que a região de Mangabeira apresenta uma expressividade significativa, uma vez que os estabelecimentos hospitalares assim como as equipes de PSFs demonstraram índices expressivos (em torno de trinta pontos percentuais aproximadamente) em relação ao estado. 22

3.7 PRODUTO INTERNO BRUTO PIB ou Produto Interno Bruto é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos dentro do território econômico de um município, região, estado ou país, independentemente da nacionalidade dos proprietários das unidades produtoras. Por bens e serviços finais compreende-se que não são consideradas as transações intermediárias. Toda a produção é medida a preços de mercado e o PIB pode ser calculado sob três aspectos, Agropecuária (Primário), Indústria (Secundário) e Serviço (Terciário) (academiaeconomica.com, 2012). Utilizaram-se, como critério de análise do PIB, seus três parâmetros: Agropecuária (Primário), Indústria (Secundário) e Serviço (Terciário); de forma comparativa e isolada em relação ao estado/região (Gráfico 9). Gráfico 9. Produto Interno Bruto (Paraíba/Região de Mangabeira) Conforme se observa no gráfico 9, o PIB no estado da Paraíba se comporta de forma desproporcional (agropecuária 7,19%; indústria 22,00% e serviços 70,81%), estando sua maior expressividade no setor terciário. Nesta perspectiva, a região de Mangabeira acompanha esta tendência, uma vez que sua maior característica, também é no mesmo segmento. Vale salientar que comparando as riquezas geradas neste segmento pelo Estado, a região de Mangabeira apresenta uma concentração bem mais significativa. 23

. Para efeito de comparação, estratificou-se da região para o bairro de Mangabeira. Nesta vertente, verificou-se que o PIB também se concentrou no segmento de serviços (gráfico 10), isto é, comparativamente na região de Mangabeira, o bairro de Mangabeira apresentou-se com um score percentual um pouco menor (0,07%). Gráfico 10. Produto Interno Bruto (Paraíba/Bairro de Mangabeira) 3.8 ATIVIDADE PRODUTIVA O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) foi criado pelo Governo Federal, que instituiu o registro permanente de admissões e desligamentos de empregados sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT. Este registro é atualizado mensalmente nas bases de dados do Ministério do Trabalho e Emprego. As informações do CAGED são utilizadas pelo Programa de Seguro- Desemprego para conferir os dados referentes aos vínculos trabalhistas e liberar os benefícios. É com base nestas informações que o Governo Federal e a sociedade como um todo, contam com estatísticas à elaboração de Políticas de Emprego e Salário, bem como estudos sobre mercado de trabalho (Manual de Orientação CAGED, 2010). 24

Como critério de análise das principais atividades produtivas que mais admitiram no período de Julho de 2010 à Julho de 2011 foram consideradas as cinco atividades mais representativas da região, quais sejam: serventes de obras, vendedor de comércio varejista, pedreiro, auxiliar de escritório e vigilante (Ver Gráfico 11). Gráfico 11. Admissões de Julho de 2010 a Julho de 2011 (Região de Mangabeira ) Pelo exposto no Gráfico 11 pode se constatar que a quantidade de profissionais mais admitidos para o período foi a categoria serventes de obras (41%), seguido de vendedor de comércio varejista (25%), pedreiro (17%), auxiliar de escritório (11%) e vigilante (6%). Para efeito de comparação, o Gráfico 12 representa o número de admissões apenas para o bairro de Mangabeira. Nesta vertente, verificou-se que a categoria mais expressiva foi a de serventes de obras (40%), seguido de vendedor de comércio varejista (25%), pedreiro (16%), auxiliar de escritório (12%) e vigilante (7%). Gráfico 12. Admissões de Julho de 2010 a Julho de 2011 (Bairro de Mangabeira) 25

De acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) pode-se constatar que as atividades se concentram no segmento comercial e industrial. 3.9 EDUCAÇÃO De acordo com a Secretaria de Educação Básica (2012), vinculada ao Ministério da Educação, educação básica é o caminho para assegurar à todos os brasileiros a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhes os meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores. De acordo com o Artigo 21 da LDB, a educação básica é formada pela educação infantil, ensino fundamental e ensino médio. O ensino fundamental obrigatório tem duração de 9 (nove) anos. Já o ensino médio, etapa final da educação básica, com duração mínima de três anos, com finalidade de consolidação e aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental. Utilizou-se, como critério de análise da educação, o número de matrículas por dependência administrativa (Estadual, Federal, Municipal e Privada) em relação ao tempo de permanência em cada etapa de escolarização (ensino fundamental 9 anos e ensino médio 3 anos), como exposto no Gráfico 13. Gráfico 13. Alunos matriculados no ensino básico (Região de Mangabeira) 26

Pode se constatar que o quantitativo de matrículas no ensino fundamental é mais expressivo no âmbito municipal, uma vez que é responsabilidade do município ofertar a 1ª fase do ensino básico. Também se verifica que o maior número de matrículas do ensino médio é ofertado pela dependência administrativa estadual. A título de ilustração, o Gráfico 14 apresenta o número de matriculados por dependência administrativa (Estadual, Federal, Municipal e Privada) para o bairro de Mangabeira. À guisa de entendimento, a análise do bairro isoladamente, permite observar, com acurácia e de forma comparativa, o comportamento do bairro de Mangabeira em relação à região. Gráfico 14. Alunos matriculados no ensino básico (Bairro de Mangabeira) 3.9.1 GAP DA EDUCAÇÃO GAP é um termo em inglês que significa um distanciamento, afastamento, separação, uma lacuna ou um vácuo. Utilizou-se, como critério de análise do GAP da Educação a média de todas as matrículas do ensino fundamental (número de matriculados dos nove anos dividido por nove) e a média de todas as matrículas do ensino médio (número de matriculados dos três anos dividido por três). Em seguida efetuou-se a diferença das médias do ensino médio e do ensino fundamental, o resultado final é o GAP apresentado na Tabela 1 (região de João Pessoa) e na Tabela 2 (município de João Pessoa). 27

Tabela 1. GAP de matrículas (Região de João Pessoa) Tabela 2. GAP de matrículas (Município de João Pessoa) Para a análise da região de João Pessoa (Tabela 1), observa-se que as escolas da região ofertam o ensino fundamental e médio, porém foi detectada uma defasagem de vagas/ano do último ano do ensino fundamental em relação ao primeiro ano do médio da ordem de 657 matrículas, ou seja, seu GAP apresenta um índice negativo de matrículas com apenas 12.265 alunos matriculados no ensino médio. Para efeito de comparação, a Tabela 2 apresenta o GAP apenas para município de João Pessoa. Nesta vertente, verificou-se que o vazio diminuiu para 245 matrículas, ou seja, seu GAP apresenta também um índice negativo de matrículas com apenas 11.070 alunos matriculados no ensino médio. Comparando-se os GAPs da região com o município, percebe-se uma diferença de 412 matrículas (657 245 = 412) - ou seja - do montante de alunos sem matrículas no ensino médio (657alunos - GAP da região), 37,29% correspondem a João Pessoa e o restante (62,71%) aos outros municípios que compõem a região. 3.9.2 CANDIDATOS EM POTENCIAL 28

Entende-se por candidatos em potencial, alunos que estão aptos a ingressarem no ensino médio (modalidades integradas e subsequentes) e/ou no ensino superior. Para definir o percentual de candidatos para cursos técnicos (integrados e subsequentes ao ensino médio) e Superiores (Tecnologia, Bacharelado e Licenciatura), o estudo tomou como base o número de matriculas/ano ofertadas pelas várias dependências administrativas. A partir do número de matriculados no 9º ano do ensino fundamental (candidatos que podem fazer cursos técnicos integrados ao ensino médio) e do 3º ano do ensino médio (candidatos que podem fazer cursos técnicos subsequentes ou cursos superiores), apresentados nas Tabelas 1 e 2, pode-se construir o percentual de candidatos em potencial para os cursos técnicos integrados e para cursos técnicos subsequentes/superior, conforme exposto nos Gráficos 15 e 16. Gráfico 15. Potencial de candidatos (Região de Mangabeira) 29

Gráfico 16. Potencial de candidatos (Bairro de Mangabeira) Os Gráficos 15 e 16 mostram uma maior demanda de vagas para cursos técnicos integrados ao ensino médio para a região de Mangabeira. Analisando o contexto, percebe-se que o percentual de candidatos potenciais da região e do bairro de mangabeira é proporcional. O volume maior de candidatos aos cursos integrados se dá em decorrência do quantitativo de alunos oriundos do ensino fundamental ser bem superior ao número de alunos do ensino médio. Estes últimos têm mais opções, pois podem direcionar seus interesses para o ensino médio subsequente ou para o ensino superior através dos Cursos Superiores de Tecnologias, dos Bacharelados ou das Licenciaturas. 3.10 MAPEAMENTO DE CURSOS NA REGIÃO Com o propósito de não duplicar cursos já ofertados pelas outras instituições presentes na região de abrangência do Campus Mangabeira, foi realizado um levantamento da oferta de cursos (técnicos, tecnologia, licenciaturas e bacharelados), o que possibilitou identificar a diversidade de formações ofertadas pelas várias instituições presentes, na região Geoadministrativa, tais: IFPB, UFPB, UEPB e várias faculdades privadas, como observadas no Quadro 3 30

Instituição IFPB Campus Cabedelo IFPB Campus João Pessoa UFPB Campus I João Pessoa UEPB Campus V João Pessoa Faculdades Privadas Quadro 3. Ofertas de cursos na região de abrangência do campus Mangabeira Especificação de cursos Técnico Subsequente: Pesca Meio ambiente Integrado: Pesca Vários cursos eixos temáticos: Processos Industriais, Gestão e Negócios, Informática e Infraestrutura. Vários cursos Superior de Tecnologia Licenciatura Bacharelado Design Gráfico - - Vários cursos eixos temáticos: Processos Industriais, Gestão e Negócios, Informática e Infraestrutura. Gestão pública Alimentos Sucroalcooleira Vários cursos Química Vários Cursos nas áreas de humanas, exatas e saúde Vários Cursos nas áreas de humanas, exatas e saúde. Administração Engenharia Elétrica Vários Cursos nas áreas de humanas, exatas e saúde Arquivologia Ciências Biológicas Relações Internacionais Vários Cursos nas áreas de humanas, exatas e saúde. De acordo com pesquisa direta foram encontradas as seguintes faculdades privadas: IESP (Instituto de Educação Superior da Paraíba), UNIBRATEC (Ensino Superior, e técnico em informática), FESVIP (Faculdade de Enfermagem São Vicente de Paula), FATEC-PB (Faculdade de Tecnologia da Paraíba), INPER (Instituto Paraibano de Ensino Renovado), FPB (Faculdade Potiguar da Paraíba), UNIPE - Centro Universitário de João Pessoa, UNIPB (Faculdade Unida da Paraíba), FCM (Faculdade de Ciências Médicas), FESP (Faculdade de Ensino Superior da Paraíba), IPEC (Instituto Paraíba de Educação e Cultura), FATEC (Faculdade de Tecnologia de João Pessoa), ASPER (Associação Paraibana de Ensino Renovado), UNIUOL Faculdades, FAP (Faculdade Paraibana), FPPD (Faculdade Paraibana de Processamento de Dado), Faculdade MAURÍCIO DE NASSAU, LUMEN (Faculdade de Ciências Contábeis Luiz Mendes Ltda.), ENSINE Faculdades, FACENE/FAMENE 31

3.11 ARRANJO PRODUTIVO LOCAL Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (2011), consideram-se Arranjos Produtivos Locais aglomerações de empresas, localizadas em um mesmo território, que apresentam especialização produtiva e mantêm vínculos de articulação, interação, cooperação e aprendizagem entre si e com outros atores locais, tais como: governo, associações empresariais, instituições de crédito, ensino e pesquisa. Através de resultados de Pesquisas Diretas e consultas a órgãos oficiais (prefeituras, SEBRAE etc.), os principais APL s encontrados na região de Mangabeira ligados aos setores da Indústria, do Comércio e de Serviços foram: Indústria - Álcool/Destilação/Açúcar - Confecções / Vestuário - Calçados - Alimentos - Cerâmica - Agroindústria - Premoldados - Borracha - Açúcar/Ácool - Metalurgia - Mineração - Plásticos - Cimento - Alumínio - Couro - Construção Civil Comércio - Móveis - Farmácias 32

- Cama, Mesa e Banho - Informática e Telefonia - Vestuário - Bebidas - Calçados - Supermercados e Mercearias - Eletrodomésticos - Bazar e Papelaria - Jóias/bijuterias - Pólo Distribuidor - Perfumarias e Cosmética Serviços - Telefonia e Telecomunicações - Serviços Bancários - Informática - Serviços Gráficos - Bares e Restaurantes - Clínicas Médicas e Odontológicas - Hospital e Maternidade - Escritórios de Advocacia - Serviços Contábeis Como forma de análise pode-se inferir que os três segmentos da economia têm um significativo leque de áreas de atuação. 33

4 IMPLEMENTAÇÃO DOS CURSOS A educação profissional e tecnológica de nível médio está apresentada no Catálogo Nacional de Cursos Técnicos (CNCT). Este Catálogo configura-se como importante mecanismo de organização e orientação da oferta nacional dos cursos técnicos de nível médio. Cumpre também, subsidiariamente, uma função indutora ao destacar novas ofertas em nichos tecnológicos, culturais, ambientais e produtivos, propiciando uma formação técnica contextualizada com os arranjos sócioprodutivos locais gerando novo significado para formação, em nível médio, do jovem brasileiro. O Catálogo agrupa os cursos conforme suas características científicas e tecnológicas em 12 eixos tecnológicos que somam, ao todo, 185 possibilidades de oferta de cursos técnicos (MEC/SETEC, 2008). Com o propósito de aprimorar e fortalecer os cursos superiores de tecnologia e em cumprimento ao Decreto nº 5.773/06, o Ministério da Educação apresenta o Catálogo Nacional de Cursos Superiores de Tecnologia como guia para referenciar estudantes, educadores, instituições ofertantes, sistemas e redes de ensino, entidades representativas de classes, empregadores e o público em geral. O catálogo organiza e orienta a oferta de cursos superiores de tecnologia, inspirado nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional de Nível Tecnológico e em sintonia com a dinâmica do setor produtivo e os requerimentos da sociedade atual. Configurado, deste modo, na perspectiva de formar profissionais aptos a desenvolver, de forma plena e inovadora, as atividades em determinado eixo tecnológico e com capacidade para utilizar, desenvolver ou adaptar tecnologias com a compreensão crítica das implicações daí decorrentes e das suas relações com o processo produtivo, o ser humano, o ambiente e a sociedade. Este catálogo apresenta denominações, sumário de perfil do egresso, carga horária mínima e infraestrutura recomendada de 112 graduações tecnológicas organizadas em 13 eixos tecnológicos (MEC/SETEC, 2010). Já os cursos de Bacharelados e Licenciaturas estão dispostos nos Referenciais Curriculares Nacionais dos Cursos de Bacharelado e Licenciatura da Secretaria de Educação Superior (MEC/SESU, 2010). De acordo com este documento, de um total de 97 cursos de nível superior, 79 são de bacharelados e 18 de licenciaturas. 34

Em conformidade com os Catálogos de Cursos Técnicos, de Cursos de Tecnologia; com os Referenciais Curriculares (Cursos de Bacharelado e Licenciatura); com os Arranjos Produtivos Locais e todas as variáveis analisadas, o estudo apontou, para o momento a implementação dos seguintes cursos para o Campus de Mangabeira: Técnico Subsequente em Reabilitação de Dependentes Químicos, Técnico Subsequente em Imagem Pessoal, Técnico Subsequente em Enfermagem, Técnico Subsequente em Agente Comunitário de Saúde, CST em Gestão Hospitalar, CST em Radiologia, Bacharelado em Biomedicina, e Licenciatura em Biologia. O Quadro 4 mostra os referidos cursos com as respectivas cargas horárias, eixos temáticos onde estão inseridos, o que fazem profissionalmente e as principais possibilidades de atuação. Quadro 4. Cursos sugeridos pelo estudo (Município de João Pessoa-PB) CURSO CH EIXO TEMÁTICO O QUE FAZ TÉCNICO SUBSEQUENTE EM AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE TÉCNICO SUBSEQUENTE EM REABILITAÇÃO DE DEPENDENTES QUÍMICOS 1.200 H 1.200 H AMBIENTE, SAÚDE E SEGURANÇA AMBIENTE, SAÚDE E SEGURANÇA Atua na perspectiva de promoção, prevenção e proteção. orienta e acompanha famílias e grupos em seus domicílios e os encaminha aos serviços de saúde; Realiza mapeamento e cadastramento de dados sociais, demográficos e de saúde, consolidando e analisando as informações obtidas. Participa, com as equipes de saúde e a comunidade, da elaboração, implementação, avaliação e reprogramação do plano de ação local de saúde. Participa e mobiliza a população para as reuniões do conselho de saúde. Identifica indivíduos ou grupos que demandam cuidados especiais sensibilizando a comunidade para a convivência. Trabalha em equipe nas unidades básicas do Sistema Único de Saúde promovendo a integração entre população atendida e os serviços de atenção básica a saúde. Coleta e registra informações de apoio e suporte ao diagnóstico, inclusive o social e ao acompanhamento terapêutico. Aplica e conduz diferentes técnicas terapêuticas prescritas e de reinserção social global. Atua em situações emergenciais, intervenções em caso de intoxicações, abstinência e seus desdobramentos. Atua em campanhas de esclarecimento à comunidade quanto ao uso de drogas, à valorização da vida saudável e preservação da integridade psicossocial. Participa na concepção, desenvolvimento e monitoramento de programas de redução de demanda de drogas e redução de danos. POSSIBILIDADES DE ATUAÇÃO Sistema Único de Saúde; Prefeituras; Programas de Saúde da família. Centros de atenção psicossocial. Serviços de referência em saúde mental. Unidades básicas de saúde. Comunidades terapêuticas. 35

CURSO CH EIXO TEMÁTICO O QUE FAZ TÉCNICO SUBSEQUENTE EM ENFERMAGEM TÉCNICO SUBSEQUENTE EM IMAGEM PESSOAL CST EM RADIOLOGIA CST EM GESTÃO HOSPITALAR LICENCIATURA EM BIOLOGIA 1.200 H 1.200 H 2.400 H 2.400 H AMBIENTE, SAÚDE E SEGURANÇA AMBIENTE, SAÚDE E SEGURANÇA AMBIENTE E SAÚDE AMBIENTE E SAÚDE 2.800 H - Atua na promoção, prevenção, recuperação e reabilitação dos processos saúde doença. Colabora com o atendimento das necessidades de saúde dos pacientes e comunidade, em todas as faixas etárias. Promove ações de orientação e preparo do paciente para exames. Realiza cuidados de enfermagem tais como: curativos, administração de medicamentos e vacinas, nebulizações, banho de leito, mensuração antropométrica e verificação de sinais vitais, dentre outros. Presta assistência de enfermagem a pacientes clínicos e cirúrgicos. Emprega técnicas para valorizar a beleza de um rosto, pela concepção harmônica entre a maquiagem e o penteado. Realiza procedimentos de embelezamento do cabelo: higiene capilar, corte, escova, penteados, massagem capilar, coloração e descoloração, ondulação e alisamento, de acordo com as necessidades do cliente e com as tendências estéticas. Aplica maquiagens harmônicas e adequadas às diferentes ocasiões. Aplica tratamento para revitalização dos fios e couro cabeludo a partir da identificação da estrutura e textura do cabelo. Executa as técnicas radiológicas, no setor de diagnóstico; radioterápicas, no setor de terapia; radioisotópicas, no setor de radioisótopos; industrial, no setor industrial e de medicina nuclear. Gerencia os serviços e procedimentos radiológicos, atuando conforme as normas de biossegurança e radioproteção em clínicas de radiodiagnóstico, hospitais, policlínicas, laboratórios, indústrias, fabricantes e distribuidores de equipamentos hospitalares. Atua no planejamento, organização e gerenciamento dos processos de trabalho em saúde, envolvendo a área de gestão de pessoas, materiais e equipamentos. Organiza e controla compras e custos, áreas de apoio e logística hospitalar, bem como acompanha e supervisiona contratos e convênios. Pelos princípios da gestão, qualidade e viabilidade dos serviços, presta suporte aos setores-fins. Planeja, organiza e desenvolve atividades e materiais relativos ao Ensino de Biologia. Sua atribuição central é a docência na Educação Básica, que requer sólidos conhecimentos sobre os fundamentos da Biologia, sobre seu desenvolvimento histórico e suas relações com diversas áreas; assim como sobre estratégias para transposição do conhecimento biológico em saber escolar. Elabora e analisa materiais didáticos, como livros, textos, vídeos, programas computacionais, ambientes virtuais de aprendizagem, entre outros. Realiza pesquisas em Ensino de Biologia, coordena e supervisiona equipes de trabalho. POSSIBILIDADES DE ATUAÇÃO Hospitais; Clínicas e postos de saúde; Empresas e domicílios. Salões de beleza; Institutos e clínicas de estética; Prestação de serviços de forma autônoma. Clinicas de radiologia; Hospitais públicos e privados; Clínicas médicas. Hospitais e seus setores; Clínicas e unidades de saúde; Laboratórios médicos e empresas prestadoras de serviço em saúde. Escolas de ensino básico (Fundamental e Médio); Institutos de educação profissional; Editoras e em órgãos públicos e privados que produzem e avaliam programas e materiais didáticos para o ensino presencial e a distância; Instituições que desenvolvem pesquisas educacionais. 36

CURSO CH EIXO TEMÁTICO O QUE FAZ BACHARELADO EM BIOMEDICINA 3.200 H - Atua no desenvolvimento de ações de suporte laboratorial aos serviços médicos. Coleta materiais biológicos, realiza análises clínicas, bioquímicas, microbiológicas, parasitológicas, imunológicas e cito-hematológicas para o diagnóstico de patologias. Emite laudos e administra laboratórios. Desenvolve procedimentos laboratoriais relativos à reprodução humana assistida. Realiza análises moleculares para análises forenses e diagnósticos de patologias genéticas. Produz e controla a qualidade de insumos biológicos como soros e vacinas. Participa de procedimentos em radioterapia, medicina nuclear e diagnóstico por imagem, sem emitir laudo. Desenvolve programas computacionais e instrumentais de uso em pesquisa, para diagnóstico e para aplicação clínica. Realiza análises físico-químicas e microbiológicas para o saneamento do meio ambiente e para a análise de alimentos. Gerencia o trabalho e os recursos materiais de modo compatível com as políticas públicas de saúde. Atua na promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde do indivíduo e da comunidade, primando pelos princípios éticos e de segurança. POSSIBILIDADES DE ATUAÇÃO Laboratórios de análises clínicas e de pesquisa técnicocientífica; Hospitais; Institutos de pesquisas; Indústrias farmacêuticas e de bioinformática; Laboratórios de análises ambientais e físico-químicas; Laboratórios de análises bromatológicas; Bancos de sangue; Clínicas de reprodução humana; Unidades de diagnóstico por imagens e de medicina nuclear e em laboratórios de biologia molecular. 37

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS De maneira geral os cursos a serem ofertados no Campus Mangabeira deverão se concentrar nos setores de ambiente, saúde e segurança, e ambiente e saúde. Justifica-se o exposto pelo perfil e identidade da região e pelos APLs dispostos para tanto. O volume de matrículas no 9º ano do ensino fundamental propicia um maior número de oferta de cursos técnicos integrados ao ensino médio, porém a quantidade de matrículas no 3º ano do ensino médio também aponta, em menor proporção, ofertas de cursos técnicos subsequentes e/ou superiores. Os CST (Cursos Superiores de Tecnologia) passam a ser um suporte prático ao desenvolvimento dos municípios da região geoadministrativa. As licenciaturas têm como atribuição central a docência na educação básica, sendo importantes no sentido de atender as demandas por professores para instituições de ensino de ofertam cursos de nível fundamental e médio.. 38

6 REFERÊNCIAS BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia E Estatística. Cidades. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/cidadesat>. Acesso em: 14 nov. 2011.. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais. Levantamento de Microdados. Disponível em: <http://portal.inep.gov.br/basica-levantamentosmicrodados>. Acesso em: 23 nov. 2011.. Ministério da Educação. Disponível em: <http://www.mec.gov.br>. Acesso em: 23 nov. 2011. Ministério da Educação/Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica. Catálogo Nacional de Cursos Técnicos. 2008. Brasília/DF. Disponível em: <www.mec.gov.br/setec> Acesso: 4 de mai. 2011. Ministério da Educação/Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica. Catálogo Nacional de Cursos Superiores de Tecnologia. 2010. Brasília/DF. 141p. Disponível em: <www.mec.gov.br/setec> Acesso: 4 de mar. 2011.. Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Arranjos Produtivos Locais - APLs. Disponível em: <http://www.mdic.gov.br//sitio/interna/index.php?area=2>. Acesso em: 14 nov. 2011.. Ministério do Trabalho e Emprego. Cadastro Geral de Empregados e Desempregados 2011. Disponível em: <http://www.caged.gov.br>. Acesso em: 22 nov. 2011.. Ministério da Saúde. Disponível em: <http://www.portal.saude.gov.br>. Acesso em: 23 nov. 2011.. Planalto. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm>. Acesso em: 15 de mar. 2012 FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal IFDM. Disponível em: <http://www.firjan.org.br/ifdm/>. Acesso em: 15 de mar. 2012. Instituto de Desenvolvimento Municipal e Estadual da Paraíba [CD-ROM]. Perfil Cidades, 2008. Pesquisa Direta, 2011 Referenciais Curriculares Nacionais dos Cursos de Bacharelado e Licenciatura/Secretaria de Educação Superior. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Superior, 2010. 99 p. 39