DIREITO PENAL MILITAR

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DIREITO PENAL MILITAR

INTRODUÇÃO AO DIREITO MILITAR HISTÓRICO O Direito Militar O Direito Militar no Brasil

HISTÓRICO NO BRASIL - Família Real Portuguesa em 1808; - Conselho Militar e de Justiça - CMJ, primeiro Tribunal da Nação; - Superior Tribunal Militar STM; - Ordenações Filipinas; - Código de Guerra do Conde de Lippe - 1767; - A Constituição brasileira de 1824, fim da tortura e penas cruéis, exceto para escravos e militares; - 1888 Abolição dos Escravos Permanência do tronco; - Decreto nº 18, de 07MAR1891 Institui o Código Penal da Armada, em 29SET1899, a Lei nº612, amplia a aplicação do CPA ao Exército, as penas são mais racionais; - CPM de 1944 artigo 122, linha 13 da Constituição de 1937 (Pena de Morte e casos em que se aplica); - Decretos-Lei nº 1001, 1002, 1003 e 1004 (CPM CPPM LOJM CP); - Aplicação da Lei nº 9.099/95.

CONCEITO Ramo do direito público, dedicado aos assuntos jurídicos relacionados às forças armadas, criado para manter a disciplina nas legiões; alcança tanto aos militares federais, integrantes das Forças Armadas, como aos militares estaduais, integrantes das Polícias Militares e dos Corpos de Bombeiros Militares.

CONCEITO Segundo Coimbra e Streifinger: pode-se afirmar que o Direito Penal Militar consiste no conjunto de normas jurídicas que têm por objeto a determinação de infrações penais, com suas consequentes medidas coercitivas em face da violação, e ainda, pela garantia dos bens juridicamente tutelados, mormente a regularidade de ação das forças militares, proteger a ordem jurídica militar, fomentando o salutar desenvolver da missões precípuas atribuídas às Forças Armadas e às Forças Auxiliares. COIMBRA NEVES, Cicero Robson e STREIFINGER, Marcello. Apontamentos de Direito Penal Militar, Volume I. Pg. 33, Editora Saraiva. São Paulo, 2005.

CONCEITO No entanto definiremos Direito Penal Militar como: Conjunto de Normas Jurídicas, de cunho repressivo, que visam atender as necessidades do Estado, no tocante a garantia da Lei e da Ordem e manutenção de sua Soberania; se fundamentando nos princípios da Hierarquia e da Disciplina, e ainda, garantindo a existência da Instituições Militares, sejam estas Federais ou Estaduais.

Muitos defendem a extinção da justiça militar, por considerarem sua simples existência um privilégio, já que em várias ocasiões esta prevê julgamento em separado para militares que cometeram a mesma infração do civil. Já os seus defensores entendem que o direito militar visa proteger não apenas os militares em si, mas sim as instituições militares nacionais. Na área penal, inclusive, as penas são em grande parte mais rígidas que as previstas na legislação penal comum - CP 7

JUSTIFICATIVA A Existência de uma jurisdição militar se justifica com muita propriedade, nas palavras de João Uchoa Cavalcanti: Para os crimes previstos pela lei militar, uma jurisdição especial deve existir, não como privilégio dos indivíduos que os praticam, mas atenta à natureza desses crimes, e à necessidade, a bem da disciplina, de uma repressão pronta e firme, com fórmulas sumárias. O julgamento dos crimes militares por uma jurisdição especializada se justifica, pois a prática desses crimes reflete diretamente na segurança do país, dos poderes constituídos, e garantia da lei e da ordem.

Direito Penal Militar O Decreto-Lei nº 1001/69 de 21 de outubro de 1969 foi estruturado em três livros distintos: a) parte geral; b) parte especial: dos crimes militares em tempo de paz; c) dos crimes militares em tempo de guerra. Desde o início de sua vigência foi alterado apenas 5 vezes (1978, 1996, 1998, 2011 e 2012) não possuindo, até o momento, revogação expressa de nenhum dispositivo. Possui duas ADIn, 2004 e uma 2013. Desde 2015 o STM prepara uma série de propostas para atualização do CPM e do CPPM. 9

IMPORTANTE Militares estaduais ou federais - estão sujeitos à legislação específica - rígida e inflexível hierarquia e disciplina - Proibido a atividade político-partidária, a greve, a sindicalização - Não gozam de direitos sociais - remuneração por trabalho noturno e hora extra. - Classe especial de servidores públicos

Prima facie devemos ter em mente que a sociedade civil possui como base a liberdade, enquanto a sociedade militar, formada em regra pelos integrantes das Forças Armadas FFAA (artigo 142 da CF) e Forças Auxiliares (Militares Estaduais Policias Militares e Corpos de Bombeiros Militares, conforme artigo 42 da Constituição Federal), se alicerçam na Hierarquia e na Disciplina.

Pessoa considerada Militar Art. 22 do CPM - É considerada MILITAR, para efeito da aplicação do CPM, qualquer pessoa que, em tempo de paz ou de guerra, seja incorporada às forças armadas, para nelas servir em posto (oficial), graduação (praça), ou sujeição à disciplina militar (assemelhado). Quem são? Art. 142 da CF Forças Armadas (Marinha, Exército e Aeronáutica). Art. 42 da CF Membros das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares.

Art. 42. Os membros das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares, instituições organizadas com base na hierarquia e disciplina, são militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios. Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.

Militares

OFICIAIS - POSTOS (comando, chefia e coordenação) PRAÇAS - GRADUAÇÃO (execução) SITUAÇÃO FUNCIONAL TERMINOLOGIA SEGUNDO EB, PM E CBM SUBALTERNOS (TENENTES) INTERMEDIÁRIOS (CAPITÃO) SUPERIORES (MAJOR, TENENTE- CORONEL E CORONEL) GENERAIS (Não existem na PM e CBM) ESPECIAIS (CADETES E ASPIRANTES) ORDINÁRIAS (SOLDADO, CABO, SARGENTOS E SUB-TENENTE) ATIVA (art. 22, CPM). RESERVA REMUNERADA (Sujeitos ao CPM desde que empregados na administração militar por força do art.12, CPM). REFORMA (Sujeitos ao CPM desde que empregados na administração militar por força do art.12, CPM). RESERVA NÃO-REMUNERADA - NÃO SUJEITOS AO CPM/69 NA CONDIÇÃO DE MILITARES. 15

DAS PENAS Pena, sanção imposta pelo Estado, mediante ação penal, ao autor de uma infração, em retribuição estatal ao ilícito cometido. O CPM prevê em seu bojo penas principais e acessórias.

Doutrinariamente divididas em pena de privação da vida (pena de morte), penas privativas de liberdade (reclusão, detenção e prisão) e restritivas de direitos (impedimentos, suspensão do exercício do posto, graduação, cargo ou função e reforma)

Pena de Morte Abolida no Brasil no Código de 1890 e na Constituição de 1891, porém com a ressalva da possibilidade de viger em caso de guerra, artigo 84, XIX da CF/88, deverá se dar por ato privativo do Chefe do Executivo Federal; será executada por fuzilamento conforme artigo 56 do CPM. Reclusão cumprida nos regimes: fechado, semiaberto e aberto; Detenção cumprida nos dois regimes mais brandos. Exceção nos casos de regressão. As penas privativas de liberdade, seja reclusão ou detenção, caso sejam superiores a 02 (dois) anos será cumprida em estabelecimento penal, preferencialmente militar. Conforme o artigo 81 do CPM, a pena de reclusão, o cumprimento, não ultrapassa 30 (trinta) anos e a de detenção não pode ultrapassar 15 (quinze) anos.

Prisão Resultado da conversão de penas, seja reclusão ou detenção, desde que inferiores a 02 (dois) anos e sem possibilidade de suspensão condicional da pena, artigo 59 do CPM. Cumprida em estabelecimento Militar, se em estabelecimento penal militar deve estar separado dos presos disciplinares e daqueles condenados a mais de 02 (dois) anos.

Art. 78. Em se tratando de criminoso habitual ou por tendência, a pena a ser imposta será por tempo indeterminado. O juiz fixará a pena correspondente à nova infração penal, que constituirá a duração mínima da pena privativa da liberdade, não podendo ser, em caso algum, inferior a três anos. Limite da pena indeterminada 1º A duração da pena indeterminada não poderá exceder a dez anos, após o cumprimento da pena imposta.

JUSTIÇA MILITAR DA UNIÃO JUSTIÇA MILITAR ESTADUAL 21

JUSTIÇA MILITAR A estrutura, Federal ou Estadual, são similares Juízes de Direito e Juízes Militares, estes podem ser nomeados por sorteio (temporário) ou por seleção interna em realizadas nas OM e Judiciário, após nomeados passam a integrar a carreira da Magistratura, não se sujeitando ao Regulamento Disciplinar da Força a qual pertença e sim aos Regimentos do Poder Judiciário.

A Justiça Militar da União compõe-se do Superior Tribunal Militar (STM), com sede em Brasília e jurisdição em todo o território nacional, e dos Tribunais e Juízes Militares, com competência para processar e julgar os crimes militares definidos em lei. Artigos 122 a 124 da CF O STM é composto por 15 Ministros e as Circunscrições que comportam as Auditorias, são Formadas por Juízes de Direito, estes chamados de Juízes Auditores, bem como por Oficiais sorteados para formação dos chamados Conselhos.

Lei nº 13.771 de 19DEZ18 Altera a Lei de Organização da Justiça Militar nº 8.457/92, os Juízes Auditores passarão a serem nominados de Juízes Federais da Justiça Militar, e no caso de julgamento de civis, serão a autoridade julgadora monocrática, dessa forma os civis que não estão sujeitos as regras de hierarquia e disciplina, mas que venham a cometer crime militar, serão julgados por um só juiz, civil, e não mais pelo Conselho (Escabinato). Habeas Corpus Habeas Data Presidência do Conselho Estrutura já existente na JME, E.C. nº 45. 2ª e 6ª Auditorias TJM/SP, cível

JMU Justiça Militar da União STM Superior Tribunal Militar Circunscrição Judiciária Militar Artigos 122 a 124 da CF Artigo 124 à Justiça Militar compete processar e julgar os crimes militares definidos em lei. Parágrafo único. A lei disporá sobre a organização, o funcionamento e a competência da Justiça Militar Nos Estados existe a previsão das Justiças Militares Estaduais, sem subordinação ao STM ou suas Circunscrições: A Constituição de 1988 dispõe, em seu artigo 125, 3º, nos Estados cujo efetivo Militar Estadual seja superior a 20mil homens poderá mediante proposta do TJ e por Lei Estadual, serem criados tais tribunais. - Juízes Militares - Generais Juízes - Coronéis Juízes

PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL MILITAR Legalidade Intervenção mínima (ou da ultima ratio ou da subsidiariedade) Lesividade (ofensividade) Adequação social Art. 1º. Reserva Legal: União. Taxatividade: lei penal deve ser certa, É VEDADO o uso da analogia para criar tipos penais ou para agravar situações. Interferência do DPM somente nos casos onde nenhum outro ramo direito puder ser aplicado e quando identificados os bens jurídicos protegidos pelo Código Castrense. A punição só deve ser aplicada à conduta que se prove lesiva, separando o direito da moral. No DPM os valores citados são basilares da vida em caserna: honra, disciplina, bons costumes e pundonor (pudor) militar. Daí a existência de tipificações próprias relativas à moral, tais como os arts. 235 (pederastia) 1 e 313 (emitir cheques sem fundos). Visa orientar o legislador a punir somente condutas reprováveis do ponto de vista social. Um exemplo é a defesa doutrinária de que o art. 204 (exercício de comércio por oficial) do CPM/69 deve ser abolido. 30

PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL MILITAR Fragmentariedade Insignificância (bagatela) Individualização (determinação) da pena Consequência da aplicação dos princípios da intervenção mínima, da lesividade e da adequação social. O DPM deve observar tal critério quando da análise dos crimes impropriamente militares, pois, deve se ocupar apenas dos fragmentos relevantes aos bens jurídicos tutelados. STM defende que não deve ser aplicado nos crimes militares, em face da especialidade do CPM. STF defende que se aplica em caso concreto, exemplificando o art. 290, CPM (porte de pequena quantidade de droga para consumo pessoal em local sujeito à administração militar), cuja análise diverge da 1ª (discorda do princípio) para a 2ª Turma (concorda com o princípio). Mesma orientação do Código Penal. O Art. 78 do CPM não foi recepcionado pelo atual ordenamento jurídico, por prever pena de caráter indeterminado ao militar criminoso habitual. 31

Limitação ou humanidade das penas Proporcionalidade Responsabilidade pessoal (ou da pessoalidade ou da intranscendência da pena). PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL MILITAR Art. 5º, XLVII, CF/88. Não matamos pássaros com tiros de canhão. Ponderação entre a gravidade do fato e a gravidade da pena. Art. 5º, XLV, CF/88. Peculiaridades do CPM, tais como a inexistência de pena de multa, o confisco dos instrumentos e produtos do crime (art. 119), não podendo passar, qualquer que seja a pena aplicada, da pessoa do condenado. 32

OUTROS PRINCÍPIOS ADOTADOS PELA LEGISLAÇÃO PENAL CASTRENSE

Princípio da Legalidade A lei penal militar concebe dois princípios em seu texto normativo, o princípio da legalidade e da anterioridade. O princípio da legalidade define que o tipo penal incriminador deve ser criado por lei, seguindo o processo legislativo previsto na Constituição Federal. Princípio da Anterioridade Obriga a existência prévia de lei penal incriminadora, ou seja, para que alguém possa ser processado e julgado, deve existir lei anterior ao fato definindo seu ato como crime, bem como prévia determinação da sanção a ser imposta. Lei Supressiva de Incriminação Uma lei penal nova só vai alcançar fato ocorrido após a sua entrada em vigência se for para melhorar a situação do réu. O Art. 2º do CPM trata da descriminalização da conduta, ou seja, a lei nova deixa de considerar determinada conduta como crime, e, quando isso ocorre, a vigência da sentença condenatória irrecorrível é desconstituída, deixando de gerar seus efeitos.

Princípio da retroatividade da lei penal mais benéfica A ideia desse princípio é assegurar que a lei só pode alcançar fato ocorrido antes da sua entrada em vigência se for em benefício do réu. Por isso, o Art. 2º, 1, do CPM diz que a lei penal militar benéfica retroage sempre, podendo ser aplicada até mesmo após o trânsito em julgado de sentença condenatória definitiva, ou seja, aquela que não se pode mais interpor recurso. Medidas de Segurança A medida de segurança é uma espécie do gênero infração penal. Assim, embora não seja tecnicamente uma pena, não deixa de ser uma espécie de sanção aplicada aos inimputáveis e semi-imputáveis que praticam atos ilícitos. É uma forma de internação na qual o agente é submetido a tratamentos.

Art. 5º do CPM

Tempo do Crime O tempo do crime é aquele em que se considera praticada a infração penal, para determinar quando ocorrer esse momento. Sobre esse tema, a doutrina aponta a existência de três teorias: a) Teoria da atividade: o crime considera-se praticado no momento em que ocorre a ação ou a omissão, independentemente de quando ocorre o resultado. b) Teoria do resultado: o crime considera-se praticado no momento em que ocorre o resultado. c) Teoria da ubiquidade: o crime considera-se praticado tanto no momento em que ocorre a conduta (ação ou omissão) ou quando ocorre o resultado. Art. 5º Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o do resultado

Lugar do Crime O lugar do crime é aquele que, para fins penais militar, será considerada praticada a infração penal. Existem três teorias sobre o lugar do crime: a) Teoria da atividade: que considera o lugar do crime aquele onde a conduta foi praticada. b) Teoria do resultado: considera o lugar do crime onde ocorreu o resultado. c) Teoria da ubiquidade: considera o lugar do crime tanto onde ocorreu a conduta quanto onde se deu o resultado.

Lugar do crime - CPM Art. 6º Considera-se praticado o fato, no lugar em que se desenvolveu a atividade criminosa, no todo ou em parte, e ainda que sob forma de participação, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. Nos crimes omissivos, o fato considera-se praticado no lugar em que deveria realizar-se a ação omitida. Lugar da infração - CPPM Art. 88. A competência será, de regra, determinada pelo lugar da infração; e, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução. Obs.: em uma primeira análise pode-se observar a possibilidade de um conflito de normas (conflito aparente de normas), entre o artigo 6º do CPM e o artigo 88 do CPPM.

Os crimes com pluridade de locais, adotar-se-á a teoria do resultado, do artigo 88 do CPPM. Por sua vez, para os chamados crimes a distância, usaremos a teoria mista, do artigo 6º do CPM, também chamada teoria da ubiquidade, sendo a auditoria competente a da circunscrição onde o crime alcançou o território nacional, pela ação ou pelo resultado; e, para os crimes omissivos, a teoria adotada será a da atividade.

Aplicação da Lei Penal Militar Art. 1º Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal. Artigo 4x1: Legalidade, anterioridade, reserva legal e taxatividade. O Art. 1º do CPM/69 possui a mesma redação que Art. 1º do CP/40 e Art. 5º, XXXIX, da CF/88. 43

Territorialidade e Extraterritorialidade O CPM adota os princípios da territorialidade e extraterritorialidade, ao contrário do que ocorre no Código Penal. É notório que a Lei Penal Castrense é aplicável fora do território nacional, não por exceção, mas sim como regra. Porém, protegem-se as convenções, os tratados e as regras de direito internacional adotadas pelo Brasil, as quais são uma exceção à regra da territorialidade. Isso porque, adotando qualquer convenção, tratado ou regra de direito internacional do qual o Brasil abre mão da aplicação da territorialidade, será então afastada a aplicação da lei penal militar na hipótese adotada.

Aplicação da Lei Penal Militar Art. 7º Aplica-se a lei penal militar, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido, no todo ou em parte, no território nacional, ou fora dele, ainda que, neste caso, o agente esteja sendo processado ou tenha sido julgado pela justiça estrangeira. o No Direito Penal Comum a territorialidade é regra (art. 5º do CP). A extraterritorialidade é exceção (art. 7º do CP). No Direito Penal Militar ambas são regras.

Aplicação da Lei Penal Militar Art. 7º - Caput. Território nacional por extensão 1º - Para os efeitos da lei penal militar consideram-se como extensão do território nacional as aeronaves e os navios brasileiros, onde quer que se encontrem, sob comando militar ou militarmente utilizados ou ocupados por ordem legal de autoridade competente, ainda que de propriedade privada. Ampliação a aeronaves ou navios estrangeiros 2º - É também aplicável a lei penal militar ao crime praticado a bordo de aeronaves ou navios estrangeiros, desde que em lugar sujeito à administração militar, e o crime atente contra as instituições militares. Conceito de navio 3º Para efeito da aplicação deste Código, considera-se navio toda embarcação sob comando militar.

Art. 2º Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando, em virtude dela, a própria vigência de sentença condenatória irrecorrível, salvo quanto aos efeitos de natureza civil. RETROATIVIDADE DA LEI PENAL MAIS BENIGNA e IRRETROATIVIDADE DA LEI PENAL MAIS SEVERA. 1º - A lei posterior que, de qualquer outro modo, favorece o agente, aplica-se retroativamente, ainda quando já tenha sobrevindo sentença condenatória irrecorrível. APURAÇÃO DA MAIOR BENIGNIDADE DA LEI PENAL. 2º - Para se reconhecer qual a mais favorável, a lei posterior e a anterior devem ser consideradas separadamente, cada qual no conjunto de suas normas aplicáveis ao fato.

Aplicação da Lei Penal Militar Art. 4º A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplicam-se ao fato praticado durante sua vigência. Mesma redação e aplicação do art. 3º do CP.

Aplicação da Lei Penal Militar Militares estrangeiros Art. 11 Os militares estrangeiros, quando em comissão ou estágio nas forças armadas, ficam sujeitos à lei penal militar brasileira, ressalvado o disposto em tratados ou convenções internacionais.

A cooperação entre os países é uma realidade tanto no âmbito das relações comerciais, como também nas questões de segurança pública e nacional, o que em muitos casos leva inclusive a formação de Organismos Internacionais de Natureza Militar, como ocorre, por exemplo, com a OTAN, Organização do Tratado do Atlântico Norte. Desta forma, se um militar estrangeiro se encontrar em comissão ou mesmo em estágio nas Forças Armadas Brasileiras ficará a princípio sujeito ao Código Penal Militar Brasileiro, ou seja, será processado e julgado perante a Justiça Militar da União, ou se estiver em estágio nas Forças Militares Estaduais de Segurança Pública poderá, em teoria, ser processado e julgado perante a Justiça Militar Estadual, a não ser que o país de origem tenha feito alguma ressalva com base em tratado internacional celebrado com o Brasil.

Aplicação da Lei Penal Militar Militar equiparado ao da ativa. Art. 12 O militar da reserva ou reformado, empregado na administração militar, equipara-se ao militar em situação de atividade, para o efeito da aplicação da lei penal militar. o Equiparação do militar da Reserva Remunerada ou o Reformado a militar da ativa como sujeito ativo nos crimes militares. 53

Aplicação da Lei Penal Militar Militares da Reserva Remunerada ou Reformados Art. 13 O militar da reserva, ou reformado, conserva as responsabilidades e prerrogativas do posto ou graduação, para o efeito da aplicação da lei penal militar, quando pratica ou contra ele é praticado crime militar. o Via de regra, o militar da Reserva Remunerada ou Reformado será tratado como civil quando sujeito ativo do crime militar, porém, quando sujeito passivo, deverá SEMPRE ser observado o posto ou a graduação do mesmo (com exceção dos casos previstos no art. 47, I e II do CPM).

Aplicação da Lei Penal Militar Art. 19 O CPM não compreende as infrações dos regulamentos disciplinares. o Os militares, federais ou estaduais, no exercício de suas funções constitucionais, ficam sujeitos ao Código Penal Militar, CPM, e ainda as leis especiais militares, as leis penais especiais, e também aos Regulamentos Disciplinares, Forças Armadas e Forças Militares de Segurança (PM/BM). O artigo sob análise deixa evidenciado que as transgressões disciplinares não se encontram compreendidas entre as disposições estabelecidas pelo vigente Código Penal Militar.

Art. 21 Considera-se ASSEMELHADO o servidor, efetivo ou não, dos Ministérios da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, submetido a preceito de disciplina militar, em virtude de lei ou regulamento. Não existem mais. Eram funcionários civis dos Ministérios Militares extintos em 1998, quando da criação do Ministério da Defesa. Ronaldo João Roth afirma que os Soldados Temporários da PMESP eram assemelhados. O TJSP discordou da posição. Cleber Olympio afirma a existência de assemelhados ainda hoje no Ministério da Defesa (Vade Mecum Militar, 2015, p. 383). Sua extinção não impede que as instituições militares contratem civis, mas estes serão submetidos ao regime aplicável aos agentes públicos civis (federal ou estadual).

Art. 23 Equipara-se ao comandante, para o efeito da aplicação da lei penal militar, toda autoridade militar com função de direção ou chefia. A função de Comandante somente pode ser exercida, via de regra, pelos oficiais, militares que receberam uma formação específica por meio dos Cursos de Formação de Oficiais (C.F.O.), com a duração mínima de 2 (dois) anos, ou Curso de Habilitação de Oficiais Auxiliares, da Saúde, de Músicos ou Especialistas, sofrendo variações em razão do currículo de cada Força Militar (Estadual ou Federal), para o exercício da função de Comando, quer de natureza operacional, ou mesmo de natureza administrativa ou específica. Neste sentido, o CPM estabelece que o comandante não é apenas o militar que exerce uma função operacional, mas também toda autoridade militar que se encontre no exercício de uma função de direção, inclusive no exercício de funções de natureza administrativa de direção. 57

Art. 24 O militar que, em virtude da função, exerce autoridade sobre outro de igual posto ou graduação, considera-se superior, para efeito da aplicação da lei penal militar. São duas as hipóteses na Lei Penal Militar: superior hierárquico e superior funcional (antiguidade no posto ou na graduação). 58

VISÃO GERAL DO CRIME MILITAR

Para a classificação dos crimes militares em tempo de paz existem hoje diversas teorias, pelo que podemos destacar as teorias clássica (Célio Lobão e Jorge César de Assis), topográfica (Paulo Tadeu Rodrigues Rosa aliado a Fernando Capez e Celso Delmanto), processual (Jorge Alberto Romeiro, Cícero Robson Coimbra Neves e Marcelo Streifinger) e tricotômica (Ione de Souza Cruz e Cláudio Amin Miguel): o Crimes propriamente / essencialmente militares: Art. 5º, LXI. Não existe descrição exata. Entende-se serem os crimes que só podem ser praticados por militares; o Crimes tipicamente militares: Tipificados / previstos somente no CPM. Podem ser praticados por civil ou militar. o Crimes impropriamente / acidentalmente militares: Previsto no CPM e no CP com igual descrição. Sujeito ativo: civil, militar da ativa, militar da reserva (remunerada ou não) ou militar reformado.

CRIMES MILITARES CRIMES PRÓPRIOS Somente o militar pode cometer, exemplos: Deserção, Recusa de Obediência, Violência Contra Inferior, Abandono de Posto, etc... Artigo 183 do CPM Exceção à regra CRIMES IMPRÓPRIOS O civil também pode cometer, quando tal conduta é prevista no ordenamento militar castrense (CPM), e decorrente da aplicabilidade do art. 9º do CPM CRIMES POR EXTENSÃO Com a Lei nº 13.491/17 os crimes previstos na legislação penal, podem ser entendidos como crimes militares.

A Lei, modificou, a definição dos crimes militares e a competência para o julgamento daqueles cometidos por membros das Forças Armadas dolosamente contra a vida de civil, em situações específicas - GLO. Na redação original da Constituição Federal, os crimes militares definidos em Lei eram de competência exclusiva das Justiças Militares, Federal ou Estadual, a depender da espécie de militar, das FFAA ou das policiais e bombeiros militares.

Lei n 9.299/96, alterou:o art. 9º, do CPM, e o art. 82, do CPPM excetuando da competência da Justiça Militar os crimes dolosos contra a vida de civil, atribuindo-os ao Tribunal do Júri. Emenda Constitucional n 45, corrigiu-se a imperfeição, incluindo a competência do Tribunal do Júri no texto constitucional, para o casso caso específico Praticados por Policiais Militares (BM também). Não impediu novas alterações, excepcionando a competência militar ou civil, vejamos: Lei nº 12.432/11 Lei do Abate; Lei nº 13.491/17 - crimes dolosos contra a vida cometidos por militares das Forças Armadas, se praticados no contexto de atividade de natureza militar

Art. 9º Consideram-se crimes militares, em tempo de paz: I - os crimes de que trata este Código, quando definidos de modo diverso na lei penal comum, ou nela não previstos, qualquer que seja o agente, salvo disposição especial; II os crimes previstos neste Código e os previstos na legislação penal, quando praticados: (Redação dada pela Lei nº 13.491, de 2017) d) ainda que fora do lugar sujeito à administração militar, contra militar em função de natureza militar, ou no desempenho de serviço de vigilância, garantia e preservação da ordem pública, administrativa ou judiciária, quando legalmente requisitado para aquele fim, ou em obediência a determinação legal superior. 1 o Os crimes de que trata este artigo, quando dolosos contra a vida e cometidos por militares contra civil, serão da competência do Tribunal do Júri. (Redação dada pela Lei nº 13.491, de 2017) 2 o Os crimes de que trata este artigo, quando dolosos contra a vida e cometidos por militares das Forças Armadas contra civil, serão da competência da Justiça Militar da União, se praticados no contexto: (Incluído pela Lei nº 13.491, de 2017)

I do cumprimento de atribuições que lhes forem estabelecidas pelo Presidente da República ou pelo Ministro de Estado da Defesa; (Incluído pela Lei nº 13.491, de 2017) II de ação que envolva a segurança de instituição militar ou de missão militar, mesmo que não beligerante; ou (Incluído pela Lei nº 13.491, de 2017) III de atividade de natureza militar, de operação de paz, de garantia da lei e da ordem ou de atribuição subsidiária, realizadas em conformidade com o disposto no art. 142 da Constituição Federal e na forma dos seguintes diplomas legais: (Incluído pela Lei nº 13.491, de 2017) a) Lei n o 7.565, de 19 de dezembro de 1986 - Código Brasileiro de Aeronáutica; (Incluída pela Lei nº 13.491, de 2017) b) Lei Complementar n o 97, de 9 de junho de 1999; (Incluída pela Lei nº 13.491, de 2017) c) Decreto-Lei n o 1.002, de 21 de outubro de 1969 - Código de Processo Penal Militar; e (Incluída pela Lei nº 13.491, de 2017) d) Lei n o 4.737, de 15 de julho de 1965 - Código Eleitoral. (Incluída pela Lei nº 13.491, de 2017) Obs.: Quanto aos Crimes Militares em tempo de guerra, estes estão capitulados no artigo 10 do CPM e encontram-se tipificados no Livro II do CPM, a partir do artigo 355.

INCISO II ALÍNEA SUJEITO ATIVO SITUAÇÃO SUJEITO PASSIVO a) Militar da ativa (art. 22 CPM/69), da reserva ou reformado empregado na administração militar (art. 12 CPM/69) - Militar da ativa (art. 22 CPM/69), da reserva ou reformado empregado na administração militar (art. 12 CPM/69) b) Militar da ativa (art. 22 CPM/69), da reserva ou reformado empregado na administração militar (art. 12 CPM/69) Lugar sujeito à administração militar. Civil / Militar da Reserva / Militar Reformado. c) Militar da ativa (art. 22 CPM/69), da reserva ou reformado empregado na administração militar (art. 12 CPM/69) Serviço / Razão de Função / Comissão / Formatura. Civil / Militar da Reserva / Militar Reformado. d) Militar da ativa (art. 22 CPM/69), da reserva ou reformado empregado na administração militar (art. 12 CPM/69) Períodos de manobras ou exercícios. Civil / Militar da Reserva / Militar Reformado. e) Militar da ativa (art. 22 CPM/69), da reserva ou reformado empregado na administração militar (art. 12 CPM/69) - Patrimônio sob administração militar / Ordem administrativa militar.

INCISO II ALÍNEA SUJEITO ATIVO SITUAÇÃO SUJEITO PASSIVO a) Militar da ativa (art. 22 CPM/69), da reserva ou reformado empregado na administração militar (art. 12 CPM/69) - Militar da ativa (art. 22 CPM/69), da reserva ou reformado empregado na administração militar (art. 12 CPM/69) b) Militar da ativa (art. 22 CPM/69), da reserva ou reformado empregado na administração militar (art. 12 CPM/69) Lugar sujeito à administração militar. Civil / Militar da Reserva / Militar Reformado. c) Militar da ativa (art. 22 CPM/69), da reserva ou reformado empregado na administração militar (art. 12 CPM/69) Serviço / Razão de Função / Comissão / Formatura. Civil / Militar da Reserva / Militar Reformado. d) Militar da ativa (art. 22 CPM/69), da reserva ou reformado empregado na administração militar (art. 12 CPM/69) Períodos de manobras ou exercícios. Civil / Militar da Reserva / Militar Reformado. e) Militar da ativa (art. 22 CPM/69), da reserva ou reformado empregado na administração militar (art. 12 CPM/69) - Patrimônio sob administração militar / Ordem administrativa militar.

INCISO II ALÍNEA SUJEITO ATIVO SITUAÇÃO SUJEITO PASSIVO a) Militar da ativa (art. 22 CPM/69), da reserva ou reformado empregado na administração militar (art. 12 CPM/69) - Militar da ativa (art. 22 CPM/69), da reserva ou reformado empregado na administração militar (art. 12 CPM/69) b) Militar da ativa (art. 22 CPM/69), da reserva ou reformado empregado na administração militar (art. 12 CPM/69) Lugar sujeito à administração militar. Civil / Militar da Reserva / Militar Reformado. c) Militar da ativa (art. 22 CPM/69), da reserva ou reformado empregado na administração militar (art. 12 CPM/69) Serviço / Razão de Função / Comissão / Formatura. Civil / Militar da Reserva / Militar Reformado. d) Militar da ativa (art. 22 CPM/69), da reserva ou reformado empregado na administração militar (art. 12 CPM/69) Períodos de manobras ou exercícios. Civil / Militar da Reserva / Militar Reformado. e) Militar da ativa (art. 22 CPM/69), da reserva ou reformado empregado na administração militar (art. 12 CPM/69) - Patrimônio sob administração militar / Ordem administrativa militar.

INCISO II ALÍNEA SUJEITO ATIVO SITUAÇÃO SUJEITO PASSIVO a) Militar da ativa (art. 22 CPM/69), da reserva ou reformado empregado na administração militar (art. 12 CPM/69) - Militar da ativa (art. 22 CPM/69), da reserva ou reformado empregado na administração militar (art. 12 CPM/69) b) Militar da ativa (art. 22 CPM/69), da reserva ou reformado empregado na administração militar (art. 12 CPM/69) Lugar sujeito à administração militar. Civil / Militar da Reserva / Militar Reformado. c) Militar da ativa (art. 22 CPM/69), da reserva ou reformado empregado na administração militar (art. 12 CPM/69) Serviço / Razão de Função / Comissão / Formatura. Civil / Militar da Reserva / Militar Reformado. d) Militar da ativa (art. 22 CPM/69), da reserva ou reformado empregado na administração militar (art. 12 CPM/69) Períodos de manobras ou exercícios. Civil / Militar da Reserva / Militar Reformado. e) Militar da ativa (art. 22 CPM/69), da reserva ou reformado empregado na administração militar (art. 12 CPM/69) - Patrimônio sob administração militar / Ordem administrativa militar.

INCISO II ALÍNEA SUJEITO ATIVO SITUAÇÃO SUJEITO PASSIVO a) Militar da ativa (art. 22 CPM/69), da reserva ou reformado empregado na administração militar (art. 12 CPM/69) - Militar da ativa (art. 22 CPM/69), da reserva ou reformado empregado na administração militar (art. 12 CPM/69) b) Militar da ativa (art. 22 CPM/69), da reserva ou reformado empregado na administração militar (art. 12 CPM/69) Lugar sujeito à administração militar. Civil / Militar da Reserva / Militar Reformado. c) Militar da ativa (art. 22 CPM/69), da reserva ou reformado empregado na administração militar (art. 12 CPM/69) Serviço / Razão de Função / Comissão / Formatura. Civil / Militar da Reserva / Militar Reformado. d) Militar da ativa (art. 22 CPM/69), da reserva ou reformado empregado na administração militar (art. 12 CPM/69) Períodos de manobras ou exercícios. Civil / Militar da Reserva / Militar Reformado. e) Militar da ativa (art. 22 CPM/69), da reserva ou reformado empregado na administração militar (art. 12 CPM/69) - Patrimônio sob administração militar / Ordem administrativa militar.

INCISO II ALÍNEA SUJEITO ATIVO SITUAÇÃO SUJEITO PASSIVO a) Militar da ativa (art. 22 CPM/69), da reserva ou reformado empregado na administração militar (art. 12 CPM/69) - Militar da ativa (art. 22 CPM/69), da reserva ou reformado empregado na administração militar (art. 12 CPM/69) b) Militar da ativa (art. 22 CPM/69), da reserva ou reformado empregado na administração militar (art. 12 CPM/69) Lugar sujeito à administração militar. Civil / Militar da Reserva / Militar Reformado. c) Militar da ativa (art. 22 CPM/69), da reserva ou reformado empregado na administração militar (art. 12 CPM/69) Serviço / Razão de Função / Comissão / Formatura. Civil / Militar da Reserva / Militar Reformado. d) Militar da ativa (art. 22 CPM/69), da reserva ou reformado empregado na administração militar (art. 12 CPM/69) Períodos de manobras ou exercícios. Civil / Militar da Reserva / Militar Reformado. e) Militar da ativa (art. 22 CPM/69), da reserva ou reformado empregado na administração militar (art. 12 CPM/69) - Patrimônio sob administração militar / Ordem administrativa militar.

INCISO III ALÍNEA SUJEITO ATIVO SITUAÇÃO SUJEITO PASSIVO a) Civil / Militar da Reserva / Militar Reformado. - Patrimônio sob administração militar / Ordem administrativa militar. b) Civil / Militar da Reserva / Militar Reformado. Lugar sujeito à administração militar. Militar da ativa / Funcionário de Ministério Militar ou JM no exercício da função, em local sujeito à administração militar. c) Civil / Militar da Reserva / Militar Reformado. - Militar em Formatura / Prontidão / Vigilância / Observação / Exploração / Acampamento / Acantonamento / Manobras d) Civil / Militar da Reserva / Militar Reformado. - Militar em função de natureza militar desempenhando serviço de vigilância

INCISO III ALÍNEA SUJEITO ATIVO SITUAÇÃO SUJEITO PASSIVO a) Civil / Militar da Reserva / Militar Reformado. - Patrimônio sob administração militar / Ordem administrativa militar. b) Civil / Militar da Reserva / Militar Reformado. Lugar sujeito à administração militar. Militar da ativa / Funcionário de Ministério Militar ou JM no exercício da função, em local sujeito à administração militar. c) Civil / Militar da Reserva / Militar Reformado. - Militar em Formatura / Prontidão / Vigilância / Observação / Exploração / Acampamento / Acantonamento / Manobras d) Civil / Militar da Reserva / Militar Reformado. - Militar em função de natureza militar desempenhando serviço de vigilância

INCISO III ALÍNEA SUJEITO ATIVO SITUAÇÃO SUJEITO PASSIVO a) Civil / Militar da Reserva / Militar Reformado. - Patrimônio sob administração militar / Ordem administrativa militar. b) Civil / Militar da Reserva / Militar Reformado. Lugar sujeito à administração militar. Militar da ativa / Funcionário de Ministério Militar ou JM no exercício da função, em local sujeito à administração militar. c) Civil / Militar da Reserva / Militar Reformado. - Militar em Formatura / Prontidão / Vigilância / Observação / Exploração / Acampamento / Acantonamento / Manobras d) Civil / Militar da Reserva / Militar Reformado. - Militar em função de natureza militar desempenhando serviço de vigilância

INCISO III ALÍNEA SUJEITO ATIVO SITUAÇÃO SUJEITO PASSIVO a) Civil / Militar da Reserva / Militar Reformado. - Patrimônio sob administração militar / Ordem administrativa militar. b) Civil / Militar da Reserva / Militar Reformado. Lugar sujeito à administração militar. Militar da ativa / Funcionário de Ministério Militar ou JM no exercício da função, em local sujeito à administração militar. c) Civil / Militar da Reserva / Militar Reformado. - Militar em Formatura / Prontidão / Vigilância / Observação / Exploração / Acampamento / Acantonamento / Manobras d) Civil / Militar da Reserva / Militar Reformado. - Militar em função de natureza militar desempenhando serviço de vigilância

INCISO III ALÍNEA SUJEITO ATIVO SITUAÇÃO SUJEITO PASSIVO a) Civil / Militar da Reserva / Militar Reformado. - Patrimônio sob administração militar / Ordem administrativa militar. b) Civil / Militar da Reserva / Militar Reformado. Lugar sujeito à administração militar. Militar da ativa / Funcionário de Ministério Militar ou JM no exercício da função, em local sujeito à administração militar. c) Civil / Militar da Reserva / Militar Reformado. - Militar em Formatura / Prontidão / Vigilância / Observação / Exploração / Acampamento / Acantonamento / Manobras d) Civil / Militar da Reserva / Militar Reformado. - Militar em função de natureza militar desempenhando serviço de vigilância

Crime Militar CRITÉRIOS LEGAIS DETERMINANTES DO CRIME MILITAR NO BRASIL 1. RATIONE LEGIS 2. RATIONE PERSONAE 3. RATIONE LOCI Em razão da lei: é crime militar todo aquele elencado no CPM. Em razão da pessoa: é crime militar aquele cujo sujeito ativo é militar. Em razão do lugar: é crime militar aquele que ocorre em local sujeito à administração militar. 4. RATIONE MATERIAE Em razão da matéria: exige dupla qualidade de militar (no ato e no sujeito). 5. RATIONE TEMPORIS Em razão do tempo: é crime militar aquele cometido em determinada época (tempo de guerra, por exemplo).

Crime Militar CONDUTA RESULTADO FATO TÍPICO NEXO DE CAUSALIDADE TIPICIDADE Ação (fazer) ou omissão (deixar de fazer) humana. Pode ser excluída quando existe a coação física irresistível, caso fortuito ou força maior (ausência de dolo ou de culpa). Modificação exterior provocada pela conduta ou que fira a legislação. Pode ser evitado pela desistência voluntária, pelo arrependimento eficaz (art. 31, CPM) ou pelo crime impossível (art. 32, CPM). Art. 29 CPM. Teoria da Equivalência dos antecedentes causais (conditio sine qua non). Pode ser rompido por causas supervenientes (Art. 29, 1º, CPM). Ajuste da conduta ao tipo penal. Perfeita adequação da conduta ao(s) verbo(s) descrito(s) no núcleo do tipo penal.

CONDUTA Crime Militar RESULTADO FATO TÍPICO NEXO DE CAUSALIDADE TIPICIDADE Ação (fazer) ou omissão (deixar de fazer) humana. Pode ser excluída quando existe a coação física irresistível, caso fortuito ou força maior (ausência de dolo ou de culpa). Modificação exterior provocada pela conduta ou que fira a legislação. Pode ser evitado pela desistência voluntária, pelo arrependimento eficaz (art. 31, CPM) ou pelo crime impossível (art. 32, CPM). Art. 29 CPM. Teoria da Equivalência dos antecedentes causais (conditio sine qua non). Pode ser rompido por causas supervenientes (Art. 29, 1º, CPM). Ajuste da conduta ao tipo penal. Perfeita adequação da conduta ao(s) verbo(s) descrito(s) no núcleo do tipo penal.

Crime Militar FATO TÍPICO CONDUTA RESULTADO NEXO DE CAUSALIDADE TIPICIDADE Ação (fazer) ou omissão (deixar de fazer) humana. Pode ser excluída quando existe a coação física irresistível, caso fortuito ou força maior (ausência de dolo ou de culpa). Modificação exterior provocada pela conduta ou que fira a legislação. Pode ser evitado pela desistência voluntária, pelo arrependimento eficaz (art. 31, CPM) ou pelo crime impossível (art. 32, CPM). Art. 29 CPM. Teoria da Equivalência dos antecedentes causais (conditio sine qua non). Pode ser rompido por causas supervenientes (Art. 29, 1º, CPM). Ajuste da conduta ao tipo penal. Perfeita adequação da conduta ao(s) verbo(s) descrito(s) no núcleo do tipo penal.

Crime Militar FATO TÍPICO CONDUTA RESULTADO NEXO DE CAUSALIDADE TIPICIDADE Ação (fazer) ou omissão (deixar de fazer) humana. Pode ser excluída quando existe a coação física irresistível, caso fortuito ou força maior (ausência de dolo ou de culpa). Modificação exterior provocada pela conduta ou que fira a legislação. Pode ser evitado pela desistência voluntária, pelo arrependimento eficaz (art. 31, CPM) ou pelo crime impossível (art. 32, CPM). Art. 29 CPM. Teoria da Equivalência dos antecedentes causais (conditio sine qua non). Pode ser rompido por causas supervenientes (Art. 29, 1º, CPM). Ajuste da conduta ao tipo penal. Perfeita adequação da conduta ao(s) verbo(s) descrito(s) no núcleo do tipo penal.

Crime Militar CONDUTA RESULTADO FATO TÍPICO NEXO DE CAUSALIDADE TIPICIDADE Ação (fazer) ou omissão (deixar de fazer) humana. Pode ser excluída quando existe a coação física irresistível, caso fortuito ou força maior (ausência de dolo ou de culpa). Modificação exterior provocada pela conduta ou que fira a legislação. Pode ser evitado pela desistência voluntária, pelo arrependimento eficaz (art. 31, CPM) ou pelo crime impossível (art. 32, CPM). Art. 29 CPM. Teoria da Equivalência dos antecedentes causais (conditio sine qua non). Pode ser rompido por causas supervenientes (Art. 29, 1º, CPM). Ajuste da conduta ao tipo penal. Perfeita adequação da conduta ao(s) verbo(s) descrito(s) no núcleo do tipo penal.

I - ESTADO DE NECESSIDADE JUSTIFICANTE (Definição: art. 43, CPM) Crime Militar ANTIJURÍDICO OU ILÍCITO (ART. 42 CPM) II - LEGÍTIMA DEFESA (Definição: art. 44, CPM) EXCLUDENTES III - ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL IV - EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO Se o bem jurídico sacrificado for inferior ao protegido, teremos excludente de antijuridicidade. Repelir injusta agressão, atual ou iminente, contra si mesmo ou terceiro, usando moderadamente dos meios. Vinculado à competência territorial e material para a ação. O militar (agente público) em serviço, estará acobertado por essa excludente. Observar os meios moderados. Ações do cidadão comum autorizadas pela existência de um direito. Ex.: Esportes, Intervenções Cirúrgicas, etc... Parágrafo único. Não há igualmente crime quando o comandante de navio, aeronave ou praça de guerra, na iminência de perigo ou grave calamidade, compele os subalternos, por meios violentos, a executar serviços e manobras urgentes, para salvar a unidade ou vidas, ou evitar o desânimo, o terror, a desordem, a rendição, a revolta ou o saque.

I - ESTADO DE NECESSIDADE JUSTIFICANTE (Definição: art. 43, CPM) Crime Militar ANTIJURÍDICO OU ILÍCITO (ART. 42 CPM) II - LEGÍTIMA DEFESA (Definição: art. 44, CPM) EXCLUDENTES III - ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL IV - EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO Se o bem jurídico sacrificado for inferior ao protegido, teremos excludente de antijuridicidade. Repelir injusta agressão, atual ou iminente, contra si mesmo ou terceiro, usando moderadamente dos meios. Vinculado à competência territorial e material para a ação. O militar (agente público) em serviço, estará acobertado por essa excludente. Observar os meios moderados. Ações do cidadão comum autorizadas pela existência de um direito. Ex.: Esportes, Intervenções Cirúrgicas, etc... Parágrafo único. Não há igualmente crime quando o comandante de navio, aeronave ou praça de guerra, na iminência de perigo ou grave calamidade, compele os subalternos, por meios violentos, a executar serviços e manobras urgentes, para salvar a unidade ou vidas, ou evitar o desânimo, o terror, a desordem, a rendição, a revolta ou o saque.

Crime Militar I - ESTADO DE NECESSIDADE JUSTIFICANTE (Definição: art. 43, CPM) ANTIJURÍDICO OU ILÍCITO (ART. 42 CPM) II - LEGÍTIMA DEFESA (Definição: art. 44, CPM) EXCLUDENTES III - ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL IV - EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO Se o bem jurídico sacrificado for inferior ao protegido, teremos excludente de antijuridicidade. Repelir injusta agressão, atual ou iminente, contra si mesmo ou terceiro, usando moderadamente dos meios. Vinculado à competência territorial e material para a ação. O militar (agente público) em serviço, estará acobertado por essa excludente. Observar os meios moderados. Ações do cidadão comum autorizadas pela existência de um direito. Ex.: Esportes, Intervenções Cirúrgicas, etc... Parágrafo único. Não há igualmente crime quando o comandante de navio, aeronave ou praça de guerra, na iminência de perigo ou grave calamidade, compele os subalternos, por meios violentos, a executar serviços e manobras urgentes, para salvar a unidade ou vidas, ou evitar o desânimo, o terror, a desordem, a rendição, a revolta ou o saque.

I - ESTADO DE NECESSIDADE JUSTIFICANTE (Definição: art. 43, CPM) Crime Militar ANTIJURÍDICO OU ILÍCITO (ART. 42 CPM) II - LEGÍTIMA DEFESA (Definição: art. 44, CPM) EXCLUDENTES III - ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL IV - EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO Se o bem jurídico sacrificado for inferior ao protegido, teremos excludente de antijuridicidade. Repelir injusta agressão, atual ou iminente, contra si mesmo ou terceiro, usando moderadamente dos meios. Vinculado à competência territorial e material para a ação. O militar (agente público) em serviço, estará acobertado por essa excludente. Observar os meios moderados. Ações do cidadão comum autorizadas pela existência de um direito. Ex.: Esportes, Intervenções Cirúrgicas, etc... Parágrafo único. Não há igualmente crime quando o comandante de navio, aeronave ou praça de guerra, na iminência de perigo ou grave calamidade, compele os subalternos, por meios violentos, a executar serviços e manobras urgentes, para salvar a unidade ou vidas, ou evitar o desânimo, o terror, a desordem, a rendição, a revolta ou o saque.

I - ESTADO DE NECESSIDADE JUSTIFICANTE (Definição: art. 43, CPM) Crime Militar ANTIJURÍDICO OU ILÍCITO (ART. 42 CPM) II - LEGÍTIMA DEFESA (Definição: art. 44, CPM) EXCLUDENTES III - ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL IV - EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO Se o bem jurídico sacrificado for inferior ao protegido, teremos excludente de antijuridicidade. Repelir injusta agressão, atual ou iminente, contra si mesmo ou terceiro, usando moderadamente dos meios. Vinculado à competência territorial e material para a ação. O militar (agente público) em serviço, estará acobertado por essa excludente. Observar os meios moderados. Ações do cidadão comum autorizadas pela existência de um direito. Ex.: Esportes, Intervenções Cirúrgicas, etc... Parágrafo único. Não há igualmente crime quando o comandante de navio, aeronave ou praça de guerra, na iminência de perigo ou grave calamidade, compele os subalternos, por meios violentos, a executar serviços e manobras urgentes, para salvar a unidade ou vidas, ou evitar o desânimo, o terror, a desordem, a rendição, a revolta ou o saque.

Crime Militar ANTIJURÍDICO OU ILÍCITO (ART. 42 CPM/69) EXCLUDENTES I - ESTADO DE NECESSIDADE JUSTIFICANTE (Definição: art. 43, CPM) II - LEGÍTIMA DEFESA (Definição: art. 44, CPM) III - ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL IV - EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO Se o bem jurídico sacrificado for inferior ao protegido, teremos excludente de antijuridicidade. Repelir injusta agressão, atual ou iminente, contra si mesmo ou terceiro, usando moderadamente dos meios. Vinculado à competência territorial e material para a ação. O militar (agente público) em serviço, estará acobertado por essa excludente. Observar os meios moderados. Ações do cidadão comum autorizadas pela existência de um direito. Ex.: Esportes, Intervenções Cirúrgicas, etc... Parágrafo único. Não há igualmente crime quando o comandante de navio, aeronave ou praça de guerra, na iminência de perigo ou grave calamidade, compele os subalternos, por meios violentos, a executar serviços e manobras urgentes, para salvar a unidade ou vidas, ou evitar o desânimo, o terror, a desordem, a rendição, a revolta ou o saque. 90

Crime Militar ANTIJURÍDICO OU ILÍCITO (ART. 42 CPM) Parágrafo Único. Comandante de embarcação, unidade ou aeronave de guerra, usa meios violentos para impelir ação que se prove necessária para a evitar situação de perigo ou grave calamidade. Deve evitar o desânimo, o terror, a desordem, a rendição, a revolta e o saque. Assinala Jorge César de Assis que a presente excludente só se encontra no rol das situações justificantes em tempos de guerra, no teatro de operações, mas em tempos de paz, limita-se à aeronave e embarcação, excluindo qualquer outra hipótese. Não há consenso. Meios violentos: força física, e não ofensa moral. Desânimo Terror Desordem Rendição Revolta Saque Apatia diante da calamidade ou do perigo Pavor generalizado que leva à inação. Ausência de ações concatenadas com o fim comum. Entregar-se ao inimigo. Art. 149, CPM/69 Tomar para si ou para outrem, objetos, por meio de violência. 91

Crime Militar ANTIJURÍDICO OU ILÍCITO (ART. 42 CPM) Parágrafo Único. Comandante de embarcação, unidade ou aeronave de guerra, usa meios violentos para impelir ação que se prove necessária para a evitar situação de perigo ou grave calamidade. Deve evitar o desânimo, o terror, a desordem, a rendição, a revolta e o saque. Assinala Jorge César de Assis que a presente excludente só se encontra no rol das situações justificantes em tempos de guerra, no teatro de operações, mas em tempos de paz, limita-se à aeronave e embarcação, excluindo qualquer outra hipótese. Não há consenso. Meios violentos: força física, e não ofensa moral. Desânimo Terror Desordem Rendição Revolta Saque Apatia diante da calamidade ou do perigo Pavor generalizado que leva à inação. Ausência de ações concatenadas com o fim comum. Entregar-se ao inimigo. Art. 149, CPM Tomar para si ou para outrem, objetos, por meio de violência.

Crime Militar ANTIJURÍDICO OU ILÍCITO (ART. 42 CPM) Parágrafo Único. Comandante de embarcação, unidade ou aeronave de guerra, usa meios violentos para impelir ação que se prove necessária para a evitar situação de perigo ou grave calamidade. Deve evitar o desânimo, o terror, a desordem, a rendição, a revolta e o saque. Assinala Jorge César de Assis que a presente excludente só se encontra no rol das situações justificantes em tempos de guerra, no teatro de operações, mas em tempos de paz, limita-se à aeronave e embarcação, excluindo qualquer outra hipótese. Não há consenso. Meios violentos: força física, e não ofensa moral. Desânimo Terror Desordem Rendição Revolta Saque Apatia diante da calamidade ou do perigo Pavor generalizado que leva à inação. Ausência de ações concatenadas com o fim comum. Entregar-se ao inimigo. Art. 149, CPM/69 Tomar para si ou para outrem, objetos, por meio de violência.

Crime Militar ANTIJURÍDICO OU ILÍCITO (ART. 42 CPM/69) Parágrafo Único. Comandante de embarcação, unidade ou aeronave de guerra, usa meios violentos para impelir ação que se prove necessária para a evitar situação de perigo ou grave calamidade. Deve evitar o desânimo, o terror, a desordem, a rendição, a revolta e o saque. Assinala Jorge César de Assis que a presente excludente só se encontra no rol das situações justificantes em tempos de guerra, no teatro de operações, mas em tempos de paz, limita-se à aeronave e embarcação, excluindo qualquer outra hipótese. Não há consenso. Meios violentos: força física, e não ofensa moral. Desânimo Terror Desordem Rendição Revolta Saque Apatia diante da calamidade ou do perigo Pavor generalizado que leva à inação. Ausência de ações concatenadas com o fim comum. Entregar-se ao inimigo. Art. 149, CPM/69 Tomar para si ou para outrem, objetos, por meio de violência.

Crime Militar CULPÁVEL EXCLUDENTES IMPUTABILIDADE POTENCIAL CONSCIÊNCIA DA ILICITUDE EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA - Condição Mental (art. 48 CPM); - Embriaguez (completa, fortuita ou por força maior - art. 49, CPM). - Menoridade (art. 50, CPM); - Obediência Hierárquica (art. 38, b c/c 40 do CPM). - Erro de Direito (art. 35, CPM só atenua a pena) - Coação (Moral) Irresistível (art.38, a c/c art. 40 do CPM); - Estado de Necessidade Exculpante (art.39, CPM)

IDENTIFICAÇÃO DE MATÉRIA DO DIREITO PENAL MILITAR O FATO PRATICADO ESTÁ PREVISTO NA PARTE ESPECIAL DO CÓDIGO PENAL MILITAR DE 1969? AS CARACTERÍSTICAS DO CRIME (SUJEITOS ATIVO E PASSIVO, LUGAR E TEMPO) ESTÃO PREVISTAS NAS HIPÓTESES DO ART. 9º DO CPM/69? O SUJEITO ATIVO PODE SER PROCESSADO E JULGADO PELA JUSTIÇA MILITAR? - Caso a resposta seja SIM para as três proposições, você estará diante de uma matéria do DIREITO PENAL MILITAR. Mas ainda não pode afirmar que estará diante de um CRIME MILITAR, pois nosso ordenamento jurídico prevê a análise da ANTIJURIDICIDADE e da CULPABILIDADE.

IDENTIFICAÇÃO DE MATÉRIA DO DIREITO PENAL MILITAR O FATO PRATICADO ESTÁ PREVISTO NA PARTE ESPECIAL DO CÓDIGO PENAL MILITAR DE 1969? AS CARACTERÍSTICAS DO CRIME (SUJEITOS ATIVO E PASSIVO, LUGAR E TEMPO) ESTÃO PREVISTAS NAS HIPÓTESES DO ART. 9º DO CPM/69? O SUJEITO ATIVO PODE SER PROCESSADO E JULGADO PELA JUSTIÇA MILITAR? - Caso a resposta seja SIM para as três proposições, você estará diante de uma matéria do DIREITO PENAL MILITAR. Mas ainda não pode afirmar que estará diante de um CRIME MILITAR, pois nosso ordenamento jurídico prevê a análise da ANTIJURIDICIDADE e da CULPABILIDADE.

IDENTIFICAÇÃO DE MATÉRIA DO DIREITO PENAL MILITAR O FATO PRATICADO ESTÁ PREVISTO NA PARTE ESPECIAL DO CÓDIGO PENAL MILITAR DE 1969? AS CARACTERÍSTICAS DO CRIME (SUJEITOS ATIVO E PASSIVO, LUGAR E TEMPO) ESTÃO PREVISTAS NAS HIPÓTESES DO ART. 9º DO CPM/69? O SUJEITO ATIVO PODE SER PROCESSADO E JULGADO PELA JUSTIÇA MILITAR? - Caso a resposta seja SIM para as três proposições, você estará diante de uma matéria do DIREITO PENAL MILITAR. Mas ainda não pode afirmar que estará diante de um CRIME MILITAR, pois nosso ordenamento jurídico prevê a análise da ANTIJURIDICIDADE e da CULPABILIDADE.

IDENTIFICAÇÃO DE MATÉRIA DO DIREITO PENAL MILITAR O FATO PRATICADO ESTÁ PREVISTO NA PARTE ESPECIAL DO CÓDIGO PENAL MILITAR DE 1969? AS CARACTERÍSTICAS DO CRIME (SUJEITOS ATIVO E PASSIVO, LUGAR E TEMPO) ESTÃO PREVISTAS NAS HIPÓTESES DO ART. 9º DO CPM/69? O SUJEITO ATIVO PODE SER PROCESSADO E JULGADO PELA JUSTIÇA MILITAR? - Caso a resposta seja SIM para as três proposições, você estará diante de uma matéria do DIREITO PENAL MILITAR. Mas ainda não pode afirmar que estará diante de um CRIME MILITAR, pois nosso ordenamento jurídico prevê a análise da ANTIJURIDICIDADE e da CULPABILIDADE.

IDENTIFICAÇÃO DE MATÉRIA DO DIREITO PENAL MILITAR O FATO PRATICADO ESTÁ PREVISTO NA PARTE ESPECIAL DO CÓDIGO PENAL MILITAR DE 1969? AS CARACTERÍSTICAS DO CRIME (SUJEITOS ATIVO E PASSIVO, LUGAR E TEMPO) ESTÃO PREVISTAS NAS HIPÓTESES DO ART. 9º DO CPM/69? O SUJEITO ATIVO PODE SER PROCESSADO E JULGADO PELA JUSTIÇA MILITAR? - Caso a resposta seja SIM para as três proposições, você estará diante de uma matéria do DIREITO PENAL MILITAR. Mas ainda não pode afirmar que estará diante de um CRIME MILITAR, pois nosso ordenamento jurídico prevê a análise da ANTIJURIDICIDADE e da CULPABILIDADE.

Art. 38 Não é culpado quem comete o crime: a) sob coação irresistível ou que lhe suprima a faculdade de agir segundo a própria vontade; b) em estrita obediência a ordem direta de superior hierárquico, em matéria de serviços. 1 Responde pelo crime o autor da coação ou da ordem. 2 Se a ordem do superior tem por objeto a prática de ato manifestamente criminoso, ou há excesso nos atos ou na forma da execução, é punível também o inferior.

Comentários sobre Coação (Moral) Irresistível e Obediência Hierárquica. o CMI: sob coação irresistível ou que lhe suprima a faculdade de agir segundo a própria vontade. Na coação temos a presença de três sujeitos: COATOR (quem coage), COAGIDO (quem sofre a coação) e COACTO (vítima naturalística). o OH: Em estrita obediência a ordem direta de superior hierárquico, em matéria de serviços. o Nos dois casos: responde pelo crime o autor da coação ou da ordem, contudo se a ordem do superior tem por objeto a prática de ato manifestamente criminoso, ou há excesso nos atos ou na forma da execução, é punível também o inferior.

Uma ordem hierárquica pode ser de 3 espécies: Ordem Legal: não há crime, estão acobertados pela excludente de ilicitude do estrito cumprimento de dever legal; Ordem Manifestamente Ilegal: existira concurso de pessoas entre o superior hierárquico e o subalterno. Ex: superior manda o funcionário matar alguém. Para o superior incidirá uma agravante genérica (art. 62, III, 1ª parte) e para o subalterno uma atenuante genérica (art. 65, II, c ); Ordem Não manifestamente Ilegal: é a ordem ilegal, mas de aparente legalidade. Ex: superior manda o subalterno prender alguém sem motivos legais. Somente o superior responderá pelo crime. O subalterno ficará isento de pena, ou seja, é caso de autoria mediata.

Art. 39 Estado de Necessidade Exculpante: Não é igualmente culpado quem, para proteger direito próprio ou de pessoa a quem está ligado por estreitas relações de parentesco ou afeição, contra perigo certo e atual, que não provocou, nem podia de outro modo evitar, SACRIFICA direito alheio, ainda quando superior ao direito protegido, desde que não lhe era razoavelmente exigível conduta diversa. o Redação similar (aplicação diferente) à do art. 24 do CP. o No Estado de Necessidade do CPM temos a adoção da Teoria Diferenciadora (pois o ele figura como excludente de ilicitude e como excludente de culpabilidade), enquanto no CP tivemos a adoção da Teoria Unitária. 104

Art. 40 - Nos crimes em que há violação do DEVER MILITAR (arts. 187 a 204 do CPM), o agente não pode invocar coação irresistível senão quando física ou material. Art. 41 - Nos casos do Art.38, letras a (CMI) e b (OH), se era possível resistir à coação, ou se a ordem não era manifestamente ilegal; ou, no caso do Art. 39 (ENE), se era razoavelmente exigível o sacrifício do direito ameaçado, o juiz, tendo em vista as condições pessoais do réu, pode atenuar a pena. 105

DA IMPUTABILIDADE PENAL (arts. 48 a 52, CPM)

A imputabilidade é o nome dado ao conjunto de condições do agente em entender o caráter ilícito de determinado fato. O CPM, assim como o CP, adota o sistema biopsicológico, ou misto, que combina dois fatores: mental (doença mental, desenvolvimento mental retardado ou incompleto art. 48 CPM) e biológico (embriaguez art. 49, CPM e menoridade - art. 50 a 52, CPM). O CPM não trata em nenhum momento da emoção e da paixão, muito menos da embriaguez voluntária ou culposa, cabendo interpretação análoga (art. 28, I e II do CP).

Art. 48. Não é imputável quem, no momento da ação ou da omissão, não possui a capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento, em virtude de doença mental, de desenvolvimento mental incompleto ou retardado. Redução facultativa da pena. Parágrafo único. Se a doença ou a deficiência mental não suprime, mas diminui consideravelmente a capacidade de entendimento da ilicitude do fato ou a de autodeterminação, não fica excluída a imputabilidade, mas a pena pode ser atenuada, sem prejuízo do disposto no art. 113. Redação e aplicação similar ao art. 26 do CP.

Art. 49 - Não é igualmente imputável o agente que, por embriaguez completa proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter criminoso do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. Parágrafo único. A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente por embriaguez proveniente de caso fortuito ou força maior, não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter criminoso do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. Redação e aplicação similar ao art. 28, 1º e 2º do CP.

Art. 50 - O menor de dezoito anos é inimputável, salvo se, já tendo completado dezesseis anos, revela suficiente desenvolvimento psíquico para entender o caráter ilícito do fato e determinar-se de acordo com este entendimento. Neste caso, a pena aplicável é diminuída de um terço até a metade. 110

Equiparação a maiores (revogação tácita) Art. 51 - Equiparam-se aos maiores de dezoito anos, ainda que não tenham atingido essa idade: a) os militares; b) os convocados, os que se apresentam à incorporação e os que, dispensados temporariamente desta, deixam de se apresentar, decorrido o prazo de licenciamento; c) os alunos de colégios ou outros estabelecimentos de ensino, sob direção e disciplina militares, que já tenham completado dezessete anos. Art. 52. Os menores de dezesseis anos, bem como os menores de dezoito e maiores de dezesseis inimputáveis, ficam sujeitos às medidas educativas, curativas ou disciplinares determinadas em legislação especial.

1) O menor de 18 anos não comete crime militar e sim ato infracional. 4) A Justiça menorista (Infância e Adolescência) poderá deixar de aplicar medida de proteção ou socioeducativa, se entender substituí-las por sanção disciplinar. MENORIDADE 2) O registro do A.I. cabe do Delegado de Polícia Civil. 5) Havendo aplicação da internação, a mesma deverá ser feita em estabelecimento adequado (quartel); 3) A nãoresponsabilização penal não significa impunidade. O militar adolescente será responsabilizado de acordo com a lei penal militar. 6) Postula-se a redução da maioridade penal, mas ainda no mundo das ideias. Se houver a alteração o melhor seria alterar o CPM.

PENAS PRINCIPAIS (arts. 55 a 68, CPM) 113

Art. 55 Penas Principais: Capital PPL PPL PPL PRL Morte (Fuzilamento em 7 dias tempo de guerra crimes específicos previstos no CPM/69). Reclusão (01 a 30 anos). Detenção (30 dias a 10 anos). Prisão (Conversão de PPL de até 2 anos). Impedimento (03 a 12 meses) somente art. 183, CPM. PRD PRD Suspensão do exercício do posto (oficial), graduação (praça), cargo ou função (todos). Reforma (inconstitucional por ser de caráter perpétuo).

Art. 55 Penas Principais: Capital PPL PPL PPL PRL Morte (Fuzilamento em 7 dias tempo de guerra crimes específicos previstos no CPM). Reclusão (01 a 30 anos). Detenção (30 dias a 10 anos). Prisão (Conversão de PPL de até 2 anos). Impedimento (03 a 12 meses) somente art. 183, CPM. PRD PRD Suspensão do exercício do posto (oficial), graduação (praça), cargo ou função (todos). Reforma (inconstitucional por ser de caráter perpétuo).

Art. 55 Penas Principais: Capital PPL PPL PPL PRL Morte (Fuzilamento em 7 dias tempo de guerra crimes específicos previstos no CPM/69). Reclusão (01 a 30 anos). Detenção (30 dias a 10 anos). Prisão (Conversão de PPL de até 2 anos). Impedimento (03 a 12 meses) somente art. 183, CPM. PRD PRD Suspensão do exercício do posto (oficial), graduação (praça), cargo ou função (todos). Reforma (inconstitucional por ser de caráter perpétuo).

Art. 55 Penas Principais: Capital PPL PPL PPL PRL Morte (Fuzilamento em 7 dias tempo de guerra crimes específicos previstos no CPM/69). Reclusão (01 a 30 anos). Detenção (30 dias a 10 anos). Prisão (Conversão de PPL de até 2 anos). Impedimento (03 a 12 meses) somente art. 183, CPM. PRD PRD Suspensão do exercício do posto (oficial), graduação (praça), cargo ou função (todos). Reforma (inconstitucional por ser de caráter perpétuo).

Art. 55 Penas Principais: Capital PPL PPL PPL PRL Morte (Fuzilamento em 7 dias tempo de guerra crimes específicos previstos no CPM/69). Reclusão (01 a 30 anos). Detenção (30 dias a 10 anos). Prisão (Conversão de PPL de até 2 anos). Impedimento (03 a 12 meses) somente art. 183, CPM. PRD PRD Suspensão do exercício do posto (oficial), graduação (praça), cargo ou função (todos). Reforma (inconstitucional por ser de caráter perpétuo).

Art. 55 Penas Principais: Capital PPL PPL PPL PRL Morte (Fuzilamento em 7 dias tempo de guerra crimes específicos previstos no CPM/69). Reclusão (01 a 30 anos). Detenção (30 dias a 10 anos). Prisão (Conversão de PPL de até 2 anos). Impedimento (03 a 12 meses) somente art. 183, CPM. PRD PRD Suspensão do exercício do posto (oficial), graduação (praça), cargo ou função (todos). Reforma (inconstitucional por ser de caráter perpétuo).

Art. 55 Penas Principais: Capital PPL PPL PPL PRL Morte (Fuzilamento em 7 dias tempo de guerra crimes específicos previstos no CPM/69). Reclusão (01 a 30 anos). Detenção (30 dias a 10 anos). Prisão (Conversão de PPL de até 2 anos). Impedimento (03 a 12 meses) somente art. 183, CPM/69. PRD PRD Suspensão do exercício do posto (oficial), graduação (praça), cargo ou função (todos). Reforma (inconstitucional por ser de caráter perpétuo).

Art. 55 Penas Principais: Capital PPL PPL PPL PRL PRD PRD Morte (Fuzilamento em 7 dias tempo de guerra crimes específicos previstos no CPM/69). Reclusão (01 a 30 anos). Detenção (30 dias a 10 anos). Prisão (Conversão de PPL de até 2 anos). Impedimento (03 a 12 meses) somente art. 183, CPM. Suspensão do exercício do posto (oficial), graduação (praça), cargo ou função (todos). Reforma (inconstitucional por ser de caráter perpétuo Observar no entanto na via Adm.).

DAS PENAS ACESSÓRIAS (arts. 98 a 108, CPM/69) 122

Art. 98 Penas Acessórias: Quem? Qual? Requisitos I a perda de posto e patente; Condenação a Reclusão ou Detenção superior a dois anos. Importa também na perda das condecorações. Automática de acordo com o art. 107, CPM/69. Oficiais Praças II a indignidade para o oficialato; III a incompatibilidade com o oficialato; IV a exclusão das forças armadas; Observar art. 100, CPM Crimes de traição, cobardia ou espionagem (tempo de guerra) + lista taxativa com 13 crimes. Se cometidos os crimes previstos nos arts. 141 e 142 do CPM. Condenação a Reclusão ou Detenção superior a dois anos. 123

Ação Penal Art. 121 - Sempre ação penal pública incondicionada por oferecimento de denúncia do MP da Justiça Militar. Art. 122 - Exceções: Nos crimes previstos nos artigos 136 a 141, a ação penal, quando o agente for militar ou assemelhado, depende da requisição do Ministério Militar a que aquele estiver subordinado; no caso do Art. 141, quando o agente for civil e não houver coautor militar, a requisição será do Ministério da Justiça.

Extinção da punibilidade Art. 123 - Extingue-se a punibilidade: I - pela morte do agente; II - pela anistia (fato, não pessoa) ou indulto (coletivo: grupo de pessoas determinadas, não fatos); no CP existe ainda a Graça, que pode ser traduzida como o indulto individual. III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso (Abolitio criminis). IV - pela prescrição; No CP ainda temos a perempção e a decadência. V - pela reabilitação; Apaga-se o passado. Devolução dos direitos e deveres na sua plenitude. Pode ser pedido 5 anos depois do cumprimento da sentença ou fim do prazo prescricional. Em caso de negação, novo pedido em 2 anos após sentença.

Extinção da punibilidade Art. 123 - Extingue-se a punibilidade: VI - pelo ressarcimento do dano, no peculato culposo (Art. 303, 4). Parágrafo único. A extinção da punibilidade de crime, que é pressuposto, elemento constitutivo ou circunstância agravante de outro, não se estende a este. Nos crimes conexos, a extinção da punibilidade de um deles não impede, quanto aos outros, a agravação da pena resultante da conexão. Perdão judicial na receptação culposa (art.255): se o agente é primário e o valor da coisa não é superior a 1/10 do salário mínimo, o juiz PODE deixar de aplicar a pena.

Extinção da punibilidade Art. 124 - A prescrição refere-se à ação penal ou à execução da pena. Art. 125 - A prescrição da ação penal, salvo o disposto no 1º deste artigo, regula-se pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime, verificando-se: I - em trinta anos, se a pena é de morte; II - em vinte anos, se o máximo da pena é superior a doze; III - em dezesseis anos, se o máximo da pena é superior a oito e não excede a doze; IV - em doze anos, se o máximo da pena é superior a quatro e não excede a oito;

Extinção da punibilidade Art. 125 - A prescrição da ação penal, salvo o disposto no 1º deste artigo, regula-se pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime, verificando-se: V - em oito anos, se o máximo da pena é superior a dois e não excede a quatro; VI - em quatro anos, se o máximo da pena é igual a um ano ou, sendo superior, não excede a dois; VII - em dois anos, se o máximo da pena é inferior a um ano. Art. 129 - Todos os prazos de prescrição são reduzidos da metade se o agente era, ao tempo do crime, menor de 21 anos ou maior de 70 anos.

OBRIGADO A TODOS E RECEBAM MINHA MAIS SINCERA E MELHOR CONTINÊNCIA EUCLIDES CACHIOLI DE LIMA cachiolli@gmail.com (11) 98533-2779