Marcas espalham final da Champions pelo país

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1 O BOLETIM DO MARKETING ESPORTIVO DO NÚMERO DO DIA EDIÇÃO TERÇA-FEIRA, 28 / MAIO / mi de euros foi o que pagou o fundo de investimento Providence para ter por quatro anos os direitos comerciais do Real Madrid Marcas espalham final da Champions pelo país POR ERICH BETING Aprimeira final da Champions League, no próximo sábado (1 ), sem a exibição de uma emissora de TV aberta no Brasil após quase 20 anos fará com que as marcas levem para lugares públicos a transmissão da partida. Heineken e Lay's, patrocinadoras da competição, anunciaram na última segunda- -feira que vão levar a transmissão para lugares públicos. O jogo será exibido tanto pela Turner no canal TNT quanto pelo Facebook, mas não terá uma TV aberta. A ação mais abrangente será a da Heineken. A marca de cervejas criará 28 pontos públicos para as pessoas acompanharem o jogo pelo Facebook. O Rio de Janeiro é o principal foco da ação: serão 26 lugares diferentes, sendo a maioria deles na orla da praia de Copacabana, que terá 13 espaços promovidos pela marca. Além disso, haverá um ponto em São Paulo (a estação de metrô Paraíso) e outro em Brasília. 1

2 A Lay's, por sua vez, escolheu o parque Villa-Lobos, em São Paulo, para montar um parque de diversões da marca. Em parceria com a Turner, a marca instalará dois telões para que o público acompanhe o jogo. Além disso, haverá uma série de estações para o torcedor se distrair, como pebolim humano, chute com radar de velocidade, futmesa, etc. O grande atrativo do espaço será a presença do grupo que faz o canal de YouTube Desimpedidos, que são patrocinados pela marca. A ideia de ativar o patrocínio proporcionando a transmissão do torneio para mais pessoas foi o caminho encontrado pelas marcas para conseguir compensar a falta de uma TV aberta transmitindo o jogo. Desde a atual temporada que o acordo de transmissão da Uefa no Brasil é exclusivo da Turner e do Facebook. A emissora de TV paga tem conseguido bons índices de audiência na transmissão das semifinais, ultrapassando 8 pontos de média no Ibope. Os números são muito bons, mas não chegam perto do alcance que tinha sido proporcionado pela TV aberta. No ano passado, o duelo entre Real Madrid e Liverpool teve a maior audiência da história, anotando 23 pontos na Globo e 5 na Band. "Todo brasileiro precisa vivenciar e curtir os momentos imperdíveis da grande final da Champions League. Com esta ação por meio de pontos out-of-home queremos levar a emoção de Liverpool e Tottenham para lugares inusitados, mostrando a aura inovadora de Heineken", afirmou em comunicado Vanessa Brandão, diretora de marcas premium do Grupo Heineken no Brasil. A marca também fará uma festa fechada em São Paulo para ativar o patrocínio. O evento no ginásio do Pacaembu será para pessoas e terá um telão gigante para a transmissão do jogo na estação de TV montada pela Heineken. PANINI LANÇA ÁLBUM HISTÓRICO DO FLAMENGO NIKE QUESTIONA PATRIARCARDO NO FUTEBOL A Panini lançará nesta sexta-feira (31) um álbum de figurinhas histórico do Flamengo. A ideia é recontar a história e os ídolos do clube por meio da coleção. No domingo, o álbum será distribuído junto do jornal "Extra". A coleção será distribuída principalmente no Rio de Janeiro, no norte e no nordeste do país. Os exemplares ainda estarão disponíveis em Brasília (DF), Paraná e Santa Catarina. Juiz de Fora (MG) e São Paulo são as outras cidades que terão os 300 cromos disponíveis ao público. A Nike usou a história de Andressa Alves, a primeira brasileira a jogar pelo Barcelona, para questionar o patriarcado que domina o futebol. A marca fez um vídeo em que Andressa conta que nunca quis ganhar uma boneca de presente, mas sim uma bola. A alternativa para ela, então, foi arrancar a cabeça de suas bonecas e fazer delas uma bola. Para exaltar a atleta e reforçar o direito de as mulheres jogarem futebol, a Nike criou junto com a campanha uma bola com cara de boneca e chamou-a de "presente improvável". A ação procura ativar o patrocínio da Nike a Andressa e também à seleção brasileira que joga a Copa do Mundo.

3 OPINIÃO Estresse da vitória mina esporte no país POR ERICH BETING diretor executivo da Máquina do Esporte Espaços públicos para acompanhar a uma final de campeonato. Latas personalizadas com desenhos de bolas de basquete. Uma casa temática de apenas um esporte que ficará aberta para o público durante 15 dias. As notícias que ilustram boa parte do Boletim desta terça-feira são uma afronta à capacidade do esporte brasileiro de organizar bons eventos para o público e para os patrocinadores. O investimento que marcas gigantescas como Heineken, Budweiser, Lay's e Nescau estão fazendo na NBA e na Champions League mostram que existe interesse e espaço para ativar patrocínio esportivo no Brasil. O que falta é produto. Nada contra NBA e Uefa. Pelo contrário. As duas entidades estão corretas. Elas têm um produto de altíssimo valor agregado para oferecer ao torcedor. E, naturalmente, conseguem faturar com isso ao mostrar para as marcas que existe um público engajado em consumir o basquete americano ou o futebol europeu no Brasil. O problema é que isso revela que o esporte brasileiro vai, aos poucos, perdendo sua capacidade de encantar o consumidor e, consequentemente, os patrocinadores. O que Uefa e NBA têm a nos ensinar é que precisamos tratar o esporte como uma celebração para poder trazer o torcedor para perto e, assim, fazer a máquina girar. Hoje, assistir à final da Champions ou ao NBA Finals é um programa para se fazer com os amigos, com a família, celebrando a beleza de um esporte bem jogado. Por aqui, elevamos a importância de ser vencedor a um patamar que estamos nos esquecendo de como é legal poder acompanhar uma ótima competição pelo puro prazer de gostar de esporte. O estresse causado pela necessidade de ganhar tem tirado o brilho do esporte no Brasil. E isso impacta diretamente nos negócios. O único evento esportivo festivo que existe no país é o Jogo das Estrelas do NBB. Há quatro anos, a Liga Nacional de Basquete tem investido maciçamente em mostrar esse lado lúdico do esporte por meio desse único evento. O jogo tem servido como aperitivo para as marcas começarem a migrar sua verba para a temporada do NBB. Mas é muito difícil ser essa ilha de prosperidade. Enquanto futebol e vôlei não investirem também em promover o esporte como entretenimento, teremos um mercado cada vez mais dominado pelas grandes marcas internacionais. O estresse causado pela necessidade de vencer no Brasil tem feito com que a gente abandone cada vez mais aquilo que há de melhor no esporte, que é a diversão. NBA e Uefa faturam com o torcedor brasileiro, enquanto nós só damos a importância para quem é o campeão

4 Vice, Liverpool é quem mais fatura na Premier League POR REDAÇÃO MASTERCARD ATIVA COPA AMÉRICA COM CARTÃO PARA TORCEDORES A MasterCard lanço uma ação na troca de ingressos da Copa América para ativar o patrocínio ao torneio. Quem retirar as entradas nos pontos de troca de Rio e São Paulo poderá realizar um chute a gol num totem personalizado, e poderá ganhar um cartão do torneio com crédito de R$ 15. Esse valor poderá ser usado, dentro e fora dos estádios, até o dia 31 de julho. No total, serão cartões, que tem pagamento por aproximação, distribuídos para os torcedores. A Premier League divulgou, no final da semana passada, a lista de receitas alcançadas pelos 20 clubes que disputaram a temporada 2018/2019 do torneio. Pelo menos na grana, o vice-campeão Liverpool bateu o campeão Manchester City. Na tentativa de deixar o campeonato financeiramente mais equilibrado, os ingleses dividem as receitas de forma mais igualitária. Metade do faturamento com a receita de TV para o mercado doméstico (50%) é partilhada em partes iguais. Outros 25% são distribuídos de acordo com o número de jogos exibido na TV e a audiência dessas transmissões. E os últimos 25% são divididos segundo o desempenho esportivo. As demais receitas, como os direitos de TV internacional e os acordos comerciais, também são divididas por igual. No geral, o Liverpool alcançou 152,5 milhões em receitas, contra quase 151 milhões do City. Em relação ao Huddersfield, clube que menos faturou, a diferença é de 54 milhões, com o lanterna do campeonato faturando 96,6 mi. Além de um valor exorbitante para quem foi rebaixado e ficou em último no campeonato, a quantia ganha pelo Huddersfield fica bem longe de ser a metade do que ganhou o Liverpool. Em uma comparação rápida com o Brasil, a diferença entre o clube que mais ganha na competição e o que menos ganha costuma ser de cerca de 20 vezes por aqui. Para se ter uma ideia, a quantia ganha pelo Huddersfield é praticamente equivalente ao que o Atlético de Madrid recebeu na Espanha, sendo que o clube foi o vice-campeão. BRAHMA VAI CRIAR FAN FESTS PARA TORNEIO NO BRASIL A Brahma vai ativar o patrocínio à Copa América e à seleção criando uma fan fest por cidade que recebe o torneio. A marca desenvolverá de novo o projeto Arena N 1, criada para a Copa do Mundo de Um ponto em cada uma das cinco sedes (Belo Horizonte, Porto Alegre, Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador) abrigará o espaço que terá telão, shows e, logicamente, bares. Os espaços ficarão abertos apenas nos dias de jogos. Nas partidas do Brasil disputadas à noite, haverá um show antes do jogo. Nas disputas à tarde, o evento acontecerá depois do jogo. Assim como foi na Copa, a princípio não haverá cobrança de ingressos para a torcida.

5 Budweiser e Nescau ativam finais da NBA POR POR ERICH BETING REDAÇÃO A chegada das finais da NBA, entre Golden State Warriors e Toronto Raptors, serviu como mote para que Budweiser e Nescau lançassem ações de ativação do patrocínio para o público. A decisão começa quinta-feira. As duas empresas serão patrocinadoras da NBA House, casa montada dentro do shopping Eldorado (SP), que abrirá as portas para o público no dia 30, quando começa o primeiro jogo da série melhor de sete para definir o título da temporada. Além disso, a Bud vai lançar uma série de latas de cerveja personalizadas com a temática do basquete. A coleção estará à venda dentro da casa da NBA e também nas Bud Basement, espaços temáticos da marca que funcionarão durante as finais em seis cidades (Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo). Além disso, as lojas do Carrefour venderão a coleção inédita. A cultura do basquete tem influenciado cada vez mais a sociedade. Então, resolvemos fazer uma homenagem aos fãs com uma lata com um design diferente, que lembra uma bola. Nada melhor do que poder acompanhar as finais da NBA, com uma Budweiser na mão, diz Alice Alcântara, gerente de marketing de Budweiser. Já a Nestlé focará as ações dentro da casa apenas. A marca terá um espaço próprio no local temático da NBA. Por lá, a ideia é interagir com os torcedores mais jovens, que poderão visitar a casa nos finais de semana no período da tarde. O espaço terá três cestas de basquete onde o torcedor poderá testar suas habilidades. Segundo a Nestlé, ainda serão distribuídos brindes e produtos de Nescau relacionados ao universo do basquete. Parceira da NBA desde 2018, a marca já criou latas personalizadas de franquias da liga e, também, copos temáticos. 5