A OFICINA PEDAGÓGICA COMO ATIVIDADE INVESTIGATIVA: RELATANDO UMA EXPERIÊNCIA SOBRE GRAVITAÇÃO

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Transcrição:

A OFICINA PEDAGÓGICA COMO ATIVIDADE INVESTIGATIVA: RELATANDO UMA EXPERIÊNCIA SOBRE GRAVITAÇÃO Magna Cely Cardoso de Lima 1, Marciana Cavalcante da Silva 2, Gustavo Vasconcelos Santos 3, Maria Betânia Guedes Candido 4 Alessandro Frederico da Silveira 5. 1 Universidade Estadual da Paraíba/Departamento de Física/UEPB,cellymagna@gmail.com 2 Universidade Estadual da Paraíba/Departamento de Física/UEPB,marciankwy@gmail.com 3 Universidade Estadual da Paraíba/Departamento de Física/UEPB, gustavofisik@hotmail.com 5 Escola Estadual de Ensino Médio Profissional e Inovador Dr. Hortênsio de Souza Ribeiro PREMEN/, mariabgc@oi.com. 5 Universidade Estadual da Paraíba/Departamento de Física/UEPB, alessandrofred@yahoo.com.br RESUMO: Trazemos nesse trabalho a descrição de uma atividade investigativa, realizada com alunos da educação básica seguindo uma abordagem problematizadora de ensino, para trabalhar conteúdos relacionados à Gravitação. A ação aconteceu na Semana Cientifica de uma escola pública da cidade de Campina Grande, localizada no estado da Paraíba, e foi executada por cinco alunos, também da educação básica, os quais foram coordenados por um grupo de bolsistas do Subprojeto de Física do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). Por meio da oficina pedagógica ministrada pelos alunos foi possível perceber que houve uma compreensão do conteúdo abordado de forma significativa, dinâmica e prazerosa, o que nos permitiu enquanto futuros professores de física refletir sobre a importância da ação do professor enquanto mediador e multiplicador do saber. Palavras - chaves: Oficina Pedagógica, Abordagem Problematizadora, Gravitação. INTRODUÇÃO As oficinas pedagógicas podem permitir a vivência de situações concretas, que baseadas no tripé: sentir- pensar- agir, com objetivos pedagógicos, podem alterar o foco de ensino numa perspectiva tradicional para uma perspectiva que incorpora a ação e a reflexão. Em outras palavras a oficina proporciona uma junção entre teoria e pratica de forma ativa e reflexiva (PAVIANI e FONTANA, 2009). Partindo dessa premissa e com o intuito de fazer uso de uma abordagem de ensino alternativa que permita a ação e a reflexão, trazemos nesse trabalho a descrição de uma atividade desenvolvida na Semana Cientifica de uma escola pública da cidade de Campina Grande, localizada no estado da Paraíba. A ação consistiu de uma oficina pedagógica, a qual foi coordenada pelos

bolsistas do PIBID/UEPB e executada por alunos do 1º ano (primeiro ano) do ensino médio (EM) da referida escola e teve como aporte a abordagem problematizadora de ensino. Esse tipo de abordagem surge numa perspectiva de valorização do conhecimento que os alunos trazem consigo, visando possibilitar o diálogo entre o professor, o aluno, e sua realidade (RICARDO, 2003). Segundo (PAVIANE e FONTANA, 2009) o professor ou coordenador da oficina não ensina o que sabe, mas vai oportunizar o que os participantes necessitam saber, sendo, portanto, uma abordagem centrada no aprendiz e na aprendizagem e não no professor. Desse modo, a construção de saberes e as ações relacionadas decorrem, principalmente, do conhecimento prévio, das habilidades, dos interesses, das necessidades, dos valores e julgamentos dos participantes. Usamos essa abordagem visando à articulação de conceitos, hipóteses e noções de situações concretas vivenciadas pelos educandos, que executaram a realização do trabalho em equipe na construção do conhecimento coletivo e na troca de saberes. METODOLOGIA O trabalho é de natureza qualitativa e consiste na descrição de uma atividade que foi inicialmente desenvolvida com um grupo de alunos do 1º(primeiro ano) do Ensino Médio da Escola Estadual de Ensino Médio Profissional e Inovador Dr. Hortênsio de Souza Ribeiro - PREMEN, localizada no município de Campina Grande Paraíba. Esses alunos foram preparados pelos bolsistas para ministrarem uma oficina na Semana Científica, evento este que ocorre na própria escola, que visa mostrar aos pais e a comunidade os projetos desenvolvidos na mesma, e propagar a ciência de maneira popular tirando a visão de que ciência é algo pronto e somente para gênios. A proposta da oficina consistia em montar um modelo cosmológico que representasse a organização dos corpos celestes, para isso os visitantes da Semana Cientifica, em especial, os que participaram dessa oficina foram divididos em grupos e de início receberam os seguintes materiais: Cartolinas de cores diferentes; Papel EVA; Tesoura; Fita adesiva; Cola; Tinta guache;

Pincel; Foram apresentados os materiais as equipes constituídas, as quais foram orientadas de que não poderia haver troca de informações entre as mesmas, e que depois da confecção de seus modelos, cada equipe deveria apresentar e defender em plenária o modelo construído. A oficina pedagógica foi ministrada por cinco estudantes do ensino médio, sob a orientação dos bolsistas do PIBID/UEPB, e as equipes foram constituídas por estudantes, professores da escola e convidados, o que totalizou uma amostra de vinte participantes na mesma. RESULTADOS E DISCUSSÃO Inicialmente, os cinco estudantes averiguaram o conhecimento dos participantes sobre a disposição dos planetas no Sistema Solar. Os grupos foram motivados a elaborar com o material recebido, um modelo que represente tal disposição dos planetas. Após a averiguação e a motivação os alunos ministrantes da atividade, passaram para a etapa de mediadores da oficina, em que explicavam, orientavam e retiravam as dúvidas dos integrantes das equipes. A Figura 1 ilustra o momento das orientações iniciais da atividade da oficina. Figura: 1- Apresentação dos alunos ministrantes da oficina. Num segundo momento houve uma exposição dialogada do Fonte: fotografia dos autores

conteúdo(gravitação), em que foram apresentadas as ideias acerca dos modelos geocêntrico e heliocêntrico, numa perspectiva histórica, onde os alunos ministrantes falaram um pouco da história e das discussões sobre o geocêntrismo e heliocêntrismo. Para esse momento utilizaram aparatos como data show e computador, e cada um dos ministrantes faziam as observações e pontuações necessárias. A Figura 2 ilustra ações desse segundo momento da oficina. Figura: 2- Exposição do conteúdo. Durante a realização da oficina, destacamos que as equipes ficaram atentas com a posição e Fonte: fotografia dos autores

quantidade dos planetas ao confeccionarem os seus modelos, em nenhum momento demonstraram dúvida quanto à posição do Sol no sistema. A Figura 3 ilustra alguns dos momentos da realização da oficina, em que fica evidente a participação ativa dos membros das equipes, quando confeccionavam os seus modelos. Fonte: fotografia dos autores

Num terceiro momento os cinco estudantes solicitaram que os grupos retomassem os seus modelos e os comparassem com as discussões teóricas que aconteceram no momento anterior. Assim, foi solicitado que os participantes da oficina investigassem se houve ou não semelhanças entre os modelos confeccionados e apresentados e os modelos históricos, e a partir das observações, indicassem esses aspectos. Foi possível perceber alguns questionamentos a respeito do tamanho e representação de cada planeta. Havia uma preocupação por parte dos participantes em reproduzirem o que haviam visto em livros, na internet etc. Os resultados da relação teoria e prática se fizeram presentes de forma gradativa, na realização da oficina. Os depoimentos dados espontaneamente, no decorrer da oficina e por ocasião no encerramento, como o desejo de continuidade da oficina; a necessidade de estender a experiência aos demais colegas; a necessidade de uma formação continuada e de se criarem nas escolas condições para a realização de trabalhos integrados dão uma ideia da necessidade de atualização contínua do professor para promover um ensino mais eficaz. É importante mencionar que mesmo apreensivos por terem que atuar como ministrantes da oficina, os cinco alunos que ficaram responsáveis por essa atividade desempenharam muito bem a primeira experiência como mediadores do conhecimento, e demonstraram total desenvoltura com a atividade proposta. Figura 5: Término da Oficina Fonte: fotografia dos autores

CONCLUSÃO Através dos resultados obtidos percebemos a importância da utilização de novas abordagens de ensino, como as oficinas didáticas e o uso da problematização nas aulas de Física. Pois as mesmas possibilitam o interesse dos alunos com a disciplina, além de viabilizar a compreensão de conteúdos. Outro aspecto que merece destaque diz respeito ao processo de interação com os outros colegas durante as atividades em sala de aula, que é de suma importância, a considerar que passa a despertar nos alunos o espírito colaborativo. Consideramos que o trabalho com oficinas pedagógicas promovem a compreensão dos conteúdos de forma significativa, dinâmica e prazerosa. O que nos permitiu enquanto futuros professores de física refletir a importância da ação do professor enquanto mediador e multiplicador do saber e do conhecimento. Vale destacar também, que mesmo com a insegurança, por saber que seria um novo desafio a ser enfrentado, buscamos pensar e rever novas prática docentes, abordagens teóricas de ensino, o que requer predisposição de quem se põe a buscar alternativas para melhorar a prática educadora. No caso da oficina descrita o envolvimento com mudanças constitui tarefa não só dos professores, mas da instituição educacional como um todo. Para que as questões de ensino se desenvolvam com precisão é necessário isso, que a escola se empenhe nesse processo, dando apoio, condições de tempo e espaço para realização de atividades como essa. Diante dos resultados, ao analisar os dados, entendemos que a ação desenvolvida reitera a importância da atividade investigativa na escola, ainda mais quando essa passa a ser desenvolvida pelos estudantes, em que os mesmos serão os sujeitos que propõem tal ação. 2b

REFERÊNCIAS ABREU, A. R. P. Estratégias de desenvolvimento científico e tecnológico e a difusão da ciência no Brasil. In: CRESTANA, S. (Org.). Educação para a ciência: curso para treinamento em centros e museus de ciência. São Paulo: Editora Livraria da Física, 2001, p. 23-28. FRANCO, C.; CAZELLI, S. Alfabetismo Científico: novos desafios no contesto da globalização. Pesquisa em Educação em Ciências, 3(1), 1-18, 2001, Ensaio. PAVIANI. N. M. S.; FONTANA. N. M. Oficinas pedagógicas: relato de uma experiência, v. 14, n. 2, maio/ago. 2009. RICARDO, E. C. A Problematização e a Contextualização no Ensino das Ciências: Acerca das Ideias de Paulo Freire e Gérard Fourez. Anais: IV Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências (ENPEC), Bauru, SP, nov. 2003.