The Ag by J O NE S - H A MILTO N C O. OUTONO DE 2012 Diminuições significativas de lucro devido ao declínio de desempenho causado por amônia A amônia é a causa mais comum de perda de desempenho em termos de ganho de peso corporal e conversão de alimentos. Uma pesquisa detalhada demonstrou que mesmo níveis de amônia tão baixos quanto 25 PPM podem custar aos produtores 19 pontos de peso por ave (Miles e outros, 2002) por granja, em um ciclo de crescimento de 7 semanas, o que equivale a 209 USD de perda financeira por granja. Quando você considera que muito raramente há níveis de amônia inferiores a 50 PPM em uma granja, o que equivale a uma perda de ½ libra por ave, os custos financeiros da amônia são acumulados rapidamente. Um gerenciamento de cama adequado é a única forma de evitar que a amônia cause perda de lucros. A fonte de problemas de amônia Não importa se uma granja é limpa após cada rebanho ou se há utilização de cama sobreposta, todas as aves defecam o que causa a liberação de amônia. A amônia (NH3) é um gás incolor, solúvel em água, que é formado pela degradação bacteriana do ácido úrico dos dejetos. Porque a amônia não tem uma carga iônica, ela é rapidamente liberada na atmosfera na forma gasosa a uma taxa que será determinada pela área da superfície e pela temperatura da cama. Um manejo agressivo da cama durante tempo de parada cria uma crescente área de superfície, o que causa a liberação de mais amônia. Temperaturas mais altas, que aumentam a evaporação de água, aceleram ainda mais esse processo. Esta é a razão pela qual as granjas com cama fina e empoeirada podem ter concentrações de amônia tão altas em relação às aves. É importante manter a umidade e outras características da cama no meio da curva de sino (não tão seco e não tão úmido) para a redução da velocidade de liberação de amônia da superfície da cama. A medição de amônia uma polegada ou duas abaixo da superfície da cama é um indicador do que a cama irá liberar durante os próximos dias. Uma cama muito fina e empoeirada frequentemente possui concentrações profundas de amônia superiores a 600 PPM, sendo que camas manejadas adequadamente, com tamanhos maiores de partícula, raramente excedem 150 PPM de amônia ao fundo da cama.
A capacidade de resposta das aves em relação a desafios causados por doenças respiratórias está diretamente relacionada à qualidade do ar da granja. A amônia causa a primeira quebra das defesas respiratórias das aves, o que então permitirá que os vírus e bactérias invasores entrem no sistema respiratório. A primeira linha de defesa que as aves têm contra desafios respiratórios é o elevador mucociliar da traquéia. A medida em que a ave respira, bactérias, vírus e outras partículas ficam presas no muco que cobre os cílios da superfície interna da traquéia da ave. Os cílios são pequenas fibras que se movimentam para cima, um efeito que forma um elevador que leva as partículas que foram presas no muco para fora da traquéia, onde elas poderão ser removidas ou engolidas pela ave. O funcionamento adequado deste mecanismo de defesa depende da integridade do revestimento traqueal. Qualquer dano ao elevador mucociliar irá prejudicar a Amônia e saúde das aves capacidade da ave de limpar as partículas e remover os organismos causadores de doenças do trato respiratório. A causa mais comum de dano ao elevador mucociliar é a amônia. Ciliostase, ou paralisação dos cílios, pode ser percebida com níveis de amônia tão baixos quanto 25 PPM (quase não detectável pelo olfato humano) e pode resultar em impossibilidade de remoção de bactérias e vírus presos no muco, visto que os cílios estarão paralisados. Isso permite que as partículas presas caiam mais profundamente no trato respiratório da ave. Níveis mais altos de amônia podem causar perda de cílios, o que permite o acesso imediato de vírus (incluindo vírus de vacinas) e bactérias ao sistema respiratório inferior das aves. Pequenas partículas (pó, bactérias e vírus) não podem ser eliminadas adequadamente do sistema respiratório e acabam chegando aos sacos aéreos, oq ue pode ocasionar aerossaculite. Nível de NH 3 20 PPM (contínuo por 6 semanas) 40 PPM 25-50 PPM 50-100 PPM Efeitos prejudiciais edema pulmonar, congestão e hemorragia aumento da probabilidade de doenças respiratórias devido à ciliostase morte de cílios e menor eliminação de E. coli dos pulmões e sacos aéreos redução de peso corporal (0,38 lbs. menor após 49 dias), eficiência alimentar reduzida e aumento de aerossaculite em aves expostas ao vírus da bronquite queratoconjuntivite, ulceração das córneas e cegueira A umidade excessiva dentro de uma granja ou manejo de cama e remoção de crostas inadequados irá encorajar a produção e liberação de amônia. Um gerenciamento de cama adequado, uso de corretivo de cama e ventilação para manter os níveis de amônia abaixo de 25 PPM devem ser seguidos a todo momento. Isso assegura que as aves sejam capazes de manter os seus mecanismos de defesa próprios para combater os desafios representados pelas doenças respiratórias e, principalmente, prevenir redução de desempenho. Impacto da amônia sobre o desempenho das aves Enquanto altos níveis de amônia podem ser prejudiciais para o desempenho das aves em qualquer etapa, os frangos jovens são mais suscetíveis aos danos causados pela amônia durante as primeiras quatro semana de vida. Um estudo colaborativo entre a Universidade do Estado do Mississippi e a unidade da USDA-ARS de Starkville, MS, demonstrou o impacto da exposição à amônia sobre o desempenho da produção de frangos. Em um estudo (veja a Tabela 1), as aves que foram expostas a 50 PPM de amônia durante as primeiras quatro semanas de crescimento e em seguida nenhuma amônia eram 6,4% mais leves e as aves expostas a 75 PPM eram 9% mais leves que as aves expostas a apenas 25 PPM durante as primeiras quatro semanas. Níveis de amônia de 75 PPM ou mais durante as primeiras quatro semanas de vida são muito comuns (mesmo no verão) em granjas que não utilizam corretivos de cama em toda a granja no início de cada rebanho.
Resposta do frango macho a baixos níveis de amônia atmosférica Produção 2 (%) Diminuição do peso Carne do peito NH 3 (ppm) BW 1 (g) (g) (%) Alimentação/ganho 1 Mortalidade 1 (%) Total (peitoral maior + menor) 4 semanas 0 (aproximado) 1,421 x 1.53 x 25 1,395 x 26 2 1.52 x 50 1,178 y 243 17 1.62 x 75 1,128 y 293 21 1.62 x 7 semanas 0 (aproximado) 3,211 x 1.93 x 5.8 xy 73.2 x 19.8 x 25 3,202 x 9 0.3 1.91 x 2.8 xy 73.0 x 19.7 x 50 3,004 y 207 6.4 1.98 x 10.6 yz 72.7 x 19.0 x 75 2,920 y 291 9.0 1.97 x 13.9 z 72.4 x 19.0 x Erro padrão (61.6) (0.11) (0.31) (0.34) x-z Significa dentro de uma coluna sem diferença de super índice (P< 0.05). 1 Houve 4 observações por média para as observações de tratamento 0 aproximado e 3 por média para os tratamentos de 25, 50, e 75 ppm. No primeiro teste, problemas mecânicos com o controle de amônia fez com que 3 câmaras (uma de cada um dos tratamentos de 25, 50, e 75 ppm) fossem descontinuadas. 2 Observações de produção pela média dos tratamentos de 0 (aproximado), 25, 50, e 75 ppm foram, respectivamente, 160, 107, 151,e 144. Tabela 1. Redução de desempenho devido à exposição de amônia durante as quatro primeiras semanas de crescimento. (Miles et al, 2004) Um complexo de 1,5 milhão por semana em um programa de aves de 8 libras que não faz um bom trabalho para manter os níveis de amônia abaixo de 25 PPM pode estar perdendo acima de um milhão de libras por causa da exposição à amônia - uma perda substancial em um ambiente de margens curtas e altos custos de alimentação. Em um segundo estudo conduzido por Miles et al, a perda de peso causada pela exposição à amônia representou um percentual de peso corporal ainda maior (Figura 2). Além da perda de peso, a uniformidade do rebanho também sofre com a exposição à amônia. Isso é particularmente importante em um complexo que cria aves para fast food que precisam atingir especificações de peso muito estritas. Como você pode ver na Figura 3, à medida que a exposição de amônia aumenta de 0 PPM a 25 PPM e 50 PPM, o peso corporal não apenas diminui, mas a variação de tamanho das aves aumenta drasticamente. % DO POTENCIAL DE PESO TOTAL 100% 95% 90% 85% 80% 75% 70% 65% 60% 55% 50% 45% 40% 14 dias 28 dias 49 dias 25 ppm 50 ppm 100 ppm 200 ppm NÍVEL E DURAÇÃO DE EXPOSIÇÃO DE AMÔNIA Figura 2. Mudanças de peso causadas por exposição à amônia (Miles e outros, 2002)
% DE AVES DE CADA PESO 35 30 25 20 15 10 5 0 1.4 1.6 1.8 2.1 2.3 2.5 2.7 3.0 3.2 3.4 3.6 3.9 0 PPM = média de 3,06 kg 25 PPM = média de 2,98 kg 50 PPM = média de 2,84 kg DISTRIBUIÇÃO DO PESO EM KG Figura 3. Efeitos de NH3 sobre o peso médio e distribuição de peso (Miles e outros, 2002). Os níveis de amônia que causam perdas em termos de peso e conversão de alimentos são muito menores que os níveis de amônia necessários para causar mudanças na visão das aves. O desempenho é expressivamente reduzido diante de uma exposição de 50 PPM, mas as aves não mostram sinais de cegueira até que os níveis de amônia excedam 100 PPM. Infelizmente, muitos produtores e funcionários de granjas utilizam a ausência de aves cegas como medida para assegurar o sucesso do controle dos níveis de amônia. Entretanto, no momento em que as aves cegas estão presentes, já houve muito prejuízo financeiro em termos de desempenho e tamanho das aves. Controle de amônia através do gerenciamento de cama Evitar a liberação de amônia é a chave para maximizar o desempenho da produção. Isso é feito através de um gerenciamento de cama adequado durante o tempo de parada e uso adequado de um corretivo de cama tal como o acidificante de camas PLT. A produção de amônia aumenta à medida que o ph da cama se aproxima de 7,0 e atinge o seu máximo quando o ph é 8,0 ou superior (Ritz, e outros 2004). Estima-se que 50% a 80% do nitrogênio presente no esterco seja convertido em amônia a menos que ele seja primeiramente convertido em sulfato de amônio estável. A conversão de amônia em um sulfato de amônio estável e não volátil (NH 4 +) requer um ambiente ácido, razão pela qual os corretivos de cama mais eficazes têm natureza ácida. Um complexo comercial de criação de frangos do sudeste com animais grandes (7,0 lb.) e pequenos (4,5 lb.) avaliou os benefícios do uso de corretivos de cama em relação aos benefícios econômicos e desempenho. Os produtores tiveram a possibilidade de utilizar ou PLT ou Al+Clear (General Chemical Corp., Parsippany, NJ) na câmara de incubação a uma taxa adequada para a idade da ninhada. 87% dos produtores de aves grandes e 82% dos produtores de aves pequenas escolheram o PLT. Os 13% de produtores de aves grandes e 18% dos produtores de aves pequenas restantes escolheram utilizar Al+Clear de maneira idêntica ao PLT. Umtotal de 43,9 milhões de frangos foram avaliados na demonstração. Os tipos de granja e de gerenciamento foram similares entre os grupos de tratamento. Tamanho da ave Parâmetro de desempenho PLT Al + Clear Grande (7,0 lb/3,2 kg) Número total de aves 19,086,816 2,846,212 Conversão de alimentos 2.27 2.29 Peso (lbs) 6.92 6.81 Condenação (%) 1.77 2.11 Pequena (4,5 lb/2,05 kg) Número total de aves 18,091,297 3,869,792 Conversão de alimentos 2.05 2.09 Peso (lbs) 4.52 4.5 Condenação (%) 1.07 1.99 Figura 4. Dados de produção do complexo comercial de criação de frangos do sudoeste para todas as ninhadas criadas com PLT ou Al + Clear.
Tanto os grupos de aves grandes como pequenas criados com PLT superaram expressivamente as aves criadas com Al+Clear (Figura 4). Em um complexo desse tamanho, a regra básica utilizada na avicultura dos Estados Unidos é que uma melhoria na conversão de alimentos de 0,01 lbs. em relação ao ganho de peso/lb. por consumo de alimento representa 1 milhão de dólares por ano (Agrimetrics Associates, Inc., Midlothian, VA). As aves grandes criadas com PLT tiveram a taxa de conversão de alimentos melhorada em 0,02 e a conversão de alimentos das aves pequenas aumentou 0,04 em relação às aves criadas com Al+Clear. Este desempenho reduzido apresentado pelas aves criadas com Al+Clear é consistente com as perdas de produção devido à exposição à amônia relatada na literatura (Miles, e outros, 2004). Isso resultou em um retorno líquido de 2,7 milhões de dólares por ano em relação ao custo do PLT (305.000 USD) somente em termos de taxa de conversão de alimentos desse complexo. Benefícios econômicos adicionais também seriam obtidos pelos produtores e integradores a partir dos aumentos de peso e habitabilidade observados neste teste. Realizando medidas contra a amônia: Resultados e medidas inteligentes 20 anos de pesquisa demonstraram os efeitos da amônia sobre o peso das aves (Figura 5). A um nível de 50 PPM, os números mostram uma perda de 1/2 libra por ave. Assim, com base nos custos atuais de produção, os produtores e integradores podem ter perdas significativas somente com base no peso. 20.000 aves de 6,5 lbs = $0,055/lb. custo de produção - ½ lb. perda de peso em libras = $550 de perda por granja Do ponto de vista da empresa, as perdas são ainda maiores. Se atualizados para os parâmetros de custo atuais, baseados nos critérios acima e na pesquisa de 2002 (Miles), as perdas são substanciais e reais. As aves expostas a altos níveis de amônia perdem 8 pontos na conversão de alimentos. Com um custo de alimentação de $325/ton, a perda em relação a 20.000 aves é de $1.690 em conversão de alimentos por granja. A perda pode chegar a 84.500 USD por semana para um complexo de um milhão de aves por semana. Ao longo de dez anos de pesquisas de campo, quase metade dos produtores analisados estavam com níveis de amônia acima de 50 PPM sem corretivo de cama - um número que representa ma perda significativa de mais de $35.000 por semana somente em custos de alimentação. Quando se computam as condenações e perda de qualidade devido à amônia e desafios bacterianos, os integradores enfrentam uma perda adicional de 8.000 USD devido a doenças e 7.500 USD devido a condenação total de aves ou perdas de qualidade em uma operação de um milhão de aves. A qualidade da pata também sofre enormemente devido à amônia na câmara de incubação, o que resulta em grandes perdas de patas de classe A. Gerenciamento de amônia para evitar perdas de lucros Além de aplicar o acidificante de cama PLT de acordo com as instruções do fabricante, alguns passos simples foram definidos para evitar as perdas causadas pela amônia: Obtenha amostras de ar na altura das aves - não mais que uma polegada acima da cama no caso de filhotes. Remova as crostas entre cada rebanho, mas não prepare a cama. Pré-aqueça adequadamente antes da colocação das aves para completar a purgação da amônia da cama. Aplique um corretivo de cama em toda a granja para prevenir emissões de amônia. Mantenha uma ventilação adequada para atingir a umidade relativa ideal. Evite cama úmida com um programa de gerenciamento de linha de água eficiente que evita vazamentos e derramamentos. Referências C. W. Ritz, B. D. Fairchild, and M. P. Lacy. Implications of Ammonia Production and Emissions from Commercial Poultry Facilities: A Review 2004 J. Appl. Poult. Res. 13:684-692 Miles, D. M., S. L. Branton, B. D. Lott, and J. D. Simmons, 2002. Quantified determent of ammonia to broilers. Poultry Sci. Vol. 81 (Suppl. 1). Miles, D. M., S. L. Branton, and B. D. Lott, 2004. Atmospheric Ammonia Is Detrimental to the Performance of Modern Commercial Broilers Poultry Science 83:1650-1654 30354 Tracy Road, Walbridge, Ohio 43465-9792 Ph: 419.666.9838 888.858.4425 Fax: 419.666.1817 www.joneshamiltonag.com