PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO. Vistos, relatados e discutidos estes autos de Agravo de Instrumento nº

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ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Desembargadores BERETTA DA SILVEIRA (Presidente sem voto), EGIDIO GIACOIA E CARLOS ALBERTO DE SALLES.

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ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores CLAUDIO GODOY (Presidente) e ALCIDES LEOPOLDO E SILVA JÚNIOR.

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores FABIO TABOSA (Presidente) e CLAUDIO GODOY. São Paulo, 15 de maio de 2017.

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ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores DONEGÁ MORANDINI (Presidente) e BERETTA DA SILVEIRA.

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ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Desembargadores ERICKSON GAVAZZA MARQUES (Presidente), J.L. MÔNACO DA SILVA E MOREIRA VIEGAS.

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SENTENÇA. Vistos. Réplica às fls. 139/141. É o relatório. DECIDO.

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Desembargadores LUIS MARIO GALBETTI (Presidente sem voto), RAMON MATEO JÚNIOR E LUIZ ANTONIO COSTA.

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores J.L. MÔNACO DA SILVA (Presidente), MOREIRA VIEGAS E EDSON LUIZ DE QUEIROZ.

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Registro: ACÓRDÃO

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ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores GILBERTO LEME (Presidente) e ARTUR MARQUES. São Paulo, 14 de agosto de 2017.

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ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Desembargadores DONEGÁ MORANDINI (Presidente sem voto), BERETTA DA SILVEIRA E VIVIANI NICOLAU.

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Desembargadores LUIS MARIO GALBETTI (Presidente sem voto), RÔMOLO RUSSO E RAMON MATEO JÚNIOR.

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ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Desembargadores RICARDO DIP (Presidente sem voto), AFONSO FARO JR. E AROLDO VIOTTI.

O Juízo deferiu a antecipação dos efeitos da tutela (fls. 384).

Registr o: ACÓRDÃO

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ACÓRDÃO. São Paulo, 13 de outubro de Christine Santini Relatora Assinatura Eletrônica

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ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores JAMES SIANO (Presidente) e MOREIRA VIEGAS. São Paulo, 21 de março de 2012.

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores DONEGÁ MORANDINI (Presidente) e BERETTA DA SILVEIRA.

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Vistos, relatados e discutidos estes autos de. APELAÇÃO CÍVEL COM REVISÃO n /8-00, da Comarca de

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ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores DONEGÁ MORANDINI (Presidente) e EGIDIO GIACOIA.

A C Ó R D Ã O. Agravo de Instrumento nº

ACÓRDÃO. São Paulo, 12 de abril de Salles Rossi Relator Assinatura Eletrônica

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Tribunal de Justiça de Minas Gerais

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores NEVES AMORIM (Presidente) e JOSÉ JOAQUIM DOS SANTOS.

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores PAULO ALCIDES (Presidente sem voto), VITO GUGLIELMI E PERCIVAL NOGUEIRA.

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO 1ª CÂMARA DE DIREITO PRIVADO

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ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores FRANCISCO LOUREIRO (Presidente) e ENIO ZULIANI. São Paulo, 26 de agosto de 2015.

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Registro: ACÓRDÃO

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ACÓRDÃO. São Paulo, 14 de março de Cristina Cotrofe Relatora Assinatura Eletrônica

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AGRAVO DE INSTRUMENTO N

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores FRANCISCO LOUREIRO (Presidente) e CHRISTINE SANTINI.

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Desembargadores MAURÍCIO PESSOA (Presidente sem voto), ARALDO TELLES E GRAVA BRAZIL.

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores FRANCISCO LOUREIRO (Presidente) e CHRISTINE SANTINI.

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Transcrição:

Registro: 2016.0000660506 ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos de Agravo de Instrumento nº 2106771-12.2016.8.26.0000, da Comarca de São Paulo, em que é agravante MICROSOFT INFORMÁTICA LTDA., é agravado CRAFT MULTIMODAL LTDA. ACORDAM, em sessão permanente e virtual da 1ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, proferir a seguinte decisão: Deram provimento ao recurso. V. U., de conformidade com o voto do relator, que integra este acórdão. O julgamento teve a participação dos Desembargadores CLAUDIO GODOY (Presidente sem voto), AUGUSTO REZENDE E RUI CASCALDI. São Paulo, 13 de setembro de 2016. Alcides Leopoldo e Silva Júnior Relator Assinatura Eletrônica

AGRAVO DE INSTRUMENTO Processo n. 2106771-2016.8.26.0000 Nº de 1ª instância: 1035834-82.2016.8.26.0100 Comarca: São Paulo (6ª Vara Cível Central) Agravante: Microsoft Informática Ltda. Agravada: Craft Multimodal Ltda. Juíza: Lúcia Caninéo Campanhã Voto n. 8.414 EMENTA - AGRAVO DE INSTRUMENTO Porta Lógica de Origem - Microsoft Provedor de aplicação de Internet - Informação relacionada ao registro de conexão, por complementar o endereço IP, de modo que seu armazenamento não é competência dos provedores de aplicação como a agravante, mas sim dos provedores de conexão Recurso provido. Trata-se de agravo de instrumento, com pedido de liminar, nos autos da ação de obrigação de fazer, da decisão reproduzida, nestes autos, às fls. 19/20, na parte em que deferiu a tutela de urgência antecipada para que a agravante, sob pena de incorrer em multa diária de R$ 1.000,00, forneça a porta lógica de origem de todos os acessos mediante autenticação bem sucedida, referente à conta paulsmith2210@outlook.com. Afirma a recorrente que atendeu a determinação judicial, apresentando todas as informações disponíveis sobre a conta referida, justificando que lhe é impossível o fornecimento dos dados referentes à Agravo de Instrumento nº 2106771-12.2016.8.26.0000 -Voto nº 8.414 2

"porta lógica de origem", por ser informação guardada exclusivamente por provedor de conexão, que não é seu caso, por prestar serviços de provedor de aplicação, sendo administradora do serviço de e-mail "outlook", não tendo obrigação legal de guarda dos dados de "porta lógica de origem", não regulamentado pelo Marco Civil da Internet Pleiteia a concessão de efeito suspensivo e a reforma para que seja afastada a determinação de fornecimento da porta lógica de origem dos acessos ao e-mail paulsmith2210@outlook.com. Deferido o efeito suspensivo (fls. 117/118), foram apresentadas contrarrazões sustentando-se a manutenção da decisão (fls. 122/128). É o Relatório. Dispõe o art. 15 do Marco Civil da Internet (Lei 12.965/2014) que o provedor de aplicações de internet que exerça essa atividade de forma organizada, profissionalmente e com fins econômicos, como é o caso da requerente Microsoft Informática Ltda, deverá manter os respectivos registros de acesso a aplicações de internet, sob sigilo, pelo prazo de 6 (seis) meses. A esse respeito, é oportuna a lição de Marcos Antonio Assumpção Cabello 1 com base nos incisos V, VI, VII e VIII do art. 5º da Lei 12.965/2014, no sentido de que "a definição legal de registro de conexão à internet é o 'conjunto de informações referentes à data e hora de início e término de uma conexão à internet, sua duração e o endereço IP utilizado pelo terminal para o envio e recebimento de pacotes de dados', sem se preocupar com o conteúdo acessado" e que "a definição prevista no Marco 1 CABELLO, Marcos Antonio Assumpção. Da guarda de registros de acesso a aplicações de Internet. Marco Civil da Internet. Coord. George Salomão Leite e Ronaldo Lemos. São Paulo: Atlas, 2014, p.712. Agravo de Instrumento nº 2106771-12.2016.8.26.0000 -Voto nº 8.414 3

Civil da Internet para registro de acesso à aplicação de internet é o 'conjunto de informações referentes à data e hora de uso de uma determinada aplicação de internet a partir de um determinado endereço IP', servindo para identificar qual endereço IP acessou determinada aplicação da internet". O escopo é garantir a indentificação dos usuários dos provedores de aplicação, viabilizando a responsabilização civil ou criminal, em caso de prática de ato ilícito. Ocorre que, atualmente, a mera disponibilização do IP não se mostra suficiente à individualização do usuário. Isso em razão do esgotamento do sistema do IPv4, cujo número de IPs disponíveis (aproximadamente 4,29 bilhões 2 ) tornou-se inferior ao número de terminais de acesso, o que inevitavelmente acarreta na utilização de um mesmo endereço de IP por mais de terminal. Assim, até a adoção definitiva do protocolo IPv6 que suporta um número significativamente maior de endereços do que o protocolo IPv4 - faz-se necessário, em alguns casos, a identificação da porta lógica de origem do acesso de modo a viabilizar a individualização do usuário. No entanto, referida informação está relacionada ao registro de conexão, por complementar o endereço IP, de modo que seu armazenamento não é competência dos provedores de aplicação como a agravante, mas sim dos provedores de conexão. Aplicações de Internet, nos termos do inciso VII do art. 5º, da Lei 12.965/2015, consiste no "conjunto de funcionalidades que podem ser acessadas por meio de um terminal conectado à internet", de maneira que 2 http://www.techtudo.com.br/artigos/noticia/2011/02/um-pequeno-guia-sobre-ipv4-e-ipv6.html. <Acesso em 29/06/2016>. Agravo de Instrumento nº 2106771-12.2016.8.26.0000 -Voto nº 8.414 4

o provedor de aplicação é aquele que fornece essas funcionalidade, enquanto o provedor de conexão ou de acesso é o que fornece os serviços que possibilitam o acesso à Internet por intermédio de seus terminais 3 (ex: Net Virtua, Brasil Telecom, GVT, TIM, Claro, Vivo, etc). Nesse sentido tem sem manifestado este E. Tribunal: Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO - Ação de obrigação de fazer - Decisão agravada que determinou que a recorrente (provedora de aplicação) fornecesse dados relativos a usuários que estariam utilizando de forma indevida o nome da agravada e comercializando, sem sua autorização, seus cartões de crédito. Inconformismo no fornecimento de "porta lógica de origem", já que, como provedor de aplicação, não tem obrigação de fornecer tais dados. Aplicabilidade dos artigos 5, VIII cumulado com 15 da Lei 12.965/14 (Marco Civil da Internet) - Informações referentes à "porta lógica de origem" que são próprias dos provedores de conexão Impossibilidade, também, de se compelir a demandada a fornecer dados pessoais dos usuários (RG, CPF, telefone e endereço), uma vez que não são solicitados para o cadastramento na rede social - Decisão reformada - Recurso provido. (Agravo de Instrumento nº 2252527-86.2015.8.26.0000, 6ª Câmara de Direito Privado, Rel. Des. José Roberto Furquim Cabella, j. 23/06/2016). Ementa: AÇÃO COMINATÓRIA Pretendida identificação de responsáveis por suposto aliciamento de colaboradores da agravante Indicada tentativa de obter ajustes indevidos nas faturas de clientes corporativos - Pretendido que o réu-agravado (provedor de aplicações) informe dados referentes à "porta lógica de origem" para identificação dos usuários responsáveis pelo perfil 3 Art. 5 o, Lei n. 12.965/2014: Para os efeitos desta Lei, considera-se: II - terminal: o computador ou qualquer dispositivo que se conecte à internet; Agravo de Instrumento nº 2106771-12.2016.8.26.0000 -Voto nº 8.414 5

Impossibilidade - Agravado que deve apresentar os dados disponíveis em seu cadastro, ou seja: nomes, emails, endereços de IP, datas e horários de acesso Precedentes do Superior Tribunal de Justiça e do Tribunal de Justiça/SP Ausência, nessa fase, de elementos técnicos seguros de que dados relativos à "porta lógica de origem" sejam efetivamente armazenados pelo agravado, provedor de conteúdo, e não pelo provedor de conexão - Decisão mantida AGRAVO NÃO PROVIDO. (Agravo de Instrumento nº 2027881-59.2016.8.26.0000, 10ª Câmara de Direito Privado, Rel. Des. Elcio Trujillo, j. 28/06/2016). RESPONSABILIDADE CIVL. Vídeo ofensivo difundido no canal "YouTube". Instado a compor o polo passivo da lide, o Google não ofereceu resistência ao cumprimento das determinações judiciais deferidas em antecipação de tutela, fornecendo o IP do computador do usuário e retirando o conteúdo ilícito impugnado. Embora seja o IP insuficiente para o rastreamento completo do usuário, o apelado por lei está obrigado apenas a armazenar os registros de acesso a aplicações da Internet consistentes do "conjunto de informações referentes à data e hora de uso de uma determinada aplicação de Internet a partir de um determinado endereçoip" (artigo 5º, VIII, e 15, Lei nº 12.965/14). Marco Civil da Internet. Registros sobre qual foi a porta de comunicação utilizada em cada acesso deverão ser requeridos aos próprios servidores de conexão, conforme jurisprudência desta C. Câmara. Danos morais inexistentes. Na qualidade de armazenador, o apelado não tem responsabilidade sobre o conteúdo nele veiculado, cabendo apenas um controle a posteriori, a pedido do interessado ou do juiz, para retirar do ar determinado objeto. Ausente a maioria dos pressupostos para sua caracterização tais quais a conduta culposa, a ilicitude e o nexo de causalidade não se cogita a responsabilidade civil alegada. Sentença mantida. RECURSO DESPROVIDO (Apelação Cível nº 1055250-07.2014.8.26.0100, 3ª Câmara de Direito Agravo de Instrumento nº 2106771-12.2016.8.26.0000 -Voto nº 8.414 6

Privado, Rel Des. Beretta da Silveira, j. em 28/06/2016). Pelo exposto, DÁ-SE PROVIMENTO para afastar a obrigação de a agravante fornecer a da porta lógica de origem dos acessos ao e-mail paulsmith2210@outlook.com. Alcides Leopoldo e Silva Júnior Relator Assinatura Eletrônica Agravo de Instrumento nº 2106771-12.2016.8.26.0000 -Voto nº 8.414 7