O BOLETIM DO MARKETING ESPORTIVO O F E R E C I M E N T O DO NÚMERO DO DIA EDIÇÃO 1270 - QUARTA-FEIRA, 19 / JUNHO / 2019 100 mil dólares é o quanto a World Surf League pagará ao campeão e à campeã do Oi Rio Pro, que ocorrerá entre 20 e 28 de junho Por Valladolid, Ronaldo prefere deixar a Globo POR ERICH BETING As duas primeiras rodadas do Brasil na Copa América tiveram uma mudança significativa na equipe de transmissão da TV Globo. O ex-atacante Ronaldo, que desde 2013 era comentarista dos jogos da seleção pela emissora, não faz mais parte da equipe. O motivo para a saída de Ronaldo é o Real Valladolid, clube espanhol que foi comprado por ele no meio do ano passado. Em maio deste ano, Ronaldo e a direção da Globo negociaram a renovação do vínculo entre ambos para a Copa América. O ex-atleta, então, expôs que não haveria como conciliar a agenda de comentarista com a de dono da equipe. A negociação, então, travou. A emissora, a partir daí, passou a planejar o evento apenas com a equipe que tradicionalmente participa das transmissões do futebol, com 1
Casagrande, Junior e Caio revezando-se na função de comentarista dos jogos. Com a permanência do Valladolid na elite do futebol espanhol, o período de férias dos jogos será utilizado por Ronaldo para a montagem da equipe para a próxima temporada. Isso fará com que ele assuma a frente em algumas negociações com clubes, dificultando a atuação como comentarista na Globo. O último evento que Ronaldo atuou pela emissora foi a Copa do Mundo de 2018, na Rússia. Dois meses depois, ele foi anunciado como novo dono do Valladolid. Desde então, sua dedicação maior está no clube espanhol. Esse foco maior no Valladolid foi o que serviu como motivo para Ronaldo desistir de ser comentarista. "Outro dia fizemos o cálculo. Eu fiz mais de 100 mil quilômetros desde que anunciamos a compra do clube, mas eu estou contente, feliz, trabalhando muito e levando o nome do Valladolid para todos os cantos do mundo", disse Ronaldo em entrevista exclusiva ao canal da Máquina do Esporte no YouTube no mês de maio. O ex-jogador, inclusive, está no Brasil. O intuito da viagem é acompanhar de perto atletas na Copa América. Dessa vez, porém, com o olhar de dono de clube. A ideia é conseguir contratar jogadores um pouco mais baratos em vez daqueles que disputam o Campeonato Brasileiro. Segundo o Fenômeno, os preços no Brasil estão fora da realidade: "Nenhuma sondagem custa menos de 40 milhões". No ano passado, Ronaldo fez uma peregrinação por alguns países do continente em busca de atletas mais jovens e baratos para contratar. Nesse giro, o equatoriano Stiven Plaza, que atuava pelo Independiente Del Vale, assinou. Outros atletas podem entrar na mira a partir da observação na Copa América. LALIGA APROVEITA COPA AMÉRICA E FAZ AÇÃO NO RJ PROMOÇÃO DERRUBA SITE DA GOL EM PARTIDA Na próxima semana, a LaLiga trará pela primeira vez à América do Sul o "Space LaLiga", uma "Fan Zone" interativa que une futebol e entretenimento. O Rio de Janeiro foi escolhido para a ação inédita no continente. No ano passado, a liga realizou ação similar na Rússia, durante a Copa do Mundo. Agora, a ideia é aproveitar os públicos brasileiro e estrangeiro que estão no Rio por conta da Copa América. Até por isso, o "Space LaLiga" abordará o futebol sob a perspectiva dos sul-americanos. A promoção em conjunto entre GOL e Brahma para a venda de cerca de 100 passagens aéreas a R$ 3,90 para sete destinos internacionais teve tanto sucesso que o site da companhia caiu. A GOL anunciou que, entre 21h30 e 23h30, quando o Brasil enfrentou a Venezuela, as passagens promocionais poderiam ser compradas no site da empresa. O problema é que a procura foi tão grande que derrubou a página. O serviço só voltou a funcionar por volta da 0h. No site, uma pequena nota dizia: "GOL por preço de Brahma. A promoção foi um sucesso e esgotou. Obrigado a todos pelo sucesso e continuamos torcendo pelo Brasil".
OPINIÃO Mercado deve sentir falta de Ronaldo POR DUDA LOPES diretor de novos negócios da Máquina do Esporte Desde que se aposentou dos gramados, em 2011, Ronaldo Fenômeno tem optado por caminhos em sua vida profissional que estão longe de serem os mais simples. Para quem gosta de cases de coaching, ele se tornou um bom exemplo de quem sempre deixa a zona de conforto. O mais fácil para ele seria manter apenas a imagem de ídolo, mas está claro que ele quer ir além. O problema é que isso não necessariamente casa bem com o mercado publicitário. A decisão de se afastar da Globo deixa isso claro. Para Ronaldo, é mais importante neste momento manter a imagem intacta de dirigente. A decisão, no entanto, tem um impacto direto na manutenção do ex-jogador como destaque na grande mídia. Basta lembrar o efeito obtido por Gustavo Kuerten durante os Jogos Olímpico de 2016. Estar na emissora fez reacender a idolatria do ex-tenista. E, como consequência natural, ele voltou a estar em evidência no mercado publicitário nacional. Por parte de Ronaldo, esse é um caminho claramente definido por ele, uma decisão que já havia sido exposta na Copa do Mundo de 2014, quando o ex-atleta resolveu ser dirigente no Mundial do Brasil. Para quem escolheu ser executivo do futebol, manter o perfil mais discreto faz todo sentido. Especialmente quando ele lida diretamente com um time de futebol. A grande questão desse movimento não está em Ronaldo, mas no próprio mercado publicitário. Hoje, ele perde mais com a decisão do jogador do que o contrário. O Fenômeno permanece como o último grande nome vencedor do futebol brasileiro, potencializado pelo carisma que sempre o acompanhou. E, graças ao sucesso no fim de carreira no Corinthians, permanece vivo mesmo para os mais jovens. É uma figura confiável, um produto valioso para as empresas. Com o perfil mais discreto, ele naturalmente fará falta. Ronaldo, por outro lado, tem menos a perder. O jogador tem almejado ganhos maiores na vida empresarial. Inclui a difícil missão de triunfar com uma agência esportiva no Brasil e com igualmente complicado plano de engrandecer uma equipe média da Espanha. Como dito, esses não são os meios mais simples para ele, mas certamente pode ser bastante efetivo nos próximos anos. E não falta capacidade para isso. De qualquer maneira, em tempos de Neymar em crise e de escassez de grandes nomes no futebol, Ronaldo seria um porto-seguro para o mercado publicitário, como sempre foi. Hoje, no entanto, talvez ele já não seja uma opção. Agora fora da Globo, ex-jogador opta por ter menos espaço em mídia, com maior foco em seus novos negócios
NBA House fecha com 30 mil visitas e 11 mi de alcance POR REDAÇÃO FINAIS NA BAND TÊM MÉDIA DE 2 PONTOS E CHEGA A 7 MI DE PESSOAS A aposta da NBA em voltar à TV aberta no Brasil mostrou-se acertada. A Band, que exibiu todos os jogos decisivos, teve uma média de 2 pontos de audiência no Ibope, segundo o site "Notícias da TV". O resultado representou um crescimento de 114% da Band para o mesmo período. Além disso, segundo o Ibope, a transmissão da NBA pela emissora chegou a 7 milhões de pessoas. Foi um dos maiores públicos já alcançados pela NBA recentemente no país. A NBA conseguiu superar em 5 mil pessoas o público final de audiência na NBA House, casa temática da liga americana de basquete montada no shopping Eldorado, em São Paulo. De acordo com a liga, foram 30 mil torcedores ao longo de 12 dias de eventos. Além disso, as postagens nas redes sociais com imagens e comentários sobre a NBA House levaram a iniciativa para mais de 11 milhões de pessoas. "Superamos todas as expectativas! Foram mais de 30 mil pessoas se divertindo conosco, vindas de todo o país. A NBA House foi a principal ativação da liga no mundo nesta temporada, um evento pensado nos mínimos detalhes para oferecer ao público uma experiência completa para que todos se sentissem dentro de uma arena da NBA. Alcançamos todos os objetivos, foram dias maravilhosos, recebemos amigos, parceiros, imprensa, fãs de todas as idades, famílias inteiras se divertindo num ambiente de alegria, de paixão pelo basquete e com uma energia incrível", disse em comunicado para a imprensa Rodrigo Vicentini, head da NBA no Brasil. A NBA House também representou aumento de vendas à liga. A loja oficial montada dentro da casa vendeu 8 mil itens com a marca da liga e dos times. O NBA Sports Bar comercializou 6 mil hambúrgueres, enquanto 65 mil copos temáticos da Budweiser, patrocinadora da casa, foram comercializados. No Twitter e Instagram, posts com a expressão #NBAHouse impactaram 4,1 milhões de pessoas. Nas redes sociais em geral, o alcance foi de 11,5 milhões, com 401 mil interações. BRASIL É 3 PAÍS QUE MAIS USOU O TWITTER PARA FALAR DA NBA O Brasil só ficou atrás de Estados Unidos e Canadá na repercussão das finais da NBA pelo Twitter. Segundo a plataforma social, o país foi o terceiro com maior debate sobre as decisões da liga, perdendo só dos países que estavam na final. Entre 29 de maio e 14 de junho, período em que foram disputadas as seis partidas decisivas da NBA, o Brasil foi o terceiro país que mais falou sobre o assunto no Twitter. O maior pico de conversas no Twitter no mundo sobre a partida ocorreu logo após o fim do sexto jogo, com milhares de comentários sobre o título inédito do Toronto Raptors. O time canadense também superou o rival no Twitter.
Marta usa batom em jogo para ativar Avon POR POR ERICH REDAÇÃO BETING No jogo em que marcou seu 17 gol em Copas do Mundo e ajudou o Brasil a avançar para a fase final do Mundial, a jogadora Marta roubou a cena ao usar um batom de cor roxa escura. A iniciativa fez parte do acordo recém-firmado pela atleta com a Avon para divulgar um novo batom líquido que é resistente e tem 16 horas de fixação. O look intacto durante a vitória sobre a Itália serviu de palco para que a jogadora mostrasse a qualidade do produto. "Eu sempre uso (batom). Mas aí eu ousei. Não dá para colocar algo simples, fui botar algo diferente. Eu provei antes e disse vou com esse aqui. Tem tudo a ver. A cor é sangria, tem que dar o sangue, tem que estar junto, é aquele negócio. Em todos os jogos eu vou usar", declarou a jogadora na zona mista após a partida. Nesta Copa do Mundo, Marta tem usado seu poder midiático para chamar a atenção do público para algumas causas. Na sua estreia, contra a Austrália, a jogadora apontou para os pés após marcar um gol. Na chuteira, ela ostentava a logomarca do "Go equal", movimento que luta pela equidade de gênero. A jogadora não acertou com nenhum fornecedor de material esportivo por não aceitar receber menos do que jogadores homens de um patrocínio individual. Pelas regras da Fifa, os atletas não podem fazer uso dos jogos da Copa do Mundo para defender causas sociais ou então realizar publicidade pessoal. Até agora, a entidade não se manifestou sobre o caso de Marta. A ação com a Go Equal no jogo de estreia da atleta na competição, como é uma defesa à igualdade de gêneros, tem menos chance de ter rejeição por parte da entidade. O uso do batom, porém, poderá ser enquadrado pela Fifa e render punição para a jogadora. 6