CRÓNICAS II - Crónicas Bibliográficas

Documentos relacionados
RESENHA HISTORICO-MILITAR

Análise comparativa dos rácios entre tropas e populações nas campanhas de África ( )

Crónicas Bibliográficas

ALOCUÇÃO DE S. Ex.ª O GENERAL CEMGFA POR OCASIÃO DA SESSÃO DE ABERTURA DO SEMINÁRIO GUERRA DE ÁFRICA 12 DE ABRIL DE 2012 IESM /NICCM

Da Estratégia Aérea Uma abordagem informal

A Marinha Em África ( ). Especificidades. Summary of the Seminar Portuguese Navy In Africa ( ) Specificities.

IN MEMORIAM - Tenente-general Guilherme de Sousa Belchior Vieira ( )

LISTA GLOBAL DAS ACTIVIDADES CONCLUIDAS. interesse e temas 2008

Crónicas Bibliográficas

Hinos Patrióticos e Militares Portugueses

Crónicas Bibliográficas

Crónicas Bibliográficas

A OPERAÇÃO "SACA" 211 A execução 212 A CAMINHO DA I RPM - O DESTACAMENTO "BENEDITO" 214 Antecedentes 214 O Destacamento "Benedito" e a sua progressão

Efemérides Sábado, 30 Agosto :09 EFEMÉRIDES

INTERVENÇÃO DE SEXA O GENERAL CEMGFA

Press Kit 2ºBIMEC/KTM/TACRES/KFOR

HOMENS, DOUTRINAS E ORGANIZAÇÃO

SENHOR PRESIDENTE DA LIGA DOS COMBATENTES, MEU GENERAL

6º EIN SIMPÓSIO INTERNACIONAL ESTRATÉGIA NACIONAL DE CIBERSEGURANÇA: DA VISÃO À ACÇÃO ACADEMIA MILITAR. (Amadora, 5 Julho 2012) Patrocínio:

REPÚBLICA DE ANGOLA MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES Gabinete do Ministro

LISTA GLOBAL DAS ACTIVIDADES CONCLUIDAS. interesse e temas Jun08- Prof Doutor Paulo Veríssimo - Cor F Freire

O Exército Português em Timor-Leste

ÍNDICE. Compêndio da Arte da Guerra. Da política e da guerra. Estudo Introdutório

SENHOR MINISTRO DA DEFESA NACIONAL, EXCELÊNCIA SENHOR ALMIRANTE CHEFE DO ESTADO-MAIOR DA ARMADA SENHOR GENERAL CHEFE DO ESTADO-MAIOR DA FORÇA AÉREA

PROTOCOLO DE COOPERAÇÃO DA COMUNIDADE DOS PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA NO DOMÍNIO DA DEFESA

CRÓNICAS III - Crónicas Bibliográficas

Cidadania e a Dimensão Europeia na Educação Janeiro de 2010

Decreto-Lei n.º 400/74 de 29 de Agosto

1.ELEMENTOS DE IDENTIFICAÇÃO

José Alberto Azeredo Lopes

ORGANIZAÇÃO ANO INÍCIO 1999 OBSERVAÇÕES

Outros Assuntos da Actualidade

Os Autores não carecem de apresentação mas, ainda assim, uma palavra de homenagem lhes é devida.

presença e a solidez na resistência às intempéries que trouxeram o Instituto Britânico até à actualidade.

CURRICULUM VITAE. II FORMAÇÃO ACADÉMICA E PROFISSIONAL 1. Cursos de formação académica (Licenciatura/Pós-graduação/Mestrado/Doutoramento)

a conquista das almas

A POSIÇAO DE ANGOLA. NA ARQUITECTURA DE PAZ E SEGURANÇA AFRICANA

TERRORISMO EM LONDRES: SERVIÇOS SECRETOS EM ALERTA[1]

Avaliação da formação. Um estudo de caso. Ana Veloso

Bem-vindos a esta casa que Almeida Santos soube

OS ARQUIVOS SECRETOS DA GUERRILHA DO ARAGUAIA. Total da documentação: 108 documentos 1197 páginas 2 A PERSEGUIÇÃO

Intervenção do Ministro da Defesa Nacional, José Alberto Azeredo Lopes, na chegada

ALOCUÇÃO DE SEXA O GENERAL CEMGFA POR OCASIÃO DA SESSÃO SOLENE NA CM MOURA (27 DE ABRIL DE 2013) (só faz fé versão lida)

EXAME NACIONAL DO ENSINO SECUNDÁRIO

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA

Verões na Revista Militar Julho/Agosto

Outonos na Revista Militar Outubro/Novembro/Dezembro

Observações. O aprontamento ficou concluído a 31 de Maio de 2010, prevendo-se a projecção da Força em 03 de Junho de 2010.

Formação e Consultoria Especializada

LISTA GLOBAL DAS ACTIVIDADES CONCLUIDAS. interesse e temas Jun08- Prof Doutor Paulo Veríssimo - Cor F Freire

Cartografar África em Tempo Colonial ( c. 1940)

INSTITUTO DE ESTUDOS SUPERIORES MILITARES CURSO DE PROMOÇÃO A OFICIAL GENERAL

CRÓNICAS II - Crónicas Bibliográficas

EXMOS. ORADORES e PARTICIPANTES:

As especificidades da logística sanitária militar

Dia da Independência de Angola

1. ANÁLISE ESTRATÉGICA

I PÓS-GRADUAÇÃO E MESTRADO EM DIREITO E SEGURANÇA. Notas dos Trabalhos dos Módulos I, II e III

Intervenção do Ministro da Defesa Nacional, José Alberto Azeredo Lopes, na cerimónia

ALBERTO PENA-RODRÍGUEZ HELOISA PAULO COORD. A Cultura do. poder. A propaganda nos Estados Autoritários. Versão integral disponível em digitalis.uc.

exposição 25 de Abril

Capitão-de-mar-e-guerra Luís Nuno da Cunha Sardinha Monteiro O MAR NO SÉCULO XXI

VII REUNIÃO DE MINISTROS DA DEFESA DA COMUNIDADE DE PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA. Bissau, 31 de Maio e 1 Junho de 2004 DECLARAÇÃO FINAL

ACORDO ENTRE O ESTADO PORTUGUÊS E A FRENTE DE LIBERTAÇÃO DE MOÇAMBIQUE

DISCURSO DO ALMIRANTE CHEFE DO ESTADO-MAIOR DA ARMADA POR OCASIÃO DA CERIMÓNIA DE ENTREGA DO ESTANDARTE NACIONAL À FFZ LTU19

UNIDADES CURRICULARES

INTERVENÇÃO DE SEXA O GENERAL CEMGFA. Senhor Representante da República na Região Autónoma da Madeira, Excelência;

Rio Negro possui o quartel do Exército mais moderno do Brasil

comportamento escolar dos alunos

MISSÕES DAS FORÇAS ARMADAS

PROTOCOLO ENTRE O EXÉRCITO PORTUGUÊS E A ALI - ASSOCIAÇÃO DE APOIO DOMICILlÁRIO DE LARES E CASAS DE REPOUSO DE IDOSOS

DECLARAÇÃO DE BISSAU

SITUAÇÃO DO PESSOAL DO EXÉRCITO NA VÉSPERA DO 25 DE ABRIL

Manuel Amaro Bernardo. História Militar. memorirs. DH REUOlUçAo

Presidida por (Alta Entidade a confirmar oportunamente)

Avaliação Externa das Escolas

A CPLP: PERSPETIVA INTERNACIONAL E A ABORDAGEM DA POLÍTICA DE INFLUÊNCIA

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS E DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

MUNICIPIO DE ALMADA. Assembleia Municipal EDITAL Nº 104/X-4º/ (Voto de Pesar pelo falecimento do Cidadão Francisco. Brissos de Carvalho)

Obras Publicadas 2 / 5

DESCOLONIZAÇÃO AFRICANA

Lionídio Gustavo de Ceita Presidente do Conselho de Administração

II ENCONTRO INTERPARLAMENTAR DE QUADROS DAS ÁREAS ADMINISTRATIVA, FINANCEIRA E PATRIMONIAL DOS PARLAMENTOS DE LÍNGUA PORTUGUESA

LIONS CLUBE DE VILA PRAIA DE ÂNCORA

A liderança dos processos de regeneração urbana Bairros Críticos

DIREITOS HUMANOS. Direito Internacional dos Direitos Humanos. Direitos Humanos, Direito Humanitário e Direito dos Refugiados. Profª.

Crónicas Bibliográficas

RIDB. Revista do Instituto do Direito Brasileiro Ano 2 (2013), nº 1. Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa

EDITORIAL - O Ambiente Estratégico Internacional e os Desafios à Defesa

Senhor Ministro dos Negócios Estrangeiros, Senhor Comissário Carlos Moedas, Senhor Presidente da Câmara Municipal do Porto,

XI CONFERÊNCIA DOS CHEFES DE ESTADO E DE GOVERNO DA CPLP

Relações de Cooperação de Portugal com os países da CPLP em matéria de protecção civil. Cooperação a nível bilateral

Data: Jul-10 PLANO DE EMERGÊNCIA EXTERNO FLEXIPOL Pág. i

Relatório de atividades de cooperação

DIPLOMA/ACTO : Decreto-Lei n.º 233/96. EMISSOR : Ministério da Defesa Nacional. DATA : Sábado, 7 de Dezembro de 1996 NÚMERO : 283/96 SÉRIE I-A

ACORDO DE COOPERAÇÃO NA ÁREA MILITAR ENTRE O MINISTÉRIO DA DEFESA NACIONAL DE PORTUGAL E O MINISTÉRIO DA DEFESA NACIONAL DA ROMÉNIA.

Documento 3 Cerco ao Quartel do Carmo pelo MFA, em Lisboa (25 de Abril de 1974)

DEBATE SOBRE O PLANO DE FORMAÇÃO DE QUADROS NA ASSEMBLEIA NACIONAL

IN MEMORIAM E EVOCAÇÃO

ACTIVIDADE DA CART 3494 DO BART 3873 NO TEATRO DE O. P. GUINÉ (6)

Transcrição:

CRÓNICAS II - Crónicas Bibliográficas Tenente-general José Lopes Alves Major-general Adelino de Matos Coelho Coronel Alberto Ribeiro Soares Vem Comigo à Guerra do Ultramar de António Luís Monteiro da Graça (2007) :: Neste pdf - página 1 de 7 ::

Em despretensiosa e limitada, mas cuidada, edição, o Coronel de Cavalaria Monteiro da Graça veio transmitir-nos no livro em epígrafe a vivência da sua demorada passagem de quatro comissões de serviço por Moçambique, primeiro, Guiné, depois, Angola, a seguir e, finalmente de novo Moçambique, no período de 1961 a 1973, num relato de estilo aberto, franco, atraente e bem elaborado no qual as suas verídicas histórias o fizeram certamente viver, ao recordá-las e redigi-las, tão quatro longos períodos alternados de serviço nos quais se sacrificou com os seus homens a uma dura missão e sacrificou também os que deste lado, familiares e amigos, acompanharam apreensivos e receosos o seu deambular pelas matas africanas. Bem-haja Coronel Graça. O cuidadosamente composto relato que elaborou, que vem acompanhado de algumas fotografias e de esquemas de cartas elucidativos e no qual é patente a leveza da leitura dos sucessivos acontecimentos que nele recorda e descreve, arrasta-nos de imediato para a recordação de muitos aspectos pessoais que nas mesmas paragens que por esse tempo também tivemos de percorrer e incute-nos a vontade, é mais um privilégio, de um dia, imitando o seu labor e beneficiando o conhecimento da Guerra, também cada um de nós a rememorar e levar esse conhecimento a todos os que dela voluntariamente se afastaram, e muitos foram, ou que tiveram por qualquer outra razão a felicidade de não ter sido empenhados nos seus duros e sacrificantes eventos. A Revista Militar felicita o Autor pelo seu sentido testemunho, cujo exemplar vai enriquecer a sua Biblioteca, e permite-se lembrar, acompanhando uma realidade que estará, felizmente a ser hoje mais habitual, que o seu livro de memórias, que o é, deveria ter tido mais lata difusão. :: Neste pdf - página 2 de 7 ::

Tenente-General José Lopes Alves Sócio Efectivo da Revista Militar Terrorismo e Guerrilha - Das Origens à Al-Qaeda pelo Coronel Manuel da Silva A aprendizagem das sociedades em face da evolução histórica do terrorismo e da guerrilha, o seu enquadramento nos processos subversivos e revolucionários e as suas principais figuras e doutrinas, pode observar-se nesta obra que nos apresenta, com actualidade e de uma forma muito peculiar, o desenvolvimento dos mundos extremistas. A abordagem das lógicas de actuação e dos mecanismos de utilizados por movimentos que privilegiaram ou assumem o terrorismo e a guerrilha como instrumentos de combate é feita com um sentido pedagógico, no domínio das relações internacionais, com fácil :: Neste pdf - página 3 de 7 ::

entendimento, fomentando no leitor, mesmo que seja especialista na matéria, uma curiosidade permanente e um enquadramento histórico e estratégico. Em Terrorismo e Guerrilha - Das Origens à Al-Qaeda, o Coronel Manuel da Silva mostranos a evolução da guerrilha e do terrorismo sem motivações religiosas na Europa (sem motivações político-religiosas), na Ásia (com a afirmação da doutrina chinesa), no continente americano (numa diversidade e aspectos) e no continente africano (nacionalismos e radicalismos). O livro contém, igualmente, um aprofundado capítulo dedicado à evolução do islamismo e do radicalismo islamita, a que se segue um estudo da evolução dos conflitos em Israel e na Palestina, bem como dos Balcãs e da questão dos curdos. Para a facilidade de leitura, o autor antecipa um conjunto de conceitos fundamentais do âmbito do Direito Internacional Humanitário e das Nações Unidas, distinguindo, nos cenários da conflitualidade internacional, guerrilha e terrorismo e acto terrorista de outros actos de violência A Revista Militar agradece a Edições Sílabo o exemplar enviado, felicitando a Editora e, muito em especial, o Coronel Manuel da Silva por esta contribuição que dá a conhecer, de forma tão sistematizada, a evolução dos conceitos de terror e de guerrilha ao longo da História. Major-General Adelino de Matos Coelho Sócio Efectivo da Revista Militar RESENHA HISTÓRICO-MILITAR DAS CAMPANHAS DE ÁFRICA (1961-1974) 6.º VOLUME - ASPECTOS DA ACTIVIDADE OPERACIONAL Tomo I - Angola - Livro 2 (1964/74) :: Neste pdf - página 4 de 7 ::

Esta obra do Tenente-Coronel de Artilharia, licenciado em História, António Lopes Pires Nunes, Sócio Efectivo da Revista Militar, surge na sequência do Livro 1, relativo ao período 1961/64, editado em 1998. O conjunto totaliza 1 300 páginas, fruto da investigação conduzida pelo Autor ao longo de mais de 15 anos. Publicado pelo EME, é o 19.º livro da CECA e constitui um importante documento sobre a guerra em Angola, o único TO onde as NT conseguiram travar a subversão e inverter a sorte das armas, criando condições para a evolução sócio-económica que, a prazo, iria certamente conduzir a uma solução política da guerra. E é natural que nos interroguemos sobre o que teria acontecido em Angola se não tem desaparecido tão prematuramente o General Silva Freire. Morto no desastre do Chitado, logo em Nov61 após escassos cinco meses de comando, mas que tinham sido suficientes para conquistar Nambuangongo e reocupar a Pedra Verde e todo o Norte que tinha sido abandonado. E também planear o futuro, começando por desmistificar a sempre difícil época das chuvas e dinamizar a criação das zonas militares Leste, Centro e Sul. Este Volume inicia-se com algumas considerações sobre a envolvente internacional sobre os territórios portugueses em África, que justifica pelo aparecimento, em Maio de 1963, da OUA (Organização da Unidade Africana), uma espécie de ONU africana. Que nunca conseguiu unir os esforços dos movimentos que se nos opunham, o que foi agravado com o aparecimento da UNITA. Essas divergências foram uma das causas do seu enfraquecimento, do que resultou que Portugal, na prática, se bateu contra três inimigos diferentes e diferentes entre si. Foi uma vantagem para nós. :: Neste pdf - página 5 de 7 ::

O Autor destaca algumas operações levadas a efeito e outros pontos importantes da guerra. - A Op. Quissonde, pelo uso de desfolhantes artesanais e o emprego de brigadas de pioneiros, que arrancavam as lavras à mão, tentando vencer o In pela fome: uma utopia sem resultados palpáveis. - O nascimento da I Região Militar do MPLA, a Sul dos Dembos, ameaçando a estrada do café e projectando a sua ligação às células de Luanda do MPLA. - A Op Vind a Nós, bastante curiosa porque, estando no terreno forças da FNLA e do MPLA que também se combatiam, as NT cumpriram uma Ordem de Operações dupla, para actuarem conforma se deparassem com quartéis de um ou do outro movimento. Terá sido um caso único na guerra de Angola. - A situação em Cabinda, com evolução significativa após 1964, quer pelo aparecimento do petróleo, quer pela transferência do MPLA de Cabinda (onde não tinha apoios) para o Leste. - A abertura da frente Leste, com aumento significativo da área de subversão activa, passando de 6% do território (em 1965) para quase 42% (em 1968); e viria a cair para menos de 1% (em 1974) após a estagnação no Norte e a vitória no Leste. - O Despacho Conjunto dos ministérios do Ultramar e da Defesa Nacional, dando origem à directiva geral Angola em Armas (1970), que permitiu uma viragem completa na filosofia da guerra. A principal prioridade, para todas as autoridades de Angola, passaram a ser as populações. - A remodelação do dispositivo, que se traduziu no significativo reforço do Leste. - O empenhamento no Leste, em reiteração de esforços, das tropas comando, que conduziram em anos sucessivos operações com a designação genérica Siroco, com grande eficiência e significativos resultados. - O desempenho das tropas Pára-quedistas e da tropa normal, de quadrícula, com unidades metropolitanas e do recrutamento local. - A utilização da Cavalaria a cavalo, nas chanas do Leste. - A utilização das tropas irregulares (TE, GE, Fiéis, Leais, Flechas e Milícias). - O ordenamento das populações. - A Op Madeira, que concretizou os contactos entre a UNITA e o Comando da ZML através dos madeireiros de Cangumbe. O Autor desfaz muitas ideias falsas e denuncia as inverdades que se disseram sobre Savimbi, que nunca se deixou manipular ou se entregou às nossas autoridades portuguesas; apenas fez um acordo de não agressão para melhor combater o seu inimigo principal, o MPLA, mas não foi por nós armado para o seu propósito. - Um vasto conjunto de dados, como sejam quadros de mortos e feridos; desertores; efectivos metropolitanos e do recrutamento de Angola; material de guerra capturado e sua tipologia, agrupado por proveniências. - A relação de todos os governantes de Angola e dos comandantes-chefes, com uma breve nota biográfica sobre o seu contributo na condução da política e das operações militares; e bem assim dos comandantes da RMA e dos generais CEMGFA no período em análise. - Termina com uma breve síntese sobre Angola, alguns pontos da situação económica, a condução da luta contra a subversão e os estudos que conduziram à elaboração da obra. - Em anexo, junta importante documentação, incluindo directivas, um plano de operações :: Neste pdf - página 6 de 7 ::

e a transcrição do Sitrep circunstanciado de 03Abr74, testemunho vivo do dispositivo das unidades dos três Ramos nas vésperas do 25 de Abril. Também de muito interesse o inquérito, alargado e anónimo, feito a oficiais que frequentavam cursos. Sensivelmente a meio da guerra (1967), se bem que tal se não pudesse prever na altura, a todos foi perguntado: o que pensa do problema do Ultramar, situação actual e evolução previsível; factores que julga mais afectam o moral das tropas; alguma ideia sobre qualquer medida a adoptar que julgue útil aplicar; e que ideia tem da Acção Psicológica em geral. É muito curioso ler as respostas obtidas, mas particularmente interessante analisar a resposta à primeira questão, pois a opinião geral era que: a situação militar é muito grave; a acção militar armada não resolve o problema; e não podemos abandonar o ultramar. O Autor chama em especial a atenção para o carácter da obra - de resenha histórica - que contém os aspectos mais significativos da guerra, nomeadamente as grandes directivas dos comandantes-chefes, que enquadrou e desenvolveu, mas sem pretender fazer história definitiva. Isto é o que se me oferece dizer sobre esta magnífica obra e sobre o seu Autor, nunca sendo demais enfatizar a sua permanente dedicação ao Exército, ao longo de mais de 20 anos, nas situações de Reserva e Reforma. Este livro foi por mim apresentado no Museu Militar, no dia 31 de Maio, a convite do Major-General Adelino de Matos Coelho, Director de História e Cultura Militar, o que muito me honrou. Coronel Alberto Ribeiro Soares Sócio Efectivo da Revista Militar :: Neste pdf - página 7 de 7 ::