LEVANTAMENTO/ SURVEY. Denise Isabel Rizzi Mestrando em Ciências Contábeis e Administração deniserizzi@unochapeco.edu.br



Documentos relacionados
2 METODOLOGIA DA PESQUISA

AMOSTRAGEM ESTATÍSTICA EM AUDITORIA PARTE ll

Preparação do Trabalho de Pesquisa

Processos de gerenciamento de projetos em um projeto

TÉCNICAS DE COLETA DE DADOS

A Classificação da Pesquisa

PLANEJAMENTO OPERACIONAL - MARKETING E PRODUÇÃO MÓDULO 11 PESQUISA DE MERCADO

ELABORAÇÃO DE PROJETOS

Técnicas de coleta de dados e instrumentos de pesquisa

6. Pronunciamento Técnico CPC 23 Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro

PROJETO DE PESQUISA: INDICAÇÕES PARA SUA ELABORAÇÃO

08/05/2009. Cursos Superiores de. Prof.: Fernando Hadad Zaidan. Disciplina: PIP - Projeto Integrador de Pesquisa. Objetivos gerais e específicos

3 Metodologia 3.1. Tipo de pesquisa

1 Um guia para este livro

Roteiro SENAC. Análise de Riscos. Planejamento do Gerenciamento de Riscos. Planejamento do Gerenciamento de Riscos

COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA DA ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA DO CEARÁ

6 A coleta de dados: métodos e técnicas utilizadas na pesquisa

5 Considerações finais

Planejamento - 7. Planejamento do Gerenciamento do Risco Identificação dos riscos. Mauricio Lyra, PMP

3 Qualidade de Software

Métodos e Instrumentos de Pesquisa

Survey de Satisfação de Clientes 2009

Cadernos da

PMBoK Comentários das Provas TRE-PR 2009

Técnicas e Instrumentos Utilizados na Pesquisa Científica Cavalcanti

Diretrizes para determinação de intervalos de comprovação para equipamentos de medição.

UNIÃO EDUCACIONAL DO NORTE UNINORTE AUTOR (ES) AUTOR (ES) TÍTULO DO PROJETO

Aula 4 Conceitos Básicos de Estatística. Aula 4 Conceitos básicos de estatística

Eng Civil Washington Peres Núñez Dr. em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL REI

Centro Universitário Franciscano Material elaborado por: Professora Leandra Anversa Fioreze e Professor Clandio Timm Marques.

Por que sua organização deve implementar a ABR - Auditoria Baseada em Riscos

IMPLANTAÇÃO DOS PILARES DA MPT NO DESEMPENHO OPERACIONAL EM UM CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO DE COSMÉTICOS. XV INIC / XI EPG - UNIVAP 2011

MODELO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETO

ANÁLISE DAS MELHORIAS OCORRIDAS COM A IMPLANTAÇÃO DO SETOR DE GESTÃO DE PESSOAS NA NOVA ONDA EM ARACATI CE

Coleta de Dados: a) Questionário

INTELIGÊNCIA COMPETITIVA: ESTUDO DE CASO EM UMA COOPERATIVA AGRO-INDUSTRIAL DO ESTADO DO PARANÁ

GRADUAÇÃO EM RELAÇÕES PÚBLICAS ÊNFASE EM PRODUÇÃO CULTURAL RELATÓRIO DE PESQUISA EM OPINIÃO PÚBLICA

o(a) engenheiro(a) Projeto é a essência da engenharia 07/02/ v8 dá vazão

Métodos de Síntese e Evidência: Revisão Sistemática e Metanálise

INSTITUTO CAMPINENSE DE ENSINO SUPERIOR FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU CURSO DE ENFERMAGEM. NOME DOS ALUNOS (equipe de 4 pessoas) TÍTULO DO PROJETO

Modelagem de Processos de Negócio Aula 5 Levantamento de Processos. Andréa Magalhães Magdaleno andrea@ic.uff.br

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS Departamento de Patologia Básica Pós-Graduação em Microbiologia, Parasitologia e Patologia

Copyright Proibida Reprodução. Prof. Éder Clementino dos Santos

ORIENTAÇÕES PARA O PREENCHIMENTO DO QUESTIONÁRIO POR MEIO DA WEB

O presente capítulo descreve a metodologia utilizada pela pesquisa e aborda os seguintes pontos:

Gerenciamento de Projetos Modulo VIII Riscos

3 Metodologia 3.1. Tipo de pesquisa

Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios

PESQUISA DE MERCADO AMOSTRAGEM

Gerenciamento de Projetos Modulo II Clico de Vida e Organização

TÍTULO: ANÁLISE DE RISCO E RETORNO: UMA COMPARAÇÃO ENTRE TÍTULOS PÚBLICOS

???? AUDITORIA OPERACIONAL. Aula 5 Auditoria Operacional: aspectos práticos OBJETIVOS DESTA AULA RELEMBRANDO... AUDITORIA OPERACIONAL?

MODELAGEM MATEMÁTICA: PRINCIPAIS DIFICULDADES DOS PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO 1

Aula 8 ELABORAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA. Weverton Santos de Jesus João Paulo Mendonça Lima

O que é coleta de dados?

ISO/IEC Avaliação da conformidade Declaração de conformidade do fornecedor Parte 1: Requisitos gerais

NORMA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE TÉCNICA DO SETOR PÚBLICO NBCT (IPSAS)

Professor Esp. Geonir Paulo Schnorr Licenciado em Matemática Esp. em Banco de Dados

9 Como o aluno (pré)adolescente vê o livro didático de inglês

FAZEMOS MONOGRAFIA PARA TODO BRASIL, QUALQUER TEMA! ENTRE EM CONTATO CONOSCO!

BIOESTATÍSTICA: ARMADILHAS E COMO EVITÁ-LAS

Módulo 9 A Avaliação de Desempenho faz parte do subsistema de aplicação de recursos humanos.

Cinco restrições de desenvolvimento/teste que afetam a velocidade, o custo e a qualidade dos seus aplicativos

ARTIGOS CIENTÍFICOS. MANUAL DE NORMAS FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DO CENTRO DO PARANÁ - UCP PITANGA/PR biblioteca@ucpparana.edu.

PERFIL EMPREENDEDOR DOS APICULTORES DO MUNICIPIO DE PRUDENTÓPOLIS

Campus Capivari Análise e Desenvolvimento de Sistemas (ADS) Prof. André Luís Belini prof.andre.luis.belini@gmail.com /

ANÁLISE ORGANIZACIONAL DE UMA EMPRESA DO SETOR DE MÓVEIS PLANEJADOS EM SANTA MARIA (RS) Lúcia dos Santos Albanio 1 Ezequiel Redin 2

Aula 4 Estatística Conceitos básicos

O ENSINO DO PRINCÍPIO DE BERNOULLI ATRAVÉS DA WEB: UM ESTUDO DE CASO

Resumo Gestão de Pessoas por Competências

A SEGUIR ALGUMAS DICAS PARA O DESENVOLVIMENTO DE UM PROJETO CIENTÍFICO

EDITAL PARA CONTEUDISTA FEAD

Estrutura e organização de projeto científico

PESQUISA EM PUBLICIDADE E PROPAGANDA PARTE 2

Matemática Aplicada às Ciências Sociais

CLASSIFICAÇÃO DAS PESQUISAS PROFA. ENIMAR JERÔNIMO WENDHAUSEN

INTRODUÇÃO À ESTATÍSTICA

ELABORAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA: TEMA, PROBLEMATIZAÇÃO, OBJETIVOS, JUSTIFICATIVA E REFERENCIAL TEÓRICO

O planejamento do projeto. Tecnologia em Gestão Pública Desenvolvimento de Projetos Aula 8 Prof. Rafael Roesler

Recomendada. A coleção apresenta eficiência e adequação. Ciências adequados a cada faixa etária, além de


A PRÁTICA PEDAGÓGICA DO PROFESSOR DE PEDAGOGIA DA FESURV - UNIVERSIDADE DE RIO VERDE

Como e por que criar uma para sua empresa A PERSONA VECTOR

Porque estudar Gestão de Projetos?

Administração de Pessoas

1 COMO ENCAMINHAR UMA PESQUISA 1.1 QUE É PESQUISA

Sessão 4: Avaliação na perspectiva de diferentes tipos de organizações do setor sem fins lucrativos

TREINAMENTO SOBRE PRODUTOS PARA VENDEDORES DO VAREJO COMO ESTRATÉGIA PARA MAXIMIZAR AS VENDAS 1. Liane Beatriz Rotili 2, Adriane Fabrício 3.

ISO 9001: SISTEMAS DE GESTÃO DA QUALIDADE

Mais da metade dos brasileiros pagam compras com o cartão de crédito, principalmente roupas, calçados e eletrodomésticos

COMO REDIGIR ARTIGOS CIENTÍFICOS. Profa. EnimarJ. Wendhausen

5 Conclusão. FIGURA 3 Dimensões relativas aos aspectos que inibem ou facilitam a manifestação do intraempreendedorismo. Fonte: Elaborada pelo autor.

4- PROJETO DE BANCO DE DADOS

MÓDULO 1. I - Estatística Básica

Transcrição:

LEVANTAMENTO/ SURVEY Denise Isabel Rizzi Mestrando em Ciências Contábeis e Administração deniserizzi@unochapeco.edu.br Tiago Francisco de Camargo Mestrando em Ciências Contábeis e Administração decamargo_consultor@yahoo.com.br Um fator determinante no alinhamento da pesquisa é a escolha da tipologia utilizada quanto o procedimento do estudo. Em análise dos autores que abordam esta temática, esta tipologia enquadram-se o estudo de caso, a pesquisa de levantamento ou survey, a pesquisa bibliográfica, a pesquisa documental, a pesquisa participante e a pesquisa experimental. Segundo Gil (1999), um dos elemento mais importante para a identificação de um delineamento é o procedimento adotado para a coleta de dados. A tipologia, quanto ao procedimento da pesquisa, abordado no presente estudo é levantamento ou sorvey. Este método é realizado através de questionários, escalas de mediação, validação ou amostragem. Sendo caracterizado, segundo Gil (1999), pela interrogação direta das pessoas cujo comportamento se deseja conhecer. A pesquisa survey, pode ser como a descrição de dados ou informações sobre características, ações ou opiniões de determinado grupo de pessoas, indicado como representante de uma população alvo, por meio de um instrumento de pesquisa. Sendo geralmente utilizado um questionário (Tanur apud Pinsonnealt & Kraemer, 1993). De acordo com Fink, (1995), define que o interesse deste método é a produção de descrições quantitativas de uma população, fazendo uso de um instrumento pré-definido (questionário). Desta forma, segundo os autores, o survey é apropriado como método de pesquisa quando: Se deseja responder questões do tipo: o quê?, porque? Como? e quando?; ou seja, quando o foco de interesse é sobre o que está acontecendo? ou como isso está acontecendo?. Neste viés, Tripodi, Fellin, e Meyer (1981, p.39) mencionam que pesquisas que procuram descrever com exatidão algumas características de populações designadas são tipicamente representadas por estudos de survey. Nesta abordagem, a coleta de dados deste método é retirada em uma amostra da população ou universo que pretende-se estudar. Porém deve-se salientar ao fato de que nenhuma amostra é perfeita, podendo variar o grau de erro.

Gil (2010), argumenta que na maioria dos levantamentos, não são pesquisados todos os integrantes da população estudada. Complementa que o pesquisador, antes seleciona, mediante procedimentos estatísticos, uma amostra significativa de todo o universo, utilizado como método de investigação. As conclusões são obtidas com base nessa amostra e são projetadas para a totalidade do universo, levando em consideração a margem de erro, que é obtida mediante cálculos estatísticos. Pinsonneault & Kraemer (1993) classificam a pesquisa survey quanto ao seu propósito: Explanatória, tem como objetivo testar uma teoria e as relações causais; Estabelece a existência de relações causais, mas também questiona por que a relação existe. Exploratória, aquela onde os objetivos é familiarizar-se com os tópicos ou identificar os conceitos iniciais sobre um tópico; dar ênfase na determinação de quais conceitos devem ser medidos e como devem ser medidos; buscar descobrir novas possibilidades e dimensões da população de interesse; Descritiva, buscando identificar quais situações, eventos, atitudes ou opiniões estão manifestos em uma população; descrevendo a distribuição de algum fenômeno na população ou entre os subgrupos da população, ou ainda faz uma comparação entre as distribuições. Neste tipo de survey, a hipótese não é causal, mas tem o propósito de verificar se a percepção dos fatos está ou não de acordo com a realidade. Ainda conforme, Pinsonneault & Kraemer (1993), é preciso entender e verificar se existe uma correta adequação dos respondentes a unidade de análise, ou seja, o que os respondentes realmente representam a unidade de análise. Rigsby (1987) explica que os investigadores que realizam pesquisas de levantamento tipicamente coletam seus dados através de respostas a questões predeterminas feitas a todos os sujeitos de pesquisa. Sendo o que determina a utilização de um ou outro tipo de levantamento são os resultados desejados, a viabilidade ou não de se realizar a pesquisa e, função dos recursos financeiros limitados, dificuldade em coletar os dados, entre outros fatores. Atualmente, com avanço tecnológicos, criação de ferramentas que facilitam a abordagem da amostra, essas dificuldades reduziram, porém não extintas. As pesquisas de levantamento normalmente são mais bem utilizadas em estudos descritivos, cujos resultados não há grande exigência em aprofundar. Nesse sentido, Gil (1999) salienta que estudos de levantamento são muito úteis em pesquisas de opinião e atitude, no entanto pouco indicados no estudo de problemas referentes a relações e estruturas sociais complexas, devido à pouca profundidade sobre o fenômeno ou objeto de análise.

Os levantamentos por amostragem são utilizados atualmente com grande popularidade entre os pesquisadores sociais, sendo bastante reconhecido pelos pesquisadores. Este procedimento de pesquisa, conforme Gil (2010) expressa, como os demais métodos, neste também existem vantagens e limitações. As principais vantagens dos levantamentos estão: Conhecimento direto da realidade: à medida que as próprias pessoas informam acerca de seu comportamento, crenças e opiniões, a investigação torna-se mais livre de interpretações calcadas no subjetivismo dos pesquisadores; Economia e rapidez: desde que se tenha uma equipe de entrevistadores, codificadores e tabuladores devidamente treinados ou utilização de uma ferramenta eficaz, torna-se possível a obtenção de grande quantidade de dados em curto espaço de tempo. Quando os dados são obtidos mediante questionários, os custos tornam-se relativamente baixos; Qualificações: os dados obtidos mediante levantamento podem ser agrupados em tabelas, possibilitando sua análise estatística. As variáveis em estudo podem ser qualificadas, permitindo o uso de correlações e outros procedimentos estatísticos. À medida que os levantamentos se valem de amostras probabilísticas, torna-se possível até mesmo conhecer a margem de erro dos resultados obtidos. Nesta linha, Gil (2010), continua com a abordagem das principais limitações, sendo: Ênfase nos aspectos perceptivos: os levantamentos recolhem dados referentes à percepção que as pessoas têm acerca de si mesmas. A percepção é subjetiva, o que pode resultar em dados distorcidos. Há diferença entre o que as pessoas fazem ou sentem e o que elas dizem a esse respeito; Pouca profundidade no estudo da estrutura e dos processos sociais: mediante levantamento, é possível a obtenção de grande quantidade de dados a respeito dos indivíduos. Porém como os fenômenos sociais são determinantes sobretudo por fatores interpessoais e institucionais, os levantamentos mostram-se pouco adequados para a investigação profunda desses fenômenos; Limitada apreensão do processo de mudança: o levantamento, de modo geral, proporciona visão estática do fenômeno estudado. Oferece uma espécie de fotografia de determinado problema, mas não indica suas tendências à variação e muito menos as possíveis mudanças estruturais. Nesta abordagem das vantagem e limitações, as quais Gil (2010) menciona em seu livro, confirma a utilidade deste procedimento mais adequado para estudos descritivos, do que para

os explicativos. Sendo assim inapropriados para aprofundamento dos aspectos psicológicos e dos psicossociais mais complexos, porém muito eficazes para problemas menos delicados, como preferência eleitoral e comportamento do consumidor. Contudo, a utilização do procedimento do tipo levantamento ou sorvy na abordagem do objeto de estudo depende do meio e do que se propõem a pesquisa em questão. Este método é bastante eficaz para abordagem de respostas rápidas e sem necessidade de analisa particular de cada fenômeno. Tudo depende da forma que o pesquisador pretende abordar a análise dos dados de sua pesquisa. Analise dos dados De acordo com os autores, para uma pergunta ser bem planejada e realizada, deve permitir que ao utilizar as ferramentas certas, se chegue com tempo hábil e energia a exploração dos dados. Para isso, é necessário conhecer a fundo os dados, e dedicar tempo a essa tarefa; quanto mais tempo, mais qualidade terão as inferências. Ao utilizar o cruzamento de métodos qualitativos com quantitativos derivados de dados originais, surge a criação de novos dados, e exige o envolvimento do pesquisador (não apenas de auxiliares) com os dados. Essa etapa consome muito tempo, principalmente refletindo nas conclusões. Os dados obtidos com a realização do procedimentos de levantamento de dados/survey devem ser analisados por meio de ferramenta estatística para se obter informações desejadas, devendo para tanto, considerar o tipo de análise estatística aplicável as variáveis em estudo. As variáveis podem ser qualitativas ou quantitativas, que tem como resultado atributos ou qualidades, enquanto que as quantitativas tem como atributo números de determinada escala. Segundo Maxwell (apud Bickman &Rog, 1997) as decisões sobre a análise dos dados devem ser consideradas durante o desenho da pesquisa, embora os pesquisadores na maioria, as tratem a posterior. A analise a ser realizada também depende do tipo de variável a ser utilizada, conforme os autores, por: Variável nominal: é o tipo mais simples, onde os elementos do conjunto original são agrupados em classes ou categorias, por exemplo: Sexo, estado civil... quanto as possibilidades estatísticas desse tipo de variável, tem-se a contagem do número de casos. Uma vez determinada a quantidade de elementos, com o atributo; utilizam-se três medidas para comparações entre as categorias: Proporções, porcentagens e razões.

Variável Ordinal: resulta da operação de ordenar por postos. Exemplo, as classe econômica (nível alto, médio, baixo), possibilidades estatísticas (mediana, decins, quartins...). A correlação no ordenamento por postos aplica-se as escalas ordinais, dado que os coeficientes resultantes de (Spearman ou Kendall) são interpretados somente como um teste em relação ao ordenamento dos valores; Variável Intervalar: possuem características de escalas nominais e ordinais; Nas variáveis desse tipo pode-se comparar as diferenças numéricas que existem entre um e outra categoria. Dentro das possibilidades estatísticas, podem se utilizar todas as medidas estatísticas usuais, além das já descritas também: média aritmética, desvio padrão, correlação de postos, correlação produto-momento de Pearson, assim como os testes e provas paramétricas comuns, que são os teste t, teste F, entre outros; Variável de Razão: quando uma escala tem todas as características de uma escala de intervalos e além disso, tem um verdadeiro ponto zero de origem. São variáveis que se reúnem todas as propriedades dos números naturais, como: classificação, ordem, distância e origem. Nesta figura 1, ilustra-se uma análise bi-variada que pode ser feita com as variáveis nominais, com base em Moscarola ( 1995) e Sphinx Lexica (1997).

A análise multidimensional de dados (Hair et ali, 1994) consiste em analisar simultaneamente mais de duas variáveis, visando a síntese ou a análise aprofundada. Em outras palavras deseja-se resumir a massa de dados e informações implicando grande número de indivíduos descritos por diversas variáveis. Conforme ilustrado na figura 2: Desta forma, na pesquisa de levantamento/sorvey a análise dos dados é utilizado ferramentas para proporcionar maior precisão do objetivo proposta na pesquisa. Conforme já mencionado, neste procedimento é analisado através de questionamentos, validação, amostragem. Amostragem Para uma boa amostragem é necessário ter claramente definido o objetivo que se tem com a realização do survey, neste contexto indica melhores condições de assegurar se a amostra é adequada ou não. Possibilitando, deste modo, definir objetivamente os critérios para seleção dos respondentes, como, por exemplo, quais as condições de definem se uma pessoa pode ou não participar da amostra. De acordo com Fink(1995), a amostra tem que ser representativa da população, mas deve-se levar em consideração que, por mais que seja bem selecionada, nenhuma amostra é perfeita, o que pode variar é o grau de erro ou viés. Para Perrien, Cheron e Zins (1984), definem que o processo de amostragem, inicia-se pela definição da população alvo, pela unidade de amostragem, pelo método de amostragem, pelo tamanho da amostra e pela seleção ou execução do processo de amostragem. A principal característica da amostra probabilística é a aleatoriedade, eliminando a subjetividade da amostra. As probabilidades de participar de uma amostra podendo ser aleatória simples, sistemática, por grupos ou subgrupos, ou por etapas.

Segundo Perrien, Cheron& Zins (1984) a amostra probabilística pode ser classificada em estratificada e não estratificada. A amostra estratificada assegura que todos os tipos de intervenientes estejam presentes; cada subgrupo da população é considerada pela origem da outra amostra. Neste tipo de amostra pode-se ter dois tipos: A proporcional: onde a amostra de cada estrato é proporcional a extensão dele no universo; Não proporcional: onde a amostra dos estratos não é proporcional a extensão desses no universo. Amostra não probabilística, é obtida a partir de algum tipo de critério e nem todos os elementos da população tem a mesma chance de ser selecionado. O que torna os resultados não generalizáveis. Esse tipo de amostra pode ser conveniente quando os respondentes são pessoas difíceis de identificar, ou grupos específicos (criminosos, pacientes) ou ainda quando existe uma restrição no orçamento da pesquisa. De acordo com Fink (1995), o tamanho da amostra refere-se ao número de respondentes necessários para que o resultado seja preciso e confiável, e que o aumento do tamanho da amostra diminui o erro. Destaca ainda que a partir de certa quantidade não se tem mais uma forte contribuição agregada por coletar-se maior número de questionários. O autor também discute, sobre quanto é suficiente, o tamanho da amostra deve ser estabelecido considerando alguns aspectos: Se o universo é finito ou infinito; Nível de confiança, geralmente de 95%, com margem de erro de 5%; A proporção em que a característica foco da pesquisa se manifesta na população. Caso a definição da população alvo, não seja precisa, haverá maiores chances de erro na amostragem, e em consequência no desenvolvimento da pesquisa, e na conclusão. Outro aspecto que pode afetar a qualidade da resposta é a não resposta, expressa pelo indicador de taxa de resposta. Moscarola ( 1990) apresenta a lei dos grandes números onde uma amostra inferior a 30 (trinta) observações se tem chances de encontrar tanto um valor errôneo ou defasado como um valor se aproximando da realidade. As chances em obter um resultado alinhado com a realidade aumentam com 100 (cem) ou mais observações. Perrien, Cheron e Zins (1984), abordam a questão do tamanho da amostra, argumentando que a precisão tende a elevar-se com o aumento do tamanho da amostra, e que

na amostra probabilística, para dobrar a precisão é necessário quadruplicar o tamanho da amostra. Contudo, a confiabilidade da amostra está totalmente ligada a proporção da amostra com o todo o universo da pesquisa. Por mais proximidade dos resultados serem compatíveis por toda a população, por ser extraído de uma parte haverá sempre um graus a ser considerado como erro. Medida está, tomada para ter mais precisão e ciência dos resultados elencados. Questionários O questionário é um dos instrumentos que podem ser utilizados para a realização da Survey. Conforme os autores é um instrumento de coleta de dados, constituído por uma serie ordenada de perguntas, que devem ser respondidas por escrito e sem a presença do entrevistador, tendo como estratégia de aplicação a entrevista pessoal, o envio do questionário, via correio, e-mail, etc. Recomenda-se enviar junto com o questionário uma nota ou carta, explicando a natureza da pesquisa, sua importância e a necessidade de obter respostas. Com o objetivo de despertar o interesse do recebedor, no sentido de que ele preencha e devolva o questionário dentro de um prazo razoável. No livro How to ask survey questions, de Fink ( 1995), a questão difícil de se oferecer perguntas abertas ou fechadas, as escolhas e medidas inerentes ás respostas oferecidas, e um interessante debate envolvendo conhecimento, atitudes e comportamentos. Moscarola ( 1990), desenvolveu uma interessante abordagem a respeito do questionário e de sua elaboração, definindo primeiro todo o grande macro ambiente como: cultura, modo de vida, economia, técnicas, sociedade, organizações, locais, geografia, depois aproxima-se mais com aspectos de marketing, como comunicação e publicidade, preços e qualidade, distribuição, produtos e mercados, para então chegar nas questões essenciais : quem?, onde? O que? Quando? Como? por que?. Moscarola (1990) argumenta, também, referente a uma triangulação dos métodos de observação ao conteúdo observável. Identificando, comportamentos, motivos e valores, a natureza do objeto que é observado, seja a observação direta, entrevista fechada, semiaberta ou aberta. O autor evidencia, conforme a figura 3, que existe diversas maneiras de se abordar um mesmo tema.

De acordo com Perrien, Chéron e Zins (1984) alguns cuidados devem ser tomados para elaboração do questionário: As alternativas para questões fechadas devem ser exaustivas, com objetivo de cobrir todas as possíveis respostas; Somente questões relacionadas ao problema devem ser incluídas; Deve-se considerar as implicações das perguntas quanto aos procedimentos de tabulação e análise dos dados; O respondente não deve sentir-se incomodado ou constrangido para responder as questões; As questões devem ser redigidas de forma clara e precisa, considerando o nível de informação dos respondentes; As questões devem possibilitar uma única interpretação e conter uma única ideia; O número de perguntas deve ser limitado; As perguntas não devem induzir a respostas; A apresentação gráfica do questionário deve ser observada, procurando-se facilitar o preenchimento; Deve haver instruções sobre como preencher corretamente o questionário. É importante assegurar ao respondente a confiabilidade dos dados e dos resultados, enquanto dados individuais ou mesmo coletivos. De acordo com Hoppen, et al (1996), a elaboração do instrumento e o seu refinamento constituem duas fases que devem ser consideradas para a validação do conteúdo. Os enunciados que compõem o instrumento (questionário) devem ser baseados na revisão da literatura pertinente ao fenômeno. Esse tipo de validação implica que todos os aspectos do atributo que está sendo medido sejam considerados pelo instrumento; que os indicadores construídos são uma boa representação do fenômeno a ser estudado.

Após a elaboração do instrumento, juízes, especialistas na área podem julgar a pertinência, a clareza e a do questionário, quanto ao seu propósito. Em seguida, recomenda-se fazer, acordo com Gil (1991), visando a garantia de que ele realmente ira medir aquilo que se propõe, devem ser considerados no pré-teste os seguintes aspectos: clareza e precisa dos termos, quantidade de perguntas, forma das perguntas, ordem das perguntas e introdução. A aplicação de questionários para obtenção de dados para a pesquisa destaca-se vantagens e desvantagens neste procedimento. Sendo as vantagens Economiza tempo, viagens e obtém grande número de dados; Atinge maior número de pessoas simultaneamente; Abrange uma área geográfica mais ampla; Economiza pessoal, tanto em adestramento quanto em trabalho de campo; Obtém respostas mais rápidas e mais precisas; Há mais segurança, pelo fato de as respostas não serem identificadas; Há menos risco de distorção, pela não influencia do pesquisador; Há mais tempo para responder e em hora mais favorável; Há mais uniformidade na avaliação, em virtude da natureza impessoal do instrumento; Obtém respostas que materialmente seriam inacessíveis. Neste contexto nomeasse as desvantagem da aplicação de questionários para a coleta de dados de uma pesquisa: Percentagem pequena dos questionários que voltam; Grande número de perguntas sem respostas; Não pode ser aplicado a pessoas analfabetas; Impossibilidade de ajudar o informante em questões mal compreendidas; A dificuldade de ajudar o informante em questões mal compreendidas; Na leitura de todas perguntas, antes de responde-las, pode uma questão influenciar a outra; A devolução tardia prejudica o calendário ou sua utilização; O desconhecimento das circunstancias em que foram preenchidos torna difícil o controle e a verificação. A elaboração de um questionário requer a observância de normas precisas, a fim de aumentar sua eficácia e validade. O pesquisador deve conhecer bem o assunto para poder dividilo. O processo de elaboração é longo e complexo: exige cuidado na seleção das questões, levando em consideração a sua importância, isto é, se oferece condições para a obtenção de

informações validas. Os temas escolhidos devem estar de acordo com os objetivos geral e especifico. O questionário deve ser limitado em extensão e em finalidade. Se for muito longo causa fadiga e desinteresse; se curto demais, corre o risco de não oferecer suficientes informações. Desta forma, na hora da formulação deve-se levar em conta como a pessoa está focada em responder as perguntas propostas. Com a Identificação das questões, estas devem ser codificadas, a fim de facilitar, mais tarde, a tabulação. Outro aspecto importante do questionário é a indicação da entidade ou organização patrocinadora da pesquisa. Devendo estar acompanhado por instruções definidas e notas explicativas, para que o informante tome ciência do que se deseja dele. O aspecto material e a estética também deve ser observados: tamanho, facilidade de manipulação, espaço suficiente para as respostas, a disposição dos itens, de forma a facilitar a computação dos dados. Com o avanço tecnológico, este método obteve grandes benéficos. Atualmente, através de e-mail, facilitou o envio e o retorno pelos seus usuários. Além disso, há disponíveis aplicativos que oferecem maior retorno da real visualização, respostas, entre outros fatores, das pessoas classificadas para a resolução dos questionários. Porém alguns procedimentos devem ser seguidos para ter um maior retorno dos testes a serem aplicados pela população amostra do questionário. Conforme será abordado a seguir, que são pre teste e a qualificação das perguntas. Pre teste Após redigido, o questionário precisa ser testado, antes de sua utilização definitiva, aplicando-se alguns exemplares em uma pequena população escolhida, deve ser aplicado em populações com características semelhantes. A análise dos dados, após a tabulação, evidenciara possíveis falhas existentes, como: Inconsistência ou complexidade das questões, ambiguidade ou linguagem inacessível; Perguntas supérfluas ou que causam embaraço ao informante; se as questões obedecem a determinada ordem. Verificadas as falhas, deve-se reformular o questionário, conservando, modificando, ampliando ou eliminando itens; Perguntas abertas podem ser transformadas em fechadas se não houver variabilidades de respostas. O Pre teste também serve para verificar se o questionário apresenta três importantes elementos: Fidedignidade: qualquer pessoa que aplique obterá sempre os mesmos resultados?;

Validade: os dados recolhidos são necessários á pesquisas?; Operabilidade: vocabulário acessível e significado claro?. Desta forma, há uma pre analise da confiabilidade e necessidade do teste que será abordado. Permite também uma estimativa sobre os futuros resultados. Podendo avaliar e melhorar os procedimentos a serem abordados. Classificação das perguntas Quanto à forma, as perguntas podem ser classificadas em três categorias: abertas; fechadas ou dicotômicas; ou de múltipla escola. As abertas são aquelas que permitem ao informante responder livremente, com linguagem própria, e emitir opiniões. As fechadas ou dicotômicas são aquelas que o informante escolhe sua resposta entre duas opções: sim e não; Embora restrinja a liberdade do entrevistado, facilita a vida do pesquisador. Há duas formas de fazer perguntas dicotômicas: A primeira seria indicar uma das alternativas, ficando implícita a outra; e a segunda, apresentar duas alternativas para escolha. De acordo com Boyde e Westfall(1978), a maior eficiência desta segunda forma, está diretamente relacionada a dois aspectos: em primeiro lugar, não induzir a resposta, e em segundo, ao fato de uma pergunta enunciada de forma negativa receber, geralmente uma percentagem menor de respostas do que a de forma positiva. As de múltipla escolha, são perguntas fechadas, mas que apresentam uma serie de possíveis respostas, abrangendo várias facetas do mesmo assunto. A técnica da escolha múltipla é facilmente tabelável e proporciona uma exploração em profundidade quase tão eficiente quanto a de perguntas abertas. As perguntas de fato, Dizem respeito a questões concretas, tangíveis, fáceis de precisar, portanto referem-se a dados objetivos: idade, sexo, profissão, domicilio, estado civil, religião, entre outros. Geralmente não se fazem perguntas diretas sobre casos em que o informante sofra constrangimento. Desta forma a formulação das perguntas tem como objetivos: Perguntas de Ação: as que referem-se a atitudes ou decisões tomadas pelo indivíduo. São objetivas, ás vezes diretas demais, devem ser redigidas com bastante cuidado; Perguntas sobre Intenção: tentam averiguar o procedimento do indivíduo em determinadas circunstâncias, não se pode confiar na sinceridade da resposta; e os resultados devem ser considerados aproximados; é o tipo de pergunta empregado em grande escala.

Perguntas de Opinião: é a parte básica da pesquisa que busca a visão do indivíduo pesquisado referente ao tema abordado; Perguntas Índice ou Teste: são utilizadas sobre questões que suscitam medo; quando formuladas diretamente, fazem parte daquelas consideradas socialmente inaceitáveis. É utilizada nos casos em que a pergunta direta é considerada impropria ou indiscreta. Desta forma, a principal destaque deste procedimento de levantamento de dados/sorvy é a aplicabilidade de questionários para obtenção de respostas de sua amostra. Buscando desta forma a constituição do seu objetivo e a resolução do problema de pesquisa proposto no estudo abordado. Validação De acordo com os autores, a validade e a confiabilidade são requisitos essenciais para uma medição. Para que uma medida tenha validade, ela necessita de confiabilidade; contudo uma medida confiável poderá ou não ser válida, Litwin (1995). O que compõem uma mediação são três elementos: a medida verdadeira; o erro amostral; e o erro não amostral. Os erros amostrais ocorrem em virtude do tamanho e do processo de seleção da amostra, enquanto que os erros não amostrais são aqueles que ocorrem durante a realização da pesquisa e não são classificados como erros amostrais, por exemplo: não respostas, entrevistadores desonestos. Segundo Mattar (1994) a validade de uma medição refere-se a quanto o processo de medição está isento, simultaneamente, de erros amostrais e de erros não amostrais. Sendo a confiabilidade de uma medição referente ao quanto do processo está isento apenas dos erros amostrais. Uma escala é tida como fidedigna quando produz consistentemente os mesmos resultados, uma vez aplicada á mesma amostra (Gil, 1995). A medição da confiabilidade pode ser feita por meio dos seguintes coeficientes (Sampieri et alii, 1991): Medida de estabilidade (confiabilidade por teste e reteste); Método de formas alternativas ou paralelas Método de metades partidas (Split-half) Coeficiente Alfa de Cronbach e coeficiente KR-20.

Uma escala apresenta validade quando mede realmente o que se propõem a medir. A validade Interna refere-se as condições de aplicação do instrumento. Segundo Campbell & Stanley (1979), alguns aspectos devem ser considerados para que não influam no resultado da pesquisa: Fatos que tenham ocorrido entre as medidas; Alterações internas nos respondentes, geralmente por demandar muito tempo; Efeito da aplicação de um teste sobre o resultado do segundo; Alterações no instrumento ou nos observadores que reflitam em mudanças nas medidas encontradas; Redução dos respondentes no decorrer da pesquisa. Quanto a validade externa, refere-se ás condições de generalização, ou seja, a representatividade da amostra e a correspondência entre os respondentes e a unidade de análise. Já Hoppen et al (1996), observam que, a validade pode ser classificada nos seguintes tipos: Aparente, enfoca a forma do instrumento e o vocabulário utilizado; Conteúdo, verifica se o instrumento representa o que se deseja medir; De Traço, busca a coerência interna de cada medida e a consistência sob os diferentes enunciados; De constructo, elo entre o nível conceitual e o operacional; Monológica, testa a relação entre os constructos e a relação empírica entre as medidas de diferentes constructos. Neste contexto, a validação em analise a escalas de mediação, servem para averiguar a fidedignidade e necessidade real das formas de levantamento de dados a serem aplicados na amostra elencada pelo pesquisador. Apropriando e possibilitando uma análise mais aperfeiçoada da análise de dados a ser aplicado. CONCLUSÕES Concluímos que a abordagem da tipologia de pesquisa de levantamento de dados ou sorvey é um importante método para a solicitação de informações a um grupo significativo de pessoas acerca do problema estudado, oferecendo ao pesquisador, respostas de forma mais ágeis por ser aplicado em uma amostra do universo pesquisado. Sendo o questionário aplicado previamente analisado e averiguado a sua real importância e enquadramento do tema proposto.

Segundo Pinsonneault & Kraemer (1993), para a melhoria da qualidade dos surveys no campo da Administração da Informação, os pesquisadores deveriam atentar para: utilizar mais de um método para a coleta de dados que permita a triangulação em situações nas quais essa estratégia se faça necessária. Adotar procedimentos adequados e sistemáticos para a amostragem; fazer uso de estratégias que garantam alta taxa de resposta; buscar o melhor elo entre a unidade de análise e os respondentes. Fink (1995) e Moscarola (1990) abordam de forma utilitária a elaboração dos relatórios e comunicações inerentes a pesquisa, um tema que os pesquisadores desprezam por estarem preocupados e envolvidos com o processo, e normalmente desgastados pelo fato de terem de preocupar, conduzir e gerenciar cada etapa. O levantamento de dados/survey consiste na aplicação de questionários a uma amostra do universo em estudo. Estas questões são averiguadas e validadas através de procedimentos realizados antes da aplicação do teste em análise. O divisor da utilização deste método foi o aprimoramento dos recursos e aplicativos para a realização da pesquisa. Não necessitando mais ir pessoalmente ao encontro da amostra ou enviando através do correio manual. Atualmente disponibiliza da utilização do correio eletrônico, através de e-mail, facilitando o envio e o retorno dos questionários. De forma geral, concluímos que essa é uma atividade que exige concentração e muitas outras competências, com a qual deve existir preocupação. De forma a extrair corretamente a amostra necessária e a formulação das perguntas. Para sanar exatamente os objetivos proposto para a pesquisa. Assim, possibilitar a descrição com exatidão das características buscadas na população designada. Neste viés, este procedimento também se dá de grande importância pelo levantamento de informações que podem ser úteis para pesquisas futuras mais específicos. Possibilitando, cada vez mais, o aprimoramento do estudo e a transmissão de conhecimento ao próximo. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BICKMAN, L. & ROG, D.J. Handbook of applied social research methods. Tousand, Sage, 1997. CAMPBELL,D.T & STANLEY,J. Delineamentos experimentais e quase experimentais de pesquisa. São Paulo, EPUEDUSP, 1979.

CUNHA Jr., M; FREITAS,;SLONGO, L.A A pesquisa de marketing como fator de interação universidade-empresa: estudo de caso aplicado utilizando uma ferramenta de estruturação e de análise quantitativa e qualitativa de dados. Anais, Joao Pessoa, ANPAD, 1995. FINK, Arlene. The survey handbook. Thousand Oask, Sage, 1995. FRANKFORT- NACHMIAS, C& NACHMIAS, D. Research methods in the social science. 5 ed. New York,St. Martins Press, 1996. FREITAS, H; CUNHA Jr; MASCAROLA, J. Aplicaçao de sistema de software para auxílio na análise de conteúdo, Revista de Administraçao da USP, São Paulo, v.32.n3, jul/set 1997. GIL, A. Como elaborar projetos de pesquisa. 3 ed. São Paulo, Atlas, 1991.. Método e técnicas de pesquisa social. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1999.. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010. HAIR et ali. Mulivariate data analysis. New Jersey, Prentice half, 1994. FREITAS, H.,OLIVEIRA, M., SACCOL A.Z., MOSCAROLA, J. O Método de pesquisa Survey; Revista ADM São Paulo, v.35 n3, p.105-112 jul/set de 2000. Disponivel em <http://www.scielo.br/> Acesso em 01 de Setembro de 2015. HOPPEN,N. et alli. Um guia para avaliação de artigos de pesquisas em sistemas de informações, READ, Porto Alegre, 7 ed. V2, n2, 1996. KRAEMER,K.L; CASH Jr.J.I. NUNAMAKER, J.F. the informaion systems research challenge: survey reserarch methods. Boston, Harvard Bussiness Scholl, 1991. LITWIN, M.S. How to mearuse survey rellability and validity, Thousad Oaks, Sage, 1995. MARCONI, M.A e LAKATOS, E.M; Fundamentos de metodologia cientifica. 6 Ed. São Paulo: Atlas, 2006. MATTAR, F.N, Pesquisa de marketing, Sao Paulo, Atlas, 1994. MOSCAROLA, J. Enquetes et analyses de donnéss. Paris, Vuibert 1990. PERRIEN, J. CHERON, E.J; ZINS, M. Recherche en marketing: methods et decisions. Montreal, Gaetan Morin Editeur, 1984. PINSONNEAULT, A. & KRAEMER, K.L. Survey research in management information systems: an assessement, Journal of Management Ionformation System, 1993. RIGSBY, Leo. Delineamentos de pesquisa de levantamento. In: KIDDER, Louise H. (Org.). Método de pesquisa nas relações sociais: Selltiz, Wrightsman e Cook. 2. ed. São Paulo: EPU, 1987.1 v. SAMPIERI, R.H. et alli Metodologia de la Investigacion. Mexico Mc Graw, 1991.

TRIPODI, Tony; FELLIN, Phillip; MEYER, Henry. Análise da pesquisa social. 2. ed. Rio de Janeiro: F. Alves, 1981.