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1 DIREITOS HUMANOS Direito Internacional dos Direitos Humanos Direitos Humanos, Direito Humanitário e Direito dos Refugiados. Profª. Liz Rodrigues

2 - A proteção do ser humano, em âmbito internacional, pode se dar em três vieses: - Direito Internacional dos Direitos Humanos: protege o ser humano em situação genérica, em todos os aspectos. Inclui a proteção dos direitos civis, políticos, sociais, econômicos e culturais, bem como convenções gerais e específicas de proteção.

3 - Note que o Direito Internacional dos Direitos Humanos funciona como uma norma geral e, caso não haja norma mais específica, deve ser aplicado como parâmetro mínimo de proteção. - Nesta perspectiva, os outros dois vieses são normas especiais em relação à proteção geral dos Direitos Humanos.

4 - Direito Internacional Humanitário: protege o ser humano na situação específica de conflitos armados (nacionais ou internacionais). - Direito Internacional dos Refugiados: regula a proteção de pessoas que, individualmente ou em grupo, são forçadas a abandonar o local onde vivem, em decorrência de conflitos armados ou perseguições.

5 - Direito Internacional Humanitário: visa reduzir a violência dos conflitos armados, protegendo um mínimo de direitos e regulamentando a assistência às vítimas do conflito interno ou externo (Portela). - Apesar de normas que limitam a violência dos conflitos existirem desde a Antiguidade, o DIH só ganha impulso a partir do sec. XIX (Batalha de Solferino ).

6 - Em 1863 foi criado o Comitê Internacional e Permanente de Socorro dos Feridos Militares, que é o precursor do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), organização neutra e imparcial para proteger e assistir feridos de guerra : Convenção para a Melhoria da Sorte dos Feridos e Enfermos dos Exércitos em Campanha é considerada a primeira Convenção de Direito Humanitário.

7 - 1949: São abertas à ratificação as quatro Convenções de Genebra sobre Direito Humanitário: - Convenção para a Melhoria da Sorte dos Feridos e Enfermos dos Exércitos em Campanha; - Convenção para a Melhoria da Sorte dos Feridos, Enfermos e Náufragos das Forças Armadas no Mar;

8 - Convenção Relativa ao Tratamento dos Prisioneiros de Guerra; - Convenção Relativa à Proteção dos Civis em Tempo de Guerra : dois Protocolos Facultativos - Protocolo Adicional às Convenções de Genebra Relativo à Proteção das Vítimas de Conflitos Armados Internacionais e o Protocolo Adicional às Convenções de Genebra Relativo à Proteção das Vítimas de Conflitos Armados Não-Internacionais.

9 - Cuidado com a nomenclatura: a. jus in bello: direito de guerra, contém normas que se aplicam aos contendores durante conflitos armados. Regulamenta a disciplina jurídica do uso da força em conflitos bélicos.

10 b. jus ad bello: é o direito que o Estado tem de promover a guerra, quando esta for justa hoje, está restrito ao direito de defesa contra agressões externas e o direito dado à ONU para adotar medidas para evitar a guerra ou restaurar a paz.

11 c. Direito de Haia : limites normativos na escolha dos meios de condução das hostilidades. Defende uma proporcionalidade entre os fins da guerra e os meios utilizados para alcança-los. - Resultado das Conferências de Paz feitas entre 1899 e Os beligerantes não têm direito ilimitado quanto à escolha dos meios de prejudicar o inimigo (art. 22, Conv. de 1889).

12 d. Direito de Genebra : focado na proteção dos não-combatentes, pessoas que não tomam parte diretamente nas hostilidades ou membros das forças armadas postos fora de combate (detidos, feridos ou rendidos). - Proteção internacional das vítimas de conflitos armados. - Convenções elaboradas com o acompanhamento do CICV.

13 e. Direito de Nova York : diz respeito à proteção dos direitos humanos em períodos de conflito armado. Inclui a vedação ou limitação do uso de certas armas e compreende a estrutura do Tribunal Penal Internacional. - Resoluções específicas da ONU. - Além disso, o DIH tem fontes consuetudinárias que podem ser aplicadas em caso de lacunas.

14 - Alguns princípios de direito humanitário: a. Neutralidade: a assistência humanitária não pode ser considerada intromissão no conflito; b. Não-discriminação: as normas de direito humanitário se aplicam a todas as pessoas, sem nenhum tipo de distinção;

15 c. Responsabilidade: o Estado é responsável pela aplicação das normas de direito humanitário, e não os membros da tropa; d. Humanidade: devem ser usados apenas os meios necessários para impor a rendição ao inimigo, evitando-se danos desnecessários às pessoas e ao patrimônio (Portela).

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