Boletim Informativo 7 e 8-2009



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Transcrição:

PPEETT IMAGEEM I DIAGNÓSSTTI ICOSS VEETTEERRI INÁRRI IOSS BBOAASS DDI IICAASS PPAARRAA OSS EEXXAAMEESS DDEE LLAABBORRAATTÓRRI IIO CLLÍ ÍÍNNI IICO Vamos resumir aqui algumas perguntas freqüentes e interessantes que normalmente respondemos. Cada amostra coletada deverá ser imediatamente transferida paras o tubo adequado e de forma suave, fazendo o sangue escorrer pelas paredes do tubo, a fim de evitar a hemólise sanguínea. O tubo com anticoagulante possui capacidade para uma determinada quantidade de sangue, caso seja colocado sangue a mais da quantidade indicada, ocorrerá coagulação da amostra. Lembre-se que sempre após transferir o sangue para o tubo deve-se homogeneizar o sangue com o anticoagulante invertendo-se o tubo delicadamente por 10 vezes. Em caso de sangue a menos, haverá diluição do sangue alterando os parâmetros hematimétricos e a citologia pode apresentar-se alterada. Detalhes simples que podem causar variações nos resultados dos exames: 1. Atividade física: as amostras de sangue coletadas imediatamente após uma atividade apresentarão elevação no hematócrito e no número de leucócitos. Estas alterações desaparecem algumas horas após o exercício, desta forma o correto é esperar o animal descansar e relaxar para então realizar a coletar da amostra. 2. Situações de estresse: os animais que são transportados de um ambiente para outro, a própria presença de um veterinário, as pessoas estranhas, os sons e odores estranhos, podem levar ao estresse emocional, causando um aumento da glicemia e do número de leucócitos e neutrófilos caracterizando o leucograma de stress agudo (neutrofilia, linfopenia e eosinofilia). 3. Alimentação: o ideal é deixar o paciente em jejum durante toda a noite (8 a 10 horas) antes da coleta. As amostras coletadas após o animal ter se alimentado podem apresentar lipemia, que causa hemólise, hiperglicemia, hiperlipemia e aumento de bilirrubinas. Considerando uma dieta rica em proteínas ainda pode haver um aumento de uréia, já que as proteínas elevam o nitrogênio. A fluidoterapia pode também alterar o resultado dos exames, pois soro glicosado, medicamentos adicionados durante a soroterapia, podem modificar, por exemplo, a concentração de glicose sanguínea. Em casos de impossibilidade do preparo do animal (jejum, medicação) é imprescindível avisar ao laboratório no qual o material está sendo enviado para ciência dos profissionais. Para a glicemia é indispensável o jejum alimentar, para não acusar uma hiperglicemia alimentar. 4. Medicações: Algumas cefalosporinas provocam alterações de creatininas, e as tetraciclinas interferem na determinação da glicose. O ácido ascórbico endógeno e exógeno pode influenciar os testes de glicose e nitrato negativamente. Os glicocorticóides podem alterar a contagem total e diferencial de leucócito, podem aumentar os testes hepáticos, tais como a fosfatase alcalina e a ALT nos cães. A insulina exógena diminui as concentrações séricas de glicose, fosfato e potássio.

MAATTÉÉRRI IIAA TTÉÉC NNI IICAA DDO MÊÊSS Dra. Danielle Murad Tullio Membro do Colégio Brasileiro de Radiologia Veterinária SINDROME DA DISFUNÇÃO COGNITIVA CANINA - MAL DE ALZHEIMER? O envelhecimento é um processo natural e um fato para todos nós incluindo nossos cães. Considerando que o crescimento dos cães se dá mais rapidamente neles que em nós hoje observamos que a expectativa de vida deles continua crescendo. Isto se deve principalmente pelos inúmeros avanços na medicina veterinária e pelos cuidados que temos com nossos cães, assim a incidência de doenças específicas dos idosos está aumentando. Com o avanço da idade dos cães os órgãos internos e sistemas inevitavelmente sofrem mudanças e esta deterioração potencialmente leva a diversos problemas médicos. Uma importante condição médica que afeta os cães nesta fase senil é a Síndrome da Disfunção Cognitiva (SDC), que da mesma forma que o Mal de Alzheimer em humanos causa mudanças comportamentais, mas que não fazem parte do processo de envelhecimento. Os membros da família serão provavelmente os primeiros a notar as mudanças súbitas quando o animal apresenta a SDC, e elas podem indicar mais que somente ficar velho. Estes sinais não são demonstrados na sala de exames assim os clínicos não percebem enquanto fazem os exames de rotina. Sintomas Os sintomas e alterações comportamentais poder ser divididos em quatro categorias gerais: desorientação, mudanças de interação com a família, mudanças no sono e alterações fisiológicas (defecar e urinar pela casa). Quando o cão torna-se desorientado isto pode levar a diversos comportamentos incluindo o esquecimento. Um cão desorientado pode parar de responder ao chamado de seu nome e aos comandos do seu dono, como também pode falhar em reconhecer as pessoas da família e os lugares da casa como o quintal. O cão pode andar em círculos, andar em marcha ou fixar o olhar vagamente nas paredes ou objetos. O cão tornando-se confuso e perdido no ambiente da casa muitas vezes pode ser levado a situações como transpassar por detrás de móveis ou tentar passar através do lado errado da porta.

As mudanças na interação social do cão resultam tipicamente em animais aflitos muito rapidamente quando recebem atenção ou são acariciados, tendendo a parar de receber as visitas e os membros da família, e normalmente andando em direção oposta de onde vem a atenção e carinho. A depressão é também muito comum assim como a deterioração da hierarquia social em locais com mais de um animal. As mudanças no sono também podem aparecer, e eles tipicamente dormem menos durante a noite e mais durante o dia. Chorar e andar em vez de dormir também são distúrbios de comportamento que podemos encontrar. Com relação ao ambiente da casa os cães que estão acostumados com a parte interna da casa poderão começar a ter acidentes quando são levados para fora. Normalmente os animais esquecem de pedir para serem levados para fora da casa e quando estão fora geralmente esquecem por que estão lá. Abaixo apresentamos uma tabela com os principais sinais: Desorientação (não devido a perda de visão ou audição) Atividade e sono Convívio dentro da casa Interação com os membros da família Andar a esmo Parecer perdido ou confuso entre os familiares assim como na casa e no quintal Permanecer parado em cantos e sob ou atrás de móveis Olhar fixamente em espaços ou na parede Dificuldade de encontrar sua caminha Ficar na porta errada para querer sair Ficar no lado errado da porta Não reconhecer as pessoas da família Não responder ao chamado do seu nome Parecer esquecer a razão de estar fora de casa Dormir mais que o esperado no dia Dormir menos durante a noite Diminuir a atividade normal do dia Aumentar a atividade sem propósito no dia Incidentes internos como urinar e defecar Incidentes internos visto pelos familiares Incidentes internos mesmo ele tenha ficado por um tempo para fora da casa Menos sinais de querer sair de dentro da casa Solicitar menos atenção Querer ficar menos em pé e deitar quando for caminhar Menos entusiasmo quando recebe carinho Encontros menores ou não receber os familiares quando estes chegam a casa

Diagnóstico Infelizmente não há testes específicos ou procedimentos que possam ser usados para o diagnóstico da SDC, já que a biopsia do cérebro não é uma opção diagnóstica. A anamnese é muito importante já que os sinais clínicos normalmente não vistos pelo médico veterinário. A observação do cão pelo seu dono é imprescindível e o ambiente da casa será o melhor lugar para esta análise. Podese pedir para o proprietário anotar estes comportamentos, quando e aonde são exibidos, e também um recurso simples e fácil é filmar o animal, que será de grande valia para o clínico veterinário. Com o histórico dos sinais apresentados o clínico deverá fazer um completo exame físico, a fim de se excluir diversas condições que pode causar os sintomas e sinais observados. Dependendo dos sinais e sintomas alguns testes diagnósticos podem ser realizados como raio-x, ultra-sonografia, eletrocardiografia, analises hematológicas, bioquímicas, hormonais, urinálise, análise do fluido cérebroespinhal, além do exame neurológico detalhado, para que outras doenças sejam descartadas e as mudanças de comportamentos sejam atribuídas a SDC. Exames de ressonância magnética revelam alterações cerebrais comparando-se com imagens em animais jovens, mas infelizmente não temos esta tecnologia ainda de rotina. Algumas condições médicas com componentes comportamentais estão abaixo relacionadas: Disfunção sensorial (perda da visão, audição e paladar) Doenças do trato urinário (doenças renais e infecção do trato urinário inferior) Osteoartrose Hipotireoidismo Hiperadrenocorticismo (Síndrome de Cushing) Desordens neurológicas (neoplasia intra-cranial primária ou secundária) Aumento da irritabilidade, medo ou agressão Diminuição do apetite Aumento da vocalização Mudanças no ciclo do sono Desorientação Diminuição do comportamento de saudação Desatenção, diminuição da resposta ao comando verbal Incontinência e perda do treinamento dentro da casa Poliúria Polifagia Estrangúria Polaquiuria Fraqueza, redução da movimentação e da atividade Aumento da dor e irritabilidade Diminuição da atividade Aumento da irritabilidade ou agressão Redução da tolerância ao frio Polifagia, poliuria e cansaço Diminuição da interação social, da resposta ao comando e do comportamento de encontro Redução da atividade física Perda do treinamento e adaptação a vida dentro da casa Padrão de sono interrompido Mudanças no padrão do sono, nos hábitos de alimentação, agressão, docilidade, mudança dos hábitos dentro da casa

Patofisiologia É muito doloroso para o proprietário presenciar este tipo de comportamento confuso e a perda da personalidade que seu cão teve por todo o tempo. Estas mudanças no comportamento causadas pela demência e desorientação levam a um desequilíbrio não só na vida do animal como na vida de todos da casa. Entender o que a SDC envolve pode pelo menos ajudar ao proprietário a compreender a situação e ajuda-lo a prover os melhores cuidados para seu animal. A SDC refere-se a um gradual estabelecimento em uma ou mais mudanças comportamentais não causadas por doenças ou condições médicas. Da mesma forma que o Mal de Alzheimer em humanos a SDC em cães envolve a deterioração do cérebro canino e do sistema nervoso. Isto leva a perda das habilidades cognitivas e funcionais que alavanca as mudanças comportamentais. Como o estabelecimento das alterações comportamentais são graduais elas primeiro parecem discretas, aumentam progressivamente com mais evidência e tornam-se severas com o tempo. Causas A causa fundamental da SDC é desconhecida levando a um mistério de porque somente alguns cães desenvolvem esta síndrome. Enquanto a causa permanece desconhecida, certas mudanças fisiológicas que ocorrem no estabelecimento desta condição devem ser observadas e identificadas. Conforme citamos anteriormente a SDC envolve a deterioração do cérebro e do sistema nervoso, assim mudanças físicas e químicas do cérebro ocorrem, levando a degeneração das habilidades cognitivas. Necropsias em cães revelam a presença de lesões cerebrais muito similares as que são encontradas em cérebros humanos com Mal de Alzheimer. Algumas ocorrências que levam ao desenvolvimento do mal de Alzheimer em humanos também contribuem para esta síndrome no cão, como o acumulo da proteína B-amiloide, declínico da atividade de neurotransmissores e o aumento da atividade da monoamina oxidase-b, uma enzima que pode catalizar o metabolismo da dopamina. Com relação à proteína B-amiloide um certo nível de acumulação é perfeitamente normal com a idade, sendo que esta proteína acumula e forma uma substância similar a uma placa, que inibe a função do cérebro devido à interrupção da habilidade do órgão de transmitir sinais. Um cão com a SDC tem quantidades excessivas desta placa levando a severa degeneração cognitiva, contudo o motivo da excessiva quantidade desta placa e o que realmente causa a disfunção cognitiva permanece desconhecido. Tratamento Enquanto não há cura definitiva para a SDC existe um número de métodos de tratamento que podem reduzir os sintomas e melhorar significativamente a qualidade de vida do cão. A medicação é um dos tratamentos que envolvem a administração de drogas que aumentam o nível do neurotransmissor dopamina. A medicação deve ser usada por pelo menos 2 meses para que o cão mostre melhora, e algumas drogas têm revertido temporariamente algumas mudanças causadas pelo síndrome, aumentando o conforto e a alegria do paciente. Em adição a terapia medicamentosa algumas outras formas de tratamento podem mostrar algum sucesso. O tratamento com antioxidante e suplementos de ômega-3 tem sido efetivos para

alguns cães. A suplementação com vitamina B também é uma forma saudável e efetiva de reduzir os sintomas e comportamentos causados pela SDC. Além das terapias naturais e uso de medicamentos alguns passos podem melhorar a qualidade de vida do cão. A estimulação mental é um modo de ajudar a manter a qualidade de vida e dar mais alegria ao animal, e para isto pode-se levar o cão para caminhadas, agradá-lo e conversar sempre com ele. Também é adequado manter o quintal cercado e usar uma guia enquanto caminha com ele, isto iria prevenir que o cão ande a esmo se perdendo ou ficando confuso. Também uma boa idéia é manter uma rotina diária e realizar mudança nos móveis o mínimo possível. Estes passos simples irão melhorar a qualidade de vida para todos os cães idosos e especialmente para os cães que sofrem de SDC, melhorando seu conforto e felicidade. Espero que tenham aproveitado o assunto e um ótimo trabalho a todos.