PRODUÇÃO DE MATÉRIA SECA DE FEIJOEIROS SUBMETIDOS A DIFERENTES NÍVEIS DE MAGNÉSIO EM SOLUÇÃO NUTRITiVA1

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Transcrição:

PRODUÇÃO DE MATÉRIA SECA DE FEIJOEIROS SUBMETIDOS A DIFERENTES NÍVEIS DE MAGNÉSIO EM SOLUÇÃO NUTRITiVA1 CARMEN SILVIA FERNANDES BOARO2, JOÃO DOMINGOS RODRIGUES, JOSÈ FIGUEIREDO PEDRAS 3, SELMA DZIMIDAS RODRIGUES 2, MARIA ELENA A. DEL.ACHIAVE 3 e ELIZABETH ORIKA 0NO 2 RESUMO - Com o objetivo de avaliar a influência dos níveis de Mg sobre a produção de matéria seca de feijoeiro (Phaseolus vulgaris L. cv. Carioca), empregou-se a solução nutritiva n 2 de Hoagland & Arnon, modificada pela variação da concentração desse mineral, obtendo-se os níveis de 2,4; 24.3; 48,6, 72,9 e 97,2 ppm de Mg. O experimento foi realizado em blocos ao acaso, com três repetições, em esquema fatorial, com cinco níveis de Mg e cinco colheitas, realizadas a intervalos de 14 dias. Os resultados, avaliados em relação aos observados nas plantas submetidas a tratamento com 48,6 ppm de Mg, demonstraram que plantas nutridas com nível de Mg acima desse, não apresentaram alterações pronunciadas, enquanto foram marcantes os aumentos do peso dc matéria seca do caule, folhas e total da planta, com a utilização de 2,4 ppm de Mg. Tais resultados sugerem que, para o Phaseolus vulgaris cv. Carioca o nível de 2,4 ppm de Mg seria o ideal quando são considerados os pesos da matéria seca dos órgãos estudados. Termos para indexação: Phaseolus vulgaris, macronutrientes, peso da matéria seca. DRY MATFER PRODUCTION OF COM MON BEAN WITH DIFFERENT MAGNESIUM LEVELS IN NUTRIENT SOL.UTEON ABSTRACT - The effect ofmg leve Is in nutrient solution upon root, stem, leaf, fruit and total dl')' matter production ofcommon bem (Phaseolus vulgaris L. cv. Carioca) was studied. Bean plants were grown in Hoagland & Arnon n. 2 solution modified to obtain 2.4, 24.3, 48.6, 72.9 and 97.2 ppm ofmg. The experimental design was a split-piot factorial repiicated three times with tive Mg leveis and tive sampiings which were done fortnightly. Results were compared with those observed in plants submitted to a nutrient solution with 48,6 ppm ofmg concentration, considered the ideal Mg content. OnIy a mild prejudicial effect was observed with Mg excessive leveis. Stem, leaves and total dry matter were higher when 2.4 ppm were used, suggesting this level as the concentration chosen for the culture of common bem. Index terms: Phaseolus vulgaris, macronutrients, dry matter weight. INTRODUÇÃO O material produzido por uma cultura, durante seu desenvolvimento, provém em sua maior parte da fotossintese. No entanto, a produção total de- Accitoparapublicaçâoem5 demarçode 1997. 2 Bióloga, Ph.D., Dep. de Botânica, Instituto de Biociências, Universidade Estadual Paulista (UNESP), Campus dc Botucatu, CEP 18618-000 Botucatu, SP. Eng. Agi., Ph.D., Dep. dc Botânica, Instituto dc Biociéncias, UNESP. pende do suprimento mineral, embora o mesmo Constitua apenas uma pequena proporção do peso da matéria seca da planta (Milthorpe & Moorby, 1974). Assim, estudos de Cobra Netto et al. (1971), com Phaseolus vulgaris, cultivar Roxinho, Dantas et ai. (1979b), com Vigna sinensis, cultivares Pitiúba e Dorminhoco, e Malavolta et ai. (1980), com Phaseolus vulgaris, cultivar Carioca, demonstraram que a omissão de Mg na solução nutritiva determinava, de modo geral, diminuição da matéria seca de raiz, caule, folha e total da planta. Pesq. agropec. bras., Brasilia, v.32. n.9. p.965-970, set. 1997

966 C.S.F. BOARO et ai. Por outro lado, não se tem conhecimento de trabalhos que avaliem a produção de matéria seca de feijoeiros submetidos a diferentes níveis de Mg. Devido à importância do feijão como base. protéica e energética da alimentação, complementando a oferta de aminoácidos dos cereais, propôs-se o presente estudo com o objetivo de avaliar o efeito de diferentes níveis de Mg na produção de matéria seca do feijoeiro (P/iaseolus vu/garis L. cv. Carioca), em suas fases vegetativa e reprodutiva. MATERIAL E MÉTODOS O presente ensaio foi conduzido inicialmente em laboratório e, a seguir, em casa de vegetação. As sementes de feijão(phaseolusvulgarisl. cv. Carioca) foram submetidas a um banho de hipociorito de sódio a 5% durante dois minutos, lavadas em água corrente e finalmente em água desmineralizada. Em seguida, foram colocadas para germinar em bandejas, com papel umedecido e à temperatura ambiente, onde permaneceram até que as radículas atingissem cerca de 1 cm de comprimento, quando então foram transferidas para bandejas contendo vermiculita como substrato. Aos seis e dez dias após transferência para vermiculita, as bandejas foram irrigadas com solução nutritivan9 2 de Hoagland & Arnon (1950), diluída a 115, conforme especificações de Dantas et ai. (1 979a). Aos onze dias, três plantas foram colocadas em vasos de plástico, pintados externamente com purpurina prateada, contendo seis litros de solução nutritiva e, a seguir, transferidas das condições de laboratório para as de casa de vegetação, onde permaneceram até as datas de colheita. Empregou-se a solução nutritiva n 2 de Hoagland & Amon (1950), com 48,6 ppm de Mg; a variação da concentração desse mineral abaixo e acima deste nível estabeleceu as diferenças entre os tratamentos, que continham 2,4, 24,3, 48,6, 72,9 e 97,2 ppm de Mg. Os tratamentos com os níveis mais baixos de Mg, 2,4 e 24,3 ppm, foram preparados com base em Malavolta (1980). O ferro foi fornecido sob forma de ferro-e DTA. A solução nutritiva, continuamente arejada, foi renovada a cada duas semanas, de acordo com Dantas et ai. (1 979c). Sempre que necessário, o volume de solução dos vasos foi completado com água desmineralizada. O Controle do ph da solução nutritiva foi feito na instalação do experimento e por ocasião de sua renovação. Quando diminuído, o ph foi acertado para 6,5-6,7 com KOH 0,1N. Depois de as plantas terem sido submetidas aos diferentes tratamentos, foram colhidas aos 25, 39, 53, 67 e 81 dias de idade, com determinação do peso da matéria seca de raiz, caule, folha e fruto. O delineamento experimental foi em blocos a&acaso, com três repetições, em esquema fatorial com cinco níveis de Mg e cinco colheitas. Quanto aos frutos, a avaliação foi realizada nas três colheitas em que foram verificados. Cada parcela foi representada por um vaso contendo três plantas. Os resultados observados com os diferentes níveis de Mg foram comparados com os obtidos em plantas submetidas à solução nutritiva completa, contendo 48,6 ppm desse mineral. Para avaliação estatística dos resultados, os dados obtidos foram submetidos à análise de variáncia e as médias comparadas pelo teste Tukey, segundo as especificações de Zar (1984), utilizando-se o nível de 5% de significáncia. RESULTADOS E DISCUSSÃO O peso da matéria seca de raiz não se alterou nos níveis mais baixos ou mais elevados de Mg na solução nutritiva (Tabela 1). No caule não se observou efeito dos níveis mais elevados (72,9 ppm e 97,2 ppm) de Mg sobre o peso da matéria seca em nenhuma das colheitas (Tabela 2). Por outro lado, o único efeito de níveis mais baixos deste nutriente foi observado na 4 colheita, onde foi maior o peso da matéria seca das plantas nutridas com 2,4 ppm de Mg. Na Tabela 3 observa-se que não houve efeito de níveis elevados de Mg sobre o peso da matéria seca total, e que o único efeito de níveis mais baixos do nutriente também foi registrado na 4 2 colheita, com maior peso da matéria seca total das plantas nutridas com 2,4 ppm de Mg. Enquanto os resultados obtidas neste estudo revelam que o nível mais baixo de Mg (2,4 ppm) não influiu sobre o peso da matéria seca de raiz e determinou aumento da matéria seca de caule e da matéria seca total, na 4& colheita, Cobra Netto et ai. (1971), Dantas et ai. (1979b) e Malavolta et ai. (1980) observaram que a omissão de Mg diminuía a produção de matéria seca de raiz, caule e total, Pcsq. agropec. bras., Brasilia, v.32, n.9, p.965.970, set. 1997

PRODUÇÃO DE MATÉRIA SECA DE FEIJOEIROS 967 TABELA 1. Comparação entre médias da matéria seca de raiz, em grama, dc feijoeiros submetidos a tratamentos em solução nutritiva contendo diferentes níveis de Mg, nas várias colheitas. Mg(ppm) II 2' Y. 4' 53 2,4 0,4175 1,2013 2,5585 4,3187 4,0950 2,5182 24,3 0,5437 1,6537 2,9668 2,7834 2,5015 2,0898 48,6 0,4723 1,3358 1,6853 3,1928 3,2566 1,9886 72,9 0,5689 1,2841 2,3608 3,3771 3,4677 2,2117 97,2 0,3079 1,2889 2,7691 3,3400 5,2625 2,5937 Médias' 0,4621A 1,352813 2,4681C 3,402413 3,7167D 2,2804 'Mddías seguidas de mesma letra núo diferem a 5% de probabilidade. TABELA 2. Comparação entre médias da matéria seca de caule, em grama, de feijoeiros submetidos a tratamentos em solução nutritiva contendo diferentes níveis de Mg, nas várias colheitas'. Mg (ppm) 1' 2' 33 44 53. 2,4 0.6157Aa 1,8384A13a 5,344lBa 13,9165Cb 10,1173Ca 6,3664 24,3 0,8919Aa 3,4751AI3a 5,3615ABa 6,5555Ba 6,8041Ba 4,6176 48,6 0,7513Aa 2,3368Aa 4,4291ABa 7,2342Ba 6,932813a 4,3368 72,9 0,6364Aa 2,4I08ABa 4,9665Al3Ca 7,3I8lCa 6,6202BCa 4,3904 97,2 0,6538Aa 2,6329ABa 4,3131A13a 6,7754flCa 10,4937Ca 4,9738 Médias 0,7098 2,5388 4,8829 8,3599 8,1936 4,9370 'Mddias seguidas de mesma letra, minúscula na coluna e maiúscula na linha, nao diferem a 5% de probabilidade. TABELA 3. Comparação entre médias da matéria seca total, em grama, de feijoeiros submetidos a tratamentos em solução nutritiva contendo diferentes níveis de Mg, nas várias colheitas'. Mg (ppm) 1' 2' 3' 4 5' 2,4-2,5421Aa 7,8002Aa 21,693613a 46,8186Cb 28,I69OBab 21,4047 24,3 3,6997Aa 14,0213A13a 18,6255Ba 23,700lBa 23,589013la 16,7271 48,6 3,1012Aa 9,5196Aa 13,7477A13a 22,467113Ca 30,9264Cab 15,9524 72,9 2,8587Aa 10,0734A13a 17,809OBCa 22,4742Ca 20,8481Ca 14,8127 97,2 1,9539Aa 10,2394AE3a 16,9385BCa; 27,3491CDa 36,3065Db 18,5575 Médias 2,8311 10,3308 17,7629 28,5618 27,9678 17,4909 Mdias seguidas de mesma letra, minúscula na coluna e maiúscula na linha, n5o diferem a 5% de probabilidade. Pesq. aropec.bras.,brasilia,v.32, n9, p.965970, set. 1997

. 968 C.S.F. BOARO et ai. Na folha, não se observou efeito de níveis mais elevados de Mg sobre o peso da matéria seca em nenhuma das colheitas (Tabela 4). Mas as plantas. submetidas ao tratamento com 2,4 ppm de Mg apresentaram aumento no peso da matéria seca de folha na 3a e li colheitas. Em Outros trabalhosa omissão - de Mg não influiu nesse parâmetro (Cobra Netto et ai., 1971); determinou diminuição apenas nas folhas inferiores (Dantas et ai., 1979b) ou causou decréscimo na avaliação de todas as folhas (Malavoita et ai., 1980). Quando niveis de Mg inferiores a 48,6 ppm foram utilizados, observou-se que a matéria seca de folha e total nunca diminuíram, ao contrário, mostraram-se por vezes aumentadas, sugerindo que tenha havido acúmulo de amido nas folhas de plantas deficientes em Mg, como propôs Marschner (1986). Deve-se considerar que o conteúdo de Mg da própria semente pode ter tido uma participação importante no desenvolvimento da planta, conforme Maiavolta (1954). Quanto ao fruto, verifica-se que não houve efeito dos níveis mais baixos de Mg sobre a matéria seca em nenhuma das colheitas (Tabela 5). O único efeito de nível mais elevado desse nutriente foi observado na Sa colheita, onde foi menor o peso da matéria seca das plantas tratadas com 72,9 ppm de Mg. A não-influência dos níveis mais baixos de Mg sobre a matéria seca de fruto neste estudo está em discordância èom as observações de outros autores. Mengel & Kirkby (1987), referindo-se a plantas, de uma maneira geral, registraram que a carência de Mg determina, com frequência, atraso da fase reprodutiva e Dantas et ai. (1979a) relataram que plantas de feijão macassar (Vigna sinensis (L.) Endi.), cultivadas em solução nutritiva com omissão de Mg, floresceram, mas não ocorreu formação de frutos, devido à queda dos botões florais. Cabe ressaltar que as diferenças observadas no comportamento talvez possam ser explicadas pelo uso de soluções nutritivas diferentes. Neste trabalho, a solução nutritiva mais carente em Mg continha 2,4 ppm; Cobra Netto et ai. (1971), Dantas et ai. (1979b) e Malavolta et ai. (1980) utilizaram soluções nutritivas omissas nesse elemento. Além disso, segundo Clark (1975), mesmo plantas da mesma espécie podem diferir na absorção de Mg. Observou que o milho B57 teve maior produção de matéria seca de parte aérea e raiz, quando cultivado em solução nutritiva com baixos níveis de Mg, enquanto o milho Oh 4013 cresceu melhor em altos níveis de Mg. -. A diferença observada entre os trabalhos pode ser explicada pela comparação de resultados observados com plantas em diferentes fases de desenvolvimento. Cobra Netto et ai. (1971) fizeram a colheita das plantas submetidas à omissão de Mg quando começavam a mostrar sinais de carência. Dantas et al. (1979b) fizeram a colheita com os TABELA 4. Comparação entre médias da matéria seca de folha, em grama, de feijoeiros submetidos a tratamentos em soiuço nutritiva contendo diferentes níveis de Mg, nas várias colheitas'. Mg(ppm) P 20 3 2,4 1,5088Aa 4,7394Aa 11,78 1913b 19,0637Cb 3,3786Aa 8,0945. 24,3 2,2641Aa 8,8261 Bb 9,12968ab 9,6214Ba 3,7901Aa 6,7263 48,6 1,8776Aa 5,820113ab 6,048213a 6,4307Ba 4,7795A13a 4,9912 72,9 1,6534Aa 6,313013ab 9,36218ab 6,9134Ba 6,269513a 6,1023 97,2 0,9922Aa 6,26698ab 8,925513ab 8,988413a 5,829513a 6,2005 - Médias 1,6592 6,3931 9,0495 10,2035-4,8094 6,4230 'Médias seguidas de mesma letra, min,sç,ita na coluna e mainscula na linha, n5o diferem a 5% de ptobabilidade. Pesq, agropcc. bras, Brasilia, v.32, n.9, p965-970, set. 1997

PRODUÇÃO DE MATÉRIA SECA DE FEIJOEIROS 969 TABELA S. Comparação entre médias da matéria seca de fruto, em grama, de feijoeiros submetidos a tratamentos em soiuço nutritiva contendo diferentes níveis de Mg, nas várias colheitas'. Nível Colheita Médias de Mg (ppm) 31 41 51 2,4 1,9143Aa 9,4867Ba 10,578113lab 7,3264 24,3 1.0729Aa 4,6980Aa 10,493313ab 5,4214 48,6 1.5851Aa 5,5705Aa 15,9547131b 7,7043 72,9 1,0609Aa 4,8194Aa 4,4907Aa 3,4570 97,2 0,81 l4aa 8,2376Ba 14,7208Cb 7,9233 Médias 1,2889 6,5624 11,2481 6,3665 Médias seguidas de mesma letra,'minúscula na coluna e maiüseula na linha, oso diferem a 5% de probabilidade. sinais de deficiência bem definidos nas plantas submetidas à omissão, ou quando se completava o cicio vegetativo, naquelas submetidas a tratamento completo. Malavolta et ai. (1980) realizaram a colheita quando ocorria a expressão máxima dos sinais de deficiência, ou seja, 42 dias após o transplante dos feijoeiros para o tratamento definitivo. Neste estudo, as plantas submetidas à carência de Mg foram colhidas durante todo o ciclo de desenvolvimento. Como a única influência de níveis de Mg superiores a 48,6 ppm foi a diminuição do peso da matéria seca de fruto na 55 colheita, quando utilizou. -se 72,9 ppm de Mg pode-se concluir que o uso de níveis elevados de Mg na solução nutritiva não apresenta vantagem. Não houve interação do tipo competitivo com outros nutrientes, ao menos em intensidade que pudesse comprometer o desenvolvimento do vegetal. Desta forma, os resultados sugerem que, para o feijão (Phaseo/us vulgaris L. cv, Carioca), o nível de 2,4 ppm de Mg seria o ideal ou estaria próximo dele, quando são considerados os pesos da matéria seca dos órgãos estudados. Esses resultados confirmam os verificados no estudo dos parâmetros biométricos, nas mesmas condições experimentais (Boaro, 1986). CONCLUSÕES 1. O nível de 2,4 ppm de Mg é o ideal ou está próximo dele, para a produção de matéria seca dos órgãos estudados. 2. A utilização de níveis elevados de Mg na solução nutritiva não melhora a produção de matéria seca do vegetal. AGRADECIMENTOS Aos Srs. José Emilio de Oliveira, auxiliar acadêmico e Jairo de Almeida, técnico de laboratório do Departamento de Botânica, pelo auxílio prestado neste trabalho. REFERÊNCIAS BOARO, C.S.F. influência da variaçio dos níveis de magnésio sobre o desenvolvimento do feijoeiro (Phoseo!us vulgaris L. cv. Carioca) em cultivo hidropônico. Botucatu: UNESP, 1986. 163p. Tese de Mestrado. CLARK, R.B. DitTerencial magnesiuni efficiency in com inbreds: 1. Dry-mater yields and mineral element composition. Soil Science Society of America. Proceedings, v.39, p.488-491, 1975. COBRA NETFO, k; ACCORSL W.R.; MALAVOLTA, E. Estudos sobre a nutrição mineral do feijoeiro (Phaseolus vulgaris L., var. Roxinho). Anais da Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz", v.28, p.257-274, 1971. DANTAS, J.P.; BERGAMIN FILHO, H.; MALAVOLTA, E. Estudos sobre a nutrição mineral do feijão macassar (Vigna sinensis (L.) Endl.). 1. Deficiências minerais. Anais da Escola Superior de Agricultura "Luiz dequeiroz", v.36,p.231-245, 1979a. DANTAS, J.P.; BERGAMIN FILHO, H.; MALAVOLTA, E. Estudos sobre a nutrição mineral do feijão macassar (Vigna rifle riais (L.) EndI.). II. Efeitos das carências de macronutrientes no crescimento, produção e composição mineral. Anais da Escola Superior de Agricultura "Luis de Queiroz",v.36, p.247-25 7,1979b. DANTAS, J.P.; BERGAMIN FILHO, H.; MALA VOLTA, E. Estudos sobre a nutrição mineral do feijão macassar (Vigna sinensis (L.) Endl.). IV, Exigências de macro Pesq. agropec. bras, ilrasilia, v32, n.9, p.965-970, set. 1997

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