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Transcrição:

Pós Graduação em Direito de Família e Sucessões. Prof. Nelson Sussumu Shikicima. Aula dia 24/10/2018. Audiência do Direito de Família. Ação de reconhecimento e dissolução de união estável; Ação de divórcio; Ação de alimentos (fixação, exoneração e revisional). Ação de reconhecimento e dissolução de união estável; Dica para se dar bem em audiência: É conhecer bem o processo e não ter medo de falar! O CPC alterou a forma de se intimar as testemunhas, passando a ser responsabilidade do advogado fazer a comprovação nos autos que intimou a testemunha da audiência. CONCUBINATO Art. 1.727. As relações não eventuais entre o homem e a mulher, impedidos de casar, constituem concubinato. (G. n.) UNIÃO ESTÁVEL Art. 1.723. É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família. (g.n.) Antes da Constituição Federal de 1988 não existia a união estável, só existia o concubinato, que era a união de pessoas que viviam como se fossem casados, a partir da promulgação da Constituição Federal, tornou-se necessária a distinção de união estável e concubinato, já que a carta magna trazia expressamente a menção a união estável, como segue: Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado. (...) 1

3º Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento. (...) Para Álvaro Villaça de Azevedo existia o concubinato puro e impuro. Sendo o puro entre os desimpedidos de casar e o impuro entre os impedidos, este necessitava provar o esforço comum no tocante aos patrimônios. Com o código civil de 2002, deixou de existir esta diferenciação, sendo o concubinato puro a união estável e o impuro o próprio concubinato. A principal diferença entre a união estável e o concubinato refere-se ao patrimônio, onde no concubinato é necessário provar o esforço comum e a união estável o esforço é presumido, e consequentemente esta diferenciação reflete nas questões de divisão de bens, tanto no caso de separação como no caso de sucessão; alimentos; pensão decorrente do INSS. A união estável tem os mesmos direitos sucessórios reservados ao casamento, uma vez que o artigo 1.790 do CC teve sua inconstitucionalidade decretada pelo STF em 2017. Diferença de união estável e concubinato está no Código Civil, que é uma relação não eventual entre homem e mulher impedidos de casar, salvo separados de fato e judicialmente, porque estão impedidos, mas constitui união estável. No caso de separado de fato precisa provar que realmente está nesta condição, o que se torna difícil devida a falta de documento, exceto se tiver contrato. Impedidos. Casados que não estão separados de fatos (amante). Parentes que não podem casar. O código civil prevê o concubinato de forma a salvaguarda os direitos da pessoa traída (inocente), para que não seja prejudicada. 2

Concubinato relação não eventual, continua e constante. No concubinato um concubino para ter direito aos bens do outro, precisa provar o esforço comum, ou seja, dispêndio de dinheiro. Alegar que era do lar não comprova o esforço comum. União estável relação duradoura entre homem e mulher, desimpedidos de casarem, incluindo separados de fatos ou judicialmente, com o objetivo de constituir família. Fundamentação legal para a união estável: Artigo 226, 3 CF. Lei 8.971/94. Lei 9.278/96. Artigo 1.723 e seguintes do Código Civil de 2002. Relacionamento duradouro está ligado ao objetivo de construir família e não precisa morar no mesmo teto, comprova com o fama e tractatus. Fama Trato a sociedade reconhece como se casados fossem. como se tratam e se apresentam perante terceiros. É importante pegar uma declaração da testemunha que comprove união estável, pois esta pode vir a falecer ou mesmo tentar mudar o testemunho, de preferência por declaração pública, e as vezes tendo o documento no processo o juiz dispensa a testemunha. Mídias sociais é um meio de comprovação da união estável, interessante lavrar ata notarial. A regra do regime de bens na união estável é a comunhão parcial de bens (comunica todos os bens adquiridos na constância da união a título oneroso, mesmo se estiver no nome de apenas um dos companheiros), para que seja 3

adotado outro regime precisa de contrato escrito, assim, a união de fato (verbal) será a regra da comunhão parcial. O namoro não constitui união estável, porque não estão juntos para constituir família e o fato de projetarem para o futuro está intenção não qualifica como união. O STJ tem decidido que se reconhecer união estável em período anterior ao da assinatura do contrato e o regime for diferente do legal o regime opcional começa a fluir do momento da assinatura, exemplo, regime de separação total de bens só começa a fluir da assinatura. Procedimento da ação litigiosa. Observar o artigo 693 do código de processo civil para as ações de família, contudo, a partir da contestação passa o processo a ser dirigido pelo procedimento comum. Nas ações de família é necessária a audiência de medição e conciliação para tentar solucionar os conflitos de forma consensual. As partes não podem declinar da audiência, contudo, alguns juízes estão dispensando a medição na fase inicial e marcando a audiência para depois da réplica antes de sanear o processo, por dificuldade de citar as partes. Se tiver a união estável escrita a ação só será de dissolução, só ingressa com o reconhecimento para união estável de fato. A citação do réu irá desacompanhada da contra fé, este terá acesso aos autos através de senha, para não causar constrangimento ao réu (art. 695 1º). A citação será feita na pessoa do réu (oficial de justiça), não pode ser feita por AR, para evitar nulidade do processo. As partes deverão estar acompanhadas de advogados mesmo na audiência de mediação e conciliação sob pena de nulidade. Na audiência de mediação e conciliação não se discuti mérito. 4

Audiência de instrução. Prazo de 15 dias para contestação que começa a fluir da juntada aos autos da intimação ou audiência de mediação e conciliação (quando não houver acordo), artigos 231 cc 695. Depois réplica, prazo de 15 dias, se não houver fato impeditivo, modificativo ou extintivo de direito, ou preliminar arguida na contestação o prazo será de 5 dias. Após audiência de instrução e na sequência memoriais no prazo comum de 15 dias. O rol de testemunhas conterá sempre que possível a qualificação completa, dez testemunhas no máximo sendo 3 para cada fato. O prazo será contado da publicação da designação da audiência e será de 5 dias, exceto se o juiz determinar outro prazo, não superior a de 15 dias. Se o colega ofertar o rol de testemunhas após o prazo, precisa informar ao juiz que está preclusa a testemunha, porque o rol foi ofertado após o prazo determinado pelo magistrado e não deverá ser ouvida. Bons Estudos!!! Prof.ª. Adriana Duarte 5