Lei 15.228/2018 Aplicação, no âmbito da Administração Pública do Estado do Rio Grande do Sul, da Lei 12.846/13 e do Decreto 8.420/15 e exigibilidade de implementação do Programa de Integridade. kpmg.com.br
Introdução Objetivos regulatórios Em 25 de setembro de 2018, o então governador do Estado do Rio Grande do Sul (RS), José Ivo Sartori, sancionou a Lei nº 15.228/2018, que dispõe sobre a aplicação, no âmbito da Administração Pública Estadual, da Lei Federal n.º 12.846, de 1º de agosto de 2013. A lei trata da responsabilização administrativa e civil de pessoas jurídicas por conta de atos contra a Administração Pública, nacional ou estrangeira. Em seu Capítulo VIII, a Lei nº 15.228/2018 institui a Exigibilidade de Implementação do Programa de Integridade às empresas que vierem a firmar qualquer tipo de contrato, consórcio, convênio, concessão ou parceria público-privada com a Administração Pública Estadual do Rio Grande do Sul. Proteger a Administração Pública Estadual de atos lesivos: irregularidades, desvios de ética e de conduta e fraudes contratuais. Garantir a execução dos contratos em conformidade com a lei e com os regulamentos pertinentes a cada atividade contratada. Aplicabilidade Reduzir os riscos inerentes aos contratos, tornando-os mais seguros e transparentes. Estão sujeitas à Exigibilidade de Implementação do Programa de Integridade todas as empresas que celebrarem contrato, consórcio, convênio, concessão ou parceria público-privada com a Administração Pública do Rio Grande do Sul, cujos valores-limite sejam:» Superiores a R$ 330.000,00, para obras e serviços de engenharia;» Superiores a R$ 176.000,00 para compras e serviços. Em ambos os tipos de contratação, é aplicável mesmo que na forma de pregão eletrônico. O prazo para implementação do Programa de Integridade (para as empresas contratadas que não contarem com o programa implantado no ato da contratação) é de até 180 dias, contados a partir da data de celebração do contrato. A lei se aplica a: Obter melhores desempenhos e garantir a qualidade nas relações contratuais. Sociedades empresárias Concessionárias e permissionárias de serviços públicos Sociedades simples, personificadas ou não, independentemente da forma de organização ou do modelo societário adotado. Quaisquer fundações, associações de entidades ou pessoas ou sociedades estrangeiras que tenham sede, filial ou representação no território brasileiro, constituídas de fato ou de direito, ainda que temporariamente.
O Programa de Integridade Lei nº 15.228/2018 IX - ESTRUTURA DE COMPLIANCE INDEPENDENTE O Programa de Integridade será avaliado, quanto à sua existência e aplicação, de acordo com os seguintes parâmetros (Art. 42, Decreto 8.420/15): Aplicáveis a todos os empregados e administradores, independentemente de cargo, bem como a terceiros, a exemplo de: fornecedores, prestadores de serviço, agentes intermediários e associados. VI - REGISTROS CONTÁBEIS PRECISOS X - CANAIS DE DENÚNCIA III - PADRÕES DE CONDUTA, CÓDIGO DE ÉTICA E INTEGRIDADE PARA TERCEIROS XIII - DUE DILIGENCE DE FORNECEDORES I - COMPROMETIMENTO DA ALTA ADMINISTRAÇÃO VII - CONTROLES INTERNOS EFETIVOS XI - MEDIDAS DISCIPLINARES IV - TREINAMENTO XIV - PROCESSO FUSÕES, AQUISIÇÕES E REESTRUTURAÇÕES SOCIETÁRIAS II - PADRÕES DE CONDUTA, CÓDIGO DE ÉTICA E POLÍTICA DE INTEGRIDADE VIII - PROCEDIMENTOS PARA PREVENIR FRAUDES E ILÍCITOS XII - PROCEDIMENTOS PARA INTERRUPÇÃO DE IRREGULARIDADES OU INFRAÇÕES XVI - PROMOÇÃO DA CULTURA ÉTICA E DE INTEGRIDADE NO MERCADO V - ANÁLISE PERIÓDICA DE RISCOS Monitoramento contínuo do Programa de Integridade, visando ao seu aperfeiçoamento na prevenção, detecção e combate à ocorrência dos atos lesivos. XV - MONITORAMENTO CONTÍNUO DO PROGRAMA DE INTEGRIDADE Por meio de palestras, seminários, workshops, debates e eventos da mesma natureza. Visando ao seu aperfeiçoamento na prevenção, na detecção e no combate à ocorrência dos atos lesivos.
Implantação Como a KPMG pode ajudar Segundo o Art. 39 da Lei nº 15.228/2018, a implantação do Programa de Integridade, para aquelas empresas que não possuirem implantado no ato da contratação, deverá ser realizada no prazo de até 180 (cento e oitenta) dias corridos, a partir da data de celebração do contrato. Sanções Em seu Artigo 40, a Lei nº 15.228/2018 prevê que o descumprimento da exigência de implantação do Programa de Integridade imporá à empresa infratora multa de 0,02% (dois centésimos por cento) por dia, incidente sobre o valor do contrato. O parágrafo 1º do referido artigo estabelece ainda que a soma dos valores básicos das multas moratórias será limitado a 10% do valor total do contrato. E, no parágrafo 2º, fica estabelecido que o cumprimento da exigência da implantação fará cessar a aplicação da multa. Adicionalmente, o Artigo 41 determina que as empresas que não cumprirem a exigência de implantação do Programa de Integridade durante o período contratual ficarão impossibilitadas, até que regularizem sua situação, de serem novamente contratadas pelo Estado do Rio Grande do Sul. Além disso, a pendência constará no Cadastro Informativo perante aos órgãos e entidades da Administração Pública Estadual (CADIN/RS). Diagnóstico Levantamento e avaliação do cenário atual do Programa de Integridade da empresa em relação aos requisitos legais. Relatório de Maturidade do Programa de Integridade. Avaliação da cultura de integridade existente. Recomendações e Planos de Ação para melhorias e alinhamento aos requerimentos da Lei. Implementação Implantação do Programa de Integridade, de acordo com os parâmetros requeridos pela Lei, maneira completa ou modular: Projeto de disseminação da cultura de integridade. Identificação e mensuração de riscos de integridade aliada ao desenvolvimento de indicadores de monitoramento. Mapeamento e avaliação das transações que oferecem riscos de integridade. Desenvolvimento de Políticas de Integridade (Código de Conduta, Política Anticorrupção etc). Definir papéis e responsabilidades dos Monitoramento Acompanhamento à implementação dos requisitos da Lei. Avaliação da efetividade do Programa de Integridade à luz dos requisitos legais. Testes de controles internos. Investigação independente e apuração de denúncias. envolvidos no Programa de Integridade. Treinamentos de Integridade para colaboradores, parceiros e fornecedores. Canal de Denúncias. Controles Internos que assegurem a pronta elaboração e confiabilidade dos relatórios e demonstrações financeiras. Due diligences de terceiros. Classificação de riscos de terceiros e de colaboradores. Estruturação da governança das funções de integridade. Metodologia KPMG Governance and culture
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