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Transcrição:

#ViverEmFamilia Conclamação da Sociedade Civil Organizada para mobilização em torno de Resolução da ONU em defesa do direito à convivência familiar e comunitária A convivência familiar e comunitária é um direito fundamental de crianças e adolescentes garantido pela Constituição Federal (artigo 227) e pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Em seu artigo 19, o ECA estabelece que toda criança e adolescente têm direito a ser criados e educados por suas famílias e, na falta destas, por famílias substitutas. O consenso a respeito da família como espaço privilegiado para o adequado desenvolvimento humano está consagrado também em diversos documentos internacionais, especialmente na Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança, adotada em 20 de novembro de 1989 pela Assembleia Geral das Nações Unidas, na qual os Estados membros declararam-se "convencidos de que a família como elemento básico da sociedade e meio natural para o crescimento e o bem-estar de todos os seus membros e em particular das crianças, deve receber a proteção e assistência necessária para poder assumir plenamente suas responsabilidades na comunidade". Desde a adoção da Convenção, o Terceiro Comitê da ONU, dedicado aos Direitos Humanos, passou a aprovar anualmente Resoluções sobre os direitos da infância. Foram muitas as questões priorizadas até aqui, como o tema das crianças com deficiência, das crianças imigrantes, da violência contra a criança, dentre outros. Entretanto, observa-se que, apesar de sua importância, ainda não houve Resolução que tenha destacado o direito à convivência familiar e comunitária e os direitos das crianças e adolescentes que perderam os cuidados parentais ou daquelas que correm o risco de perder. A Assembleia Geral é o principal órgão de deliberação, formulação de políticas e representação das Nações Unidas. Compreende os 193 estados membros do órgão internacional e oferece um fórum único para a discussão multilateral de uma série de questões internacionais. Uma resolução da ONU é um texto formal ou uma expressão da opinião ou vontade dos órgãos da ONU: um guia para as ações dos Estados Membros sobre questões específicas e que estabelece planos para a avaliação do progresso em cada uma delas. Por ocasião do 10º aniversário das Diretrizes da ONU para o Cuidado Alternativo de Crianças e Adolescentes, documento aprovado pela Assembleia Geral em 2009, com participação estratégica do governo do Brasil, temos a oportunidade para mais um passo importante nessa questão: fomentar mobilização internacional a fim de pautar a necessidade de aprovação de uma Resolução da ONU sobre o direito à convivência familiar e comunitária e os direitos das crianças e adolescentes que perderam os cuidados parentais ou daquelas que correm o risco de perder. A edição desta Resolução permitiria muitos mais avanços no que concerne à proteção da infância: 1- que se adote um reconhecimento da urgência das necessidades desse público-alvo;

2- que os governos atuem e providenciem o que for necessário para essas necessidades; 3- que seja criada uma "linguagem acordada", essencial para ser usada em outras atividades promocionais na esfera das Nações Unidas. Com isso, será mais fácil incorporar as resoluções e documentos oficiais da ONU, no futuro. A Aldeias Infantis SOS lidera a articulação internacional dessa proposta, cumprindo com seu compromisso enquanto organização humanitária internacional, presente em 135 países e territórios, participante ativa na construção e implementação de marcos referenciais internacionais dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e que tem por missão apoiar crianças, adolescentes e jovens que se encontram em vulnerabilidade, impulsionando seu desenvolvimento e autonomia em um ambiente familiar e comunitário protetor. O Movimento Nacional Pró Convivência Familiar e Comunitária do Brasil, que tem uma liderança histórica nesta temática, e as demais redes, fóruns, coletivos, conselhos e organizações da sociedade civil, se unem ao Movimento Internacional da Aldeias Infantis SOS no sentido de que essa temática seja priorizada na Assembleia Geral das Nações Unidas de 2019. O tema da Convivência Familiar e Comunitária para TODAS as crianças do mundo aborda solução para inúmeras questões. É um tema que diz respeito às situações de migração, refugiados, crianças e adolescentes com deficiência, em situação de rua, em conflito com a lei, violência e exploração sexual, trabalho infantil e abandono entre outros. Trata-se de um tema que apresenta soluções e, portanto, deve receber a merecida atenção em âmbito nacional, regional e internacional devendo assim ser o tema da OMNIBUS RESOLUTION de 2019. APOIAM ESTA PROPOSTA: