TÍTULO: ANÁLISE DE MELHORA EM PACIENTES COM ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO UTILIZANDO MICROCONTROLADOR PARA GERAÇÃO DE ESTÍMULOS

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Transcrição:

TÍTULO: ANÁLISE DE MELHORA EM PACIENTES COM ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO UTILIZANDO MICROCONTROLADOR PARA GERAÇÃO DE ESTÍMULOS CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA SUBÁREA: Engenharias INSTITUIÇÃO(ÕES): UNIVERSIDADE BRAZ CUBAS - UBC AUTOR(ES): VICTOR MONTE MULA ABRAMO, ANDREZA AUGUSTO ORIENTADOR(ES): ANTONIO CARLOS DA CUNHA MIGLIANO

1. RESUMO O Acidente vascular cerebral (AVC) é uma das segundas causadoras de mortes no brasil onde se torna responsável por cerca de 6,7 milhões de óbitos em 2012 sendo o AVCi responsável por cerca de 80% e o AVCh por apenas 20% no qual 40% dos pacientes sofreram e possuem sequelas permanentes, dificultando assim suas atividades de vida diária As mãos são responsáveis pela maior parte dos movimentos que envolvem a coordenação motora fina, a falta de nociceptivos logo após um AVC, o hemicorpo afetado apresenta hipotonia, isto é, o tônus é muito baixo para iniciar qualquer movimento, a espasticidade tende a aumentar gradualmente nos primeiros 18 meses com os esforços e atividades desenvolvidas pelo indivíduo, a terapia das mãos se aplica as técnicas físicas em pacientes utilizando cinesioterapia (terapia por meio de exercícios). Este trabalho tem como objetivo analisar os estímulos visando sua plasticidade neural para reabilitação em pacientes com sequelas e elaborar uma luva micro controlada com o objetivo de auxiliar a movimentação de pessoas acometidas por AVC reduzindo a espasticidade dos pacientes, que por sua vez, é uma das maiores sequelas que atingem os mesmos, visando sua melhora, é essencial que esse tratamento seja realizado. Serão utilizados artigos e publicações de mestrado e doutorado pesquisados no período de 2014 a 2019 utilizando a escala Qualis para manter os níveis metodológicos, para fundar a base teórica, no qual estaremos utilizando uma sequencia de movimentos pré-determinado gerando assim o estimulo de cinesioterapia e assim gerando estímulos que possuem um maior efeito contra a espasticidade 2. INTRODUÇÃO O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma condição que ocorre quando o fornecimento de sangue que flui para o cérebro sofre uma interrupção levando a incapacidade e morte [2], onde o AVC pode ser causado por isquemia ou hemorragica [5].

A expressão AVC refere-se a um complexo de sintomas de deficiências neurológicas, que duram pelo menos 24 horas e resultam de lesões cerebrais provocadas por alterações da irrigação sanguínea [9]. O acidente vascular hemorrágico (AVCh), acorre quando há um rompimento de um vaso sanguíneo, causando uma irritação por conta do contato do sangue com o parênquima nervoso [9]. A causa desta hemorragia ocorre devido ao rompimento de aneurismas (Charcot-Bouchard) [11], ou seja, de pequenas áreas fracas ou finas das paredes arteriais cerebrais que com o tempo e por hipertensão arterial descontrolada ou não tratada acabando por rebentar, e o sangramento de aneurismas cerebrais no espaço subaracnóideo [9]. O Acidente Vascular Cerebral isquêmico (AVCi) se deve ao fato de uma oclusão vascular localizada [2], segundo a literatura nos primeiros momentos em que ocorre o AVC, não há apoptose dos tecidos cerebral, porém, com a falta de suprimento sanguíneo, ele se degenera rapidamente [2]. Entretanto, há uma região em volta do acidente que possui uma oclusão cerebral que se mantém vivo por algum tempo. Denominado de penumbra, ou seja, uma região ao redor da área já em processo de apoptose onde a restauração rápida do fluxo sanguíneo pode levar à recuperação completa ou parcial do tecido cerebral [10], limitando a área de apoptose e consequentemente as sequelas, onde justamente nesta área que os esforços se concentram durante o tratamento. O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é a segunda principal causa de morte no Brasil [12], responsável por 6,7 milhões de óbitos em 2012 [13], onde, o acidente vascular encefálico isquêmico é responsável por 80%, e o acidente vascular encefálico hemorrágico por 20% dos casos, no qual 40% dos pacientes possuíram sequelas permanentes, dificultando assim as atividades de vida diárias [2]. As mãos são responsáveis pela maior parte dos movimentos que envolvem a coordenação motora fina [1], a falta de nociceptivos logo após um AVC, o hemicorpo afetado apresenta hipotonia, isto é, o tónus é muito baixo para iniciar qualquer movimento, a espasticidade tende a aumentar gradualmente nos primeiros 18 meses com os esforços e atividades desenvolvidas pelo indivíduo [14], a terapia das mãos aplica as técnicas físicas em pacientes utilizando cinesioterapia (terapia por meio de exercícios). Este trabalho tem como objetivo analisar os estímulos visando sua plasticidade neural para reabilitação em pacientes com sequelas e elaborar uma luva micro

controlada com o objetivo de auxiliar a movimentação de pessoas acometidas por AVC reduzindo a espasticidade dos pacientes, que por sua vez, é uma das maiores sequelas que atingem os mesmos, visando sua melhora, é essencial que esse tratamento seja realizado. Serão utilizados artigos e publicações de mestrado e doutorado pesquisados no período de 2014 a 2019 utilizando a escala Qualis para manter os níveis metodológicos, para fundar a base teórica, A Tab. 1 apresenta uma grande produção de artigos entre os anos de 2014 a 2019. Tab.1. Número de artigos escritos considerando o tema Reabilitação pos-avc ANO ARTIGOS 2019 41 2018 1.564 2017 3.113 2016 2.958 2015 3.077 2014 2.826 Fonte: sciencedirect.com 3. Objetivos O cérebro é inteiramente encarregado pela parte que comanda a sumidade, personalidade, humor e pelas características que nos torna indivíduos, a perda desta função cerebral pode ser desumano, tornando-os dependentes de outras pessoas. As sequelas decorrentes da lesão causam paralisia desproporcional ao lado contrário do corpo do paciente, afetando os membros superiores e inferiores, onde na maioria dos casos a recuperação dos movimentos dos membros inferiores são mais rápidas, devolvendo ao paciente o movimento de andar. Contudo, os movimentos das mãos e braços ficam limitados suscitando a perda da sensibilidade corporal e dores na região afetada tendendo a não utilizar o movimento desses membros. Cerca de 100% dos seres humanos possuem o hemicorpo esquerdo dominante, habitualmente o paciente que possui AVC no hemicorpo esquerdo

apresenta uma paralisia ao lado direito associado a afasias sendo de fala, compreensão ou mista, causando ao paciente certa dificuldade de compreender e se expressar. Afetando também a memória, o mesmo perde a habilidade de reter alguns fatos recentes, lembrando apenas dos passados antes do AVC. No hemicorpo cerebral está localizado a função comportamental do ser humano, que dependendo da extensão e de sua região, o paciente apresenta um quadro clínico de apatia letargia ou inquietação, onde o paciente fala sem consciência, possui reações explosivas ao ser contrariado e até mesmo a falta de apetite. Grande parte, acometidos pelo AVC, obtiveram sequelas graves possuem um quadro clínico de depressão, podendo ser tratado com medicamentos [4]. Tendo em vista a melhoria e recuperação dos pacientes com sequelas, na qual os avanços de pesquisas em neuroreabilitações vêm contribuindo para recursos terapêuticos, foram selecionados de acordo com a reabilitação em crio estimulação, no qual reduz cerca de 14,3% da espasticidade [8], consistindo em adicionar gelo ao músculo extensor dos punhos e mãos de forma contínua e rápida, seguida de cinesioterapia. A crioterapia de forma contínua reduz a espasticidade, diminuindo a neurotransmissão de impulsos aferentes e eferentes. O gelo suprime os reflexos osteotendinosos e cutâneos, expandindo inicialmente a descarga do fuso e promovendo uma redução dessa descarga, assim, diminuindo a atividade elétrica do músculo e consequentemente o espasmo muscular [8]. Outro método também utilizado, é o tratamento por infravermelho que se baseia na exposição do membro ao infravermelho a certa distância, após uma abdução passiva dos membros, foi obtido à redução de 86% da espasticidade no qual o calor superficial da lâmpada traz benefícios como o relaxamento muscular, que ocorre quando se atinge progressivamente temperaturas entre 38,5 a 40 ºC [8]. 4. Metodologia A forma de tratamento para a adequação do tônus muscular foi a crioterapia, que pode ser descrita como a aplicação de modalidades diferentes de frio, com uma variação de temperatura de 0ºC a 18,3ºC. O declínio da temperatura corporal desencadeia respostas locais e sistêmicas. O gelo atua diminuindo a neurotransmissão de impulsos aferentes e eferentes, com consequente diminuição

dos reflexos osteotendinosos e cutâneos. Inicialmente o gelo promove um aumento na descarga fusal e logo em seguida uma redução nessa descarga, diminuindo assim a atividade elétrica do músculo e consequentemente o espasmo muscular O gelo foi aplicado de forma continua e rápida (crioestimulação) na musculatura extensora de punho e mão, durante 2 minutos, e a cinesioterapia foi aplicada logo após, seguiu-se este protocolo por 10 sessões. Após o tratamento verificou-se a redução do grau de espasticidade no membro superior de 14,3% a crioterapia aplicada de forma contínua reduz a espasticidade por diminuir a neurotransmissão de impulsos aferentes e eferentes. O gelo atua diminuindo os reflexos osteotendinosos e cutâneos, aumentando inicialmente a descarga do fuso e logo em seguida promovendo uma redução nessa descarga, diminuindo a atividade elétrica do músculo e consequentemente o espasmo muscular. 5. Desenvolvimento 5.1 Luva micro controlada A luva micro controlada tem como função realizar os estimulos necessários e selecionados para melhoria da espasticidade, contando com uma lampada de infravermelho posicionada e tubos de gelo spray para simulação de crioterapia, adição de infravermelho e calor superficial, a cinecioterapia contara com o auxilio de linhas posicionada no dedo como visto na Fig.1, a fim de movimentar o dedo para baixo realizando movimentos pré-definidos Fig.1. Vista de posicionamento de linhas e movimentação dos dedos

As linhas serão dispostas em cada uma das junções dos dedos passando por dentro de material de plastico até atingir a altura da falange distal onde é preso em uma especie de dedal (Fig.2) onde as linhas atuam sobre os dedos realizando movimentação das articulações Fig.2. disposição do dedal e linhas Considerando que os usuarios esperados para utilização sejam pessoas com algum tipo de dificuldade motora das mãos, o comando de entrada para controlar os dedos foram feitos de forma simples e pré-estabelecida inicialmente por um microcontrolador. Após a combinação de exercicios pré-definidos, sensores de FSR (Force Sensing Resistors) na parte interna estara avaliando a melhora da força e da espasticidade onde a pressão minima que é detectada pelo FSR é de 0,2 N (aproximadamente 20,4 g) e 5,06 MM 2 de até ativa e de força maxima 20N (2 kg) onde pode se comparar a sensibilidade das mãos humanas de agarrar, que possui força minima de 0.68N(0.07g) e maxima de cerca de 6N para objetos de peso de 1kg. 5.2 Crioterapia e infravermelho Os pacientes foram submetidos à crioterapia por 20 minutos, por meio de uma bolsa de gelo envolta por uma toalha colocada sobre os músculos. Após a retirada do gelo, aplicou-se o infravermelho por 20 minutos no mesmo local, com intensidade moderada, a 50 cm de distância da pele. O tratamento foi realizado por um período de dois meses e meio, com duração de 1 hora cada sessão. Entre outras medidas Outro recurso utilizado no tratamento da espasticidade é o calor

o calor superficial pode ser utilizado no tratamento da espasticidade, onde suas propriedades trazem benefícios como o relaxamento muscular, que ocorre quando se atinge progressivamente temperaturas entre 38,5 e 40 C. 5.3 Crioterapia e calor superficial aplicação de crioterapia sobre forma de pacote de gelo por 30 minutos no ventre do músculo bíceps braquial do membro superior esquerdo, e simultaneamente, foi realizada aplicação de Calor Profundo por Ultrassom Terapêutico Contínuo (UST), com frequência de 1MHz, intensidade de 1,0 a 3,5 w/cm², durante 10 minutos, foram realizadas 14 sessões. houve redução da espasticidade em cerca de 50% após o tratamento, diminuindo assim os reflexos cutâneos e osteotendineos. Preferencialmente de 30 minutos de uso do gelo reduz a espasticidade por até 60 minutos após a sua aplicação, promovendo relaxamento muscular de 30 minutos até 2 horas. 6. Resultados O paciente após utilizar a luva microcontrolada foi realizado em tempo real a força do movimento de pinça e foi observado um pequeno almento de 0,4 N na qual demonstrou elevação do tonus muscular após uma seção de tratamento. Houve uma redução significativa de espasticidade no quadro de teste onde foi capaz de atingir aproximadamente até 70% na reduçãoda espasticidade onde adicionando todos os estimulos de forma cadenciada e controlada como descrito acima onde foi observado que os itens 4.2 e 4.3 obteveram os melhores resultados para a diminuição da espasticidade consequentemente assim reintegrando parcialmente o paciente as suas ativadades do dia a dia. 7. Considerações Finais A luva é mais adequado para pessoas incapazes de fechar ou abrir as suas mãos devido ao AVC. A luva também pode ser utilizado por pacientes com médio

e baixo nível espasticidade nas mãos, Devido às características desiguais da estruturas, foi necessário alinhamento comum entre o dispositivo e o corpo humano, o que aumenta a simplicidade do dispositivo. Os seguintes elementos foram desenvolvidos para luva: Para permitir um movimento mais suave foi utilizado um novo mecanismo de adaptação que consiste em vários tubos foi desenvolvido e reduzido o mecanismo do tamanho do dispositivo. São necessários estudos adicionais para o sistema sensorial e controle, a facilidade de usar, ajustabilidade do utilizador do dispositivo, e o mecanismo. A facilidade de vestir e de remoção pode ser melhorada através da minimização dos componentes do dispositivo. Além disso, deve ser realizadas testes com um numero maior de pacientes, um estudo mais aprofundado é necessário para o melhoramento e entendimento dos elementos. 8. Fontes Consultadas [1] XING, Y; YANG, S; DONG, F; WANG, M.M; FENG, Y. S; ZHANG.F. THE BENEFICIAL ROLE OF EARLY EXERCISE TRAINING FOLLOWING STROKE AND POSSIBLE MECHANISMS. Department of Rehabilitation Medicine, The Third Hospital of Hebei Medical University 1 Shijiazhuang, Hebei, PR China, Life Sciences 198 (2018) 32 37. [2] PIASSAROLI, C. A. P, ALMEIDA, G. C, LUVIZOTTO, J. C. MODELOS DE REABILITAÇÃO FISIOTERÁPICAS EM PACIENTES ADULTOS COM SEQUELAS DE AVC ISQUÊMICO. Faculdade de Ciências e saúde da vida, p 128-137, jul. 2011. [3] CHAO, E.Y.; NA, K; COONEY, W. P. E; LINCHEID, R. BIOMECHANICS OF THE HAND, Teaneck, NJ. USA: world scientific publishing co.pte, ltd., p 5-75. (1989). [4] ALVES, T. C.; OLIVEIRA, G. D.; ZANTONELLI, T.; SOPRANI D. R. MÃO ROBOTICA, mostra nacional de robótica espirito santo (2014).

[5] SANTOS, R. C. M.; CARVALHAIS, V. O. C.; PAZ, C. C. S. C.; USO DA ESTIMULAÇÃO ELETRICA FUNCIONAL PÓS ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL: REVISÃO SISTEMÁTICA. Núcleo de estudos e pesquisas em engenharia biomédica da universidade federal de minas gerais. P103-115, mar. 2015. [6] ABREU, J. MINIMIZAR A ESPASTICIDADE NA PESSOA ACOMETIDA POR AVC. Serviço de saúde da RAM, p 3-31 Funchal 2015. [7] SUNDFELD, L.; NOGUEIRA, J. L. C.; AREDES, S. V.; JUNIOR L. S. ESTUDO E DESENVOLVIMENTO DE UMA PROTESE DE MÃO HUMANA ROBOTICA DE BAIXO CUSTO PARA CRIANÇAS. X Encontro latino americano de iniciação cientifica universidade do vale do paraíba. P 323-326, são José dos campos 2006 [8] SANTOS, A. K. O.; COSTA, J. S. FISIOTERAPIA NA REDUÇÃO DA ESPASTICIDADE: UMA REVISÃO DE LITERATURA. XVII Encontro latino americano de iniciação cientifica universidade do vale do paraíba. P 1-6, são José dos campos 2016. [9] CANCELA, D. M. G.; O ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL CLASSIFICAÇÃO, PRINCIPAIS CONSEQUENCIAS E REABILITAÇÃO. Complemento ao diploma de licenciatura em psicologia universidade Lusíada do Porto, Portugal 2008. [10] HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS; PROTOCOLO HSL SISTEMA INTEGRADO DE ATENDIMENTO AO PACIENTE COM ACIENTE VASCULAR CEREBRAL. Documento operacional HSL-PROT-CORP-007/VER.01; São Paulo 2007. [11] SITTICHAIYAKUL, P; PATHOLOGY OF THE NERVOUS SYSTEM. Departamento de Patologia e Medicina Legal Tailândia 2011. [12] ALMEIDA, S. R. M.; ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DO ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL NO BRASIL. Editorial, Faculdade de Ciências Medicas Unicamp, Campinas SP, 2012. [13] ARAUJO, J. P.; DARCIS, J. V. V.; TOMAS, A. C. V.; MELLO, A.; TENDÊNCIA DA MORTALIDADE POR ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL NO MUNICÍPIO DE MARINGÁ, PARANÁ ENTRE OS ANOS DE 2005 A 2015. International Journal Of Cardiovascular Sciences, PG 56-62, 2018. [14] SILVA, E. J A.; REABILITAÇÃO APÓS O AVC. 2010 37f. Tese de mestrado em medicina Faculdade de Medicina Universidade do Porto, Portugal.