RESUMO. Palavras Chave: Tabagismo. Programa Nacional de Controle ao Tabagismo. Perfil do Tabagista. RESUMEN

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Transcrição:

Saúde Coletiva em Debate, n. 27, vol. 3, 57-66, jul, 2013. 57 PERFIL DOS TABAGISTAS CADASTRADOS NO PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE AO TABAGISMO NOS PSF S DO MUNICÍPIO DE ARCOVERDE-PE QUE ADERIRAM AO PROGRAMA NO ANO DE 2013 PERFIL DEL REGISTRADO EN FUMADORES PROGRAMA NACIONAL DE CONTROL DEL TABAQUISMO EN LA FSP DE ARCOVERDE CONDADO-PE QUE UNIÓ AL PROGRAMA EN 2013 AÑO Gabryella Miro Alves 1*; Lucélia Laurentino da Silva 2*; Euda Clélia Torres Costa 3*. 1 Escola Superior de Saúde de Arcoverde. Arcoverde PE RESUMO O tabagismo é uma doença crônica gerada pela dependência da nicotina, estando por isso, classificada pela Organização Mundial de Saúde no grupo dos transtornos mentais e de comportamento decorrente do uso de substâncias psicoativas (F17), na Décima Revisão da Classificação Internacional de Doenças (CID 10). Para reverter essa situação, o Ministério da Saúde, através do Instituto Nacional de Câncer (INCA), organiza o Programa Nacional de Controle ao Tabagismo (PNCT). Esse estudo teve como Objetivo Traçar o perfil do usuário tabagista cadastrado no PNCT dos PSF`S do município de Arcoverde-PE, no ano de 2013. Foram utilizados dados secundários de 85 tabagistas cadastrados, tendo como instrumento, formulários que permitiram levantar informações da população estudada. A predominância de gênero foi do sexo feminino com 91.8 %; a faixa etária de início do vício foi entre 11 a 16 anos com 52,94%. Quanto às características sobre motivação para fumar foi acalmar 75,29%. Motivos para parar de fumar com variáveis entre: afetando a saúde 78,82%; preocupação com a saúde no futuro 78,82%. No grau de dependência nos dados do teste de Fargestron 8-10 muito elevado 31,76%. Conclui-se que os participantes apresentam um grau de dependência altíssimo, o que dificulta parar o vício sozinhos necessitando assim dos grupos de apoio e de medicamentos associados à terapia. Palavras Chave: Tabagismo. Programa Nacional de Controle ao Tabagismo. Perfil do Tabagista. RESUMEN El tabaquismo es una enfermedad crónica causada por la adicción a la nicotina y por lo tanto están clasificados por la Organización Mundial de la Salud en el grupo de los trastornos mentales y del comportamiento debidos al uso de sustancias psicoativas (F17), la Décima Revisión de la Clasificación Internacional de Enfermedades ( CIE 10). Para revertir esta situación, el Ministerio de Salud a través del Instituto Nacional del Cáncer (INCA), organiza el Programa Nacional de Control del Tabaco en el (NTP). Este estudio fue Objetivo fumadores de perfil de usuario de gráficos registrados en el NTP PSF`S municipio Arcoverde-PE, en 2013. Los datos secundarios se utilizaron 85 fumadores registrados, con el instrumento, formas que permitieron elevar la información de la gente estudiado. La prevalencia del sexo femenino fue 91,8%; la edad de inicio de la adicción fue entre 11 a 16 años con el 52,94%. En cuanto a las características de la motivación al humo estaba en calma 75,29%. Razones para dejar de fumar con la variable entre: afecta a la salud 78,82%; preocupación por la salud en un futuro 78,82%. El grado de dependencia de Fargestron 8-10 datos de prueba muy altas 31,76%. En conclusión, los participantes tienen un alto grado de dependencia, por lo que es difícil de detener la adicción por sí sola por lo tanto requieren los grupos de apoyo y medicamentos asociados con la terapia. Palabras clave: Fumar. Programa Nacional para el Control del Consumo de Tabaco. Hábitos de Perfil. *Autor para correspondência: Lucélia Laurentino da Silva. Escola Superior de Saúde de Arcoverde- ESSA, Rua Gumercindo Cavalcante, N 420, São Cristóvão, CEP 56.512-902. Arcoverde-PE, Brasil. E-mail: alunna28@gmail.com. Fone (87) 9910.2383.

Saúde Coletiva em Debate, n. 27, vol. 3, 57-66, jul, 2013. 58 INTRODUÇÃO Inicialmente a produção de tabaco no Brasil ocupou áreas reduzidas e concentradas entre Salvador, Recife e no Recôncavo Baiano. Na primeira metade do século XVII, durante a ocupação holandesa em Pernambuco, o tabaco produzido naquela Capitania ocupou papel importante na carteira comercial de produtos oferecidos pela Companhia das Índias Ocidentais. O Brasil é o maior mercado latino-americano de cigarros e, embora sua população represente 34% da região, seu consumo de cigarros corresponde a 42% do total vendido na América Latina, conforme os últimos dados consolidados disponíveis (Souza Cruz, 2015). O tabagismo é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a principal causa de morte evitável em todo o mundo. Sendo atualmente, o tabaco corresponde por 15% do total de mortes em países em desenvolvimento. Caso providências não sejam tomadas, prevê-se que no ano 2020 o índice de mortalidade atribuível ao tabagismo dobre, sem contar com os enormes custos sociais, econômicos e ambientais por ele provocados (SANTOS et al., 2011). Em virtude do impacto negativo do tabagismo na saúde da população mundial, diversas políticas abordam o combate ao tabagismo, com destaque para o Programa Nacional de Controle ao Tabagismo (PNCT), que desde 1989 desenvolve ações com o objetivo de reduzir a prevalência de fumantes e a consequente morbimortalidade por doenças tabaco-relacionadas (UFJF, 2010). Hoje, nos 26 estados da Federação e no Distrito Federal, as Secretarias Estaduais de Saúde possuem uma Coordenação do Programa de Controle ao Tabagismo que, por sua vez, vêm descentralizando as ações para seus respectivos municípios (SUS, 2009). Para reverter essa situação, o Ministério da Saúde, através do Instituto Nacional de Câncer (INCA), assumiu o papel de organizar o Programa Nacional de Controle ao Tabagismo (PNCT). Cabendo ao INCA coordenar e executar, em âmbito nacional, o Programa de Controle ao Tabagismo e Outros Fatores de Risco de Câncer visando à prevenção de doenças na população através de ações que estimulem a adoção de comportamentos e estilos de vida saudáveis e que contribuam para a redução da incidência e mortalidade por câncer e doenças relacionada ao tabaco no país (CRUZ; GONÇALVES 2010). O Programa Nacional de Controle ao Tabagismo são ações desenvolvidas em parceria pelas três instâncias governamentais: federal, estadual e municipal - para capacitar e apoiar os 5.561 municípios brasileiros e abranger as áreas da educação, legislação e economia. No PNCT, são de-

Saúde Coletiva em Debate, n. 27, vol. 3, 57-66, jul, 2013. 59 senvolvidas estratégias que compreendem: a prevenção da iniciação do tabagismo, ações para estimular os fumantes a deixarem de fumar, criação de medidas que visam a proteger a saúde dos não fumantes da exposição à fumaça do tabaco em ambientes fechados e medidas que regulam os produtos do tabaco e sua comercialização. As equipes de profissionais atuantes no PNCT são formadas por servidores de níveis médio e superior, cujas atividades realizadas dependem da sua categoria. E compreendem: médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, nutricionistas, dentistas, fisioterapeutas e técnicos de enfermagem, todos preparados com curso de capacitação. Cabendo ao enfermeiro o papel no PNCT de abranger aspectos relacionados à elaboração, execução e avaliação do programa além de atividades educativas e legislativas (CRUZ M S; GONÇALVES 2010). Como forma de incluir e financiar a abordagem e tratamento do tabagismo no SUS, o Ministério da Saúde publicou a Portaria GM/MS 1.575/02, que criou os Centros de Referência em Abordagem e Tratamento do Fumante, e incluiu no Sistema de Informações Ambulatoriais do Sistema Único de Saúde (SIA/SUS) a abordagem e tratamento do fumante (SUS, 2009). Foi regulamentada pela portaria SAS/MS 442/04, que amplia a abordagem e tratamento do tabagismo para a atenção básica e média complexidade e define que os materiais de apoio e medicamentos para o tratamento do tabagismo serão adquiridos pelo MS e encaminhados aos Municípios com Unidades de Saúde capacitados e credenciados para tal fim. Para que essas ações atinjam a todo o território brasileiro, foi organizada uma rede nacional para gerenciamento regional do programa, por meio do processo de descentralização e parceria com as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, seguindo a lógica do SUS (SUS, 2009). Diante desta situação o objetivo desta pesquisa é traçar o perfil dos usuários tabagistas cadastrado no PNCT dos 11 PSF`S da zona urbana do município de Arcoverde-PE no ano de 2013. METODOLOGIA Este estudo trata-se de um texto descritivo, exploratório de abordagem quantitativa dos dados secundário de 85 participantes do PNCT de 11 PSF`S da zona urbana do município de Arcoverde- PE, no ano de 2013. O método utilizado compreende de coleta de dados secundários adquiridos através de formulários contendo 16(dezesseis) questões objetivas, destas foram selecionadas 8(oito) questões para objetivar o estudo, as demais questões não foram utilizadas, pois não apresenta-

Saúde Coletiva em Debate, n. 27, vol. 3, 57-66, jul, 2013. 60 vam informações específicas à pesquisa. As questões do formulário foram baseadas nos questionários utilizados pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA), no Programa Nacional de Controle ao Tabagismo. Os questionários foram preenchidos pelas pesquisadoras com base nos registros padrões do PNCT existentes nos PSF S. As coletas de dados nos formulários foram realizadas no período de janeiro a fevereiro de 2015, após a coleta dos dados foi utilizado o programa Excel 2013 para formação dos gráficos apresentados nos resultados desta pesquisa. RESULTADOS E DISCUSSÕES O Tabagismo é uma doença crônica gerada pela dependência da nicotina, estando por isso, classificada pela Organização Mundial de Saúde no grupo dos transtornos mentais e de comportamento decorrente do uso de substâncias psicoativas (F17), na Décima Revisão da Classificação Internacional de Doenças - CID 10 (OMS, 2009). Essa dependência faz com que os fumantes se exponham continuamente à cerca de 4.720 substâncias tóxicas, fazendo com que o tabagismo seja fator causal de aproximadamente 50 doenças diferentes, sendo as principais doenças: as cardiovasculares, o câncer e as doenças respiratórias obstrutivas crônicas (SUS, 2009). O ambiente familiar acaba por influenciar o jovem a experimentar as drogas utilizadas pelos pais e parentes próximos característica esta que preocupa, uma vez que o uso cotidiano de álcool e tabaco representa um auxílio para superar inibições e ousar experimentar situações novas, afirmando-se como igual dentro do seu grupo. Além disso, há sedução por algo que é proibido e pela curiosidade da experiência (MORENO; VENTURA; BRÊTAS, 2009). O hábito de fumar pode variar conforme o sexo, faixa etária, estado civil, trabalho, escolaridade, condições de saúde, intensidade da dependência nicotínica, entre outras características, o que determina a importância em conhecer os principais aspectos de uma população diante do hábito de fumar para, então, planejar ações preventivas mais eficazes. Contudo, a respeito do abandono do tratamento do tabagismo, pouco se conhece, principalmente quanto às causas que conduzem o fumante a apresentar tal comportamento (MEIER, VANNUCHI, SECCO, 2011). As altas taxas de fracasso na cessação do tabagismo são preocupações frequentes para os interessados no controle do tabagismo no Brasil e no mundo. Quantificar os fatores associados ao fracasso terapêutico dentro de um programa de cessação do tabagismo torna-se importante, pois permitirá identificar os fatores dificultado-

Saúde Coletiva em Debate, n. 27, vol. 3, 57-66, jul, 2013. 61 res envolvidos nesse processo, com possibilidades de minimizá-los. O estado motivacional é um importante fator que reforça a necessidade de trabalhar o comportamento ambivalente evidenciado pelo fumante que simultaneamente procura ajuda, mas não está preparado para a cessação. Além disso, a baixa motivação em parar de fumar favorece a não permanência dos fumantes nos grupos de terapia cognitivo-comportamental (TCC), aumentando a chance de fracasso na cessação (PAWLINA et al., 2014). Outros fatores relacionados ao fracasso na cessação do tabagismo são algumas doenças psiquiátricas, como a ansiedade e a depressão, a ansiedade parece ser mais fortemente associada com tabagismo que com a depressão e, entre os fumantes, a prevalência dessas características é maior que na população em geral (PAWLINA et al., 2014). O modelo de tratamento baseado na abordagem cognitivo comportamental possibilita que o tratamento seja realizado em grupo ou individualmente, e tem como objetivo auxiliar o fumante a desenvolver habilidades que o auxiliarão a permanecer sem fumar (INCA, 2014). O teste de Fargestron é um instrumento utilizado para mensuração de dependência em fumantes, com características de auto-aplicabilidade e voluntariedade (LUPPI et al., 2008). A farmacoterapia pode ser utilizada como um apoio, em situações bem definidas, para alguns pacientes que desejam parar de fumar. Ela tem a função de facilitar a abordagem cognitivocomportamental, que é a base para a cessação de fumar e deve sempre ser utilizada. Existem, no momento, algumas medicações de eficácia comprovada na cessação de fumar. Esses medicamentos eficazes são divididos em duas categorias: medicamentos nicotínicos e medicamentos nãonicotínicos. Os medicamentos nicotínicos, também chamados de terapia de reposição de nicotina (TRN), se apresentam nas formas de adesivo, goma de mascar, inalador e aerossol. As duas primeiras correspondem a formas de liberação lenta de nicotina, e são, no momento, as únicas formas disponíveis no mercado brasileiro. Os medicamentos não-nicotínicos são os antidepressivos bupropiona e nortriptilina e o anti-hipertensivo clonidina. A bupropiona é o medicamento de eleição nesse grupo, pois segundo estudos científicos, é um medicamento que não apresenta, na grande maioria dos casos, efeitos colaterais importantes. A TRN (adesivo e goma de mascar) e a bupropiona são considerados medicamentos de 1ª linha, e devem ser utilizados preferencialmente. A nortriptilina e a clonidina são

Saúde Coletiva em Debate, n. 27, vol. 3, 57-66, jul, 2013. 62 medicamentos de 2ª linha, e só devem ser utilizados após insucesso das medicações de 1ª linha. O apoio farmacoterápico tem um papel bem definido no processo de cessação de fumar, que é minimizar os sintomas da síndrome de abstinência, quando estes representam uma importante dificuldade para o fumante deixar de fumar. Sua função é, portanto, facilitar a abordagem comportamental na fase em que os fumantes manifestam sintomas da síndrome de abstinência (MS, 2010). Dos dados coletados para caracterizar o perfil dos 85 fumantes cadastrados no PNCT do município demonstraram a predominância para o sexo feminino como mostra no gráfico1. Gráfico 1 Prevalência entre gêneros cadastrados no PNCT nos PSF S do município de Arcoverde- PE De acordo com os dados coletados nesta pesquisa apontaram que as faixas etárias de início do vício variam entre 11 e 16 anos de idade em nosso município. Pesquisa recente aponta que, em relação à idade do início do tabagismo, pode-se observar que a somatória da faixa etária de 11-16 com a de 17-20 anos corresponde a 63,73% dos entrevistados fumantes, enquanto a faixa etária acima de 20 anos corresponde por 11,76%. O início do tabagismo ocorre antes dos 20 anos de idade (MALTA et al., 2012). A grande maioria dos pacientes (75,0%) começou a fumar por influência de amigos ou familiares. Os principais fatores relatados como dificultadores da cessação do hábito de fumar foram achar o hábito de fumar muito prazeroso e ter medo da abstinência (em 63,6% e 51,3%, respectivamente; dos 44 tabagistas entrevistados, notou-se que 32 (72,7%) deles já haviam tentado parar de fumar, sem sucesso, e 23 desses 32 pacientes fizeram-no sem nenhuma ajuda (BARRETO et al., 2013). Os dados coletados nesta pesquisa apontam que parte da população estudada tem convívio com fumantes, o que pode perceber é que existe uma influência por parte dos familiares para início precoce do vício e também acometimento de pessoas não fumantes pela fumaça, o que acarreta danos a todos da família, os números encontrados na questão: convive com fumantes? Sim 34,11%, Não 50,58% e sem resposta 15,30%. Nesta pesquisa os dados mostraram que em relação à idade de início do vício e o fato de conviver com fumantes

Saúde Coletiva em Debate, n. 27, vol. 3, 57-66, jul, 2013. 63 se mostra influente na faixa etária com, mas de 20 anos, como mostra o gráfico 2. Gráfico 3 Grau de dependência a nicotina dos fumantes cadastrados no PNCT. Gráfico 2 Relação entre faixa etária de início do vício e convivência com fumantes no ambiente familiar. Em uma pesquisa recente mostrou o resultado do questionário de Fagerstrom, que avaliou o grau de dependência nicotínica, revelou uma média de escore de 4,6 ± 2,3. A dependência foi considerada elevada ou muito elevada (escore de Fagerstrom > 6) em 20 pacientes (45,4% dos tabagistas). Nesta pesquisa, no que se refere ao grau de dependência do teste de Fargestrom da ficha de cadastro dos pacientes, demonstrou que o nível de dependência da população estudada também é alto, nas variáveis: 6-7 elevado 28,24% e 8-10 muito elevado 31,76%, como demonstrado no gráfico 3. Em outra pesquisa mostrou que a média dos sintomas depressivos das mulheres foi de 11,41 (DP = 9,81), e a dos homens, de 8,45 (DP = 7,74). No que diz respeito aos sintomas de ansiedade, também houve diferença entre os sexos (t = - 3,420; p = 0,001), sendo a média destes sintomas nas mulheres de 12,61 (DP = 11,37), e nos homens de 8,96 (DP = 10,13) (CASTRO et al., 2008). Nesta pesquisa, parte da população estudada apresentou algum grau de depressão e/ou ansiedade. O predomínio de mulheres que procuraram apoio profissional tem como explicação, fatores relacionados à maior dificuldade de parar de fumar entre o público feminino, como a maior prevalência de depressão, a dificuldade na manutenção do peso nas tentativas de cessação dentre outros motivos para fumar como: acalmar com 75,29%, sabor 47,06% e prazer com 43,53%. A população demonstrou que a depressão com 51,76% foi o

Saúde Coletiva em Debate, n. 27, vol. 3, 57-66, jul, 2013. 64 evento mais relatado como antecedente psiquiátrico seguido da ansiedade com 42,76%. O reconhecer prévio dessas patologias psiquiátricas, como a depressão, possibilitam promover treinamento continuado de equipes de atendimento para a detecção precoce de sinais e sintomas, buscar instrumentos de investigação estruturada para a confirmação diagnóstica para então optar por estratégias de tratamento comportamentais e farmacológicas que minimizem o impacto negativo nas taxas de sucesso do tratamento. Gráfico 4 - Patologias psiquiátricas que acometeram os participantes do PNCT no ano de 2013 De acordo com Meier; Vannuchi; Secco (2011), que avaliaram a eficácia de um programa de tratamento do tabagismo baseado no manual de tratamento do IN- CA, onde participaram do programa 92 pacientes. Ocorreram quatro sessões de terapia cognitivo-comportamental e 88,8% dos pacientes também utilizaram farmacoterapia. Após o tratamento 66,6% dos participantes estavam sem fumar e houve uma taxa de desistência de 23,8% (MESQUI- TA, 2013). Neste estudo também foi avaliado que existe um número expressivo na questão do abandono do tratamento que tem duração de três meses divididos em doze reuniões, relatos de participantes, apontam a falta de medicamentos que auxiliam na ansiedade (Bupropiona e adesivos) como principal motivo para essa evasão, já que os mesmos alegam procurar ajuda profissional para o tratamento medicamentoso, pois não tem motivação para parar sozinho e com o método de terapia cognitivocomportamental, apenas. Os números apontam que 21,17% desistiram antes do término do tratamento e 78,82% não consta informação sobre o assunto, que deveria ser relatado no livro de frequência e/ou relatório de resultados, porém não existem tais dados. Sobre motivos para parar de fumar também obtivemos variáveis entre afetando a saúde 78,82%; preocupação com a saúde no futuro 78,82% e mau exemplo para as crianças 74,12%. É importante ressaltar que por ausência de informações no formulário dos dados cadastrais dos participantes e também déficit no preenchimento dos formulários na entrevista, há ausência das questões sobre: idade atual (data de nascimento),

Saúde Coletiva em Debate, n. 27, vol. 3, 57-66, jul, 2013. 65 nível de escolaridade, profissão, renda per capita. Gráfico 5 Relação de número de tentativas de parar de fumar com uso de recursos de apoio. para que diminuíssem as evasões antes do término do tratamento. Observou que há necessidade de treinamento, capacitação e participação da equipe de saúde que atende a essa população específica, pois há relatos de falta de participação de profissionais envolvidos no programa, isso dificulta ainda mais um resultado positivo ao tratamento, e apenas o enfermeiro não pode assumir todas as etapas do tratamento, tendo em vista que já organiza a formação do grupo. CONSIDERAÇÕES FINAIS Não foram feitas comparações com outros grupos de fumantes, como os que têm facilidade em parar de fumar, fumantes já gravemente acometidos por alguma doença relacionada ao tabagismo, fumantes desmotivados. Portanto, os achados apontam maior relevância aos tabagistas que procuram ajuda para abandonar o tabagismo no PNCT nos PSF S do município. Para ampliar o perfil dos tabagistas, seria necessário o maior número de informações possíveis a respeito dos participantes, ou seja, mais questões específicas sobre os mesmos. Existe uma necessidade no aumento de medicamentos para atender a todos os participantes do grupo, independente do grau de dependência de nicotina, A maioria dos usuários cadastrados no Programa Nacional de Controle ao Tabagismo (PNCT) deste município foram do sexo feminino, iniciaram o vício entre a infância e adolescência, conviviam com fumantes, apresentaram algum grau de ansiedade ou depressão, tem um nível muito elevado na dependência à nicotina. Logo observou que não há medicamentos para todos, faz-se necessário maior investimento na farmacoterapia do programa, assim diminuiria o número de evasão dos participantes do antes do término do tratamento e para obter um melhor resultado. REFERÊNCIAS BARRETO R B et al. Tabagismo entre pacientes internados em um hospital uni-

Saúde Coletiva em Debate, n. 27, vol. 3, 57-66, jul, 2013. 66 versitário no sul do Brasil: prevalência, grau de dependência e estágio motivacional. Jornal Brasileiro de Pneumologia, v. 38, n. 1, 2012. CASTRO M G T et al. Relação entre gênero e sintomas depressivos e ansiosos em tabagistas. Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul, v. 30, n.1, 2008. CRUZ M S; Gonçalves M J F. O Papel do Enfermeiro no Programa Nacional Controle ao Tabagismo. Revista Brasileira de Cancerologia, p. 35-42, 2010. INCA. Instituto Nacional de Câncer. Plano de Implantação de Abordagem e Tratamento de Tabagismo na Rede SUS, 2009. INCA. Instituto Nacional de Câncer. Disponível em: <http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/conne t/observatório_controle_tabaco/site/status_ politica/tratamento_tabagismo>. Acessado em: 08. out. 2014. LUPPI C H B et al. Perfil Tabágico Segundo Teste de Dependência em Nicotina. Revista Ciência em Extensão, v.4, n.1, p.94-104, 2008. MALTA K M et al. Avaliação dos Principais Fatores Motivacionais Associados ao Início do Uso do Tabaco em Acadêmicos de Uma Faculdade Particular de Cariacica, Espírito Santo. Revista Sapientia, n.11, p.46 49, 2012. MEIER D A P; Vannuchi M T O; Secco I A O. Abandono do Tratamento do Tabagismo em Programa de Município do Norte do Paraná. Revista Espaço para a Saúde, v. 13, n. 1, p. 35-44, 2011. MESQUITA A A; Avaliação de um programa de tratamento do tabagismo. Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, v.15, n.2, p.35-44, 2013. MORENO R S; VENTURA R N; BRÊTAS J R S. Ambiente familiar e consumo de álcool e tabaco entre adolescentes. Revista Paulista Pediatria, v. 27, n.4, p. 354-360, 2009. MS. Estimativa/2010 Incidência de Câncer no Brasil INCA Ministério da Saúde. Disponível em: <http://www.inca.gov.br>. Acessado em: 08. Out. 2014. MS-BVS APS Atenção Primária à Saúde (2010), disponível em: <http://aps.bvs.br/aps/quando-se-deveassociar-a-bupropiona-ao-adesivo-denicotina-no-tratamento-do-tabagismo/>. Acesso em: 26. Mar. 2015. PAWLINA M M C et al. Ansiedade e baixo nível motivacional associados ao fracasso na cessação do tabagismo. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, p. 113-120, 2014. SANTOS J D P et al. Instrumento para avaliação do tabagismo: uma revisão sistemática. Ciência & Saúde Coletiva, v. 16, n. 12, 2011. SOUZA CRUZ. História do Tabaco. Disponível em: <http://www.souzacruz.com.br/group/sites/ SOU_7UVF24.nsf/wwPagesWeblive/DO7 V9KPU>. Acesso em: 23. Fev. 2015. UFJF. Universidade Federal de Juiz de Fora. Disponível em: <http://www.ufjf.br/pgsaudecoletiva/files/2 013/03/leonardo-henriques.pdf>. Acesso em: 23 Out. 2014. Recebido em: 05/06/2013 Aprovado em: 10/07/2013