RELATÓRIO E CONTAS 2013



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Transcrição:

RELATÓRIO E CONTAS 2013

RELATÓRIO DE GESTÃO Concessão de Água e Saneamento do Concelho de Santa Maria da Feira

I. INTRODUÇÃO 1 a. A Concessão 1 b. Atividades Desenvolvidas em 2013 3 II. ATIVIDADE 4 a. Serviço de Abastecimento de Água 4 i. Consumidores de Água 4 ii. Consumos de Água Faturados 6 iii. Balanço da Água 8 iv. Qualidade da Água 9 b. Serviço de Saneamento 10 i. Utentes de saneamento 10 ii. Volumes de Saneamento Faturados 11 c. Intervenções operacionais 12 d. Reclamações apresentadas 13 e. Estrutura de cobrança 13 III. INVESTIMENTO 14 IV. RECURSOS HUMANOS 16 V. SITUAÇÃO ECONÓMICA E FINANCEIRA 17 VI. PERSPETIVAS E OBJETIVOS 21 VII. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS 22 VIII. ACONTECIMENTOS SUBSEQUENTES 22 IX. ANEXO AO RELATÓRIO DE GESTÃO DE 2013 23 X. BALANÇO 24 XI. DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS 26 XII. DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA 27 XIII. DEMONSTRAÇÃO DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO 28 XIV. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 29 XV. RELATÓRIO E PARECER DO FISCAL ÚNICO 55 XVI. CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS 56

ÓRGÃOS SOCIAIS Assembleia Geral: Presidente da Mesa: António Manuel Sousa Barbosa da Frada, Secretário da Mesa: Virgínia Maria Monteiro Teixeira. Conselho de Administração: Presidente - Pedro José Avelar Montalvão Santos Silva, Vogal Fernando Manuel Pereira Rêgo de Araújo, Vogal Pedro Manuel Amaral Jorge, Vogal Vítor Manuel Almeida Damas. Fiscal Único: Deloitte & Associados, SROC S.A., representada por António Manuel Martins Amaral; Suplente: Paulo Alexandre Rocha Silva Gaspar.

INDAQUA FEIRA Indústria de Águas de Santa Maria da Feira, S.A. CAE: 36002 Distribuição de Água SENHORES ACIONISTAS No cumprimento das disposições legais e estatutárias da empresa, vem o Conselho de Administração apresentar o Relatório e Contas da INDAQUA Feira Indústria de Águas de Santa Maria da Feira, S.A. do exercício findo em 31 de dezembro de 2013.

I. INTRODUÇÃO a. A Concessão A INDAQUA Feira - Indústria de Águas de Santa Maria da Feira, S.A., foi constituída em 12 de março de 1999, tendo por objeto o exercício em regime de concessão, as atividades de indústria e prestação de serviços relativos à exploração e gestão conjunta dos serviços públicos municipais de tratamento e distribuição de água para consumo público e de recolha, tratamento e rejeição de efluentes no Concelho de Santa Maria da Feira, incluindo a construção, extensão, reparação, renovação, manutenção e melhoria de todas as instalações, infraestruturas e equipamentos que integram os sistemas concessionados, bem como a realização de todas as obras necessárias à execução do Plano de Investimentos, no âmbito da concessão, e que consta em anexo ao Contrato de Concessão, assinado a 3 de dezembro de 1999 e aditado a 10 de fevereiro de 2010. Tendo como objetivo servir a totalidade do Concelho, com uma população de cerca de 136.000 habitantes à data da assinatura do Contrato e que no final do presente exercício já atinge cerca de 140.000 habitantes, o Contrato de Concessão previa a realização de um Plano de Investimentos, orçado em mais de 100 milhões de Euros (a preços de 1997), em infraestruturas de abastecimento de água e saneamento, com conceção e construção da responsabilidade da INDAQUA Feira. Este Plano de Investimentos prevê o cumprimento de metas ambiciosas, exigindo um acentuado esforço de coordenação e racionalização dos meios, que permite garantir a concretização dos objetivos de atendimento fixados no PDR 2000-2006 e reiterados no PEAASAR Plano Estratégico de Abastecimento de Água e de Saneamento de Águas Residuais (2000-2006). Para além da realização de infraestruturas em todo o Concelho, a INDAQUA Feira inclui ainda nas suas obrigações contratuais, um significativo investimento na capacidade organizativa e operacional dos serviços públicos, com evidente repercussão na melhoria da qualidade do serviço prestado ao consumidor. A Concessão teve início a 1 de janeiro de 2000 pelo prazo de 35 anos, contabilizando-se na altura cerca de 12.800 clientes do serviço de abastecimento de água. A construção das redes de abastecimento de água iniciou-se com o arranque da Concessão em janeiro de 2000. Até final de 2003 foram construídos cerca de 520 km de rede e respetivos ramais domiciliários, assegurando-se uma cobertura a cerca de 87% da população do Concelho. 1

Em agosto de 2003, ocorreu um draw-stop do financiamento da Concessão, motivado pelo atraso no cumprimento por parte do Concedente na realização do Programa de Investimentos Municipal, nomeadamente no que se refere à construção das Estações de Tratamento de Águas Residuais, Emissários e Reservatórios, ficando assim suspenso o investimento na construção de novas infraestruturas por parte da INDAQUA Feira. Como corolário de um longo processo negocial iniciado em maio de 2004 entre a INDAQUA Feira, a Câmara Municipal e a SIMRIA, sobre a égide da ERSAR (ex IRAR - Instituto Regulador de Águas e Resíduos), em 12 de dezembro de 2006 foi assinado o Segundo Aditamento ao Contrato de Concessão, materializando uma solução global que viabilizava a Concessão Municipal, aumentando o prazo da Concessão para 50 anos e incorporando um novo Caso Base. Em maio de 2007 foi reiniciado o investimento em infraestruturas de abastecimento de água e de saneamento. No final de 2009 estava concluído todo o investimento em redes de abastecimento de água e cerca de 55% do investimento previsto em redes de saneamento em baixa. Em fevereiro de 2010 foi assinado o Terceiro Aditamento ao Contrato de Concessão, que altera algumas das responsabilidades no que respeita à execução dos investimentos em redes de saneamento em baixa. Assim, a INDAQUA Feira passou a ser responsável pela execução das obras de saneamento em baixa das bacias do Douro, ao abrigo da candidatura aos fundos do QREN, geridos pelo POVT (Programa Operacional Temático Valorização do Território, Eixo II), enquanto o Concedente pela execução das obras de saneamento em baixa das bacias da Laje e do Caster. Neste aditamento ficou definido que até final de junho de 2012 deveria ser celebrado o 4º Aditamento ao Contrato de Concessão, no sentido de adequar o Contrato às alterações decorrentes do Decreto-lei 194 de 20 de agosto de 2009 e de considerar no caso Base o real valor das obras das bacias do Douro, além de todos os outros eventos e seus efeitos passíveis de serem incorporados no reequilíbrio económico e financeiro da Concessão. No entanto, por razões várias não foi possível concluir as negociações conducentes ao 4º Aditamento na data prevista no 3º Aditamento, encontrando-se ainda em curso o processo negocial no final do presente exercício. Em Agosto de 2010 iniciaram-se as obras de saneamento nas bacias do Douro, ao abrigo da candidatura ao POVT, estando terminadas no final do presente exercício. Assim, genericamente o Plano de Investimentos está concluído. 2

b. Atividades Desenvolvidas em 2013 Ao longo do ano de 2013, a prestação de um Serviço Público com o principal propósito de se atingir uma qualidade sempre crescente, sustentada em adequados procedimentos, com consequente aumento de satisfação dos clientes, continuou a ser uma preocupação dominante, tendo presente a sustentabilidade económica e financeira da Empresa. A atividade da INDAQUA Feira decorreu em conformidade com a estratégia definida para a sua consolidação e para o seu crescimento sustentado, alicerçada em medidas direcionadas para a atração de novos clientes. Tendo em consideração o ainda razoável potencial de clientes não ligados aos sistemas de abastecimento de água e de saneamento, a adesão de novos clientes continuou a ser uma das preocupações dominantes, alicerçada nas disposições legais de obrigatoriedade de ligação. Em conformidade com o programa de verificação da qualidade da água aprovado pela ERSAR, a água distribuída foi de excelente qualidade, cumprindo as exigências definidas no respetivo Decreto-Lei, verificando-se apenas uma residual percentagem de inconformidades, que não foram confirmadas nas respetivas contra-análises. Ao longo do exercício foram concluídas as últimas obras constantes no Plano de Investimentos, registando-se apenas pequenos investimentos associados a extensões de rede, novos ramais e repavimentações. Durante o ano continuaram as negociações com o Concedente no âmbito do reequilíbrio económico e financeiro da Concessão, com vista à celebração do 4º Adiantamento ao Contrato de Concessão. 3

II. ATIVIDADE a. Serviço de Abastecimento de Água A INDAQUA Feira tem atualmente sob a sua gestão 1.102 km de rede de abastecimento de água. i. Consumidores de Água No quadro seguinte apresenta-se a evolução nos dois últimos anos do número de consumidores de água, por tipo de consumidor: Variação CONSUMIDORES POR TIPOLOGIA 2013 2012 Qtd. % Domésticos 40.126 38.770 1.356 3,50% Comércio e Indústria 3.930 3.834 96 2,50% Estado / Autarquias 394 395-1 -0,25% Instituições de Utilidade Pública 131 108 23 21,30% Obras 921 945-24 -2,54% Outros 23 18 5 27,78% Total 45.525 44.070 1.455 3,30% Durante todo o exercício de 2013 verificou-se uma razoável adesão ao sistema de abastecimento de água, fruto da continuada campanha de sensibilização relativa à obrigatoriedade legal de ligação. O número de clientes ativos cresceu de 44.070 para 45.525, o que corresponde a um aumento líquido de 1.455, ou seja um crescimento de cerca de 3,3%, que corresponde a uma média de 121 novos clientes ativos por mês. Estes novos clientes foram angariados um pouco por todo o Concelho, tendo-se concentrado essencialmente nos clientes Domésticos. 4

No gráfico seguinte podemos observar a evolução do número de consumidores de água desde o início da concessão: Número de Clientes de Água desde o Inicio da Concessão 50.000 45.000 40.000 35.000 30.000 25.000 20.000 15.000 10.000 5.000 0 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Regista-se que de 2000 a 2006 estão considerados todos os contratos com clientes, isto é, inclui-se clientes ativos e clientes pendentes de instalação, enquanto a partir de 2007 só se consideram os contratos relativos a clientes ativos. Verifica-se ao longo da vida da Concessão um sempre crescente número de clientes, consequência do forte investimento realizado, que permitiu passar de uma taxa de serviço de abastecimento de água disponível de cerca de 25% em 2000 para mais de 97% no final de 2013. O número de clientes passou de 12.808 no início da Concessão para 45.525 no final de 2013, o que corresponde a uma taxa média de crescimento anual de consumidores de água desde o início da concessão de cerca de 10%. A taxa efetiva de adesão da população situa-se na ordem dos 73,5%, existindo no final de 2013 ainda cerca de 12.000 locais efetivos de consumo com serviço de abastecimento de água disponível à porta, mas sem que esteja efetuada a ligação ao serviço público de abastecimento de água. 5

ii. Consumos de Água Faturados No quadro seguinte podemos observar a evolução dos consumos de água faturados nos dois últimos anos, por tipo de consumidor e por escalão de consumo: 2013 2012 CONSUMOS DE ÁGUA FATURADOS m3 % % / Tipologia m3 % % / Tipologia Variação Domésticos 2.601.254 75,49% 100,00% 2.592.810 75,22% 100,00% 0,33% 1º Escalão - Entre 0 e 5 m3 1.380.363 40,06% 53,07% 1.367.950 39,69% 52,76% 0,91% 2º Escalão - Entre 6 e 15 m3 774.397 22,47% 29,77% 780.548 22,64% 30,10% -0,79% 3º Escalão - Entre 16 e 25 m3 386.821 11,23% 14,87% 394.824 11,45% 15,23% -2,03% 4º Escalão - Superior a 25 m3 59.673 1,73% 2,29% 49.488 1,44% 1,91% 20,58% Comércio e Indústria 415.183 12,05% - 427.480 12,40% - -2,88% Estado / Administração Central 63.113 1,83% - 61.218 1,78% - 3,10% Autarquias / Administração Local 73.140 2,12% - 66.993 1,94% - 9,18% Instituições de Utilidade Pública 199.754 5,80% - 207.363 6,02% - -3,67% Obras 55.932 1,62% - 60.699 1,76% - -7,85% Consumo Autorizado Não Facturado 13.598 0,39% - 20.042 0,58% - -32,15% Água Avarias 2.081 0,06% - 3.221 0,09% - -35,39% Consumos Próprios / Outros 21.920 0,64% - 7.163 0,21% - 206,02% Total 3.445.975 100,00% - 3.446.989 100,00% - -0,03% Foram vendidos 3.432.377 m 3 de água, o que corresponde a um ligeiro aumento de cerca de 0,2 % relativamente ao ano de 2012, apesar do aumento razoável do número de clientes, verificando-se, portanto, uma redução das capitações médias. A evolução do consumo médio mensal por contador e por tipo de cliente pode ser observado no quadro seguinte: Variação CONSUMOS MÉDIOS MENSAIS -m3 2013 2012 Qtd. % Domésticos 5,50 5,76-0,27-4,65% Comércio e Indústria 8,91 9,48-0,56-5,94% Estado / Autarquias 28,78 26,71 2,07 7,75% Instituições de Utilidade Pública 139,30 171,09-31,79-18,58% Obras 5,00 5,26-0,26-4,99% Outros 152,84 153,67-0,83-0,54% Total 6,41 6,72 - -4,64% 6

No gráfico seguinte podemos observar a evolução dos volumes de água faturada desde o início da concessão: Volume de Água Faturada desde o Inicio da Concessão 4.000.000 3.500.000 3.000.000 2.500.000 2.000.000 1.500.000 1.000.000 500.000 0 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Verifica-se em geral um crescimento da água vendida desde o início da Concessão, com especial incidência nos primeiros 6 anos, com exceção do período de 2011 e 2012. Apesar do forte crescimento do número de clientes a partir de 2010, verifica-se uma tendência de estabilização da água faturada, fruto da redução das capitações média. O Caso Base do Terceiro Aditamento ao Contrato de Concessão previa para o ano de 2013 um volume de água faturada de cerca de 5,11 milhões de metros cúbicos, o que representa um desvio negativo de cerca de 33 %. 7

iii. Balanço da Água O quadro que se segue relaciona o consumo de água faturada com a água adquirida, evidenciando o nível de água não contabilizada : Variação BALANÇO DA ÁGUA 2013 2012 m3 % Água Contabilizada 3.445.975 3.446.989-1.014-0,03% Consumos Domésticos 2.601.254 2.592.810 8.444 0,33% Outros Consumos 844.721 854.179-9.458-1,11% Água Aduzida aos Sistemas 4.381.882 4.732.914-351.032-7,42% Água Captada 0 0 0 0,00% Água Adquirida 4.381.882 4.732.914-351.032-7,42% "Água não contabilizada" 935.907 1.285.925-350.018-27,22% "Água não contabilizada" - % 21,36% 27,17% A água entrada nos sistemas de abastecimento de água correspondeu a 4.381.882 m 3, o que equivale a uma redução de 7,42 % relativamente ao ano anterior, correspondendo integralmente a água comprada às Águas do Douro e Paiva. Em 2013 o coeficiente de água não contabilizada foi de 21,4 %. Os caudais mínimos noturnos encontram-se estabilizados e em mínimos de históricos. No gráfico seguinte podemos observar a evolução da percentagem de água não contabilizada desde o início da concessão: "Água não contabilizada" 50,0% 45,0% 40,0% 46,4% 43,0% 35,0% 30,0% 25,0% 20,0% 33,8% 33,5% 25,7% 24,5% 26,7% 23,3% 23,3% 23,2% 24,8% 28,3% 27,2% 21,4% 15,0% 10,0% 5,0% 0,0% 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 8

iv. Qualidade da Água O resumo das análises efetuadas no âmbito do controlo de qualidade da água, de acordo com o Decreto-Lei nº 306/2007, e dos respetivos resultados, encontra-se evidenciado no quadro que se segue: Análise QUALIDADE DA ÁGUA CR1 CR2 CI Total Nº de Análises regulamentares efectuadas (com VP) 432 506 45 983 Nº de Análises regulamentares em violação ao VP 2 0 1 3 % Análises Regulamentares em Conformidade 99,54% 100% 97,78% 99,69% Legenda: Análise CR1 - Controlo de rotina 1 (Decreto-Lei 306/2007) Análise CR2 - Controlo de rotina 2 (Decreto-Lei 306/2007) Análise CI - Controlo de Inspecção (Decreto-Lei 306/2007) Análises Regulamentares - Análises obrigatórias, realizadas com a frequência fixada pelo Decreto-Lei 306/2007 (não VP - Valor paramétrico fixado pelo Decreto-Lei 306/2007 A manutenção e a melhoria da qualidade da água é uma das prioridades da empresa, tendo sido continuado um rigoroso controlo através da recolha sistemática de amostras de água, analisadas em laboratório acreditado, de acordo com o respetivo Programa de Controlo da Qualidade da Água previamente aprovado pela ERSAR. Em 2013, foram detetadas apenas 3 situações de incumprimento pontuais, que foram devidamente investigadas. Em qualquer caso, os resultados das contra-análises não evidenciaram qualquer inconformidade. Face ao total de análises regulamentares realizadas, obteve-se uma taxa de conformidade de 99,69 %. 9

b. Serviço de Saneamento i. Utentes de saneamento No quadro seguinte apresenta-se a evolução do número de utentes de saneamento por tipo de utente nos dois últimos anos: Variação UTENTES DE SANEAMENTO POR TIPOLOGIA 2013 2012 Qtd. % Domésticos 25.849 23.028 2.821 12,25% Comércio e Indústria 2.898 2.638 260 9,86% Estado / Autarquias 151 147 4 2,72% Instituições de Utilidade Pública 64 51 13 25,49% Obras 298 262 36 13,74% Outros 12 14-2 -14,29% Total 29.272 26.140 3.132 11,98% No exercício de 2013, devido à campanha de obrigatoriedade legal de ligação das redes prediais às redes públicas e devido à entrada em serviço de novas redes nas bacias do Douro e também nas bacias da Laje e do Caster, continuou a verificar-se uma acentuada adesão ao serviço de saneamento. O número de contratos ativos de saneamento aumentou de 26.140 em 31 de dezembro de 2012 para 29.272 em 31 de dezembro de 2013, o que corresponde a um aumento de cerca de 12 %. No final do ano existem ainda 4.616 contratos de saneamento pendentes da entrada em serviço das respetivas redes ou da conclusão das necessárias obras de adaptação das instalações prediais. No gráfico seguinte podemos observar a evolução dos utentes de saneamento desde o início da concessão: Número de Utentes de Saneamento desde o Inicio da Concessão 35.000 30.000 25.000 20.000 15.000 10.000 5.000 0 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 10

ii. Volumes de Saneamento Faturados No quadro seguinte podemos observar a evolução dos volumes de saneamento faturados nos dois últimos anos por tipo de consumidor e por escalão de consumo: 2013 2012 VOLUMES DE SANEAMENTO FATURADOS m3 % % / Tipologia m3 % % / Tipologia Variação Domésticos 1.796.517 73,04% 100,00% 1.637.078 71,98% 100,00% 9,74% 1º Escalão - Entre 0 e 5 m3 966.408 39,29% 53,79% 875.280 38,49% 53,47% 10,41% 2º Escalão - Entre 6 e 15 m3 552.354 22,46% 30,75% 503.209 22,13% 30,74% 9,77% 3º Escalão - Entre 16 e 25 m3 251.236 10,21% 13,98% 238.957 10,51% 14,60% 5,14% 4º Escalão - Superior a 25 m3 26.519 1,08% 1,48% 19.632 0,86% 1,20% 35,08% Comércio e Indústria 392.892 15,97% - 369.864 16,26% - 6,23% Estado / Administração Central 45.119 1,83% - 36.555 1,61% - 23,43% Autarquias / Administração Local 29.446 1,20% - 25.737 1,13% - 14,41% Instituições de Utilidade Pública 177.517 7,22% - 189.925 8,35% - -6,53% Obras 18.250 0,74% - 15.037 0,66% - 21,37% Total 2.459.741 100,00% - 2.274.196 100,00% - 8,16% Foram faturados 2.459.741 m 3 de saneamento, o que corresponde a um aumento de 8,2 % relativamente ao ano de 2012, aumento este inferior ao aumento do número de clientes devido à redução das capitações médias. No gráfico seguinte podemos observar a evolução dos volumes de saneamento faturados desde o ano de 2004: Volumes de Saneamento Faturados 3.000.000 2.500.000 2.000.000 1.500.000 1.000.000 500.000 0 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 11

c. Intervenções operacionais O quadro que se segue resume as intervenções realizadas durante o ano de 2013: Água 2013 Mensal INTERVENÇÕES OPERACIONAIS 2013 2012 Máximo Mínimo Média Variação Contadores de Água 5.153 15.019 - - 429-65,69% Instalação 2.894 3.845 178 351 241-24,73% Substituição 335 9.426 16 54 28-96,45% Levantamento 1.913 1.724 107 219 159 10,96% Aferição 11 24 2 1 1-54,17% Abastecimento de Água 2.634 2.189 - - 220 20,33% Cortes de Abastecimento 1.655 1.566 25 191 138 5,68% Restabelecimentos de Ligações 979 623 14 127 82 57,14% Ramais de Água 246 571 - - 21-56,92% Novos 244 565 32 10 20-56,81% Alterações 2 6 1 0 0-66,67% Intervenções na Rede de Água 787 957 - - 66-17,76% Roturas (Reparação de condutas e ramais) 690 753 81 40 58-8,37% Rebentamentos (Externo) 97 204 15 2 8-52,45% Saneamento Ramais de Saneamento 171 296 - - 14-42,23% Novos 171 295 21 7 14-42,03% Alterações 0 1 0 0 0-100,00% Intervenções na Rede de Colectores 391 372 - - 33 5,11% Obstruções 373 364 45 16 31 2,47% Colapsos Estruturais 18 8 4 1 2 125,00% Foram instalados muitos novos contadores, quer fruto da campanha de substituição de contadores com mais de 10 anos, como em novos clientes, consequência da adesão ao longo de todo o ano. Como a adesão se verificou por todo o Concelho, obrigou à construção de muitos novos ramais, com especial relevo em zonas com rede mais antiga. Em continuidade do exercício anterior, neste exercício a desobstrução de coletores foi assegurada pela AQUALEVEL, verificando-se um incremento de eficiência fruto das intervenções preventivas programadas. 12

d. Reclamações apresentadas As reclamações apresentadas ao longo do exercício de 2013 encontram-se resumidas no quadro seguinte: 2013 Mensal RECLAMAÇÕES APRESENTADAS 2013 2012 Máximo Mínimo Média Variação Fraca Qualidade da Água 39 30 6 1 3 30,00% Falta de Água 79 96 12 3 7-17,71% Falta de Pressão 104 127 15 2 9-18,11% Erro de Facturação 102 138 15 3 9-26,09% Outros Motivos 144 146 17 1 12-1,37% Total 468 537 - - - -12,85% Realça-se o facto de que as reclamações apresentadas diminuíram cerca de 13% comparativamente ao ano anterior. e. Estrutura de cobrança A cobrança das faturas no ano de 2013 foi efetuada através dos diversos canais ao dispor do cliente, sendo a sua distribuição a constante no quadro abaixo inserido: ESTRUTURA DE COBRANÇAS Nº Recibos % Valor % Balcões da Empresa 0 0,00% 0 0,00% Sede 63.467 10,85% 3.313.463 20,07% Sistema de Débitos Directos 186.254 31,85% 5.521.630 33,44% CTT/ Payshop 169.142 28,92% 2.660.106 16,11% SIBS 165.994 28,38% 5.016.395 30,38% Outros 0 0,00% 0 0,00% Total 584.857 100,00% 16.511.594 100,00% 13

III. INVESTIMENTO O investimento em infraestruturas de abastecimento de água realizado até ao final do exercício de 2013, em termos de comprimento de redes de abastecimento de água, foi o que se apresenta no quadro seguinte: Acumulado 2013 Anos Anteriores ÁGUA - INVESTIMENTO EM INFRAESTRUTURAS m m m Redes 633.420 886 624.646 R6 - Nogueira Regedoura / S. P. Oleiros 33.331 20 33.311 R11 - Paços de Brandão 19.579 25 19.554 R12 - Rio Meão 24.590 0 24.590 R34 - Vila Maior / Canedo / Gião / Lobão 81.117 186 80.931 R38 - Louredo / Guisande 56.972 0 56.972 R39 - Vale / Louredo / Romariz 19.443 25 19.418 R40 - Argoncilhe 15.301 0 15.301 R42 - Mozelos / Nogueira Regedoura 15.650 0 15.650 R44 - C. S. Jorge / Lobão 10.811 61 10.750 R45 - Fiães / Sanguedo / Lourosa 38.144 123 38.021 R46 - S. M. Lamas 10.225 0 10.225 R47 - S. J. Vêr 22.349 0 22.349 R48 - S. M. Feira 11.066 0 11.066 R49 - Fornos / Souto / Travanca / S. M. Feira 37.146 68 37.078 R50 - Souto 27.655 88 27.567 R51 - S. J. Vêr / C. S. Jorge 47.999 28 47.971 R52 - Sanfins / Escapães 31.112 25 31.087 R53 - Mosteirô 16.129 38 16.091 R54 - Arrifana 32.394 57 32.337 R55 - Milheirós de Poiares 20.965 42 20.923 R56 - Pigeiros / C. S. Jorge 16.810 0 16.810 R57 - Romariz 27.832 100 27.732 RE - Espargo 16.800 0 16.800 Total 633.420 886 624.646 O investimento em infraestruturas de abastecimento de água executado em 2013 foi de cerca de 749.980 euros, correspondendo a diversas extensões de rede e ramais, já que o investimento constante no Plano de Investimentos anexo ao Contrato de Concessão foi concluído em 2009. Considerando as redes de abastecimento de água recebidas do Concedente no início da Concessão, as redes entregues pelo Concedente a título de subsídio em espécie, as redes executadas por diferentes loteadores e as redes construídas pela INDAQUA Feira, ou através do Grupo Construtor da Feira, no âmbito do Plano de Investimentos, ou diretamente no caso de pequenas extensões de rede, a empresa tem sob sua gestão atualmente 1.102 km de rede de abastecimento de água, valor ajustado em função do levantamento cadastral realizado sistematicamente ao longo do ano. 14

O investimento em infraestruturas de saneamento realizado até ao final do exercício de 2013, em termos de comprimento de redes, foi o que se apresenta no quadro seguinte: Acumulado 2013 Anos Anteriores SANEAMENTO - INVESTIMENTO EM INFRAESTRUTURAS m m m Redes 431.241 646 430.595 B1 - Milheirós de Poiares/Romariz 36.790 0 36.790 B2 - Fornos / Arrifana / Mosteirô 804 0 804 B3 - Sanfins / S. M. Feira / Travanca 693 52 641 B4 - Souto / Travanca 0 0 0 B5 - S. J. Vêr / Rio Meão 39.750 0 39.750 B6 - Nogueira Regedoura / S. P. Oleiros / Mozelos 37.523 193 37.330 B7 - Lourosa / Mozelos / S. M. Lamas / P. Brandão / Rio Meão 51.225 176 51.049 B8 - S. J. Vêr / Espargo 40.218 0 40.218 B9 - Argoncilhe / Sanguedo 54.286 0 54.286 B10 - Fiães / Lobão / Sanguedo / C. S. Jorge / Vila Maior / Pig 75.723 0 75.723 B11 - Gião / Canedo 32.758 30 32.728 B12 - Louredo / Guisande 23.082 0 23.082 B13 - Vale / Louredo / Romariz 15.647 0 15.647 B14 - Canedo 14.650 150 14.500 B15 - Louredo / Canedo 8.093 45 8.048 Total 431.241 646 430.595 O investimento em infraestruturas de saneamento executado em 2013 foi de cerca de 2.268.038 de euros, correspondendo essencialmente à conclusão das redes de saneamento nas bacias do Douro, ao abrigo da Operação financiada pelo POVT. Foram ainda ao longo do ano efetuados diversos pequenos investimentos associados à execução de ramais. Considerando as redes de saneamento recebidas do Concedente no início da Concessão, as redes entregues pelo Concedente a título de subsídio em espécie, as redes executadas pelo Concedente previstas no Programa de Investimentos Municipal (bacias da laje e do Caster, ainda em curso), as redes executadas por diferentes loteadores e as redes construídas pela INDAQUA Feira no âmbito do Plano de Investimentos, ou diretamente no caso de pequenas extensões de rede, a empresa tem sob sua gestão atualmente cerca de 820 km de rede de saneamento. Para além dos investimentos em infraestruturas atrás referidos, efetuaram-se outras aquisições de ativos fixos, designadamente, equipamento básico, administrativo, de transporte e outros ativos fixos tangíveis no valor global de cerca de 136.258 euros. 15

IV. RECURSOS HUMANOS No final de 2013 a Indaqua Feira, SA era constituída por 78 colaboradores, dos quais 43 faziam parte do quadro da empresa, 16 encontravam-se em regime de cedência de interesse público e 19 encontravam-se vinculados por contratos a termo certo. Deste universo a antiguidade média era de 9,41 anos. A idade média dos colaboradores era de 39,98 anos representados por 23 elementos do sexo feminino e 55 do sexo masculino. Em termos de habilitações literárias, o 3º ciclo do ensino básico predominava com uma percentagem de 35,90%. Variação RECURSOS HUMANOS 2013 2012 Qtd. % Licenciatura ou superior 12 13-1 -7,69% Bacharelato 0 0 0 0,00% Ensino Secundário 19 18 1 5,56% Ensino Preparatório 36 38-2 -5,26% Ensino Primário 11 12-1 -8,33% Sem Habilitações 0 0 0 0,00% Total 78 81-3 -3,7% Requisitados ao Município 16 17-1 -5,9% Regime Geral 62 64-2 -3,1% O absentismo em 2012 foi de 2,84% motivado sobretudo por Acidente de Trabalho (0,72%) bem como ausências a título de Baixa por Doença (0,49%). ABSENTISMO Ausências % Just. S/Remuneração 4,83 0,00% Greve 7,85 0,00% Acidente Trabalho(1º Dia) 8,33 0,01% Obrigação Legal 12,50 0,01% Injustificada 16,00 0,01% Trabalhador -Estudante 23,37 0,01% Doença sem Baixa 24,00 0,01% Casamento 168,00 0,10% Nojo 185,27 0,11% Assistência à Família 233,56 0,14% Baixa 90% públicos 329,70 0,20% Just. C/Remuneração 391,95 0,24% Consulta Médica 423,31 0,25% Licença de Maternidade 432,00 0,26% Baixa p/doença púb.(rem) 448,35 0,27% Baixa por Doença 816,00 0,49% Acidente de Trabalho 1.200,00 0,72% Total de ausências 4.725 2,83% Horas teóricas 166.593 No âmbito do desenvolvimento das competências dos nossos colaboradores, a empresa investiu, durante o ano de 2013, cerca de 6.469 euros em 28 ações de formação com um volume total de 1.636 horas e uma abrangência de 186 participações. A área de Tecnologias de Informação foi especialmente representativa com 1.005 horas de formação ministradas. Destacam-se também 418,00 horas em Higiene e Segurança no Trabalho e 105,67 horas distribuídas por ações de formação específicas do setor de atividade. 16

V. SITUAÇÃO ECONÓMICA E FINANCEIRA Fatores de risco As atividades da INDAQUA Feira estão expostas aos seguintes fatores de risco financeiro: risco de crédito, risco de liquidez e risco de fluxos de caixa associado à taxa de juro. O Grupo INDAQUA desenvolveu e implementou um programa de gestão do risco que, conjuntamente com a monitorização permanente dos mercados financeiros, procura minimizar os potenciais efeitos adversos na performance financeira da INDAQUA S.A. e suas participadas. O Conselho de Administração providencia princípios para a gestão do risco como um todo e políticas que cobrem áreas específicas, como o risco de taxa de juro, risco de crédito, o uso de derivados, outros instrumentos não estruturados e o investimento do excesso de liquidez. O Conselho de Administração tem a responsabilidade de definir princípios gerais de gestão de riscos, bem como limites de exposição. Todas as operações realizadas com instrumentos derivados, ou estão integradas em operações de cobertura de risco dos contratos de financiamento das concessionárias, ou, se não for o caso, carecem de aprovação prévia do Conselho de Administração, que define os parâmetros de cada operação e aprova documentos formais descritivos dos objetivos das mesmas. Risco de crédito O risco de crédito está essencialmente relacionado com o risco de uma contraparte falhar nas suas obrigações contratuais, resultando uma perda financeira para a INDAQUA Feira. A INDAQUA Feira está sujeita ao risco de crédito nas suas atividades operacionais. O risco de crédito relacionado com operações está essencialmente relacionado com créditos de serviços prestados a clientes. Este risco é reduzido dadas as características do serviço público prestado. Os ajustamentos de imparidade para contas a receber são calculados considerando: i) o perfil de risco do cliente, consoante se trate de cliente da Administração Central ou local ou de cliente individual; ii) o prazo médio de recebimento; e iii) a condição financeira do cliente. Dada a dispersão de clientes, não é necessário considerar um ajustamento adicional de risco de crédito, para além da imparidade já registada nas contas a receber clientes. 17

Risco de liquidez A gestão do risco de liquidez implica a manutenção das disponibilidades a um nível razoável, a viabilidade da consolidação da dívida flutuante através de um montante adequado de facilidades de crédito e a habilidade de liquidar posições de mercado. A INDAQUA Feira efetua a gestão do risco de liquidez através da contratação e manutenção de linhas de crédito e facilidades de financiamento com compromisso de tomada firme junto de instituições financeiras nacionais e internacionais de elevada notação de crédito que permitem o acesso imediato a fundos. É expectativa do Conselho de Administração que os fluxos de caixa operacionais previstos para o ano de 2013 sejam suficientes para suprir as necessidades de fundos desse período. Risco de fluxos de caixa associados à taxa de juro O objetivo da INDAQUA Feira em relação à gestão de fluxos de caixa associados à taxa de juro, foi conseguido através da contratação de dois contratos de swap de taxa variável em taxa fixa, previsto nos contratos de financiamento, que mitiga o risco de variabilidade das taxas de juro de curto prazo. 18

Situação económica e financeira da Empresa No quadro abaixo apresentam-se os principais indicadores económicos e a sua variação face a 2012. (milhares de euros) PRINCIPAIS INDICADORES 2013 2012 % Variação Volume de negócios 14.430 18.692-22,8% Volume de negócios sem IFRIC 12 11.412 10.662 7,0% Gastos operacionais* 9.698 13.961-30,5% EBITDA 5.173 5.079 1,9% Gastos de financiamento líquidos 3.641 3.883-6,2% Resultado líquido -907-853 6,3% Autonomia financeira 30,1% 27,6% 9,1% O volume de negócios da empresa inclui valores relativos a contratos de construção no âmbito da aplicação da IFRIC 12. Assim e como podemos verificar pelo quadro acima, o volume de negócios da empresa sem o efeito da IFRIC 12 registou uma variação positiva de 7% tendo aumentado de 10.662 mil euros para 11.412 mil euros. Mantendo a tendência de redução de custos do ano anterior, os gastos operacionais, com exceção das amortizações, imparidades e outros gastos e perdas, tiveram uma redução de 30,5% passando de 13.961mil euros em 2012 para 9.698 mil euros em 2013. No entanto, se deduzirmos o efeito da aplicação da IFRIC 12 relativo ao valor dos contratos de construção no montante de 2.827 mil euros, ficamos com um montante efetivo de 6.871 mil euros que comparado com 2012, representa um acréscimo de 4,6% (+302 mil euros). Este aumento ficou a dever-se essencialmente ao aumento da rubrica de subcontratos, nomeadamente nos valores referentes aos serviços de limpa coletores e dos gastos com a exploração da ETAR, e ao aumento da rubrica de trabalhos especializados resultante de um acréscimo de serviços de assessoria jurídica, serviços informáticos e serviços de faturação e cobrança. Contrariamente ao ano anterior, o EBITDA registou uma variação positiva de 1,9% face a 2012 passando de 5.079 mil euros em 2012 para 5.173 mil euros em 2013. 19

Os gastos de financiamento líquidos totalizaram o montante de cerca de 3.641 mil euros, inferior em cerca de 242 mil euros relativamente aos gastos de 2012. Esta diminuição resulta essencialmente da diminuição dos juros suportados com o empréstimo bancário estruturado em regime de project finance e com a dívida subordinada colocada pelos acionistas. Os gastos com depreciações e amortizações aumentaram cerca de 18% passando de 2.307 mil euros em 2012 para 2.724 mil euros em 2013, tendo o resultado antes de impostos atingido o valor negativo de 1.191 mil euros. O resultado líquido da empresa foi negativo em 906.951 euros. Em 2012 o valor tinha sido negativo em 852.909 mil euros o que representou uma variação negativa de 6%. O rácio de autonomia financeira, considerado como a relação entre, a soma dos capitais próprios e da dívida subordinada dos acionistas e o ativo líquido da empresa, registou o valor de 30,1 % em 31/12/2013, com um ativo líquido de 108.920.381 euros, representando o ativo não corrente cerca de 89% do ativo total. Se excluirmos dos capitais próprios o justo valor negativo do swap aí registado, contratado como instrumento de cobertura do risco de taxa de juro e integrado nos contratos de financiamento da Concessão, no montante de 6.186.843 euros, o rácio de autonomia financeira atrás referido, não sofreria basicamente alteração em relação a 2012 ficando nos 35,6 % (35,3% em 2012), atingindo os capitais próprios adicionados da dívida subordinada o montante de 39.000.310 euros. 20

VI. PERSPETIVAS E OBJETIVOS O próximo exercício de 2014 será orientado na continuação dos objetivos traçados na organização interna da Empresa e na concretização dos princípios orientadores definidos, salientando-se: Celebração do 4º Aditamento ao Contrato de Concessão; Fecho da Operação do POVT referente às obras de saneamento integradas nas bacias do Douro; Prosseguir com a angariação de novos clientes de água e de saneamento; Consolidação e otimização dos procedimentos integrados no sistema de gestão de clientes baseado na plataforma SAP IS-U; Melhoria do serviço de atendimento e maior rapidez nas intervenções de realização de ramais e instalação de contadores; Melhoria na resposta e resolução de reclamações; Consolidação da utilização de software de controlo das operações (PGO); Entrada em produtivo do SCADA (sistema de telegestão e telemetria para as principais infraestruturas de abastecimento de água e de saneamento); Promover a inspeção periódica e a manutenção preventiva da rede; Continuação da implementação de procedimentos para controlo e redução de perdas de água; Implementação de procedimentos para controlo de infiltrações nas redes de saneamento; Atualização sistemática dos cadastros; Implementação do sistema S I G; Consolidação das relações com os clientes; e Valorização dos recursos humanos. 21

VII. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS Nos termos da alínea b) do artigo 376º do Código das Sociedades Comerciais, o Conselho de Administração propõe que os resultados líquidos negativos do exercício, no montante de EUR 906.951,43 sejam transferidos para a conta de Resultados Transitados. VIII. ACONTECIMENTOS SUBSEQUENTES A esta data, o Conselho de Administração não tem conhecimento da existência de acontecimentos subsequentes a 31 de dezembro de 2013, além dos decorrentes da normal atividade da Sociedade, que tenham impacte na imagem verdadeira e apropriada das demonstrações financeiras do período findo em 31 de dezembro de 2013. Finalmente, agradecemos o apoio e a confiança do nosso Concedente, Clientes, Acionistas, Funcionários, Fornecedores e Instituições Financeiras. Santa Maria da Feira, 13 de fevereiro de 2014 O Conselho de Administração, Pedro José Avelar Montalvão Santos Silva Presidente Fernando Manuel Pereira Rêgo de Araújo Vogal Pedro Manuel Amaral Jorge Vogal Vítor Manuel Almeida Damas Vogal 22

IX. ANEXO AO RELATÓRIO DE GESTÃO DE 2013 Anexo I Publicidade de Participações dos membros dos órgãos de Administração e Fiscalização na sociedade (nº 5 do Art.º 447º do Código das Sociedades Comerciais) No período a que se refere o relatório, os membros dos Órgãos de Administração e Fiscalização, não eram titulares, nem fizeram qualquer aquisição, cessação ou oneração de ações da sociedade. Anexo II Publicidade de Participações de Acionistas (nº 4 do Art.º 448º do Código das Sociedades Comerciais) Em conformidade com o referido artigo, damos publicidade que os acionistas titulares de ações nominativas representativas de pelo menos um décimo do capital da sociedade são: INDAQUA Indústria e Gestão de Águas, S.A. 98,00%. 23

X. BALANÇO ATIVO Assets Notas dez 13 dez 12 ATIVO NÃO CORRENTE (Non-current assets) : Ativos fixos tangíveis (Tangible fixed assets ) 5 2.685.488 Propriedades de investimento (Investment properties ) Goodwill (Goodwill ) Ativos intangíveis (Intangible assets) 6 92.048.443 Participações financeiras - MEP (Capital holdings - equity method ) Participações financeiras - Outros métodos (Capital holdings - other methods) Acionistas/sócios (Shareholders ) Outros ativos financeiros (Other financial assets ) Ativos por impostos diferidos (Deferred taxes) 7 2.393.088 97.127.019 ATIVO CORRENTE (Current assets) : Inventários (Inventories) 8 95.986 Clientes (Clients) 9 1.286.115 Adiantamentos a fornecedores (Advances to suppliers) Estado e outros entes públicos (State public sector) 10 222.683 Acionistas/sócios (Shareholders ) 10-27 420.540 Outras contas a receber (Other debtors) 11 2.302.233 Diferimentos (Deferred costs ) 12 65.782 Outros ativos financeiros (Other financial assets ) Caixa e depósitos bancários (Cash and bank deposits) 4 7.400.022 11.793.362 3.092.581 91.237.583 3.329.435 97.659.599 141.256 1.565.977 155.776 429.765 2.536.431 25.143 6.219.420 11.073.768 Total do ativo (Total assets) 108.920.381 108.733.367 As notas anexas constituem parte integrante destas Demonstrações Financeiras. 24

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO Shareholders' equity and liabilities Notas dez 13 dez 12 CAPITAL PRÓPRIO (Shareholders' equity) : Capital realizado (Capital) 13 4.990.000 Outros instrumentos de capital próprio (Capital not issued) Reservas legais (Legal reserves) 14 98.705 Outras reservas (Other reserves) 14-18 -7.062.021 Resultados transitados (Returned earnings) 14-4.307.719 Ajustamentos em ativos financeiros (Adjustment in share capital) Outras variações no capital próprio (Other adjustments) 14 16.933.925 10.652.890 Resultado líquido do período (Net profit) 14-906.951 14 9.745.939 4.990.000 98.705-9.982.364-3.408.528 17.089.740 8.787.553-852.909 7.934.644 Total do capital próprio ( Total shareholder's equity) 9.745.939 7.934.644 PASSIVO (Liabilities): PASSIVO NÃO CORRENTE (Non-current liabilities) : Provisões (Provisions) Financiamentos obtidos (Long term loans) 15 77.664.001 Passivos por impostos diferidos (Deferred taxes ) 7 5.301.305 Outras contas a pagar (Other creditors) 17 1.741.194 Outros passivos financeiros (Other financial liabilities) 18 8.417.474 93.123.974 77.574.216 5.078.462 1.705.315 11.337.817 95.695.810 PASSIVO CORRENTE (Current liabilities) : Fornecedores (Suppliers) 16 1.899.563 Adiantamentos de clientes (Advances from clients) Estado e outros entes públicos (State public sector) 10 28.567 Acionistas/sócios (Shareholders ) Financiamentos obtidos (Short term loans) 15 754.092 Outras contas a pagar (Other creditors) 17 3.368.246 Diferimentos (Deferred income ) Outros passivos financeiros (Other financial liabilities) 6.050.468 1.525.923 24.359 820.156 2.732.475 5.102.913 Total do passivo (Total liabilities) 99.174.442 100.798.723 Total do capital próprio e do passivo (Total shareholders' equity and liabilities) 108.920.381 108.733.367 As notas anexas constituem parte integrante destas Demonstrações Financeiras. 25

XI. DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS RENDIMENTOS E GASTOS Notas Profit and Loss Account dez 13 PERÍODOS dez 12 Vendas e serviços prestados (Sales and services rendered ) 19 14.429.980 Trabalhos para a própria entidade (Work undertaken for ourselves) 0 Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas (Costs of goods sold and mat. consumed) 8-1.814.620 Fornecimentos e serviços externos (Supplies and services ) 20-6.577.502 Gastos com o pessoal (Staff costs ) 21-1.305.517 Imparidade de inventários (perdas/reversões) (Inventories impairment ) 0 Imparidade de dívidas a receber (perdas/reversões) (Accounts receivable impairment ) 9-50.300 Provisões (aumentos/reduções) (Provisions) 0 Aumentos/reduções de justo valor (Adj. fair value) 0 Outros rendimentos e ganhos (Other incomes and profits ) 22 730.631 Outros gastos e perdas (Other expenses and losses) 22-239.533 18.691.795 0-1.904.674-10.710.682-1.345.904 0-68.807 0 0 601.785-184.236 Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos (EBITDA) 5.173.139 5.079.276 Gastos/reversões de depreciação e de amortização (Depreciations ) 5-6 -2.723.862 Imparidade de ativos depreciáveis/amortizáveis (perdas/reversões) (Assets impairment) 0-2.306.662 0 Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) (EBIT) 2.449.277 2.772.613 Juros e rendimentos similares obtidos (Interest and similar profits ) 23 144.511 Juros e gastos similares suportados (Interest and similar losses) 23-3.785.143 230.261-4.113.056 Resultado antes de impostos (Pre-tax-profits) -1.191.355-1.110.182 Imposto sobre o rendimento do período (Taxation on profit) 7-24 284.404 257.273 Resultado líquido do período (Net profit) -906.951-852.909 As notas anexas constituem parte integrante destas Demonstrações Financeiras. 26

XII. DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA Demonstração dos Fluxos de Caixa Período findo em 31 de dezembro 2013 (Montantes expressos em euros) 2013 2012 Fluxos de caixa das atividades operacionais Notas Valor Valor Recebimentos de clientes 14.297.086 14.424.593 Pagamentos a fornecedores -6.154.496-6.416.270 Pagamentos ao pessoal -1.189.997-1.248.850 Caixa gerada pelas operações 6.952.593 6.759.473 Pagamento/recebimento do imposto sobre o rendimento 440.466-8.130 Outros recebimentos/pagamentos 15.192-442.303 Fluxos de caixa das atividades operacionais: 7.408.251 6.309.040 Fluxos de caixa das atividades de investimento Pagamentos respeitantes a: Ativos fixos tangíveis -41.904-242.606 Ativos intangíveis -3.085.309-8.689.752 Investimentos financeiros Outros ativos -3.127.213-8.932.358 Recebimentos provenientes de: Ativos fixos tangíveis 12.600 Ativos intangíveis Investimentos financeiros Outros ativos Subsídios ao investimento 188.121 3.954.717 Juros e rendimentos similares 79.845 Dividendos 280.566 3.954.717 Fluxos de caixa das atividades de investimento: -2.846.647-4.977.641 Fluxos de caixa das atividades de financiamento Recebimentos provenientes de: Financiamentos obtidos 6.500.000 Realizações de capital e de outros instrumentos de capital próprio Cobertura de prejuízos Doações Outras operações de financiamento 4.174 94.292 4.174 6.594.292 Pagamentos respeitantes a: Financiamentos obtidos -845.396-796.796 Juros e gastos similares -2.484.825-3.010.364 Dividendos Reduções de capital e de outros instrumentos de capital próprio Outras operações de financiamento -54.955-55.346-3.385.176-3.862.506 Fluxos de caixa das atividades de financiamento: -3.381.002 2.731.786 Variação de caixa e seus equivalentes: 1.180.602 4.063.185 Caixa e seus equivalentes no início do período: 6.219.420 2.156.235 Caixa e seus equivalentes no fim do período: 7.400.022 6.219.420 As notas anexas constituem parte integrante destas Demonstrações Financeiras. 27

XIII. DEMONSTRAÇÃO DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO Notas Capital realizado Reservas legais Resultados transitados Outras Reservas Outras variações no capital próprio Resultado líquido do período A 1 de janeiro de 2012 4.990.000 98.705-2.811.238-7.035.628 16.587.302-584.243 11.244.898 Alterações no período Aplicação de resultados 0 0-584.243 0 0 584.243 0 Ajustamentos por impostos diferidos 0 0-13.047 0 881.277 0 868.231 Outras alterações reconhecidas no capital próprio 0 0 0-2.946.736-378.839 0-3.325.575 14 0 0-597.290-2.946.736 502.438 584.243-2.457.344 Resultado líquido do período -852.909-852.909 Resultado integral -3.018.760-3.018.760 Total Operações com detentores de capital no período 0 0 0 0 0 0 0 A 31 de dezembro de 2012 14 4.990.000 98.705-3.408.528-9.982.364 17.089.740-852.909 7.934.644 Capital realizado Reservas legais Resultados transitados Outras Reservas Outras variações no capital próprio Resultado líquido do período A 1 de janeiro de 2013 14 4.990.000 98.705-3.408.528-9.982.364 17.089.740-852.909 7.934.645 Alterações no período Aplicação de resultados 14 0 0-852.909 0 0 852.909 0 Ajustamentos por impostos diferidos 14 0 0-46.282 0-996.734 0-1.043.017 Outras alterações reconhecidas no capital próprio 14 0 0 0 2.920.343 840.919 0 3.761.263 0 0-899.191 2.920.343-155.815 852.909 2.718.246 Resultado líquido do período -906.951-906.951 Resultado integral 1.239.501 1.239.501 Total Operações com detentores de capital no período 0 0 0 0 0 0 0 A 31 de dezembro de 2013 14 4.990.000 98.705-4.307.719-7.062.021 16.933.925-906.951 9.745.939 As notas anexas constituem parte integrante destas Demonstrações Financeiras. 28

XIV. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 1. Introdução A Indaqua Feira Indústria de Águas de Santa Maria da Feira, S.A. (adiante designada por Indaqua Feira ou Empresa), com sede na Rua Dr. Alcides Strech Monteiro, 17, Santa Maria da Feira, foi constituída em 12 de Março de 1999 tendo por objeto o exercício, em regime de concessão, das atividades de indústria e prestação de serviços relativos à exploração e gestão conjunta dos Serviços Públicos Municipais de tratamento e distribuição de água para consumo público e de recolha, tratamento e rejeição de efluentes no Concelho de Santa Maria da Feira, incluindo construção, extensão, reparação, renovação, manutenção e melhoria de todas as instalações, infraestruturas e equipamentos que compõem os sistemas concessionados, bem como a realização de todas as obras necessárias à execução do plano de investimento no âmbito da referida concessão. O contrato de concessão tem vigência até 2049. Adicionalmente, a Empresa é integralmente/maioritariamente detida pela Indaqua Indústria e Gestão de Águas S.A., pelo que se insere num grupo económico liderado por esta entidade ( Grupo Indaqua ) sendo as demonstrações financeiras da Empresa integradas nas demonstrações financeiras consolidadas da Indaqua Indústria e Gestão de Águas S.A. pelo método de consolidação integral. No final da concessão todas as Infraestruturas serão transferidas para o Município. É da opinião da Administração que estas Demonstrações Financeiras refletem de forma verdadeira e apropriada as operações da Indaqua Santo Tirso/Trofa, relativas ao período de 01/01/2013 a 31/12/2013 bem como a sua posição e performance financeira e fluxos de caixa à data de 31/12/2013, tendo as mesmas sido aprovadas pela Administração em 12 de fevereiro de 2014, contudo as mesmas estão ainda sujeitas a aprovação pela Assembleia-Geral de Acionistas, nos termos da legislação comercial em vigor em Portugal. As notas que se seguem respeitam a numeração definida pelo Sistema de Normalização Contabilística (SNC). 2. Referencial contabilístico de preparação das Demonstrações Financeiras 2.1. Base de Preparação Estas Demonstrações Financeiras foram preparadas de acordo com as disposições do SNC, emitidas e em vigor à data de 31 de Dezembro de 2013. Foram preparadas de acordo com o princípio do custo histórico. A preparação das Demonstrações Financeiras em conformidade com o SNC requer o uso de estimativas, pressupostos e julgamentos críticos no processo da determinação das políticas contabilísticas a adotar pela Indaqua Feira com impacto significativo no valor contabilístico dos ativos e passivos, assim como nos rendimentos e gastos do período de reporte. Apesar de estas estimativas serem baseadas na melhor experiência da Administração e nas suas melhores expectativas em relação aos eventos e ações correntes e futuras, os resultados atuais e futuros podem diferir destas estimativas. As áreas que envolvem um maior grau de julgamento ou complexidade, ou áreas em que pressupostos e estimativas sejam significativos para as Demonstrações Financeiras são apresentadas na Nota 3. Pelo fato de não existir tratamento previsto nas NCRF para as concessões foi adotado o IFRIC 12 Acordos de Concessão de Serviços que regula a forma de contabilização das infraestruturas afetas à concessão e que é caracterizado da seguinte forma: 29

Enquadramento A IFRIC 12 Acordos de concessão de serviço define os princípios a observar na contabilização dos contratos de concessão de serviço público, atendendo aos serviços a que a concessionária se obriga a prestar e ao controlo que exerce sobre os ativos da concessão. No âmbito da IFRIC 12 estão os contratos de concessão de serviço que possuem as seguintes características: i) O objetivo do contrato é a prestação de um serviço público aos utilizadores em geral; ii) O contrato de concessão regula o tipo e a qualidade dos serviços a serem prestados pelo concessionário; iii) O concessionário é responsável pela conceção, desenho e construção / requalificação das infraestruturas necessárias à prestação do serviço público; iv) Os preços a praticar (tarifas) são aprovados pelo concedente; v) O concedente controla qualquer valor residual das infraestruturas independentemente de quem a construiu ou detêm a titularidade uma vez que (a) o concessionário não pode onerar, alienar ou ceder as infraestruturas da concessão e (b) no final da concessão, as infraestruturas da concessão revertem para o concedente. A IFRIC 12 proporciona orientação quanto ao tratamento contabilístico a adotar pelos concessionários de serviços públicos com as características acima identificadas. Quando a IFRIC 12 é aplicada, o concessionário não pode reconhecer nas suas demonstrações financeiras, como ativos fixos tangíveis, os ativos da concessão utilizados na prestação do serviço por não deter o controlo sobre os mesmos, embora retenha o risco de construção e de financiamento. Dado que a construção/aquisição das infraestruturas da concessão não qualifica como investimento em ativos próprios do concessionário, em substância o concessionário presta um serviço de construção que terá de registar de acordo com a IAS 11 / NCRF 19 Contratos de construção. A aplicação deste normativo prevê o reconhecimento da totalidade dos gastos incorridos na prestação do serviço de construção/ requalificação das infraestruturas da concessão consoante a sua natureza, e o registo do justo valor do rédito da construção. Uma vez que no caso das concessões este serviço está associado ao contrato de concessão que prevê a exploração subsequente das infraestruturas construídas/ adquiridas, é necessário determinar a contraprestação do rédito reconhecido. A IFRIC 12 preconiza dois modelos de contabilização para os serviços de construção consoante os riscos e benefícios assumidos pelo concessionário: i) O modelo do ativo financeiro se o concedente tem a responsabilidade de pagar ao concessionário pela prestação do serviço de construção, ou se, embora a responsabilidade pelo pagamento do serviço público recai sobre os seus utilizadores, o concedente tenha a responsabilidade de garantir um montante mínimo previamente definido; ii) O modelo do ativo intangível se o concessionário tem direito a cobrar consoante a prestação do serviço público aos utilizadores (pagando o utilizador ou o concedente), os montantes despendidos constituem o custo da aquisição do direito de concessão. 30