TARGET2-Securities (T2S) NOTA SOBRE A REUNIÃO DO NUG PT
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- Ana Bardini de Miranda
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1 TARGET2-Securities (T2S) NOTA SOBRE A REUNIÃO DO NUG PT Local: Banco de Portugal (Sala 7.1.6A) Data: 16 de dezembro de 2015 pelas 10h00 Instituições presentes: Banco de Portugal: Departamento de Sistemas de Pagamentos (DPG) Departamento de Mercados e Gestão de Reservas (DMR) Departamento da Organização e Informática (DOI) CMVM INTERBOLSA CGD BCP BNP Paribas Banco Santander Totta Banco Português de Investimento Deutsche Bank AG Citibank International PLC, Sucursal em Portugal SIBS FPS APB - Associação Portuguesa de Bancos Participantes: Tereza Cavaco Fernando Chau Nazaré Correia Anabela Mendes Lara Fernandes Miguel Vale Anabela Cardoso Hugo Nogueira Maurício Ramalho Maria João Teixeira Hugo Rocha Rui Matos Ricardo Ribeiro Luís Salvado Luís Castanho Ferreira Bernardo Silva Rita Roque Carlos Ferreira Machado Pedro Campos Rita Álvares Luís Sequeira Miguel Maurício João Tomaz Instituições ausentes: Novo Banco LCH.Clearnet SA 1
2 1. Desenvolvimentos recentes do projeto T2S No que se refere aos desenvolvimentos recentes, o Banco de Portugal mencionou a entrada em funcionamento da plataforma T2S no dia 22 de junho de 2015, com a participação das centrais de depósito de títulos (CSD) e das respetivas comunidades de utilizadores da Grécia, Suíça, Malta e Roménia. Após a realização de todos os testes considerados necessários pela comunidade italiana, o Monte Titoli migrou com sucesso no dia 31 de agosto de De uma forma geral, a plataforma tem funcionado sem sobressaltos e os raros incidentes registados (em final de dia) têm sido resolvidos de forma adequada. Em outubro de 2015, o grupo Euroclear comunicou que, devido a problemas nos trabalhos de preparação internos, não iria conseguir cumprir a data prevista de migração para o T2S, para a Euroclear Belgium, Euroclear France and Euroclear Nederlands, de 28 de março de Neste enquadramento, nos últimos meses, a Euroclear e as diferentes estruturas de governação do T2S têm efetuado uma análise extensa dos impactos decorrentes deste atraso do grupo Euroclear, em termos de custos e riscos, e procurado a melhor solução possível para todos os intervenientes no projeto. A solução que parece mais provável implica uma recomposição das janelas de migração subsequentes, mantendo-se a migração da Interbolsa e da NBB-SSS calendarizada para 28 de março de 2016, conforme inicialmente previsto. A comunidade nacional salientou que os atuais testes de comunidade permitiram detetar novos defeitos, nomeadamente em algumas funcionalidades A2A (Application to Application) na vertente cash. De referir ainda que a performance do GUI (Graphical User Interface) no ambiente de testes mantémse baixa, com tempos de resposta lentos. O Synchronisation Point SP Start Community Testing (Wave 2) foi alcançado com sucesso no dia 19 de outubro de
3 Conforme referido acima, a 30 de outubro de 2015, o grupo Euroclear anunciou que não poderia migrar para o T2S em março 2016 como previsto, devido a problemas internos, relacionados com o nível de preparação de software e organização interna. Na sequência desse anúncio, as entidades responsáveis iniciaram um processo de avaliação dos impactos de possíveis cenários de migração das CSD das diversas janelas de migração. O consenso resultante da reunião do CSD Steering Group (CSG) de 10 de dezembro contempla dois cenários. O cenário 1, considerado o mais provável e com menor custo global para todos os participantes do T2S, consiste na migração da Euroclear na terceira janela, em setembro de 2016, seis meses após o calendário previsto. Porém, algumas instituições mantêm ceticismo relativamente às garantias dadas pela Euroclear no sentido de mitigar/resolver os problemas internos citados acima, solicitando informação periódica sobre as medidas implementadas no novo plano de adaptação ao T2S. Assim, o CSG reunirá em finais de janeiro ou início de fevereiro de 2016, após os testes de comunidade da terceira janela, designadamente das comunidades da Euroclear ESES (FR, BE e NL), para propor a aprovação deste cenário pelo Conselho de Governadores do BCE. O cenário alternativo consiste na migração da Euroclear somente na última janela, em setembro de Os representantes da Interbolsa reafirmaram a posição de, em princípio, migrar na segunda janela, como previsto. De notar que a Interbolsa consultou os seus stakeholders, bem como a CMVM, no âmbito da estratégia anunciada, não tendo recebido qualquer oposição. Foi ainda reiterado que o atraso da Euroclear ESES afetará negativamente os proveitos da participação da Interbolsa no T2S, dado que se encontrava prevista a implementação de um link com os mercados ESES a partir de março de Vários participantes manifestaram a sua preferência pela manutenção da Interbolsa na segunda janela, face aos custos elevados para as instituições participantes decorrentes de uma eventual desmobilização das diversas equipas do projeto de adaptação ao T2S. 3
4 O NUG-PT foi igualmente informado de que o Advisory Group, o T2S Board, bem como as equipas do T2S do BCE e dos 4CB, manifestaram claro interesse pela migração da Interbolsa na segunda janela. Concomitantemente, a LCH.Clearnet SA, contatada pela Interbolsa sobre o apoio desta ao fim-de-semana de migração previsto para março de 2016, reafirmou o seu total empenho e assegurou a mobilização dos recursos necessários. Note-se que nenhum participante identificou showstoppers do projeto. 2. Testes e outras atividades com o Banco de Portugal O Banco de Portugal cumpriu todos os Synchronization Points programados até à altura, sendo de destacar as seguintes atividades: - Migration Weekend Dress Rehearsal (em colaboração com a Interbolsa); - Testes de comunidade da segunda janela de migração (incluindo do processo de preenchimento e envio dos formulários para registo do static data e a aprovação do e-ordering dos DCA holders ligados diretamente ao T2S); - Início da preparação da ligação do Banco de Portugal ao ambiente de produção. Adicionalmente, o Banco de Portugal concluiu o programa de sessões de formação para a comunidade nacional, que decorreu entre fevereiro de 2014 e novembro de Os tópicos abordados durante as diferentes sessões foram definidos em cooperação com a comunidade nacional e incluíram: - Introdução ao T2S (vertente cash e títulos); - Interação entre o T2S e o TARGET2 e as formas de ligação ao T2S; - Autocolateralização; - Simulação de um dia de negócio e funcionalidades para a gestão de liquidez; - Gestão de static data e acessos; 4
5 - Formas de obtenção de informação; - Diferentes fases de teste e migração; - Utilização do Graphical User Interface (GUI); - Preçário aplicável e faturação na vertente cash; - Procedimentos operacionais em condições normais de funcionamento e em contingência. Relativamente às atividades em curso, prosseguem os trabalhos com vista ao cumprimento dos Synchronization Points (SP) previstos até ao início da fase de produção da segunda janela de migração. Em relação ao plano de testes a cumprir pela comunidade nacional na vertente cash, após a realização dos testes de conectividade e de certificação (que decorreram até 14 de agosto e 13 de novembro de 2015, respetivamente), prosseguem os testes de autorização (até 18 de dezembro de 2015), seguindose os business day testing (entre 18 de janeiro e 12 de fevereiro de 2016). Encontram-se também em curso as atividades associadas à entrada em produção, sendo de destacar: - o e-ordering dos serviços T2S junto dos network service providers (entre 15 de novembro e 18 de dezembro de 2015); - o preenchimento e envio ao Banco de Portugal dos formulários para recolha da static data (até 28 de dezembro de 2015), seguindo-se a configuração da static data pelo Banco de Portugal, entre 28 de dezembro de 2015 e 24 de março de 2016; - os testes de conectividade em produção, com data limite de 15 de fevereiro de 2016; - o fim-de-semana de migração, entre 25 e 28 de março de
6 3. Testes e plano de adaptação da Interbolsa ao T2S A Interbolsa realizou, no dia 11 de dezembro de 2015, uma sessão do T2S Portuguese Market Forum, focada nas novas funcionalidades do STD e no ponto de situação das atividades e testes do plano de adaptação ao T2S. Foram também apresentados os resultados do Client Readiness Report do primeiro semestre de Os participantes da Interbolsa, ligados direta e indiretamente, deverão cumprir o calendário definido. 4. Atividades da SIBS para adaptação da AT2 ao T2S A SIBS apresentou o ponto de situação das diferentes fases do projeto de desenvolvimento e adaptação da AT2 ao T2S, o qual se prevê que irá permitir aos seus clientes uma significativa poupança no acesso direto aos serviços do T2S vertente cash. O projeto teve início com a análise da viabilidade do mesmo, passando depois pela análise dos requisitos técnicos e funcionais, definição do modelo de negócio e terminou com a fase de desenvolvimento e testes internos. Ao longo do projeto, a SIBS colaborou com a Interbolsa e o Banco de Portugal nos testes de conectividade, autorização e de comunidade, prevendo-se igualmente a sua colaboração nos testes do Business Day em fevereiro de Preparação dos participantes (tour-de-table) Os representantes das instituições financeiras participantes forneceram alguma informação sobre as respetivas atividades para adaptação ao T2S e o nível de preparação no âmbito da migração para o T2S. 6
7 De uma forma geral, todas as instituições estão a proceder aos testes, tendo sido detetados alguns problemas ou erros que se encontram em resolução. Porém, o ambiente de testes do T2S é lento, em especial em Aplication-to- Application (A2A). Vários participantes manifestaram a importância dos processos end-to-end em A2A nos seus negócios. Em geral, existe otimismo moderado nesta fase de preparação. Contudo, a conclusão com sucesso dos testes e da transição para o T2S não deve ser considerada como tarefa fácil. Em termos de formação, todas as instituições participaram nas ações de formação do BdP, da Interbolsa e da SIBS e têm planos e ações de formação e disseminação internas. Não havendo mais assuntos a abordar, Tereza Cavaco propôs a realização de uma próxima reunião do NUG-PT em fevereiro de 2016, logo após a decisão do Conselho de Governadores sobre o novo plano de migração. Sem prejuízo, poder-se-á realizar uma reunião ad hoc antes dessa data, caso algum interveniente do NUG-PT considere justificável. 7
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