TARGET2-Securities (T2S) NOTA SOBRE A REUNIÃO DO NUG PORTUGUÊS

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Transcrição:

TARGET2-Securities (T2S) NOTA SOBRE A REUNIÃO DO NUG PORTUGUÊS Local: Banco de Portugal (Sala 0.2.3) Data: 28 de Janeiro de 2010 pelas 10h30 horas Instituições presentes: Participantes: Banco de Portugal: António Garcia Egrejas Francisco Nazaré Correia Fernando Chau Inês Lopes João Sarilho Departamento de Mercados e Gestão de Reservas (DMR) SITEME Pedro Corsino Matos Comissão dos Mercados de Valores Mobiliários (CMVM) Manuel Ribeiro da Costa INTERBOLSA Abel Sequeira Ferreira Rui de Matos Banco Comercial Português Luís Ferreira Banco Espírito Santo António Coutinho Banco Português de Investimento Carlos Ferreira Machado BNP Paribas Alexandre Canadas Deutsche Bank AG LCH.Clearnet SA Pedro Campos Ana Paula Carreira Instituições ausentes: Banco Santander Totta/Santander Negócios Citibank International PLC, Sucursal em Portugal CGD APB - Associação Portuguesa de Bancos

1. Ponto de situação do projecto: apresentação - Banco de Portugal - Desenvolvimentos recentes; - Decisão do Conselho de Governadores sobre o preçário do T2S; - 2ª Consulta aos mercados da TF Smooth cross-csd Settlement. A questão do T2S matching field o ponto de situação. Em termos gerais, as opções base são 1. BIC 11; ou 2. Securities account Dado que nem todos os participantes das CSDs possuem BIC, a 2ª opção tem sido defendida pelos mercados holandês e alemão. A SWIFT tem defendido a utilização do BIC, pelas vantagens inerentes à utilização de um código ISO, nomeadamente em termos de transparência e visibilidade. Alguns participantes indicaram o problema do custo da atribuição de um BIC; sendo que a opção alternativa não exigiria novos custos, nem alteração de procedimentos. Para a comunidade portuguesa a questão do matching field não parece ser muito relevante. Na perspectiva das instituições a adopção do BIC (11 posições) é menos onerosa do que a utilização do nº de conta na CSD, pois apenas obriga a adaptar o tamanho do campo. Para os investidores institucionais que não têm BIC prevê-se a possibilidade de evolução para a utilização de um código identificador da entidade legal, na linha do IBEI já disponibilizado pela SWIFT e que se destina à identificação de instituições não financeiras. Por outro lado, a adopção do nº das contas de títulos para este efeito obriga à harmonização do formato do número de conta e, por outro lado, à divulgação desta informação entre as instituições. A Interbolsa irá participar no Workshop da TF Smooth cross-csd Settlement, que ficou mandatada para estudar, de novo, esta questão e preparar recomendações para a reunião do AG em Março próximo.

Relativamente ao Preçário do T2S, os participantes mencionaram os seus efeitos de desincentivo quanto à liquidação no day-time. Este cenário constitui uma regressão face ao enquadramento existente no mercado português em termos de utilização de SLrt. Consideram que o night time batch cycle não é o mais ajustado para os investidores institucionais que, sendo mais sofisticados, recorrem a processos de liquidação intradiários. Desta forma, os custos de transacção poderão aumentar, subsistindo a ideia entre os membros do NUG de que as liquidações domésticas de operações de bolsa serão mais caros com o T2S do que actualmente. Um dos participantes manifestou preocupação pelo facto do preçário da Interbolsa, a aplicar após a adesão ao T2S, ainda não ser conhecido. Por seu lado, a Interbolsa referiu que esta questão está ainda em aberto, e que tem sido levantada junto da equipa de projecto. A Interbolsa prevê que as questões relacionadas com os custos associados ao preçário possam ser de novo abordadas no Workshop sobre preçário dos serviços de informação do T2S, programado para o dia 11 de Fevereiro; para além disso, referiu que os custos do T2S ainda não estão estabilizados, faltando, por exemplo, a informação relativa aos custos de conectividade que são relevantes para a definição do respectivo preçário. Com base nas opiniões emitidas pelos participantes, pode concluir-se que o preçário, ou os vários preçários decorrentes da utilização do T2S, continuam a ser uma das principais preocupações da comunidade portuguesa. Os representantes da Interbolsa informaram o NUG-PT de que a questão do pagamento do IVA foi reaberta. De acordo com a informação fornecida, o PB considera que o IVA será uma questão do mercado local/autoridades fiscais e Comissões de Mercado; os participantes consideram esta questão muito importante em termos do futuro do mercado nacional, dada a natural tendência de migração das actividades para os mercados com IVA mais baixo ou com isenção de IVA. Por outro lado, esta questão traduz-se na não verificação de um pressuposto do tarifário aprovado, uma vez que a isenção de IVA era

uma das hipóteses do preçário, não existindo, de momento, um cenário alternativo assegurado. Relativamente à 2ª consulta ao mercado promovida pela TF Smooth cross-csd Settlement, alguns participantes informaram que irão responder. Em todo o caso, concordaram com a utilização da resposta da Interbolsa (produzida para a 1ª consulta sobre este tema) como base da resposta do NUG-PT a esta 2ª consulta, dado que ela reflecte as práticas existentes no mercado nacional. 2. Framework Agreement: apresentação - Interbolsa Os representantes da Interbolsa referiram os esforços desenvolvidos no passado recente, registando alguns progressos nas negociações. Quanto às questões de governação do T2S, registaram-se progressos quanto ao poder de veto do CG, existindo ainda 2 a 3 aspectos ainda não resolvidos. Por outro lado, a metodologia e organização do trabalho dos diversos grupos foi ajustada, permitindo uma melhor coordenação entre os grupos. Existem ainda muitas issues em aberto (89 ou 20 conforme a fonte). As principais questões/dossiers ainda não resolvidas são: Exit management; Termination clauses; Liability clauses; Change and Release management; Information management; Programme planning; Connectivity; migration. Até final de Abril estão programadas várias reuniões do PMSG e do CCG. Prevê-se que em Maio o PB possa enviar ao CG o FA bem como para a ESMA e Comissão Europeia. Uma vez aprovado pelo CG, a proposta de FA será enviada às CSDs, para assinatura entre Setembro e Outubro. Relativamente às vagas de migração, a proposta actual da equipa de projecto é: 1ª vaga (Setembro de 2014) CSD do BCN da Grécia, Monte Titoli e CSD da Roménia o SITEME ainda não decidiu a vaga que irá integrar. A 2ª vaga será em Fevereiro de 2015 e a 3ª vaga

em Maio de 2015 (com Clearstream e Euroclear, entre outros). A vaga de contingência será em Setembro de 2015. Existem, ainda, muitas questões que necessitam de clarificação, antes de se ter um plano de migração detalhado. 3. Actividades do CSD Contact Group (CCG) e da TCI: apresentação - Banco de Portugal e Interbolsa As actividades desenvolvidas pelo CCG foram apresentadas no ponto 2 dedicado ao processo negocial do FA. 4. Actividades do PMSG: apresentação - Interbolsa As actividades do PMSG intensificaram-se nesta fase, com vista a resolver as issues ainda não fechadas. 5. Outros assuntos O representante do SITEME informou os participantes da realização de uma sessão de informação sobre o projecto CCBM2, em Bruxelas, no dia 24 de Fevereiro. O respectivo convite será remetido brevemente para a Interbolsa e para as principais contrapartes. Esta sessão destina-se a fornecer ao mercado informação detalhada sobre o estado do projecto e aspectos técnicos particulares, com vista a facilitar as actividades de adaptação e de ulterior preparação para a migração. Adicionalmente, o Banco de Portugal irá promover, provavelmente em Março, em Lisboa, uma sessão de informação focada nos aspectos específicos do mercado nacional,

nomeadamente harmonização das práticas de gestão de colateral a nível europeu, e interacção das contrapartes e CSDs com a plataforma do CCBM2. Não se prevê que a implementação do CCBM2 tenha a ter impactes significativos em termos de adaptação da Interbolsa (para além dos relativos ao canal de comunicação com o Eurosistema e do processo de mobilização/desmobilização de activos de garantia); no entanto, do lado das contrapartes, perspectivam-se alterações mais acentuadas, pelo que o Banco de Portugal irá promover um processo de crescente interacção e solicitação de uma participação activa das instituições nas diversas fases do projecto. Nesta data, a decisão sobre a onda de migração do mercado português para o CCBM2 ainda não se encontra tomada em definitivo. O Presidente do NUG-PT solicitou aos participantes comentários ou sugestões sobre a frase que irá propor para a edição de Fevereiro próximo do T2S OnLine. A frase proposta é: The T2S Programme will consolidate securities post-trade infrastructure and promote financial integration in Europe. As a public undertaking of the Eurosystem, a successful T2S should provide a level playing field to all markets, ensuring long-term net benefits to all stakeholders.