TÍTULO: A RELAÇÃO DE DOR OSTEOMUSCULAR E A QUALIDADE DE VIDA DOS MILITARES DO BATALHÃO DO CORPO DE BOMBEIROS.



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Transcrição:

TÍTULO: A RELAÇÃO DE DOR OSTEOMUSCULAR E A QUALIDADE DE VIDA DOS MILITARES DO BATALHÃO DO CORPO DE BOMBEIROS. CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: FISIOTERAPIA INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DO PLANALTO DE ARAXÁ AUTOR(ES): THAIS CRISTINA DOS REIS GOMES ORIENTADOR(ES): ANA PAULA NASSIF TONDATO DA TRINDADE

Resumo Os profissionais militares do corpo de bombeiros colocam suas vidas em risco para salvar as vidas de terceiros e para defender bens públicos e privados da nossa sociedade. Sabemos que o risco é pertinente a esta atividade profissional, e de acordo com o Estado Maior das Forças Armadas, o risco a vida ou algum dano a saúde é permanente. Esse estudo tem o intuito de se investigar as queixas de dores osteomusculares nos militares. Foi realizado um estudo quantitativo, descritivo e transversal, no batalhão do corpo de bombeiros de Araxá/MG, no período de maio a junho de 2015. Foram avaliados 30 militares, onde foi aplicado o questionário SF-36, Nórdico e sócio demográfico.obtivemos a idade média de 32,97±7,98 anos, 86,7% são do gênero masculino, 47% são casados. O questionário Nórdico evidenciou que tanto nos últimos doze meses como nos últimos sete dias a região em que os militares sentiram mais dores foram a da região lombar com 60% e 26,7%. O questionário SF-36 demostrou que o melhor domínio foi o estado geral de saúde 87,9%, e o pior domínio vitalidade com 59,5%. Palavras-chave: distúrbios osteomusculares, qualidade de vida, policial militar. Introdução Os bombeiros são os profissionais das forças de segurança responsáveis pelo combate a incêndios, pela preservação do patrimônio ameaçado de destruição, pelo resgate de vítimas de incêndios, afogamentos, acidentes ou catástrofes e pela conscientização da população sobre medidas de segurança contra incêndios. Enfim esse profissional atua em diversas situações de desastres e catástrofes, além de realizar a perícia e investigação sobre sua origem (APMBB, 2010). A saúde do trabalhador é um meio de estudo importantíssimo, pois tem o intuito de melhor a qualidade de vida dos trabalhadores e melhorar a produção da empresa, correndo um menor risco de lesão e garantindo a satisfação profissional (FILHO, 2013). A saúde pública, dentro da saúde do trabalhador busca com mecanismos próprios a promoção e a proteção desses trabalhadores, com estratégias de vigilância no espaço de trabalho eliminando os fatores de riscos e até na

reabilitação integrada dos trabalhadores por uma atuam multidisciplinar e interdisciplinar (MINAYO; THEDIM, 1997). Para evitar que ocorram essas doenças é necessário que se realize ações de prevenção, como ter os cuidados pessoais e individuais de cada trabalhador, ajustar o ambiente de trabalho para a proteção dos profissionais, adequar as horas de trabalho e esforço exigido do profissional, preconizar as horas para descanso e os trabalhadores realizarem atividade de lazer para evitar doenças psicológicas e eliminar o stress. (FILHO, 2013). A DORT é caracterizada por uma síndrome que não aparece só por movimentos repetitivos, mas também pela posição prolongada e a atenção mantida no cumprimento de suas atividades de trabalho. Essas síndromes se levam a umadiminuição da capacidade do trabalhador em executar seu trabalho (BRASIL, 2005). Os sinais e sintomas da LER/DORT pode ser: Fadiga muscular (sensação de peso e cansaço no membro afetado, ocorrem com mais frequência nos membro superiores), dores, formigamentos, fisgadas, câimbras, choques, inchaço, avermelhamento da pele, calor no local, dormência, perda de força e cansaço depois das horas trabalhadas. (WADA; ORSELLI, 2010). Objetivo Avaliar a predominância de dor lombar na equipe de militares do batalhão do corpo de bombeiros da região de Araxá-MG. Metodologia O presente estudo foi caracterizado como quantitativo, descritivo e transversal. Foi realizado no batalhão do corpo de bombeiros de Araxá-MG, perante a assinatura do termo de autorização pelo responsável do mesmo, no período de maio a junho de 2015. O estudo foi previamente aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa pelo protocolo nº 00472/17 e os militares, foram orientados sobre o questionário do estudo e após estarem cientes, assinaram um termo de consentimento de participação. Foram incluídos neste estudo os militares que trabalham regularmente no batalhão, por um período superior a um ano.

Foram excluídos do estudo, os militares que estiveram afastados da função no momento da avaliação e os não responderam corretamente os questionários. Inicialmente os participantes foram informados sobre os objetivos da pesquisa e depois de sanadas todas as dúvidas assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. A coleta de dados foi conduzida com os militares no batalhão do corpo de bombeiros, em seu horário de trabalho conforme sua disponibilidade para respondê-lo. O questionário Nórtico é um instrumento feito para avaliar as reclamações de dores osteomusculares. Ele baseia-se em perguntas sobre as partes do corpo humano, onde o participante assinala sobre a ilustração do corpo humano onde sente as dores (PINHEIRO et al, 2002). Consiste em questões binárias ( sim ou não ) quanto à ocorrência de sintomas nas diferentes regiões anatômicas indicadas, considerando os 12 meses e os sete dias precedentes à aplicação do questionário. (JARDIM et al, 2007). Dentre os instrumentos para avaliar a qualidade de vida um dos mais utilizados é o questionário SF-36 é um questionário formado por 36 itens, que incluem a capacidade funcional, a dor, estado de saúde, vitalidade, aspectos físicos, sociais, emocionais e mentais (T.O NEUROLOGIA, 2013). Já para a avaliação da qualidade de vida foi utilizado o SF-36. É um questionário composto de 36 itens, em oito escalas que são: capacidade funcional, dor, estado de saúde, vitalidade, aspectos físicos, sociais, emocionais e mentais. Apresenta uma pontuação final de 0 a 100, onde zero corresponde a menor saúde e cem a melhor saúde. (KELLER et al, 1994). O primeiro questionário aplicado foi o questionário sócio demográfico, seguido pelo questionário Nórdico de distúrbios osteomusculares e por fim o questionário SF-36 Resultados Após ser coletados e analisados os dados dos questionários respondidos pelos militares, sendo que somente 30 foram aceitos nos critérios de inclusão e o restante dos 10 questionários foram excluídos. O questionário sócio demográfico mostrou tempo de serviço em média e de sete anos e seis meses, a idade média é de 32,97±7,98 anos, 86,7% são do

gênero masculino, 47% são casados, 97% praticam atividade física e 73% não se afastaram por motivo de saúde no último ano. Os dados estão descritos na Tabela 1. Esses dados se repetem no estudo de Jesus e colaboradores, onde encontraram a idade média 32,15±7,12 anos e nos estudos de Azevedo e Barroso (2009) que apresentaram idade média de 33± 11 anos e com a maioria do gênero masculino. Esses dados evidenciam que se trata de uma população predominantemente jovem e de caráter masculino. Tabela 1:Dados obtidos referente a faixa etária, gênero, estado civil, pratica de atividade física e absenteísmo no último ano. Parâmetro N % Faixa etária 20-25 7 23,3 26-30 4 13,3 31-35 9 30,0 36-40 4 13,3 41-45 4 13,3 45-50 2 6,7 Total 30 100 Gênero Feminino 4 13,3 masculino 26 86,7 Total 30 100 Estado civil Solteiro 16 53,3 Casado 14 46,7 Total 30 100 Pratica atividade física Sim 29 96,7 Não 1 3,3 Total 30 100 Absenteísmo no último ano Sim 8 26,7 Não 22 73,3 Total 300 100

O questionário Nórdico evidenciou que nos últimos doze meses a região em que os militares sentiram mais dores foram a da região lombar com 60% seguida por região dorsal com 40% e joelhos também com 40%. Esse resultado também prosseguiu para a avaliação da dor nos últimos sete dias onde a região lombar está com 26,7% e a região dorsal com 23,3%. Esses resultados estão expressos na tabela 2. Em um estudo realizado com policiais militarem em Araçatuba por Trindade et.al. (2015) foi encontrado 75% de prevalência de distúrbios osteomusculares na região lombar nos últimos doze meses e 51,5% nos últimos sete dias, sendo essa região a mais afetada em nosso estudo. A região lombar é foco de alta concentração de forças sendo muito afetada durante a atividade laboral. Ressaltamos a necessidade de uma atenção para essa região através de programas de promoção de saúde e conscientização da necessidade de adoção de políticas ergonômicas no trabalho. Tabela 2: Alterações evidenciadas nos últimos 7 dias e últimos 12 meses Dor nos últimos 12 meses Dor nos últimos 7 dias Região do corpo N % N % Pescoço 8 26,7 3,0 10,0 Ombros 8 26,7 3 10,0 Região dorsal 12 40,0 7 23,3 Cotovelos 3 10,0 1 3,3 Antebraço 1 3,3 1 3,3 Região lombar 18 60,0 8 26,7 Punhos/Mãos 11 36,7 2 6,7 Quadris/Coxas 7 23,3 1 3,3 Joelhos 12 40,0 3 10,0 Tornozelos/Pés 6 20,0 3 10,0 No questionário que avalia a qualidade de vida o SF-36 demostrou que o estado geral de saúde foi conceituado como o melhor domínio com 87,9%, e o pior domínio vitalidade com 59,5%, conforme representação no gráfico 1.

Em um estudo realizado por Bezerra (2011) os policiais bombeiros apresentavam boa percepção de qualidade de vida porém com alto grau de estresse, o que corroba nossas observações. Essa classe de trabalhadores, apesar de possuir boa percepção da qualidade de vida convive diariamente com situações de risco o que pode influenciar no desempenho de suas atividades laborais. 100,0 90,0 80,0 70,0 60,0 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 0,0 cf af dor eg vit as ae sm Gráfico1: Representação em porcentagem dos nos domínios de Capacidade Funcional (cf), Aspectos Funcionais (af), DOR (dor), Estado Geral de Saúde (eg), Vitalidade (vit), Aspectos Sociais (as), Aspectos Emocionais (ae), Saúde Mental (sm) do questionário SF-36 Considerações finais Perante os resultados observamos uma prevalência de distúrbios na região lombar tanto para alterações crônicas como agudas. Observamos também que os policiais apresentam uma boa percepção do estado geral de saúde, mas com pouca vitalidade. Estudos dessa natureza são importantes para se desenvolver estratégias que possam melhorar a qualidade de vida do trabalhador. Conhecendo o perfil de distúrbios pode-se elaborar programas que provoquem a manutenção da saúde do trabalhador. REFERÊNCIAS:

APMBB ACADEMIA DE POLÍCIA MILITAR DO BARRO BRANCO. CNBC - Conselho Nacional de Bombeiros Civis. 2010. Disponível em: http://www.bombeiros.mg.gov.br/ptofissionais-e-empresas.html Acesso: 27/04/2015. AZEVEDO, N. J. L., BARROSO, M.A., Caracterização e análise do índice de capacidade laboral em bombeiros. 2009 BEZERRA, A. E. P. Estresse e qualidade de vida no trabalho dos Bombeiros Militares de Campina Grande. 2011. 28f. Trabalho de Conclusao de curso (Graduação em Fisioterapia). Universidade Estadual da Paraiba, Campina Grande, 2011. FILHO MESQUITA JÚLIO, Doenças Ocupacionais: o que são e como previnilas?, CIPA Comissão Interna de Prevenção de Acidentes; Unesp Universidade Estadual Paulista; 2013. JARDIM R, BARRETO SM, ASSUNÇÃO, AÁ. Condições de trabalho, qualidade de vida e disfonia entre docentes. Cad. Saúde Pública. Rio de Janeiro, 2007, JESUS, B. P. RELAÇÃO ENTRE NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA, CONDIÇÕES DE SAÚDE E OCUPACIONAIS ENTRE BOMBEIROS MILITARES Revista da Universidade Vale do Rio Verde, Três Corações, v. 13, n. 1, p. 77-86, 2015 KELLER ED, WARE JE, KOSINKI M.: O SF-36 Física uma balança de resumo de Saúde Mental. Manual do usuário. O Instituto de Saúde, Boston, 1994. MINAYO GC, THEDIM CSM. A construção do campo de saúde do trabalhador: percursos e dilemas. Cad. Saúde Pública. 1997. P 21-32. PINHEIRO, F.A; TROCCOLI, B.T; CARVALHO, C.V. Validação do Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares como medida de morbidade. Rev. Saúde Pública. 2002. P. 307-312. T.O Neurologia. As Avaliações Questionário de Vida. 2013. Disponível em: http://toneurologiaufpr.wordpress.com/2013/03/26/questionario-de-qualidadede-vida-sf-36/. Acesso em: 19/06/2015. TRINDADE, A.P.N.T. Symptoms of musculoskeletal disorders among police officers. Arq. Ciênc. Saúde. v. 22, n.2 p. 42-45. 2015. v. 23, n. 10, p. 2439-61.

WADA CÉLIA; ORSELLI T. OSNY. A Epidemia da Virada dos século, 2010. Disponível em: http://www.mundoergonomia.com.br/website/artigo.asp?id=16091 Acesso em: 20/07/2015.