Directigen Análise de Neisseria meningitidis Para detecção de Neisseria meningitidis dos Grupos A, C, Y e W135.



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Transcrição:

Directigen Análise de Neisseria meningitidis Para detecção de Neisseria meningitidis dos Grupos A, C, Y e W135. 0216446JAA 2008/02 Português UTILIZAÇÃO PREVISTA A Análise de N. meningitidis Grupos A, C, Y e W135 Directigen é uma análise de aglutinação de látex presuntiva em lâmina para a detecção qualitativa dos antigénios da Neisseria meningitidis Grupos A, C, Y e W135 directamente no fluido cerebrospinal (CSF), no soro ou na urina. Além disso, o kit de análise permite confirmação e proporciona capacidades de agrupamento serológico a partir de colónias suspeitas de N. meningitidis Grupos A/Y ou C/W135. A aglutinação visível ocorre quando uma amostra contendo qualquer um destes antigénios bacterianos reage com as respectivas contas de látex revestidas de anticorpos. RESUMO E EXPLICAÇÃO O diagnóstico de bacteremia e de meningite, particularmente em crianças pequenas, nem sempre é fácil. Chega a atingir os 55% o número de crianças que são observadas por um médico que lhes receita um antibiótico antes da meningite ser detectada. 1 A detecção de antigénios microbianos no fluido cerebrospinal é um método rápido e útil de diagnóstico microbiológico. Pode mesmo dizer-se que se trata da análise isolada mais importante em casos de meningite parcialmente tratada uma vez que a cultura e a coloração Gram podem dar resultados negativos. A detecção de um antigénio específico é um achado clinicamente significativo e uma ajuda valiosa na escolha do tratamento antimicrobiano. 2 Foi referido que o Haemophilus influenzae tipo b, a Neisseria meningitidis e o Streptococcus pneumoniae são os três agentes causadores responsáveis por cerca de 84% dos casos de meningite bacteriana. 3 Os métodos imunológicos para a detecção de exoantigénios característicos dos microorganismos patogénicos nos fluidos dos pacientes (fluido cerebrospinal, soro e urina) são geralmente mais rápidos do que os métodos tradicionais como a cultura. Estas técnicas incluem contrimunoelectroforese (CIE) e aglutinação de látex. 4-7 Foi demonstrado que o procedimento com aglutinação de látex é mais rápido e sensível do que a CIE na detecção do antigénio purificado. 8,9 PRINCÍPIOS DO PROCEDIMENTO Certos anticorpos específicos ligam-se à superfície das contas de látex. A agregação de partículas de látex adquire tamanho suficiente para permitir uma visualização rápida da aglutinação positiva na presença de antigénios específicos. Estes antigénios polissacarídeos solúveis específicos acumulam-se no fluido cerebrospinal, no soro ou na urina em resultado de uma infecção por N. meningitidis Grupos A, B, C, Y ou W135, H. influenzae tipo b, S. pneumoniae e Streptococcus Grupo B. Estes antigénios podem ser detectados com o Kit para Análise Combinada da Meningite Directigen ou outros Kits de Análises Directigen (ver Apresentação ). REAGENTES Directigen N. meningitidis Grupos A, C, Y e W135: Reagente 1 (1,0 ml), Anti-N. meningitidis Grupos C e W135, Suspensão de látex revestida de anticorpos do coelho, com azida de sódio a 0,2% (conservante), Reagente 2 (1,0 ml), Anti-N. meningitidis Grupos A e Y, Suspensão de látex revestida de anticorpos policlonais do coelho, com azida de sódio a 0,2% (conservante), Reagente A (0,5 ml), Látex de controlo, Suspensão de látex revestida de imunoglobulina do coelho, com azida de sódio a 0,2% (conservante), Controlo + (3,0 ml), Controlo de antigénios positivo polivalente, antigénios de N. meningitidis Grupos A/Y e C/W135, H. influenzae tipo b, S. pneumoniae e Streptococcus Grupo B, com azida de sódio a 0,2% (conservante), Controlo (3,0 ml), Controlo de antigénios negativo, solução salina tamponada de glicina, com azida de sódio a 0,2% (conservante). Precauções: Para diagnóstico in vitro. Advertência: Nas amostras clínicas podem existir microrganismos patogénicos, incluindo vírus de hepatites e o vírus da imunodeficiência humana. Na manipulação de todos os itens contaminados com sangue e outros líquidos corporais, devem ser seguidas as Precauções Padrão 10-13 e as linhas de orientação da instituição. Antes de proceder à eliminação, esterilize em autoclave os recipientes das amostras e qualquer outro material contaminado. Reagentes: Não utilize para além do fim do prazo de validade. Depois de retirar do frigorífico, deixar os reagentes aquecerem à temperatura ambiente (15 30 C) antes de os utilizar. Para garantir uma distribuição correcta das gotas, os frascos de adicionamento de gotas devem ser mantidos na vertical, adicionando uma gota autónoma de cada vez. Advertência: Os reagentes contêm azida de sódio, que é muito tóxica por inalação, em contacto com a pele e quando ingerida. O contacto com ácidos liberta um gás muito tóxico. Após o contacto com a pele, lavar imediatamente com água abundante. A azida de sódio pode reagir com as canalizações de chumbo e cobre, produzindo azidas metálicas altamente explosivas. Quando a eliminar, lave com um grande volume de água para evitar a acumulação de azida. Controlos: Não utilize o kit se o Controlo + e o Controlo não produzirem os resultados apropriados. Cartões de Análise: Os cartões têm de estar lisos para permitir reacções correctas. Se for necessário, alise os cartões dobrandoos para trás na direcção contrária à curva existente. Deve procurar evitar-se deixar marcas de dedos nas áreas da análise uma vez que essas marcas podem resultar na formação de depósitos gordurosos e em resultados incorrectos da análise. Utilize cada cartão uma vez e depois elimine. Guarde os cartões na embalagem original num local seco, à temperatura ambiente. Quando espalhar dentro dos limites das áreas de análise, evite raspar a superfície do cartão com os misturadores de plástico. Se a amostra não se espalhar para o perímetro exterior da área de análise, utilize outra área de análise do cartão. Rotação: A velocidade recomendada para rotação mecânica é de 100 ± 2 rpm, mas uma rotação entre 95 e 110 rpm não afecta significativamente os resultados obtidos. O rotador deve circunscrever um círculo com um diâmetro aproximado de 2 cm no plano horizontal. Deve utilizar-se uma cobertura humidificante para evitar que as amostras em análise se sequem durante o processo de rotação.

Armazenamento dos Reagentes: Na altura da recepção, retire a caixa contendo os reagentes e coloque no frigorífico a uma temperatura de 2 8 C. NÃO CONGELE. Os reagentes devem ser tapados e colocados de novo no frigorífico quando não estiverem a ser utilizados, com o cuidado de não confundir as tampas codificadas pela cor. COLHEITA E MANIPULAÇÃO DAS AMOSTRAS Consulte os textos apropriados para obter informações sobre os procedimentos de colheita e manipulação das amostras. As amostras devem ser analisadas o mais cedo possível; no entanto, se não for possível analisar a amostra imediatamente, esta deve ser guardada a uma temperatura entre 2 e 8 C (durante um máximo de 48 h), ou a uma temperatura de -20 C. O soro deve ser separado do sangue total antes de proceder à análise e de guardar a amostra. PRÉ-TRATAMENTO DAS AMOSTRAS A utilização de provetas de vidro tapadas (borossilicato) num banho-maria a 100 C (a ferver) é a forma mais eficaz de tratamento das amostras. Embora se possam utilizar provetas de vidro num bloco térmico, poder-se-ão notar grandes variações no aquecimento por inteiro de uma amostra com resultado das variações no tamanho das provetas e no volume das amostras. PROCEDIMENTOS A área de análise, todos os reagentes, as amostras para análise e os componentes de análise devem encontrar-se à temperatura ambiente (15 30 C) quando forem utilizados. Materiais Fornecidos: Todos os materiais apresentados sob o título Reagentes, a estação de trabalho e os acessórios. } Materiais Necessários Mas Não Fornecidos: Cartões descartáveis, Directigen N. meningitidis Grupos A, C, Y, W135, 10 círculos de análise, Solução Tamponada de Amostra Directigen, Rotador, (ver Apresentação ) 100 ± 2 rpm, Cobertura humidificante, Micropipetador, fornecimento 50 µl, Pontas de pipetas. São igualmente exigidos equipamento e utensílios laboratoriais necessários para a preparação, armazenamento e manipulação das amostras de fluido cerebrospinal, soro e urina. Preparação das amostras (fluido cerebrospinal): 1. Aqueça as amostras durante 3 minutos a uma temperatura de 100 C (ex: banho-maria ou bloco térmico) e deixe arrefecer à temperatura ambiente antes de utilizar. 2. No caso de amostras de fluido cerebrospinal que se apresentem turvas, devem centrifugar-se, após o aquecimento, durante 10 minutos a 1400 x g antes de serem analisadas. Deve utilizar-se o fluido sobrenadante como amostra para análise. 3. Analise as amostras conforme se descreve em Procedimento de Análise. Preparação das amostras (soro): 1. Dilua amostras de soro de pelo menos 0,6 ml 1:1 com Solução Tamponada de Amostra Directigen e misture. 2. Aqueça as amostras durante 5 minutos a uma temperatura de 100 C (ex: banho-maria ou bloco térmico) e deixe arrefecer à temperatura ambiente antes de utilizar. 3. Utilizando um palito aplicador de madeira, desfaça o coágulo de proteína que se formou e agite vigorosamente em vórtex (aproximadamente cinco segundos). 4. Centrifugue no mínimo a 1400 x g durante 15 minutos. 5. Analise o fluido sobrenadante conforme se descreve em Procedimento de Análise. Preparação das amostras (urina não concentrada): 1. Dilua amostras de urina de pelo menos 0,4 ml 1:1 com Solução Tamponada de Amostra Directigen e misture. 2. Aqueça as amostras durante 5 minutos a uma temperatura de 100 C (ex: banho-maria ou bloco térmico) e deixe arrefecer à temperatura ambiente antes de utilizar. 3. Centrifugue no mínimo a 1400 x g durante 10 minutos. 4. Analise o fluido sobrenadante conforme se descreve em Procedimento de Análise. Preparação das amostras (urina concentrada): 1. As amostras de urina que estiverem turvas ou que apresentarem partículas devem ser centrifugadas a 1400 x g durante 10 minutos antes de serem concentradas. 2. As amostras de urina podem ser concentradas 25 vezes com um concentrador Minicon B-15 (Amicon Corporation, Danvers, Massachusetts). 3. Dilua pelo menos 200 µl de urina concentrada 1:1 com Solução Tamponada de Amostra Directigen e misture. 4. Aqueça as amostras durante 5 minutos a uma temperatura de 100 C (ex: banho-maria ou bloco térmico) e deixe arrefecer à temperatura ambiente antes de utilizar. 5. Centrifugue no mínimo a 1400 x g durante 10 minutos. 6. Analise o fluido sobrenadante conforme se descreve em Procedimento de Análise. Preparação para confirmação de colónias a partir de cultura: 1. Procure colónias suspeitas na superfície de agar das culturas de 18 24 h que satisfaçam as características morfológicas e de coloração Gram dos organismos que são apropriados para a análise com reagentes de látex Directigen Meningitis. Nota: Deve realizar-se uma coloração Gram antes da análise de modo a assegurar que os organismos são apropriados para analisar com os reagentes de látex Directigen Meningitis. 2. Pipete 0,5 ml (aproximadamente 10 gotas) de Controlo reagente numa pequena proveta de vidro (10 x 75 mm ou equivalente). 3. Seleccione várias (2 3) colónias isoladas de morfologia semelhante da placa do original ou de subcultura utilizando uma ansa estéril e suspenda na proveta acima descrita de modo a obter uma suspensão igual ao padrão de turvação McFarland 1. Nota: Uma inoculação excessiva resultará numa suspensão demasiado pesada que pode dar origem a resultados erróneos. 4. Aqueça a suspensão durante 3 minutos a uma temperatura de 100 C (ex: banho-maria a ferver ou bloco térmico) e deixe arrefecer à temperatura ambiente antes de realizar a análise. 5. Centrifugue no mínimo a 1400 x g durante 10 minutos. 6. Analise o sobrenadante conforme se descreve em Procedimento de Análise. Nota: No caso de se observarem padrões de aglutinação fora do normal, consulte Limitações do Procedimento. Controlo de Qualidade pelo Utilizador: Inclua uma análise de Controlo + e de Controlo com cada lote de amostras analisadas, conforme se descreve no passo 1, Procedimentos de Análise. 2

Os requisitos do controlo de qualidade devem ser efectuados de acordo com os regulamentos ou requisitos de acreditação locais e/ou nacionais aplicáveis e com os procedimentos padrão de controlo de qualidade do seu laboratório. É recomendado que o utilizador consulte as orientações CLSI (anteriormente NCCLS) e os regulamentos CLIA relativamente às práticas de controlo de qualidade apropriadas. Procedimento de Análise (fluido cerebrospinal, soro, urina, urina concentrada e confirmação de colónias): Retire os reagentes do armazenamento a frio e faça deslizar o tabuleiro de reagentes para dentro da ranhura existente na Estação de Trabalho do kit. Utilize apenas o cartão de análise recomendado para este kit. Para analisar uma amostra com os Reagentes 1-2, utilize o seguinte procedimento: Consulte as Ilustrações da Tabela do Procedimento, página 6. Cada cartão de análise N. meningitidis Grupos A, C, Y e W135 pode ser utilizado para analisar uma ou duas amostras. 1. Distribua uma gota de Controlo + nos círculos + das filas NmC/W e NmA/Y. Coloque uma gota de Controlo nos círculos das filas NmC/W e NmA/Y. 2. Micropipete 50 µl de amostra para análise no(s) círculo(s) das colunas de amostra S1 (e S2, caso pretenda analisar uma segunda amostra). 3. Segurando no frasco de distribuição pela tampa, oscile vigorosamente (sem inverter) de modo a misturar completamente cada reagente. Antes de retirar a tampa do frasco, bata levemente com a base na parte de cima da bancada de modo a assegurar que não restam vestígios de látex na ponta. 4. Distribua uma gota de Reagente 1 nos círculos de S1 (e S2, se aplicável), + e na fila NmC/W. 5. Distribua uma gota de Reagente 2 nos círculos de S1 (e S2, se aplicável), + e na fila NmA/Y. 6. Distribua uma gota de Reagente A no círculo S1 (e círculo S2, se aplicável) na fila A. 7. Misture as amostras e os reagentes de látex em cada círculo com um misturador de plástico, utilizando alternadamente uma das pontas do misturador e, em seguida, a extremidade contrária no círculo seguinte. Elimine o misturador. 8. Coloque a lâmina de vidro ou o cartão de análise sobre o rotador mecânico e rode a uma velocidade de 100 ± 2 rpm durante 10 minutos. Utilize uma cobertura humidificante para evitar a evaporação. 9. Logo que terminem os 10 minutos, leia macroscopicamente os resultados da análise, utilizando uma lâmpada incandescente. INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS DA ANÁLISE Tome nota dos resultados de análise em primeiro lugar. O Controlo + e Controlo devem apresentar uma forte aglutinação num espaço de 10 minutos. O Controlo + / Controlo não deve apresentar qualquer aglutinação. A presença de aglutinação em qualquer um dos círculos contendo Reagente A ou Controlo torna impossível a interpretação da reacção. Tome nota dos resultados de análise do paciente: Análise Positiva Deve apresentar aglutinação. Qualquer grau de aglutinação presente num dos reagentes de látex indica a presença do antigénio correspondente. A aglutinação em dois ou mais reagentes de látex ou do correspondente Reagente A Directigen torna impossível a interpretação da reacção. Análise Negativa Não deve apresentar nenhuma aglutinação. LIMITAÇÕES DO PROCEDIMENTO Estas análises de aglutinação do látex não se destinam a substituir a cultura bacteriana. O diagnóstico de confirmação de uma meningite bacteriana só é possível com os procedimentos de cultura apropriados e deve ser realizado por rotina. As amostras com níveis muito baixos de antigénio, por exemplo numa fase inicial da infecção, podem dar origem a resultados negativos. Além disso, as amostras com concentrações excessivamente elevadas de antigénio podem apresentar efeitos prozona que podem dar origem a resultados incorrectamente negativos. Embora não tenham sido extensamente estudados, os fenómenos de prozona foram apenas observados em amostras semeadas com níveis extremamente elevados de antigénios e não em amostras clínicas. Este ensaio destina-se à detecção qualitativa de antigénios de N. meningitidis Grupos A, C, Y ou W135 no fluido cerebrospinal, no soro ou na urina. Além disso, o kit de análise pode ser igualmente utilizado com colónias suspeitas de N. meningitidis Grupos A/Y ou C/W135. Não foi avaliado o desempenho com outros tipos de amostras. A Análise de Neisseria meningitidis Directigen não pode ser utilizada com meio de cultura de sangue. Sabe-se que o reagente da N. meningitidis Grupos C e W135 pode fazer uma reacção cruzada na presença da Escherichia coli K92. Podem ocorrer outras reacções cruzadas, resultados impossíveis de interpretar e falsos positivos que podem ser reduzidos ou eliminados através de uma correcta preparação das amostras (ver Pré-tratamentos de amostras e Procedimentos- Preparação das amostras ). O soro e a urina não tratados podem apresentar resultados impossíveis de interpretar com os reagentes de látex e devem ser tratados como se descreve em Procedimentos-Preparação das amostras. As amostras de fluido cerebrospinal ou as amostras de urina tratadas que apresentem turvação devem ser centrifugadas durante 10 minutos a 1400 x g depois de serem aquecidas e antes de serem analisadas. Deve utilizar-se o fluido sobrenadante como amostra para análise. As amostras de urina (processadas de acordo com Procedimentos-Preparação das amostras ) que dêem origem a resultados impossíveis de interpretar ou a falsos positivos suspeitos podem ser filtradas, utilizando um filtro MILLIPORE Millex-HA 0,45 µm (Nº SLHA-0250S), e voltar a ser analisadas com látex(es) de análise reactivo(s) e os correspondentes látex(es) de controlo. As amostras de confirmação de colónias que derem origem a reacções impossíveis de interpretar ou a aglutinação fora do normal podem necessitar de uma diluição de 1:10 do fluido sobrenadante com Controlo reagente. Devem tomar-se as devidas precauções para evitar suspensões bacterianas com um padrão de turvação superior a McFarland 1. VALORES ESPERADOS Foi referido que o Haemophilus influenzae tipo b, a Neisseria meningitidis e o Streptococcus pneumoniae são os três agentes causadores responsáveis por cerca de 84% dos casos de meningite bacteriana. 3 CARACTERÍSTICAS DO DESEMPENHO Sensibilidade: Os reagentes de látex Directigen N. meningitidis Grupos A e Y, C e W135 foram comparados por meio de contraimunoelectroforese relativamente à sua capacidade para detectar um antigénio polissacarídeo parcialmente purificado 3

do Grupo N. meningitidis no fluido cerebrospinal, no soro e na urina. Na análise com CIE, foram utilizados antissoros comerciais específicos para cada grupo de N. meningitidis. Os reagentes de látex Directigen N. meningitidis estiveram ao nível da CIE ou apresentaram maior sensibilidade que a CIE na detecção de antigénios do Grupo N. meningitidis. Foi realizada uma série de avaliações clínicas retrospectivas dos reagentes de látex N. meningitidis A e Y, C e W135 com amostras originalmente derivadas de doentes com casos confirmadamente positivos de infecção por N. meningitidis Grupos A, C e W135 detectada através de cultura, CIE ou reagente de látex comercial. Os resultados apresentados no Quadro 1 (ver página 5) são uma acumulação destas avaliações. Em alguns casos, não foram incluídas análises com CIE em algumas das avaliações. Especificidade: A especificidade dos reagentes de látex Directigen N. meningitidis Grupos A e Y, C e W135 foi determinada por análise retrospectiva e prospectiva de amostras de fluido cerebrospinal, soro e urina durante uma série de avaliações clínicas multicêntricas (Quadro 2, ver página 5). Os reagentes de látex foram analisados contra amostras de cultura negativa e amostras de cultura positiva não indexada. Os dados indicam valores de especificidade entre 97 100%, dependendo do reagente de látex e da amostra analisada. Confirmação de Colónias: Foram analisados reagentes de látex utilizando suspensões de colónias isoladas que satisfaziam as características morfológicas dos organismos. As características de desempenho são apresentadas no Quadro 3 (ver pág. 5). APRESENTAÇÃO N. de Cat. Descrição Kits Directigen: 250160 Kit de Análise de N. meningitidis Grupos A, C, Y e W135 (análises para 30 pacientes, 60 controlos). 255460 Kit de Análise de Strep Grupo B (análises para 30 pacientes, 60 controlos). 252260 Kit de Análise de H. influenzae tipo b (análises para 30 pacientes, 60 controlos). 255560 Kit de Análise de N meningitidis Grupo B/E. coli K1 (análises para 30 pacientes, 60 controlos). 251960 Kit de Análise de S. pneumoniae (análises para 30 pacientes, 60 controlos). 252360 Kit para Análise Combinada da Meningite (análises para 30 pacientes, 60 controlos). Cartões Directigen (utilização única): 250180 N. meningitidis Grupos A, C, Y e W135, 10 círculos de análise, Caixa de 30. 250780 Meningitis, genérico, 12 círculos de análise, Caixa de 30. 256391 Solução Tamponada de Amostra Directigen, 8 ml. 252350 Reagente de Controlo Negativo da Meningite Directigen, 9 ml, Caixa de 4. 278051 Rotador de Análise de Cartões Macro-Vue com cobertura humidificante, 100 ± 2 rpm, temporizador automático, accionamento de fricção, Modelo 51-II. BIBLIOGRAFIA 1. Rothrock, S.G., S.M. Green, J. Wren, D. Letai, L. Daniel-Underwood, E. Pillar: Pediatric bacterial meningitis: is prior antibiotic therapy associated with unaltered clinical presentation?, Annals Emerg. Med. 21:146 152, 1992. 2. Fasola, E. and P. Ferrieri: Laboratory diagnostic methods for central nervous system infections, Neuro. Clinics N. Amer. 3:279 290, 1992. 3. Morbidity and Mortality Weekly Report (CDC), Surveillance summary: bacterial meningitis and meningococcemia, United States, 28:277 279, 1978. 4. Edwards, E.A.: Immunologic investigations of meningococcal disease, group-specific Neisseria meningitidis antigens present in the serum of patients with fulminant meningococcemia., J. Immunol. 106:314 317, 1971. 5. Whittle, H.C., Egler, J.J., Tugwell, P. and Greenwood, B.M.: Rapid bacteriological diagnosis of pyogenic meningitis by latex agglutination., Lancet 2:619 621, 1974. 6. Ingram, D.L., Anderson, P. and Smith, D.H.: Countercurrent immunoelectrophoresis in the diagnosis of disease caused by Haemophilus influenzae type b., J. Ped., 81:1156 1159, 1972. 7. Newman, R.B., Stevens, R. W. and Gaafar, H.H.: Latex agglutination tests for the diagnosis of Haemophilus influenzae Meningitis., J. Lab. Clin. Med., 76:107 113, 1970. 8. Data on file at BD Diagnostic Systems. 9. Tilton, R. C., Dias, F. and Ryan, R.W.: Comparative evaluation of three commercial products and counterimmunoelectrophoresis for the detection of antigens in cerebrospinal fluid, J. Clin. Microbiol., 20:231 234, 1984. 10. Clinical and Laboratory Standards Institute. 2005. Approved Guideline M29-A3. Protection of laboratory workers from occupationally acquired infections, 3rd ed. CLSI, Wayne, Pa. 11. Garner, J.S. 1996. Hospital Infection Control Practices Advisory Committee, U.S. Department of Health and Human Services, Centers for Disease Control and Prevention. Guideline for isolation precautions in hospitals. Infect. Control Hospital Epidemiol. 17:53-80. 12. U.S. Department of Health and Human Services. 1999. Biosafety in microbiological and biomedical laboratories, HHS Publication (CDC), 4th ed. U.S. Government Printing Office, Washington, D.C. 13. Directive 2000/54/EC of the European Parliament and of the Council of 18 September 2000 on the protection of workers from risks related to exposure to biological agents at work (seventh individual directive within the meaning of Article 16(1) of Directive 89/391/EEC). Official Journal L262, 17/10/2000, p. 0021-0045. 4

Quadro 1 Comparação entre Directigen e CIE em amostras armazenadas Amostra Antigénio Presente* Métodos Nº Positivos Nº Negativos CSF N. meningitidis Directigen 22 3 Group A CIE Não testado Não testado N. meningitidis Directigen 8 0 Groups C and W135 CIE 2 4 N. meningitidis Directigen 11 9 Soro Groups A, C and CIE 7 12 W135** Urina N. meningitidis Directigen 5 2 Groups A and C** CIE 1 4 * Não existiam disponíveis para análise amostras de N. meningitidis Grupo Y. ** Representa os dados combinados de reagentes substancialmente equivalentes. Quadro 2 Testes de especificidade de amostras clínicas de cultura positiva e de cultura negativa Amostra* Reagente de Látex Nº Testados Nº Negativos % Especificidade CSF Nm A/Y 75 74 98,7 Nm C/W135** 236 232 98,3 Soro Nm A/Y 36 35 97,2 Nm C/W135** 143 143 100 Urina Nm A/Y 51 50 98 Nm C/W135** 147 147 100 Urina Nm A/Y 37 37 100 conc. Nm C/W135** 53 52 98,1 25 x * As amostras testadas foram colhidas em doentes com resultados negativos em cultura e com resultados positivos em cultura de especificidade de látex não indexada. ** Os dados são uma acumulação de várias avaliações clínicas. Quadro 3 Características do desempenho de confirmação de colónias: Directigen Meningitis vs. Identificação Bioquímica Microorganismo Nº Testados Sensibilidade Especificidade % Análises Iniciais Suspeito Relativa (Intervalo Relativa (Intervalo Não Interpretáveis de Confiança 95%) de Confiança 95%) Neisseria meningitidis 106 100% (83 100) 100% (96 100)* 10,4% Group A/Y Neisseria meningitidis 94 96% (82 100) 98,5% (92 100)* 11,7% Group C/W135 * Resultados após repetição da análise com diluição 1:10. 5

Tabela do Procedimento Desempenho da Análise 1 2 3 4 5 6 7 8 Positivo POSITIVE Figure 1 Negativo NEGATIVE 6

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