O Desenvolvimento de Novos Serviços de Informação em Bibliotecas Públicas. Mestrando em Gestão de Informação. Objectivo

Documentos relacionados
Biblioteca Escolar. 1ºPeríodo. Dinamização BE EB23. BE das Escolas do AECC. Equipa das BE. BE das Escolas do AECC. Equipa das BE.

AVALIAÇÃO DAS BE e a MUDANÇA A ORGANIZACIONAL: Papel do CREM/BE no desenvolvimento curricular.

BIBLIOTECA ESCOLAR PLANO ANUAL DE ATIVIDADES Escola Portuguesa Ruy Cinatti 2014/2015

ESCOLA SECUNDÁRIA C/3º CICLO ALEXANDRE HERCULANO Biblioteca Escolar/Centro de Recursos Educativos

ANEXO I. DISCIPLINAS A SEREM OFERECIDAS PELO BiBEaD:

Clube dos Monitores da BE-A

INFORMAÇÕES SOBRE GAUDIUM SCIENDI

COMISSÃO EUROPEIA DIREÇÃO-GERAL DA COMUNICAÇÃO. Centros de Documentação Europeia ANEXO III ORIENTAÇÕES PARA O ACORDO DE PARCERIA

DOMÍNIO: APOIO AO DESENVOLVIMENTO CURRICULAR

Proposta de Plano de Atividades da Biblioteca Escolar (PABE) Escola Secundária Manuel de Arriaga

Manifesto Eleitoral O caminho faz-se caminhando

Biblioteca de Escola Secundária/3ºC de Vendas Novas. Plano de acção Nota introdutória

O Desafio da Nova Cadeia de Valor

Relatório de avaliação. Contexto e caracterização 1. Contexto. 1.1 Escola/agrupamento Escola Básica Eugénio de Castro, Coimbra

A criação de um Nó Nacional GBIF e cooperação nacional e internacional

Plano de Actividades da Biblioteca Escolar

CÓDIGO DE ÉTICA APRESENTAÇÃO

Rede de Bibliotecas do Concelho de Arganil

INFORMAÇÕES SOBRE GAUDIUM SCIENDI

Repositórios Digitais

Introdução aos Sistemas Integrados de Gestão de Bibliotecas

Relatório de avaliação. Contexto e caracterização 1. Contexto. 1.1 Escola/agrupamento Escola Básica de Solum, Coimbra

Construir o Futuro (I, II, III e IV) Pinto et al. Colectiva. Crianças e Adolescentes. Variável. Nome da prova: Autor(es): Versão: Portuguesa

Administração Pública Central

Relatório de avaliação. Contexto e caracterização 1. Contexto. 1.1 Escola/agrupamento Escola Básica de Solum-Sul, Coimbra

PLANO DE ACÇÃO DA BIBLIOTECA ESCOLAR DO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS MOSTEIRO E CÁVADO 2009/2013

Especialização em Marketing Digital

Centro de Informação Europeia Jacques Delors. Guia do utilizador

TERMOS DE REFERÊNCIA. Chefe de Repartição das Tecnologias de Informação e Comunicação, e Biblioteca

Pesquisa e Tratamento de Informação

B-On. A biblioteca do conhecimento online. Maria do Rosário 03 de Outubro de 2016

acesso à informação local e global, para as aprendizagens curriculares e individuais,

Resumo do relatório de auto-avaliação da biblioteca escolar 2009/2010. A. Apoio ao desenvolvimento curricular

CARTA DE QUALIDADE DA REDE DE CENTROS DE RECURSOS EM CONHECIMENTO (RCRC)

Ensino em arquitetura e urbanismo: meios digitais e processos de projeto

Ficha de Curso DESIGNAÇÃO MARKETING DIGITAL DURAÇÃO. Percurso de 100 Horas

SIBUL. Relato de uma experiência. Ana Cosmelli Maria Leal Vieira Serviços de Documentação da Universidade de Lisboa

APRESENTAÇÃO DO PROJETO

Centro de Informação Europeia Jacques Delors. Guia do utilizador

OBJECTIVOS U.PORTO 2010

Especialização em Marketing Digital EDIÇÕES Porto Coimbra Viseu Aveiro

Agrupamento de Escolas de Eugénio de Castro Bibliotecas Escolares

Desmaterialização de processos nos Tribunais

Especialização em Marketing Digital EDIÇÕES Porto Coimbra Viseu Aveiro

ENSINO SUPERIOR A DISTÂNCIA: QUE

SISTEMAS MULTIMÉDIA TESTE FORMATIVO ADICIONAL 1

Agrupamento de Escolas de Mafra Plano de Acção das Bibliotecas Escolares (Quadriénio )

Plano de Atividades da Rede de Bibliotecas de Mealhada Ano Letivo

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE SANTO ANTÓNIO PLANO DE ACÇÃO

Serviço de Psicologia Externato da Luz

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE SANTO ANTÓNIO PLANO DE ACÇÃO

Processo de melhoria. Informação escolar. Processo de avaliação. Relatório de execução do plano de melhoria

9.º CONGRESSO NACIONAL DE BIBLIOTECÁRIOS, ARQUIVISTAS E DOCUMENTALISTAS CONCLUSÕES

SECÇÂO III Regulamento das Bibliotecas Escolares/Centro de Recursos Educativos. Artigo 1º. Objecto e Âmbito

O Projecto Solvência II

e-territórios Soluções para Gestão de Entidades Administradoras de Território

Quadro de Avaliação e Responsabilização

Bases de Dados. Parte I: Conceitos Básicos

PLANO DE ATIVIDADES

Especialização em Marketing Digital EDIÇÕES Porto Coimbra Viseu Aveiro

Informação geral. Recursos materiais: espaço e equipamentos. A1. Informação geral. A2. Informação: escola. B1. Organização do espaço

COLÓQUIO INTERNACIONAL DE GUARAMIRANGA A LÍNGUA PORTUGUESA NA INTERNET E NO MUNDO DIGITAL

ANIMAÇÃO DE LEITURA THEKA

INSTRUÇÃO NORMATIVA nº 001/2019. O REITOR DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO SUL - UERGS, no uso de suas atribuições legais, RESOLVE:

Administração Pública Regional

Introdução aos Sistemas de Informação

Calendário de Atividades 2017/18

Agrupamento de Escolas da Trafaria Escola Básica 2,3 da Trafaria Plano de Acção da BE -2009/2013

Bruno Caldas, coordenador SIG Vale do Minho

Sistema Integrado de Gestão das Bibliotecas dos Parlamentos dos Países de Língua Portuguesa PLP Solução de Gestão NYRON

O Impacto das Atividades de Responsabilidade Social no Domínio da Educação

Biblioteca da Ordem dos Advogados

PROGRAMA SIMPLEX 2016 CAMÕES, I.P.

CONTEXTO. Mudanças contínuas. Crise Mundial.

PLANO DE ACÇÃO DA BIBLIOTECA ESCOLAR DO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS MOSTEIRO E CÁVADO 2009/2013

Objetivos operacionais

PROTOCOLO DE COOPERAÇÃO

Processo de melhoria. Informação escolar. Processo de avaliação. Relatório de execução do plano de melhoria 2015/ 2016

PLANO DE ATIVIDADES

DOMÍNIO: APOIO AO DESENVOLVIMENTO CURRICULAR

Serviços e espaços de apoio ao ensino-aprendizagem nas bibliotecas da UA

A biblioteca (in)visível. III Jornadas da Informação Estarreja, 12 de outubro de 2013

Carta de Serviços. Rede de Bibliotecas Municipais de Oeiras

Especialização em Programação de Dispositivos Móveis EDIÇÕES 2017 RIO TINTO

DOMÍNIO: APOIO AO DESENVOLVIMENTO CURRICULAR

Partilha de Recursos. Através da Plataforma DropBox

Informação geral. Recursos materiais: espaço e equipamentos. A1. Informação geral. A2. Informação: recursos humanos. B1. Organização do espaço

Componente de Formação Técnica

Mercados e Estratégias de Inserção de Jovens Licenciados.

Projeto Continuidade Digital

conteúdos. Economia Digital. Negócio Electrónico. Comércio Electrónico. IEFP Centro de Formação Profissional de Setúbal

CURSOS DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Despacho Conjunto n.º 198/99, de 3 de Março

Percursos e práticas para uma escola inclusiva ÍNDICE GERAL. Ìndice de Gravuras... vi. Ìndice de Anexos... vii INTRODUÇÂO... 1

ABD Arquivos e Bibliotecas Digitais

Informação geral. Recursos materiais: espaço e equipamentos. A1. Informação geral. A2. Informação: escola. B1. Organização do espaço

Projecto de Apoio à Literacia. Introdução. Pesquisa e tratamento de informação

UM OLHAR SOBRE O SISTEMA PERGAMUM DA BIBLIOTECA UFC CAMPUS CARIRI

CONSELHO. (Comunicações) Conclusões do Conselho sobre a digitalização e a acessibilidade em linha de material cultural e a preservação digital

Transcrição:

O Desenvolvimento de Novos Serviços de Informação em Bibliotecas Públicas Mestrando em Gestão de Informação Objectivo Estudar e especificar novos serviços baseados em sistemas de informação para os leitores da Biblioteca Almeida Garrett. Tirando partido das Tecnologias da Informação e Comunicação. Fazer com que novos serviços aos leitores sejam prestados com recurso a estas tecnologias.

Novos Serviços Novas formas documentais em formato digital. Possibilidade de ter acesso a estes documentos remotamente, com recurso à internet. Capacidade de organizar e disponibilizar dinamicamente a informação digital. Possibilidade de criar comunidades virtuais. Exemplos Bibliotecas que dispõem de sítios próprios na internet. Organização de conteúdos para grupos específicos. Recensão, organização e síntese bibliográfica de livros, criando salas de leitura virtual e espaços de cooperação entre leitores. Desenvolvimento e disponibilização on-line de colecções de documentos digitais. Apoio ao desenvolvimento de comunidades virtuais.

Algumas questões Em que momento de desenvolvimento destes serviços estamos em Portugal? De que serviços falamos quando nos referimos às novas tecnologias? Que quadro de referência metodológica podemos utilizar para o desenvolvimento destes serviços? Que solução concreta pode ser aplicada ao caso da BMAG? As novas tecnologias e as bibliotecas Biblioteca como lugar Biblioteca como entidade lógica Biblioteca tradicional informação impressa meta-informação impressa acesso local Biblioteca híbrida informação impressa e digital meta-informação digital acesso local e universal Biblioteca automatizada informação impressa meta-informação digital acesso local Biblioteca digital informação digital meta-informação digital acesso universal

Contexto Em Portugal, apenas na última década, as Bibliotecas Públicas iniciaram o processo de informatização do seu catálogo. Os sites das Bibliotecas Públicas, são em geral apenas uma montra dos serviços prestados pela Biblioteca. No caso da BMAG: catálogo informatizado, mas sítio internet inexistente. Metodologia Desenvolver um sistema de informação no seio de uma organização. Implicação do investigador no ambiente social que o rodeia. Exploração do potencial que a Teoria Actor-Network tem no campo do Desenvolvimento de Sistemas de Informação.

Teoria Actor-Network Conceitos chave: heterogeneidade material materialidade relacional performatividade Uma visão das organizações não reificada. O investigador enquanto elemento humano e portanto também ele participante. Investigador enquanto tradutor Teoria Actor-Network e o Desenvolvimento de Sistemas de Informação Presente Futuro Relações sociais resultantes de: humanos tecnologias processos de interacção interacção Investigadores Problematização Criação de correntes de tradução Especificação de situação ideal sedução Novas relações sociais resultantes de: humanos tecnologias processos de interacção resulta em Mobilização: Introdução de novas tecnologias Alteração de hábitos de trabalho Mudança da organização e das suas relações

Da teoria à prática A ANT como uma metodologia que toca aspectos de metodologias qualitativas. Os processos são centrais. Humanos e tecnologia definem-se pelas relações sociais que estabelecem. Processo de inovação caracterizado por descrições e por inscrições. Da teoria à prática Compreender e conhecer a situação onde se intervem. Identificar os actores (humanos e não humanos) necessários para levar a cabo o processo de inovação, atribuindo-lhes papeis. Estabelecer estratégias que garantam que estes actores mantêm a sua identidade, estabelecendo ligações fortes com a rede onde queremos que estejam envolvidos.

Resultados Definição do papel de intermediário activo da BMAG, com a sua comunidade. Fazer com que esta intermediação reforce o sentido de comunidade. Fazer com que a relação da Biblioteca com os seus leitores não se resuma à disponibilização dos computadores, mas passe à gestão da informação a que os seus leitores acedem. Resultados Desenvolvimento de um portal. Possibilidade de gerir os seus conteúdos Capaz de identificar o utilizador Capaz de personalizar o acesso à informação Permitir e fomentar a interactividade. Tornar-se um ponto de partida com apontadores para outros sites, catalogados por profissionais Criação de espaços de publicação web para instituições e autores da cidade. Organização de informação orientada para determinados grupos.

Conclusões e trabalho futuro Aprofundar conceptualmente as implicações que a Teoria Actor-Network tem no Desenvolvimento de Sistemas de Informação. Fazer com que não seja utilizada apenas como ferramenta descritiva, mas se torne também como metodologia de desenvolvimento. Conclusões e trabalho futuro Implementação do portal da BMAG Proporcionar o desenvolvimento destes serviços noutras Bibliotecas Portuguesas Avaliar a implementação destes serviços na sua relação com a comunidade. Seguir um caminho de mudança organizacional que altera a relação da Biblioteca com os seus leitores.