ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL XXVIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO SIMULADO GRATUITO

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Transcrição:

PADRÃO DE RESPOSTA - PEÇA PROFISSIONAL Enunciado ciado Uma Agência Reguladora Federal editou, em 2016, uma portaria proibindo a utilização de mulheres em propagandas de bebidas alcoólicas. A Associação Brasileira de Jornalistas e Publicitários, entidade de âmbito nacional constituída há mais de 2 (dois) anos, quer propor uma ação contra a portaria que foi editada, por entender que se trata de uma violação a liberdade de expressão artística, configurando uma verdadeira censura, conduta esta vedada na Constituição. Desta forma, pretende adentrar com uma ação junto ao STF, que produza efeito erga omnes em relação à sua decisão. Levando em consideração as informações expostas, elabore a medida judicial adequada, com todos os fundamentos jurídicos que conferem sustentação ao direito pleiteado. (Valor:5,00) Obs.: a peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser utilizados para dar respaldo à pretensão. A simples menção ou transcrição do dispositivo legal não confere pontuação. Gabarito comentado A peça a ser elaborada consiste em uma Ação de Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental com pedido liminar. O examinando deve endereçar Supremo Tribunal Federal. O examinando deve indicar, na qualificação das partes, a parte ativa Associação Brasileira de Jornalistas e Publicitários, figurando polo passivo a Agência Reguladora Federal. A Associação Brasileira de Jornalistas e Publicitários é legitimada ativa, que deve demonstrar pertinência temática, conforme artigo 103, inciso IX da Constituição Federal e artigo 2º, inciso I da Lei 9.882/99. A Agência Reguladora Federal é legitimada passiva, pois foi quem editou a portaria que confronta a Constituição Federal. A legitimada ativa A Associação Brasileira de Jornalistas e Publicitários preenche o requisito de pertinência temática, pois constituída a há mais de 2 (dois) anos, foi criada para defender os interesses dos Jornalistas e Publicitários atuantes no âmbito nacional e a portaria, objeto da ação, ofende o direito à liberdade de seus associados. Cabe Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental com pedido liminar diante de controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal, incluídos os anteriores à Constituição, fundamentada no artigo 102, parágrafo 1º da Constituição Federal e a artigo 1 e 5 parágrafo 1º da Lei 9.882/99. Fundamentar também na inexistência de outro meio constitucional para sanar a lesividade, conforme dispõe artigo 4º parágrafo 1º da Lei 9.882/99, para cabimento da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental é necessário não existir outro meio devidamente eficaz para sanar a lesividade. Como não cabe ação direta de inconstitucionalidade de portaria federal, tem-se demonstrado o campo de atuação da ação de arguição de descumprimento de preceito fundamental. Também dizer que a portaria editada pela Agência Reguladora Federal violou preceito Fundamental, referente à liberdade de expressão, descrita no artigo 5º caput e incisos IX e XLI da Constituição Federal, ao censurar a participação de mulheres em propagandas de bebidas alcoólicas. Devem ser indicados ainda que cabe deferimento de medida liminar, conforme previsão legal do artigo 5 parágrafo 1º da Lei 9.882/99, tendo em vista estar presente os requisitos de fumus bonis iuris, por contrariar expressamente direito constitucional à liberdade e ante ao periculum in mora, pois afeta as propagandas veiculadas do país inteiro. Página 1 de 15

Ao final, requerer os seguintes pedidos: a) A concessão da medida liminar nos moldes do artigo 5º parágrafo 1º da Lei 9.882/99 para determinar aos juízes e Tribunais a suspensão de processos que envolvam a questão e, a suspensão da norma que contaria preceito fundamental; b) A intimação Agência Reguladora Federal, autoridade responsável pelo ato violador, no prazo comum de 5 (cinco) dias, conforme artigo 5º parágrafo 2º da Lei 9882/99; c) Intimação do Advogado Geral da União, para que se manifeste no prazo de 5 (cinco) dias estabelecido no artigo 5º parágrafo 2º da Lei 9882/99; d) Intimação do Procurador Geral da União para que se manifeste no prazo de 5 (cinco) dias estabelecido no artigo 5º parágrafo 2º da Lei 9882/99; e) Seja julgado procedente o mérito declarando o descumprimento de preceito fundamental e fixar as condições de interpretação e aplicação do prefeito fundamental nos termos do artigo 10 da Lei 9.882/99; f) Requer a juntada de cópias em duas vias da inicial, procuração, cópia do ato questionado, conforme artigo 3º inciso III e parágrafo único da Lei 9.882/99. Finalizar a peça com valor da causa, local, data e assinatura. Distribuição de pontos ITEM PONTUAÇÃO Endereçamento Supremo Tribunal Federal (0,10). 0,00/0,10 Partes Associação Brasileira de Jornalistas e Publicitários, figurando no polo ativo (0,10) e a Agência 0,00/0,10/0,20 Reguladora Federal, no polo passivo (0,10). Competência Compete ao Supremo Tribunal Federal (0,10) exercer seu papel de guardião da Constituição e julgar descumprimento de preceito fundamental (0,10), no caso, portaria federal que afronta 0,00/0,10/0,20/ conteúdo constitucional (0,10), conforme artigo 102, inciso I, parágrafo 1º da Constituição 0,30/0,40 Federal e artigo 1 da Lei 9.882/99 (0,10). Legitimidade A Associação Brasileira de Jornalistas e Publicitários é legitimada ativa (0,10), que deve demonstrar pertinência temática, conforme artigo 103, inciso IX da Constituição Federal e artigo 0,00/0,10/0,20/ 2º, inciso I da Lei 9.882/99 (0,10). A Agência Reguladora Federal é legitimada passiva (0,10), pois 0,30/0,40 foi quem editou a portaria que confronta a Constituição Federal (0,10). Pertinência temática A Associação Brasileira de Jornalistas e Publicitários preenche o requisito de pertinência temática (0,10), pois constituída a há mais de 2 (dois) anos, foi criada para defender os interesses dos 0,00/0,10/0,20/ Jornalistas e Publicitários atuantes no âmbito nacional (0,10) e a portaria, objeto da ação, ofende 0,30 o direito à liberdade de seus associados (0,10). Cabimento Cabe Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental com pedido liminar (0,10), diante de controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal, 0,00/0,10/0,20/ incluídos os anteriores à Constituição (0,10), fundamentada no artigo 102, parágrafo 1º da 0,30 Constituição Federal e a artigo 1 e 5 parágrafo 1º da Lei 9.882/99 (0,10). Direito Inexistência de outro meio constitucional para sanar a lesividade: Conforme dispõe artigo 4º 0,00/0,10/0,20/ parágrafo 1º da Lei 9.882 (0,10), para cabimento da Arguição de Descumprimento de Preceito 0,30 Página 2 de 15

Fundamental é necessário não existir outro meio devidamente eficaz para sanar a lesividade (0,10). Como não cabe ação direta de inconstitucionalidade de portaria federal, tem-se demonstrado o campo de atuação da ação de arguição de descumprimento de preceito fundamental (0,10). Obs: a menção isolada ao dispositivo legal não deve ser pontuada Violação do preceito fundamental: A portaria editada pela Agência Reguladora Federal violou preceito fundamental (0,10), referente à liberdade de expressão (0,10), descrita no artigo 5º 0,00/0,10/0,20/ caput e incisos IX e XLI da Constituição Federal (0,10), ao censurar a participação de mulheres 0,30/0,40 em propagandas de bebidas alcoólicas (0,10). Liminar Cabe deferimento de medida liminar (0,10), conforme previsão legal do artigo 5 parágrafo 1º da Lei 9.882/99 (0,10), tendo em vista estar presente os requisitos de fumus bonis iuris, por 0,00/0,10/0,20/ contrariar expressamente direito constitucional à liberdade (0,10) e ante ao periculum in mora, 0,30/0,40 pois afeta as propagandas veiculadas do país inteiro (0,10). Pedidos 1. A concessão da medida liminar (0,10), nos moldes do artigo 5º parágrafo 1º da Lei 9.882/99 0,00/0,10/0,20/ (0,10) para determinar aos juízes e Tribunais a suspensão de processos que envolvam a questão 0,30 e, a suspensão da norma que contaria preceito fundamental (0,10); 2. A intimação Agência Reguladora Federal (0,10), autoridade responsável pelo ato violador (0,10), no prazo comum de 5 (cinco) dias (0,10), conforme artigo 5º parágrafo 2º da Lei 9882/99 (0,10); 3. Intimação do Advogado-Geral da União (0,10), para que se manifeste no prazo de 5 (cinco) dias (0,10) estabelecido no artigo 5º parágrafo 2º da Lei 9882/99 (0,10); 4. Intimação do Procurador-Geral da União (0,10) para que se manifeste no prazo de 5 (cinco) dias (0,10) estabelecido no artigo 5º parágrafo 2º da Lei 9882/99 (0,10); 5. Seja julgado procedente o mérito declarando o descumprimento de preceito fundamental (0,20) e fixar as condições de interpretação e aplicação do prefeito fundamental (0,10) nos termos do artigo 10 da Lei 9.882/99 (0,10); 6. Requer a juntada de cópias em duas vias da inicial, procuração, cópia do ato questionado (0,10), conforme artigo 3º inciso III e parágrafo único da Lei 9.882/99 (0,10). Valor da Causa Dá-se à causa o valor de..., para efeitos procedimentais, nos termos dos artigos 291 e 319, inciso V do Código de Processo Civil (0,10) 0,00/0,10/0,20 0,30/0,40 0,00/0,10/0,20/ 0,30 0,00/0,10/0,20/ 0,30 0,00/0,10/0,20 0,30/0,40 0,00/0,10/0,20 0,00/0,10 Fechamento Local..., Data..., Advogado..., OAB... (0,10) 0,00/0,10 Estrutura correta (endereçamento, indicação de local, data, assinatura) (0,10). 0,00/0,10 TOTAL 5,00 Página 3 de 15

Enunciado PADRÃO DE RESPOSTA QUESTÃO 1 01) Imagine que grupos rivais que dominam o tráfico de drogas no município do Rio de Janeiro, decidem dominar uma série de áreas públicas, impedindo o acesso a serviços públicos, tráfego de carro e de pessoas, fechamento do comércio nos locais, com milícias nas vias públicas. Essa situação denota caso de grave perigo e instabilidade à ordem pública, nesses locais restritos e determinados, fazendo com que o Município do Rio de Janeiro busque junto ao Presidente da República uma solução constitucionalmente possível para garantir a ordem pública. Desta forma, sendo necessário tomar algumas medidas que impliquem em restrições aos direitos do cidadão, questiona-se: a) Qual a medida constitucional adequada ante a situação em tela? Justifique? (Valor:0,50) b) Qual o procedimento constitucional que deve ser observado para a regularidade da medida e por qual prazo ela poderá vigorar? (Valor:0,75) Obs.: o(a) examinando(a) deve fundamentar as respostas. A mera citação do dispositivo legal não confere pontuação. Gabarito comentado a) A medida constitucional adequada ante a situação em tela é o estado de defesa, uma vez que trata de grave ameaça, mas se encontra em locais restritos e determinados, conforme artigo 21 inciso V, 84 inciso IX e 136 todos da Constituição Federal. b) O Presidente da República após ouvir o Conselho da República e da Defesa Nacional deverá decretar o estado de defesa, com base no artigo 136 da Constituição Federal, e, após, submeter à apreciação do Congresso Nacional, nos termos do artigo 136 parágrafo 4 da Constituição Federal. No decreto deverá indicar as áreas de abrangência e as medidas que serão adotadas, no prazo de 30 (trinta) dias, podendo prorrogar por uma vez por igual período, conforme artigo 136 parágrafo 1 e 2 da Constituição Federal. Distribuição de pontos ITEM a) A medida constitucional adequada ante a situação em tela é o estado de defesa (0,25), uma vez que trata de grave ameaça, mas se encontra em locais restritos e determinados (0,15), conforme artigo 21 inciso V, 84 inciso IX e 136 todos da Constituição Federal (0,10). b) Presidente da República após ouvir o Conselho da República e da Defesa Nacional deverá decretar o estado de defesa (0,15), com base no artigo 136 da Constituição Federal (0,10), e, após, submeter à apreciação do Congresso Nacional (0,10), nos termos do artigo 136 parágrafo 4 da Constituição Federal (0,10). No decreto deverá indicar as áreas de abrangência e as medidas que serão adotadas (0,10), no prazo de 30 (trinta) dias, podendo prorrogar por uma vez por igual período (0,10), conforme artigo 136 parágrafo 1 e 2 da Constituição Federal (0,10). PONTUAÇÃO 0,00/0,10/0,15/ 0,25/0,40/0,50 0,00/0,10/0,15/ 0,20/0,25/0,30/ 0,35/0,40/0,45/ 0,50/0,55/0,65/ 0,75 Página 4 de 15

Enunciado PADRÃO DE RESPOSTA QUESTÃO 2 02) O Estado de Piauí, nas eleições de 2018 decide legislar sobre matéria de inelegibilidades, criando uma série de novos critérios até então não previstos anteriormente, mediante lei ordinária, pretendendo aplicar tais critérios ainda nas eleições desse mesmo ano, pois acredita que ajudará a impedir a eleição de políticos corruptos. Acerca da regularidade da narrativa acima: a) É possível o Estado do Piauí criar Lei ordinária sobre o conteúdo de inelegibilidades? Fundamente. (Valor: 0,60) b) Quando entra em vigência uma lei eleitoral? É possível que seja aplicada no mesmo em que fora criada? Fundamente. (Valor: 0,65) Obs.: o(a) examinando(a) deve fundamentar as respostas. A mera citação do dispositivo legal não confere pontuação. Gabarito comentado a) Não é possível o Estado do Piauí criar Lei Ordinária sobre inelegibilidades por duas razões: Primeira, é de competência da união legislar sobre matéria de direito eleitoral, conforme indica a competência do artigo 22, inciso I da Constituição Federal. Segunda, a matéria relativa as inelegibilidades, somente poderão ser criadas mediante lei complementar, conforme artigo 14, parágrafo 9º da Constituição Federal. b) A Lei Eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, contudo, a mesma não pode ser aplicada à eleição que ocorra até 1 (um) ano da data de sua vigência, conforme artigo 16 da Constituição Federal. Distribuição de pontos ITEM a) Não é possível o Estado do Piauí criar Lei Ordinária sobre inelegibilidades (0,10) Compete à união legislar sobre matéria de direito eleitoral (0,15), conforme artigo 22, inciso I da Constituição Federal (0,10). Inelegibilidades somente poderão ser criadas mediante lei complementar (0,15), conforme artigo 14, parágrafo 9º da Constituição Federal (0,10). PONTUAÇÃO 0,00/0,10/0,15/0,20/ 0,25/0,30/0,40/0,60 b) A Lei Eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação (0,25), contudo, a mesma não pode ser aplicada à eleição que ocorra até 1 (um) ano da data de sua vigência (0,25), conforme artigo 16 da 0,00/0,15/0,25/0,40/ Constituição Federal (0,15). 0,50/0,65 Página 5 de 15

Enunciado PADRÃO DE RESPOSTA QUESTÃO 3 03) Há uma grande divergência interpretativa acerca da constitucionalidade da Lei Maria da Penha, tendo inúmeras decisões contraditórias sobre sua aplicação. Imagine que a Associação Nacional das Mulheres Vítimas de Violência, pretende adentrar com uma ação, a fim de sanar tais divergências jurisprudenciais e que possua um efeito erga omnes. Você, como advogado, é procurado pela associação, com intuito de instruí-la sobre qual o meio processual mais adequado para o pleito acima referido. Acerca do exposto, relate: a) Diga, de forma justificada, qual a ação adequada para a pretensão da Associação. Existe algum requisito para a propositura que é indispensável nesta ação que você optou? Cite-o. (Valor: 0,75) b) Discorra sobre o principal aspecto a ser observado diante da legitimidade ativa da parte proponente. (Valor: 0,50) Obs.: o(a) examinando(a) deve fundamentar as respostas. A mera citação do dispositivo legal não confere pontuação. Gabarito comentado a) A ação indicada para a pretensão da Associação é a Ação Declaratória de Constitucionalidade, com fundamento no artigo 102, inciso I, alínea a, da Constituição Federal, uma vez que se trata de lei federal e a ação declaratória possui efeitos erga omnes e vinculantes, consoante artigo 28, parágrafo único da Lei 9.868/99. O requisito fundamental à propositura é o da a existência de controvérsia judicial relevante sobre a aplicação da disposição objeto da ação declaratória, conforme artigo 14, inciso III da Lei 9.868/99. b) O principal aspecto a ser observado é o requisito fundamental da pertinência temática, uma vez que as associações necessitam demonstrar a aderência com a matéria que está sendo objeto de discussão, conforme artigo 30 parágrafo 3, inciso V da Lei 9.868/99. Distribuição de pontos ITEM PONTUAÇÃO a) Ação Declaratória de Constitucionalidade (0,15), com fundamento no artigo 102, inciso I, alínea a, 0,00/0,10/0,15/0,20/ da Constituição Federal (0,10), uma vez que se trata de lei federal (0,10). Possui efeitos erga omnes e 0,25/0,30/0,35/0,40/ vinculantes (0,10), consoante artigo 28, parágrafo único da Lei 9.868/99 (0,10). O requisito 0,45/0,50/0,55/0,60/ fundamental é a existência de controvérsia judicial relevante (0,10), conforme artigo 14, inciso III da 0,65/0,75 Lei 9.868/99 (0,10). b) Pertinência temática (0,30), uma vez que as associações necessitam demonstrar a aderência com a matéria que está sendo objeto de discussão (0,10), conforme artigo 30 parágrafo 3, inciso V da Lei 0,00/0,10/0,20/0,30/ 9.868/99 (0,10). 0,40/0,50 Página 6 de 15

Enunciado PADRÃO DE RESPOSTA QUESTÃO 4 04) Mévio é médico no município de Itu e quer abrir um hospital especializado em tratamentos para pessoas com câncer. Ao buscar seguir os trâmites constitucionais, procura você como advogado especializado em direito constitucional para que lhe oriente acerca de sua pretensão, indagando-o: a) É possível um privado atuar na prestação do serviço de saúde, no ramo de hospital privado, como no caso de Mévio? (Valor: 0,60) b) Faria diferença para a ordem constitucional o hospital de Mévio ter caráter filantrópico? Explique. (Valor: 0,65) Obs.: o(a) examinando(a) deve fundamentar suas respostas. A simples menção ao dispositivo legal não será pontuada. Gabarito comentado a) Sim, a assistência à saúde é livre à iniciativa privada, atuando nesses casos o Estado no dever de fiscalização e de regulamentação. O próprio Supremo Tribunal Federal decidiu que mesmo quando prestado por privado, a saúde é considerada um serviço público, podendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, não somente por entes públicos, mas também por pessoas jurídicas ou físicas de direito privado, conforme artigos 197 e 199 da Constituição Federal. b) Se o hospital de Mévio fosse considerado de entidade filantrópicas ou sem fins lucrativos, ao atuar de forma complementar com sistema único de saúde, ele teria preferência para firmar contratos de direito público ou convênio, na prestação de serviço de saúde, conforme artigo 199, parágrafo 1º da Constituição Federal. Distribuição de pontos ITEM PONTUAÇÃO a) A assistência à saúde é livre à iniciativa privada (0,10. Estado tem dever de fiscalização e de regulamentação (0,10). O Supremo Tribunal Federal decidiu que mesmo quando prestado por privado, 0,00/0,15/0,30/0,45/ a saúde é considerada um serviço público (0,10), podendo sua execução ser feita diretamente ou 0,60 através de terceiros (0,10) e, não somente por entes públicos, mas também por pessoas jurídicas ou físicas de direito privado (0,10), conforme artigos 197 e 199 da Constituição Federal (0,10). b) Se o hospital de Mévio fosse considerado de entidade filantrópicas ou sem fins lucrativos (0,15), ao 0,00/0,10/0,15/0,25/ atuar de forma complementar com sistema único de saúde (0,15), ele teria preferência para firmar 0,30/0,35/0,40/0,50/ contratos de direito público ou convênio, na prestação de serviço de saúde (0,25), conforme artigo 199, 0,55/0,65/ parágrafo 1º da Constituição Federal (0,10). Página 7 de 15

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