Entre luz e sombra: segall e o Rio



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Transcrição:

Entre luz e sombra: segall e o Rio

poucos anos após fixar residência em São Paulo, Lasar Segall inaugura em 1928 a sua primeira exposição no Rio de Janeiro, no Palace Hotel da Avenida Rio Branco, quando revela a primeira etapa brasileira de sua pintura. A força da representação do Rio de Janeiro na obra de Segall levou o curador Tadeu Chiarelli a se perguntar se o Rio não seria a síntese do país adotado pelo pintor lituano. Oitenta anos mais tarde, temos a satisfação de apresentar na mesma cidade Entre luz e sombra: Segall e o Rio, módulo que inclui uma seleção de quarenta obras cariocas e que dialoga com a exposição Segall realista, comemorativa do cinqüentenário do falecimento do artista e dos quarenta anos do Museu Lasar Segall. Nada mais oportuno do que fechar a itinerância desta exposição inaugurando o novo espaço expositivo do Instituto Moreira Salles, na sua sede do Rio de Janeiro.

Entre luz e sombra: Segall e o Rio Tadeu Chiarelli Ainda em 2006, durante o processo de pesquisa para produzir o projeto para a exposição Segall realista, uma das experiências mais gratificantes foi entrar em contato com a extensa coleção de desenhos produzidos por Segall, depositados no Museu paulista que leva seu nome. Inúmeros desenhos produzidos sobre os mais variados tipos de papel, utilizando diversos tipos de tinta, atestam como, para o artista, o desenho não era entendido apenas como um meio pelo qual podia obter testemunhos de suas habilidades como artista erudito. Muito mais do que isso, nota-se que, para Segall, o desenho era tanto uma ferramenta por meio da qual ele intermediava as relações entre sua subjetividade e o mundo e, ao mesmo tempo, uma linguagem plástica autônoma, com suas normas passíveis de serem exploradas apenas dentro de seu território. A produção de desenhos foi executada durante toda a trajetória do artista e se em muitos deles, percebe-se evidenciadas suas características instrumentais, em outros nota-se a ênfase na autonomia da linguagem. Foi em uma dessas explorações do acervo do Museu Lasar Segall que, certa vez, entrei em contato com um caderno de desenhos do artista, onde se encontrava Rio, um desenho feito a nanquim, em 1925, durante Rio uma das várias oportunidades em que o artista esteve no Rio. O que de imediato me chamou a atenção nessa obra foi um elemento descritivo ali registrado, fato pouco comum em um artista quase sempre tão sintético como Segall. Refiro-me às linhas que o artista colocou ao redor das formas que representam os globos de iluminação dos postes de rua. Um desenho feito à noite? Mas se assim fosse, por que a nitidez das montanhas ao fundo? Um desenho feito já à tardinha, naquele período em que a noite ainda não desceu completamente, mas em que sua prestes chegada é anunciada pela iluminação pública? Algo que se depreende desse desenho é que, na relação entre Segall e a paisagem que ele avistava, existia um desejo amoroso de registrá-la, naquilo que fascina todos que têm o privilégio de conhecer o Rio de Janeiro: a conciliação entre natureza e cultura ou, pelo menos, a maneira como a natureza quase sempre se sobrepõe à intervenção humana. Daí, talvez, a ênfase dada pelo artista à permanência da visibilidade da paisagem do lugar, apesar da chegada da noite; a ênfase à deslumbrante luz natural do Rio de Janeiro, sobrepondo-se à feérica iluminação elétrica. Entre o tom naturalmente fantástico de uma e aquele não menos mágico da outra, o artista, parece, preferia a ambos, comungando uma mesma situação de alumbramento. Esse fascínio de Segall pela luz da paisagem carioca e pela magia que dela emana, ao banhar aquele misto de natureza e cultura que sintetiza a maravilhosa cidade, pode ser percebido também em outros desenhos produzidos na mesma época. Paisagem do Rio de Janeiro (c.1926), e Paisagem do Rio (1926), afirmam essa posição. Ora o sol, ora a lua registrados por meio de formas circulares poderosas, são trabalhados como elementos principais de cada uma das composições, imantando as cenas de mistérios, à luz do dia ou da noite. Sobretudo o último desenho, ao constituir-se a partir da luz que se propaga em direção ao centro, demonstra o quanto ali o desenho não é mera ferramenta, mas universo lingüístico autônomo. Se na primeira 3

Paisagem do Rio de Janeiro, Paisagem do Rio, Figuras no Mangue e Morro vermelho Paisagem do Rio de Janeiro a constituição e comportamento dos traços, como que pedem a tradução para a gravura, na segunda seria impossível verter para o metal a singularidade de cada intensidade da pressão da pena da caneta embebida pelo nanquim. No entanto, se a paisagem física do Rio de Janeiro provocava esse alumbramento no artista, obrigando-o a transformar em dia o que era noite, em luz o que era sombra, houve outra paisagem carioca que obrigava Segall a perceber-lhe apenas seus aspectos mais obscuros. Refiro-me à paisagem humana do Rio de Janeiro, presente no repertório do artista, desde os anos de 1920 até seu falecimento. Em muitos dos desenhos que produziu no Rio dentre eles aqueles que, mais tarde integrariam o álbum Mangue, muitas figuras humanas, mesmo quando intensamente iluminadas, aparecem na escuridão do anonimato. Em Figuras no Mangue, por exemplo, (em que se adivinha já o ritmo vertical que, mais tarde, o artista imprimiria em suas pinturas finais), tanto a figura central, quanto aquela à esquerda compartilham do mesmo caráter de anonímia qualidade mais previsível na figura à direita, se um mínimo detalhamento distinguisse as outras duas. Impensável como registro objetivo da realidade social, esse desenho, no entanto, demonstra o mesmo sentimento amoroso que Segall dispensava à paisagem física do Rio. Só que nesse desenho em questão, esse amor, essa solidariedade, se manifesta justamente pelo pudor do artista em singularizar aqueles modelos. Eles não são indivíduos, são tipos, formas que, ao serem posicionadas seguindo o ritmo interno do desenho, denotam e apenas denotam a condição social a que estão submetidos aqueles que lhe serviram de pretexto. Essa complexa relação que Segall estabeleceu com a paisagem física e humana do Rio de Janeiro não possui paralelos em sua obra. São Paulo, por exemplo, nunca lhe serviu de óbvio motivo para sua produção, quer de pinturas, desenhos ou gravuras. De Campos do Jordão, ele explorou apenas os arredores. Somente o Rio, em sua complexa realidade física e humana, mobilizou sua sensibilidade de forma tão intensa e constante. Somente o Rio de Janeiro para ele, síntese do país que adotara levou-o a produzir tantos desenhos e gravuras e, pelo menos, uma das telas mais importantes de toda sua obra e uma das mais significativas do modernismo brasileiro: Morro vermelho, pintura-símbolo da mostra Segall realista. Foi levando em conta o papel singular que a cidade e a população do Rio de Janeiro ocuparam na poética de Segall que pensei ser um belo presente a esta cidade de encantos e desencantos mil, finalizar esta visão em retrospectiva da obra do artista, com este segmento Entre luz e sombra: Segall e o Rio. 4

1 2 3 4 Obras expostas [1] Cabeça atrás da persiana c. 1944, aquarela e guache sobre papel, 30,8 x 37,6 cm [2] Rio de Janeiro 1925, nanquim a pena sobre papel, 11,5 x 15 cm 5 6 [3] Desenho original do álbum Mangue c. 1925/28, tinta vermelha a pena e grafite sobre papel, 26 x 17 cm [4] Desenho original para a capa do álbum Mangue c. 1943, tinta vermelha a pena sobre papel, 13,7 x 13,4 cm [5] Desenho original do álbum Mangue c. 1925/28, tinta ferrogália e vermelha sobre papel, 9,4 x 6,2 cm [6] Desenho original do álbum Mangue c. 1925/28, tinta preta e vermelha a pena sobre papel, 15,3 x 12,5 cm 5

7 8 9 10 11 [7] Desenho original do álbum Mangue c. 1925/28, tinta preta a pena e grafite sobre papel, 16 x 10,5 cm [8] Desenho original do álbum Mangue c. 1925/28, tinta preta a pena e aguada sobre papel, 23,2 x 14,5 cm 12 [9] Desenho original do álbum Mangue c. 1925/28, tinta roxa a pena sobre papel, 23,7 x 17 cm [10] Desenho original do álbum Mangue c. 1925/28, tinta vermelha a pena sobre papel, 13 x 9,5 cm [11] Duas figuras c. 1943, tinta sépia a pincel sobre papel, 20 x 26,5 cm [12] Figuras no Mangue c. 1925/28, guache e grafite sobre papel, 10,1 x 14,1 cm 6

13 14 15 [13] Paisagem urbana c. 1925, grafite sobre papel, 23 x 32,2 cm 16 [14] Paisagem do Rio 1926, tinta preta a pena e grafite sobre papel, 15,5 x 21,5 cm [15] Paisagem do Rio de Janeiro c. 1926, lápis de cor sobre papel, 18 x 27,7 cm [16] Paisagem do Rio de Janeiro c. 1926, tinta preta a pena e grafite sobre papel, 14,5 x 32,2 cm 7

17 18 20 19 [17] Paisagem urbana (Rio de Janeiro) c. 1926, grafite sobre papel, 27 x 35 cm 21 [18] Paisagem do Rio de Janeiro c. 1926, tinta sépia a pena sobre papel, 17,6 x 23,5 cm [19] Rio c. 1927, caneta tinteiro azul sobre papel, 20 x 27,1 cm [20] Homem e mulher no Mangue c. 1928, guache e grafite sobre papel, 20 x 9 cm [21] Rio de Janeiro i 1927, água-forte e ponta-seca sobre papel, 27,5 x 33,5 cm 8

[22] Desenho original do álbum Mangue c.1925/28, tinta vermelha e preta a pena e grafite sobre papel, 16,8 x 11,9 cm [23] Desenho original do álbum Mangue c.1925/28, aquarela e tinta preta a pena sobre papel, 5,7 x 4,4 cm [24] Estudo para capa do álbum Mangue c.1940, nanquim a pena sobre papel, 10,2 x 8 cm [32] Casal do Mangue com persiana i 1929, xilogravura sobre papel, 26,5 x 20,5 cm [33] Mulheres do Mangue com espelho 1929, água-forte sobre papel, 28,5 x 21,5 cm [25] Rio de Janeiro c.1945, tinta bistre a pena sobre papel, 22 x 32,5 cm [26] Morro 1926, água-tinta sobre papel, 22 x 28 cm [27] Mulher do Mangue com cactos 1927, ponta-seca sobre papel, 24 x 17,5 x cm [28] Duas mulheres do Mangue com cactos 1928, ponta-seca sobre papel, 28 x 20 cm [29] Duas mulheres do Mangue com persiana 1928, ponta-seca sobre papel, 23,5 x 17,5 cm [30] Grupo do Mangue sentado 1928, ponta-seca sobre papel, 18 x 20 cm [31] Rua do Mangue 1928, água-forte e ponta-seca sobre papel, 22 x 26 cm [34] Mulheres do Mangue com baralho 1929, ponta-seca sobre papel, 30,5 x 20,5 cm [35] Dois marinheiros acompanhados 1929, ponta-seca sobre papel, 30 x 23,5 cm [36] Mangue 1929, ponta-seca sobre papel, 30 x 24 cm [37] Casal do Mangue com persiana ii 1929, xilogravura sobre papel, 12 x 12 cm [38] Favela 1930, ponta-seca sobre papel, 24,0 x 30 cm [39] Rio de Janeiro iii 1930, água-forte sobre papel, 21,5 x 25,5 cm [40] Rio de Janeiro ii 1930, água-forte sobre papel, 12,5 x 24 cm * Todas as obras pertencem ao Museu Lasar Segall iphan/minc, São Paulo. 9

Instituto Moreira Salles Walther Moreira Salles (1912-2001) Fundador diretoria executiva João Moreira Salles Presidente Gabriel Jorge Ferreira Vice-Presidente Francisco Eduardo de Almeida Pinto Diretor Tesoureiro Mauro Agonilha Raul Manuel Alves Diretores Executivos conselho de administração João Moreira Salles Presidente Fernando Roberto Moreira Salles Vice-Presidente Gabriel Jorge Ferreira Pedro Moreira Salles Roberto Konder Bornhausen Walther Moreira Salles Junior Conselheiros conselho consultivo João Moreira Salles Presidente Augusto Carlos da Silva Telles Lygia Fagundes Telles Pérsio Arida Conselheiros casa da cultura de poços de caldas Conselho consultivo João Moreira Salles Presidente Antonio Candido de Mello e Souza Conselheiro administração Flávio Pinheiro Superintendente Executivo Samuel Titan Jr. Manuel Gomes Pereira Coordenadores Executivos Odette Jerônimo Cabral Vieira Coordenadora Executiva de Apoio Liliana Giusti Serra Coordenadora Bibliotecas Manuel da Costa Pinto Rodrigo Lacerda Coordenadores editoriais Michel Laub Coordenador Internet Moacir José da Rocha Simplicio Coordenador Ação educativa Beatriz Paes Leme Coordenadora Música Sergio Burgi Coordenador Fotografia Heloisa Espada Coordenadora Artes Elizabeth Pessoa Odette Jerônimo Cabral Vieira Roselene Pinto Machado Vera Regina Magalhães Castellano Coordenadores Centros culturais Ministério da Cultura João Luiz Silva Ferreira Ministro Luiz Fernando de Almeida Presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional iphan José do Nascimento Jr. Diretor do Departamento e Museus e Centros Culturais Museu Lasar Segall Celso Lafer Presidente do Conselho Sérgio de Toledo Segall Vice-Presidente do Conselho Berta Segall McDonnell Evelyn Berg Ioschpe Fábio Alexandrino Segall Felippe Alexandrino Segall Fernando Greiber Jorge Wilheim José E. Mindlin Lasar Segall Neto Lúcia Arnaud Segall Luiz Eduardo Cerqueira Magalhães Luiz Fernando de Almeida Luiz Francisco Pavan Silveira Mario Lasar Segall Mauricio Segall Oscar Segall Paulo de Toledo Segall Regina Weinberg Roberto Schwarz Roberto Teixeira da Costa Conselho Deliberativo Jorge Schwartz diretor Roberta Saraiva chefe da divisão técnica Diretoria Associação Cultural de Amigos do Museu Lasar Segall Luiz Lacombe de Góes Presidente Denise Grinspum Eduardo Linhares Luiz Francisco Pavan Silveira Sonia M. Malzoni Matarazzo Vice-Presidentes Alberto Rafael Mansur Levy Celso Lafer Mauris Ilia Klabin Warchavchik Conselho Fiscal

Exposição Segall realista Curadoria Tadeu Chiarelli equipe mls Coordenação Jorge Schwartz Roberta Saraiva Patrícia Ferrone Coordenação museológica Pierina Camargo Rosa Esteves Preparação museológica Ademir Maschio Amanda Caetano Romero estagiária Arlete Miranda Maria Gilenilda C. Nascimento Rafael Carnier estagiário Ubiratan Torres equipe ims Elizabeth Pessoa coordenadora Odette Jeronimo Cabral Vieira coordenadora Luana Franco Lubia Souza Luiz Fernando Machado Projeto expográfico Pedro Mendes da Rocha / arte3 Paulo Assis assistente Gabriela Frare assistente Programação visual Kiko Farkas / Máquina Estúdio Thiago Lacaz / Máquina Estúdio Produção executiva Ana Helena Curti / arte3 Paula Daniela Silva / arte3 Comunicação Fan assessoria de imprensa Selene Cunha mls Gustavo Garde ims Silvio Oliveira ims Seguro Pró Affinité Consultoria e Corretagem de Seguros Transporte arte3log Cenografia e pintura Camuflagem Projeto de Iluminação Beto Kaiser / Claraluz Iluminação Montagem Carlos José de Araújo Moisés Barbosa Rodrigo Moraes de Lima Aplicação de texto Cândido G. do Nascimento / Marketing Visual Sinalização folder Fotografias Sérgio Guerini Projeto gráfico Kiko Farkas / Máquina Estúdio Thiago Lacaz / Máquina Estúdio Impressão Ipsis Gráfica e Editora Imagem da capa Rio, c. 1927, caneta tinteiro azul sobre papel, 20 x 27,1 cm, coleção Museu Lasar Segall iphan/minc, São Paulo (detalhe)

segall realista Instituto Moreira Salles, Rio de Janeiro 3 de dezembro de 2008 a 8 de fevereiro de 2009